Presa
Não dependa das pessoas para não ficar presa a elas, dependa de Deus só Ele pode suprir suas necessidades.
Para não dizer adeus com a foz presa na garganta, fecho a boca e num olhar libero o grito mais alto do silêncio da solidão.
O homem é ao mesmo tempo presa e predador de si mesmo.
Ele é a espada e o escudo. É o agressor e o agredido.
A cada passo que se dá, o abismo se aproxima.
- Estamos fadados ao fracasso. -
E eu que fui tão racional, encontro-me presa na tentativa de um suicídio passional, uma janela de oitavo andar com três lados pra pular.
Um lado eu já não quero mais, fica ao sul e jurei que se fosse pular, não voltaria atrás.
Na frente eu vejo um passado que sempre foi presente, mas se desmotivava ao ver o sul. Mal sabia o poder que tinha, o sul foi ocupado por sua falta de espaço, quer dizer, por ter expandido esse espaço pra tanta gente, tantos lugares... Hoje você faz uma festa interna e me convidou, será que vou?
Ao lado eu vejo a verdade, a própria sinceridade em forma de relevo. Veio no momento em que o sul precisava ser desocupado, de um modo sutil engraçado e com o cheiro da terra muito agradável. Se eu aqui acampar, corro o risco de fazer morada.
Hoje preciso dormir em algum lugar, não sei se é festa ou acampamento, sei que preciso residir, pois essa inconstância nômade emocional já me agonia. Eu quero um terreno pra chamar de meu, pra regar e fazer chover, pra plantar e conhecer até enquanto Deus quiser.
Eu gris de espírito
Minha alma cinzenta vaga só pela noite
Anda livre de cores e presa a dores
Busca em vão o escarlate da paixão
E o tom da esperança em cada não
Minha alma cinzenta vira pó pela tarde
Plana solta pelo ar que falta nos pulmões
Castiga a si mesma com seus sermões
Vendo invernos tomarem o lugar dos verões
Minha alma cinzenta dá nó pelo dia
Amarrada com força a falsas alegrias
Sonha horas desperta, olhos sempre alerta
Que encontrará um coração de porta aberta.
Estou amarga, emaciada e os sonhos, vazios.
Eu sorria, com mais um delírio.
Paralisou.
Sou presa do sorriso forçado pelo meu desespero.
Eu menti, eu sempre minto.
Deveria trabalhar com isso.
O futuro distante e vê a mim como todas as promessas.
De velha, de amarga, de fria, de sem cor.
Centopéia rastejante. Eu, criança, desaprendi a andar.
Tropecei na minha insônia e me esbarrei em amores antigos que já não me servem de nada. Fiquei presa com medo de dar um passo na frente das minhas escolhas e acabei caminhando para trás sem saber que a estrada de volta tem sempre mais pedras do que a primeira despedida. No projeto da minha vida havia muros desnecessários que sufocavam a minha alegria, tentando me esconder do sol que insistia em brilhar pra mim a cada nova manhã. Faxinei a casa abrindo a janela pra ventilar, tirar o mofo do lençol que me cobre e levar embora o que já era pra ter ido mas insistiu ficar. Descobri que esvaziar a alma e começar de novo é suficiente. Que eu posso beber da fonte e me tornar limpa. Que essa cura interior é infinita e que deve haver cautela e zelo para que não se quebre peças preciosas dentro de mim. Eu me permito um desmanche, uma explosão interna e um conserto. Faxinei. Recupero.
Presa
na minha
memória...
Está a
nossa história...
Como ousei tanto
me apaixonar
por você...
Mas...
Meu coração
não tem juízo...
Segue por ai
sem destino.
Faz morada
onde não deve fazer.
Não quero a ideia sem pranto
Lamento sem encanto
Não quero a fera ferida
A presa abatida
Quero choro e canto
Quero o tesouro da traça
A ferrugem da lata
Quero da vida a farpa
É dessa ideia que vivo
É esse o encanto
Agora o que me resta
Senão o coração sofregado
Com sua partida
O peito ferido
A vida do bandido
Quero aquela que foi da fera da fera
Que largou essa lápide
Enterrada no meu peito
Sem dó, a torto e direito
A bela mais bela
Leve embora, ao menos, o que deixou
Se é que um dia me amou
Já que se vai como o vento
deixando a folha caída
roubando o perfume, a brisa
Leve as folhas mortas sortidas
Leve a fera ferida
Leve a presa abatida
Leve resto que restou"
Apague, ao menos, o rastro que ficou
Qual o futuro que se tem com
uma alma presa ao passado?
Ser o carcereiro de uma alma
em prisão perpétua!
Não adianta querer a liberdade se tua alma ainda estiver presa para resolver pendências do passado. A gaiola está semi aberta... e esse redemoinho interno querendo voar dentro de ti está a um passo pra lançar voo...Aguarde!
Estou presa, impregnada, por todos lados, por minha carne que clama, sofre, exige. Mas sou livre, em espírito, com a liberdade do amor ofertado gratuitamente por Cristo Jesus, que também coexiste dentro de mim.
De tudo que vivi, do que não vi, vivo presa e livre ao mesmo tempo, como se o tempo não tivesse passado. Marilina 2014
Os verdadeiros amigos
sao aqueles que se esforssao
para ver seus amigos bem ,
aquele que presa a amizade
é aquele que faz tudo por
essa amizade e ñ desiste na
primeira ver que tudo da errado.