Pressa
QUANDO TERMINA EM PIZZA
Fui,
e
se
fui
não
tenho
pressa
pra
voltar!
Numa
ida
bem
planejada
não
se
erra
a
estrada
e
nem
a
localidade
onde
se
quer
chegar!
Voltar!
Voltei...
e
se
de
onde
saí
agora
cheguei...
Estou
certo
que
dessa
vez
é
pra
ficar!
Ó AMOR QUE AINDA NÃO VEIO!
Ó amor que ainda não veio que venha, mas sem pressa porque a pressa é inimiga da perfeição!
Ó amor que ainda não veio que seja eterno enquanto durar, porque eterno é o que ainda está durando!
Ó amor que ainda não veio que seja puro de coração, porque pureza é algo quase impossível!
Ó amor que ainda não veio que seja forte feito o diamante, porque este resiste a quase tudo!
Ó amor que ainda não veio que seja libidinoso, porque sem libido não há amor que dure!
Ó amor que ainda não veio por que demoras a acontecer?
Ó amor que ainda não veio onde se escondes!
Ó amor que ainda não veio...!
Da silva corria com pressa! Batia, mas fingia que não via; às vezes apenas via, mas fingia bater. Assim, conciliava o silêncio à esperteza.
Sou como uma fotografia, me revelo lentamente, sem pressa, geralmente saio do escuro imersa em um líquido precioso e necessário chamado lágrima.
Não tenho pressa para arrumar a cama. Ela é rotina. Começo, meio e recomeço.
Pego um livro para sair do mundo. Lê-lo me faz desaguar num rio que leva até você. Um canal onde a única certeza sempre transborda.
Ouço sua voz mesmo sem conhecer seu cheiro. Sinto sua mão mesmo sem beijar seus olhos. Não existe fantasia. São todos os segredos sendo desvendados.
Se sonho, fico louco para contar. Te encontro sem deixar pistas no local. Esqueço o número da casa, carrego a avenida.
Acordo estranho. Com vaga lembrança do que aconteceu.
Vou até a janela e arranco a cortina. Abro. Deixo a noite entrar com os vaga-lumes. Minúsculas lamparinas da natureza iluminam meus assombros.
Paro e observo no escuro o desenho sendo feito. A magia sem pressa de acabar.
Assusta e alenta.
Parece chuva, imagino o mar. Confuso, me deito sem sono.
Me tapo com o edredom. Maciez nem sempre vem de suas mãos.
Eu não procuro e nem tenho pressa. Eu deixo. Se for pra chegar e ficar, que fique. Se for pra chegar e partir, que vá. Eu estarei fazendo a minha parte sem me preocupar com isso. Não adianta fixar a ideia que vamos ter alguém. Devemos nos preocupar em cuidar da gente para cuidar do outro. Afinal, ninguém quer saber de somar. Somar problemas, dívidas, heranças do passado. Queremos é dividir. Dividir alegrias, vitórias, tristezas, lamentações. Alguém que esteja do nosso lado para segurar um pouco da nossa vida. Não por obrigação, mas por sentimento. E é isso que importa.
Tudo na vida acontece da maneira que Deus quer , então pra quê pressa? Deixa a vida te levar pelos caminhos que Deus preparou pra você.
Posso até esperar por alguém um tempo,
mas quem me conhece sabe que tenho pressa!
Existem certas coisas que dependem só de mim.
Minha vida vem se realizando.
Colhendo frutos bons e eliminando os ruins.
Pra me acompanhar é preciso ser maduro,
reconhecer o erro e seguir em frente!
A natureza não tem pressa de pegar devolta o que na verdade sempre foi dela. Os ventos derrubam aquilo que derrubaram ventos antigos. As raízes entram naquilo que entrou nelas muitas vezes. A chuva quer correr livre como sempre correu, não devemos atrapalhar seu verdadeiro caminho. E vagarosamente o mar vai engolindo a terra, com ondas após ondas, bem lento...
Pra que ter pressa já que se sabe que as coisas andam devagar, assim vai acabar tão rápido que vai acabar por ultrapassar as coisas boas, vai passar despercebido, e vai acabar deixando pra trás o que mas almeja, o que realmente precisa.
Não desanime, não tenha pressa, a vida dá voltas e mostra o seu lugar. Não deixe de lutar, pois quando existem sonhos nenhuma força vai te derrubar.
