Praça
A LENDA DO MOÇO DA PRAÇA
Numa pequena cidade de interior chamada Ibiranopolis onde a uma lenda daquelas que minha avó escutou da tia dela que diz que sua mãe já viu acontecer a tal lenda de verdade.
Uma vez minha vó me contou, era assim quando a cidade ainda era vila havia dois namorados que se amavam muito, segundo minha avó ele se chamava Alberto e ela Julia, Julia era uma das moças mais bonitas da vila tinha cabelos negros como a noite um olhar radiante como o sol causava inveja nas outras mulheres e despertava o amor nos rapazes. Alberto era um rapaz muito bonito com um sorriso tão belo como o azul do céu.
Eles viviam passeando pela a praça, era um amor eterno todos da cidades diziam com certeza eles se amariam para sempre, toda tarde ele saia do serviço para a esperar ela na praça ansiosamente por sua companhia, e ali ficavam naquela praça enorme cheia de árvores com aroeiras, sapucaias e pitangueira até anoitecer.
Ibiranopolis era uma cidade pacata com taxas de crimes baixíssimos quase zero, minha vó fala que e bem de diferente de hoje.
Num certo dia comum sem muitas diferenças, ela não vai para a praça pois ficou cuidando de sua mãe que passara muito mal naquele dia, ela por não conseguir ir naquela tarde na praça não se preocupou muito pois pensou que quando ele percebe-se iria na sua casa.
Alberto então a espera como de costume, quando vê que já está anoitecendo ele fica preocupado com a ausência de sua namorada, ao perceber que já passava das 21:00 decide ir na sua casa, quando de repente chega uma assaltante ele sem reagir entrega o dinheiro, mas o assaltante sem dó e nem piedade atira contra Alberto , seu corpo fica no chão até duas mulheres voltando da missa encontra seu corpo estirado no chão.
Quando Julia fica sabendo fica desesperada seu pai e a mãe tenta a lhe acalmar mas nada resolve, o enterro é marcado e feito a tarde naquele outro dia, Julia se nega ir ao enterro pois não aceita que terá que se despedir pela última vez de seu amor.
Ela se tranca no quarto, não sai mais de casa para nada, come quase que por imploração de sua mãe depois de três dias sua mãe a encontra em seu quarto deitada quando ela encosta em Julia vê que ela está muito fria, e se desespera e sai correndo para pedir ajuda mas quando chega uma pessoa logo em minutos percebe que já é tarde demais.
Uma morte sem nenhuma explicação a não ser de desgosto e saudade.
Alguns meses depois pessoas relatam ter visto um casal de jovens namorados se beijando na praça nunca ninguém teve coragem de se aproximar, mas vê em que e um rapaz claro e uma moça de cabelos tão negros como a noite.
As vezes nem a morte e capaz de apagar um grande amor
×Hoje caminhei até uma praça e me sentei sobre a grama, não me preocupei com a roupa que vestia ou com qualquer outra coisa a minha volta. Apenas deixei meus pensamentos correrem livres por minha mente. Me coloquei a olhar para o céu estrelado, a Lua em seu resplendor prateado e me "desliguei" do mundo.
Como deve ser bom estar com alguém ao seu lado que só lhe faz sorrir. Que na certa é a razão de cada sorriso seu. Que lhe beija de uma forma como se cada aproximação dos lábios fosse algo único, o alimento perfeito feito para si sob medida. Imagino eu como deve ser bom deitar sobre uma cama macia e saber que ele ou ela estará ali do seu lado quando acordar. Que sofrerá cada momento que você sofrer, que sorrirá só pelo fato de você lhe sorrir. Acho que isso é o amor de verdade, um sentimento extremo, sincero e egoísta.
Sim... egoísta. Porque quando você está do lado da pessoa cada cheiro, cada sabor, cada sorriso e cada palavra você quer que seja somente para você. E quando ela se machuca você quer que ela lá esteja bem só para lhe alimentar com o sorriso que sempre lhe faz bem. Acho que quando amamos nos tornamos seres irracionais, guiados somente por esse sentimento, mas de fato quem liga?
Rs... As únicas palavras que devem ecoar em nossas mentes quando vemos essa pessoa são: Minha/Meu - Amor/Luxúria - Hoje/Amanhã/Sempre...
Minha/Meu Amada/Amado
Amor/Luxúria que só com ele/ela é perfeito/completo.
Hoje/Amanhã/Sempre quero estar com ele/ela.
Se realmente for assim desejo encontrar esse sentimento para nunca mais deixá-lo escapar. Lógico que controvérsias existem, as vezes em um amor não correspondido ou um amor perdido, mas nunca o amor deve ser visto com maus olhos. Porque se Deus nos ama acima de todas as nossas falhas porque não superar as tristezas que nossos amores mal coordenados podem nos acarretar?
