Preconceito Racial
"Mesmo com as provas biológicas de que não existem raças, nossa sociedade ignóbil e com acromatopsia cerebral só distingue o que são pretos e brancos."
Não se relacionem nem apoiem aqueles que querem o seu mal. Ideias racistas, xenofóbicas e misóginas não são apenas opiniões divergentes — são promessas à espera de oportunidade.
Como pode um nordestino apoiar alguém que o despreza abertamente? Como pode uma pessoa LGBTQIAPN+ dar voz a quem nega sua existência? Como pode uma mulher defender quem insiste em reduzi-la à inferioridade?
A adesão a discursos que negam a dignidade de um grupo pode vir da desinformação, da manipulação emocional, de promessas individuais ou da ilusão de que "não é bem assim". Mas é exatamente assim. Palavras constroem narrativas, narrativas moldam políticas, e políticas definem vidas.
Não se enganem: o ódio normalizado hoje se torna a violência legitimada amanhã. Nenhuma promessa econômica justifica a negação de direitos fundamentais. Nenhuma tradição pode servir de desculpa para a opressão. O caminho para a barbárie começa com a aceitação da intolerância como mera opinião. E, contra isso, não há espaço para neutralidade.
"Preta é a cor dos meus mestres", negra é a consciência dos políticos hipócritas, que somente lembram dos valores de uma raça, uma vez por ano.
"Mesmo que uma pessoa branca não reconheça seu lugar social, constituído historicamente, e como este atua simultaneamente na forma como acessa e mantém privilégios, essa é uma realidade. A negação das discrepâncias sociais e das classes sociais que o racismo produz são ferramentas coloniais e um recurso amplamente utilizado por grupos hegemônicos.
É necessário mentir, ser perverso e arrogante para manter as coisas como são. Afinal, a mentira é um precioso recurso do racismo. Também é necessário fingir que está tudo bem em ser herdeiro, mega-empresário. Aqui é a mentira da meritocracia que é repetida incansavelmente até que uma pessoa comum acredite que privilégio é, na verdade, resultado de esforço.
Estou dizendo isso para que a gente reflita sobre o fato de que a indústria do álcool é branca e que é uma hipocrisia, no nosso país, falar sobre consumo prejudicial de álcool sem dimensionar quem mais se prejudica e quem mais lucra nesse contexto. Muito se fala sobre quem consome de forma abusiva. E quem produz de forma abusiva?"
As mulheres negras constroem e ocupam espaços de discussão e transformação na sociedade, atribuindo significado político às iniquidades que nos acometem, pois o racismo alimenta todas as formas de poder e molda a maneira como vivemos. No que diz respeito ao consumo nocivo de álcool e suas consequências, isso não é diferente. Se, por um lado, somos as mais prejudicadas pelo consumo de álcool — um dos principais fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis — por outro, há uma indústria, branca e masculina, que lucra deliberadamente a despeito de nossas dores e com o aval do poder público. Enfrentar o racismo é também unir-se às mulheres negras na luta contra tudo o que compromete nosso direito a uma vida plena e saudável, quando, em vez disso, nos oferecem doses de sofrimento.
Enquanto você só lutar por uma "causa"... Vai deixar para trás as "pessoas"!!
A melhor maneira de tirar as pessoas da vulnerabilidade é incentivado-as!!
Só mostrar o sofrimento das pessoas, te faz pensar que vai protegê-las?... Está equecendo de se importar se "elas" querem ser lembradas por seu próprio sofrimento!!
Preto no Branco
O Pretinho trabalhador
Foi condenado a lidar com a dor
O Branco rico e preconceituoso
Seu único objetivo foi observar o moço
Não importa a aparência ou o jeito
Sempre eles vão pagar o preço
O Branco rouba
O Negro tem que segurar a obra
O Preto respira ao vento
Já é motivo de desprezo
Temos que acabar com isso
Para que o Negro não corra mais risco
Falar é fácil, difícil é fazer
Uma coisa tão importante que precisa acontecer
Não importa a cor ou a raça
Ser Racistanão tem nenhuma
Preto no Branco é o que eu digo
Se o Preto estiver ali perto ele não vai sofrer contigo
Ele vai sofrer sozinho
O policial defende o Branco por ser seu sobrinho
"Quando o braço da lei esquece que sua função é proteger e não punir, ele se torna espelho de uma sociedade que trocou justiça por vingança."
Para os que Virão IX
Quando permitimos que o ódio cresça em silêncio, ele se enraíza como uma planta tóxica. O racismo não começa com grandes explosões, mas em sussurros: piadas que desumanizam, olhares que segregam, silêncios que compactuam. Nós, do passado, muitas vezes falhamos em arrancar essas sementes venenosas e deixamos raízes frágeis se tornarem troncos grossos, capazes de sustentar estruturas inteiras de exclusão.
Não cometam nosso erro. Enxerguem a violência nos detalhes: na escola que separa, no trabalho que inferioriza, na justiça que criminaliza corpos. Racismo é um sistema, não um acidente. Combate -lo exige mais do que discursos requer desmontar lógicas que normalizam a desigualdade. É preciso coragem para confrontar o desconforto, inclusive dentro de si.