Faz um arco-íris
Quando dentro de ti e à tua volta vires
Enegrecer-se o mundo, dá-te pressa
Em fazer, por ti mesmo, um arco-íris,
Sem esperar que outro te apareça.
Nada de pasmos, a especular o céu,
A espiar se o mau tempo passa ou não.
Fabrica um arco-íris muito teu,
E dissipar-se-á, num ai a cerração.
Aferra-te a um belo pensamento,
Recolhido de um poema ou oração.
Mastiga-o bem, à laia de alimento,
E dá tempo a fazer-lhe a digestão.
Findo seja o rigoroso expurgo
De toda a idéia malsã, envenenada,
Ver-te-ás promovido a taumaturgo,
Mudando a noite em esplêndida alvorada.
Constrói um arco-irís cheio de beleza,
Policroma-o de tons e matizes joviais,
Sob esse talismã a vil tristeza
Há-de deixar-te para nunca mais.
"Tenho pressa em ser feliz.. Tenho que correr para fazer um filho... Ler um livro não daria tempo... A vida é pra Hoje... Dizer eu te amo... Rápido, antes que minha hora chegue!"
Intacta; para ele.
É tudo o que lembro, estávamos com pressa, o momento era de pura diversão e o álcool retardou nossos reflexos, só queríamos ir para a outra festa. Música alta, ele, perfeito, no volante e eu no banco de carona. Paramos no sinal vermelho e começou a tocar o refrão da nossa música. Beijamos-nos, o último beijo e eu ainda posso sentir seus lábios nos meus. Em meio a braços e abraços escuto uma buzina, abro os olhos, farol alto, um caminhão. O sinal ainda estava vermelho, eu juro. A culpa não foi minha, não foi dele, somos inocentes.
Acordo como se tivesse passado apenas uma noite, deitada em uma cama de hospital, o barulho dos aparelhos médicos me irritava e ao mesmo tempo uma pessoa chorava e gritava:
- Ela acordou! -... Era minha mãe.
- O que houve?
- Você estava em coma por três meses e graças a Deus acordou.
- E o Felipe?
- Acho melhor você ver com seus próprios olhos...
... E fui. Corredores, macas, pessoas passando mal e eu tinha acabado de ganhar a vida, novamente. Branco, tudo branco, frio e um aroma de remédio no ar. Hospital, como eu odeio. De longe vi o quarto 154 e o meu amor a dormir. Ao entrar naquele recinto vi enfermeiros controlando os aparelhos e me pedindo pra manter silêncio. O desespero começou a afrontar-me e, desesperada perguntei como ele estava e se voltaria logo pra casa. Nada. Disseram-me que estava em estado vegetativo e não respondia a sinal algum. O caso era grave. Ainda me recordo do pranto. Eu queria vê-lo, senti-lo nem que por um ínfimo instante qualquer. E lá fiquei.
Felipe após voltar a falar, sabendo que nada mais traria sua vida de volta, ciente de que sobreviver artificialmente estaria prejudicando tanto a ele tanto a mim, pediu para que eu desligasse os aparelhos, acabasse com meu último fio de esperança e oportunidade de sentir seu cheiro. Pior decisão de minha vida e o “eu te amo” mais sincero. Desliguei.
Hoje, a saudade é grande, não resisti. Três anos depois, ainda me recordo bem, foi o dia em que, pela segunda vez, eu morri.
“Andarilho”
Não tenho casa, não tenho graça, mas tenho o mundo...
Não tenho pressa, não tenho estudo, mas não sou imundo...
Não tenho fé, não tenho juízo, mas tenho apenas um amigo...
Não quero nada de graça, não quero um sorriso forçado, mas quero viver sem perigo...
Não digo que a vida é sem graça, não digo que o mundo é vazio, mas peço um dia tranqüilo...
Sou algo além, sou vai e vem, sou o impossível...
Sou uma pessoa de bem,sou pedra que ninguém tem,sou imprevisível...
Sou castigo em noites claras, sou lampejo de seus desejos, sou sempre um mal querido...
Sou espera do minuto que não para, sou parada do tempo perfeito, sou austero comigo mesmo...
Sou divertimento banido daquela casa, sou risada sem graça correndo, sou mero aprendiz na porta de casa esperando migalhas sofrendo...
Eu ando bem, eu falo muito, não sou ninguém, mas quero tudo...