Então simplesmente quero amar, quero que amem... e deixa que o resto o destino se encarrega. Viva o hoje intensamente ao lado de quem ama. Esqueça as coisas ruins do passado e preserve as coisas boas. E lute, com unhas e dentes para seu futuro ser o melhor de todos ao lado de quem ama...×
"Amo estar com você a cada por do Sol.... a cada brilho da Lua. Amo ter o pouco que tenho e não me atrevo ter mais do que isso. Só quero ter o que temos enquanto assim o tempo permitir. Bem sei eu que o amor prega peças, quem diria, tentar várias vezes para na última dar certo, porém meu jeito como sempre atrapalhando... sinto muito..."
Se bater saudades, me procure no velho banco da praça, ou até mesmo atrás da velha estação, se eu não estiver me procure naquele lugar que costumávamos sentar para pensar na vida. Mas se a tua saudade for maior, bata na minha porta sem hora ou qualquer desculpa planejada, apenas bata. Que por ti eu sempre estarei a espera.
Ela bebe na boca da garrafa
dá um show na praça
pula amarelinha como se pulasse a lua
faz paródia com Maysa
diz que a brisa é sua
“NE me quitte pás”
diz que não se embriaga a toa,
mas com meia garrafa voa
e canta como a sabiá...
ela bebe na boca da garrafa
talvez por pirraça
sabe que eu detesto
as vezes tropeça nos seus tornozelos
pra cair nos meus braços
olhar nos meus olhos e dizer que eu não presto
Ela bebe na boca da garrafa
pra armar barraco e me ver apreensivo
sabe do meu zelo pela sua conduta
mas diz que é adulta e que tem juízo...
NAMORO VIRTUAL
A semana inteira pensando em você
Na Praça da igreja vou te conhecer
Horas e horas teclando com você
Pela sua foto sei que não vou me arrepender
Quando te ver de perto
Sabe o que eu vou falar
Quando te ver de perto
Tenho muito pra contar
Sabe o que eu quero agora ,É você
Sabe o que eu quero agora ,É te ter
em meus braços
Pertinho juntinhos pra não mais sair
É prazeroso sentir,o seu corpo em mim
Namoro virtual, hoje virou realidade
Namoro virtual,você é minha felicidade
Veio pra ficar bateu ficou
Mensagens vai e vem no pousar do amor.
Poeta Antonio Luís
Do banco da praça vejo um bairro inteiro
Eu quero é poder estar em uma praça
construída aqui mesmo no bairro
e me sentar em um banco qualquer
ao lado de uma estátua de bronze qualquer
- homenagem póstuma a um desconhecido qualquer -
que ao menos 'sabe' porque está lá.
E observar os pássaros em festa
sobrevoarem afoitos os jardins cercados com arame colorido
para mendigar meia dúzia de grãos de milho que alguém jogou ali
enquanto flores exuberantes caem das árvores a todo tempo
como se compusesse um lamento em lágrimas e pétalas.
Eu quero é poder viver o tempo que me resta
e apreciar a vida calma nas manhãs agitadas
do vai e vem das pessoas apressadas
pelos inúmeros caminhos possíveis na periferia.
E poder viver mais uns cem anos
só para ver concretizar amanhã todos os planos
que hoje apenas não passam de sonhos
e ver surgir ao longe o fim, solução para toda essa tristeza
que hoje toma conta de nossos corações
e nos cega diante de tanta aspereza, desumanidade e ausência.
Esta noite eu não terei nada para fazer,
Não terei um cinema para ir, e nem em uma praça praça para admirar os idosos procurando o real sentido da vida.
Esta noite não terei meus pais para conversar,muito menos minhas irmãs para dialogar...
mas o que tudo isso importa? estar aqui, essa noite, sem ninguém para conversar, sem nenhum lugar para ir, isso significa tanto, pois estou a te esperar esta noite,noite vazia, onde a solidão se encontra.
esta noite beijei o espelho, apertei o travesseiro, amei a mim mesmo, no pensamento só em você. A te esperar estou, aqui, esta noite...
a vida é a sequencia de encontros inéditos com o mundo, e por tanto , ela não se deixa traduzir em formula de nehuma especie
VENTO ANDEJO
O vento que por aqui passa..
Venta a venta de todas ventas
venta e sibila na praça...
Venta o cambaleio do ébrio
e o cheiro da cachaça.
O vento que por aqui passa...
Venta flores do jardim
venta a menta do antídoto
as lagoas dos anfíbios
e os dentes da jumenta.
Venta para o lado do sul...
O vento vindo do norte
venta os passos dos fracos
o meridiano do agreste
e a esperança do forte.