Não basta não ser racista; é necessário ser antirracista. Todos os dias. Nas palavras, nas escolhas, nas políticas. O futuro que desejamos não brotará de passividade, mas de revolução cotidiana.
Herdarão um mundo ferido, mas também as ferramentas para curá-lo. Lembrem-se: tolerar o intolerante é enterrar a própria humanidade coletiva. Escolham desobedecer. Escolham rachar o solo onde o ódio tenta germinar.
Gerações anteriores, em dívida.
Qualquer termo que soe pejorativo sobre o tom da pele de alguém, já é uma atitude racista. Seja, de qualquer etnia que vier, mesmo que da nossa própria.
A cor da pele não revela o caráter, são as atitudes diárias que mostram a verdadeira índole. Por isso, tanto faz "branquitude ou negritude", ambos os termos podem imprimir rótulos os quais, não definem o ser humano.
Thiago Silva Oliveira (1986 a)
Vejo pessoas nas redes sociais tentando justificar crimes de guerra e genocídio por causa de eventos isolados que envolveram racismo e falta de comunicação. Vivemos em uma época de fanáticos políticos e de outros cidadãos que procuram qualquer motivo para odiar, e eles não estão levando em conta a gravidade da situação de passar por uma guerra e ter um país vizinho em guerra.
Onde encontro o meu mundo?
A escravidão foi um sistema cruel que visava explorar e tirar proveito dos africanos.
A cor da pele não determina a bondade ou maldade de uma pessoa.
Todos os seres humanos, independentemente da sua cor de pele, têm igual valor e merecem respeito.
O racismo é um problema grave que se baseia em conceitos falsos de superioridade e inferioridade baseados na cor da pele.
É essencial desafiar e combater o racismo e promover a igualdade e a inclusão de todas as raças.
As pessoas devem ser valorizadas pelo seu caráter, talento e contribuições para a sociedade, não pela sua cor de pele.
Deus não faz acepção de pessoas com base na cor da pele e todos foram criados à Sua imagem.
Cada indivíduo, independente da sua origem étnica, tem talentos e dons únicos que podem enriquecer o mundo.
É fundamental trabalhar juntos para construir um mundo mais justo, igualitário e inclusivo, onde a diversidade seja valorizada.
Existe uma percepção generalizada de que o Brasil é um país marcado pela violência.
Em virtude da predominância da população negra, algumas correntes de pensamento sugerem que a incidência de violência é proporcional à demografia, insinuando que a elevada taxa de mortalidade entre os negros é resultado de sua maioria populacional.
Este discurso comumente difundido postula que a violência é um fenômeno neutro em relação à raça, afetando igualmente todos os estratos sociais.
No entanto, uma análise mais minuciosa das estatísticas revela disparidades significativas, evidenciando que a população negra é desproporcionalmente afetada pela violência e sujeita à desumanização.
Apenas a diversidade na aparência não basta; é fundamental que as maiorias minorizadas também alcancem posições de impacto e influência.
Ter uma variedade de rostos na tela da televisão pode sugerir "representação", mas é apenas quando essas mesmas pessoas têm voz ativa na tomada de decisões que verdadeiramente promovemos a "verdadeira representatividade", assegurando a inclusão de múltiplas perspectivas.
Portanto, é fundamental que indivíduos diversos assumam cargos de poder e liderança, onde poderão influenciar e moldar políticas que afetam suas comunidades, impulsionando, assim, uma sociedade mais justa e inclusiva.
A categorização das pessoas em "negritude" e "branquitude", decorrente de uma estrutura social fundamentada na cor da pele, impede que os indivíduos negros sejam percebidos de maneira universal, sendo sempre vistos em contraste com o "outro".
Historicamente, no contexto do processo de branqueamento, percebia-se uma vantagem, ainda que mínima, em não vincular a própria identidade à negritude.
O estigma associado aos negros permanece vigoroso até os dias atuais. A sociedade brasileira, majoritariamente dominada por indivíduos considerados brancos, molda os padrões estéticos e sociais, independentemente do contexto político.
A luta contra o racismo envolve a eliminação desse estigma e o estímulo à valorização da negritude, bem como à crítica e ao combate ao preconceito e à discriminação racial. É uma batalha que não diz respeito apenas aos negros, mas sim a todos os cidadãos, independentemente de cor ou origem étnica.
Todos devem se unir na promoção da igualdade racial, reconhecendo a importância de combater as injustiças e garantir que todos tenham seus direitos e dignidade respeitados.
Existe uma pressão crescente sobre figuras públicas para que declarem sua identificação como negras e assumam publicamente uma posição contra o racismo.
Embora essa demanda tenha como objetivo promover a coesão na luta antirracista e encorajar uma maior participação na discussão sobre o tema, percebo como desafiador o discurso implícito que sugere que, para se engajar no combate ao racismo, uma pessoa precise reconhecer uma identidade negra.
No contexto complexo das identidades raciais, entendo que seja mais eficaz reconhecer que a responsabilidade de combater o racismo é coletiva e deve ser compartilhada por todos, independentemente de sua identidade racial específica.