Venta a moça na janela
e a serenata lá no chão
venta o desespero do adeus
a costela do primeiro Adão
e as lagrimas da solidão.
O vento que por aqui passa...
Venta o cisco no meu chão
venta, com vento da saudade
as vezes espanta a verdade
e o pulsar do coração.
O vento ventou a chuva
e molhou sem dizer não
ventou semente germinando
menino na biqueira banhando
na cumeeira do sertão.
Ventou o pasto do gado
no curral e lá no cercado
ventou o leite da vaca
o plantar com a matraca
p'ra criar o seu criado.
Ventou a marcha do cavalo
em ploc, ploc no caminho
ventou a densa solidão
o escuro do Lampião
quando ele estava sozinho.
Ventou a linda rima
do poema com calor
a prosa o vento ventou
a areia no deserto soprou
junto as estrofes do amor.
O vento que por aqui passa...
ventou nuvens e os escarpados
ventou o rumo do caminho
as letras dos pergaminhos
e os passos lá do passado.
O vento que por aqui passa
já ventou na cor escura
no mourão e nas correntes
nas chibatas das serpentes
e nos pulsos das criaturas.
Vento andejo, vento andejo
vento andejo sim senhor!
Já ventou n'aquele carvalho
inventando todo entalho
para a cruz do redentor.
O vento que por aqui passa
já ventou tudo sim senhor...
Ventou o inicio do mundo
as pedras das manjedoura
e o choro do criador.
Antonio Montes
O documentário The Square* (A Praça) relata um período de três anos no Egito, no qual o país se livrou de um ditador, obrigou os militares a realizarem eleições, elegeu um religioso para presidente e derrubou-o após uma guinada autoritária. Os chamados revolucionários de 25 de janeiro e seu comportamento são glorificados.
O documentário retrata ativista politicos que representam o ideal de ativista que o Ocidente gostaria que não só o Egito, como o Oriente Médio inteiro, fossem. Eles são ativistas seculares, modernos e engajados em uma luta incessante pela democracia. A pressa dos ativistas pela democracia, e a ânsia pela revolução, é tão grande que o próprio documentário foi refeito por Noujaim. A versão indicada ao Oscar é bastante diferente da premiada em Sundance em janeiro de 2013. Fiseram cortes na nova edição para retirar as cenas mais fortes, o que chamamos de jornalismo sensacionalista.
E o novo corte inclui as manifestações populares contra o governo de Mohamed Morsi, irmão muçulmano eleito depois de duas ondas de protesto: a primeira contra Mubarak e a segunda contra a junta militar que substituiu o ditador.
O Documentário retrata a intransigência dos revolucionários. Ao se apegarem ao ideal, perderam de vista o fato de que a democracia não é uma magia, é construção, feita a passos lentos e dolorosos. Ao menosprezarem a política, deixaram de ver a necessidade de entrar no sistema para poder modificá-lo. Ao confiarem nas Forças Armadas, mesmo após as torturas e abusos sofridos, não perceberam que foram transformados em massa de manobra no golpe de julho contra Morsi.
Ao contrário das estrelas de The Square, a maior parte dos egípcios vai comprar a comida de amanhã com o dinheiro ganho hoje. Para esses, a estabilidade está à frente do desejo por democracia, especialmente depois de três anos de crise. Não é à toa que novamente os revolucionários da Tahrir estejam indo para a cadeia, desta vez ao lado dos irmãos muçulmanos, enquanto uma nova ditadura se estabelece, aclamada por milhões de egípcios.
Acredito que se tivessem utilizado a interação por meio das redes sociais, eles teria alcançando o objetivo com rapidez, já que a Internet permite uma viralidade maior com estratégias usadas no marketing digital.
Ah... saudade dos tempos que podíamos prosear sentados numa praça, com um jardim florido, sem medo e felizes com pouco. A simplicidade deu a vez para as complexidades, e com elas vem o saudosismo de um tempo irrecuperável que tinha cheiro da vida.
Que a memória não se renda e faça sempre o seu papel, pois é ela quem sobra do passado e que consegue sobreviver no futuro.
Tem gente que morre importante, vira nome de rua e de praça, a família se emociona, mais tudo isto passa.
Se você tem algo pra reclamar, sente no banco da praça central as 16 horas e veja quantas pessoas irão te pedir ajuda pra comprar um lanche, logo verás o significado de reclamar de barriga cheia.
Ela cantava de graça,
na praça,
sob o feito da cachaça
de graça,
sem ligar pra desgraça,
sem graça,
nem teto e nem vidraça
apenas graça
e a cachaça de graça.....
Pérsio Mendonça
Ainda na Praça do Russel encontro com 'Biafra' 7h25. Pode ser visto bem cedo com uma espécie de lata de tinta - um pouco mais profunda - onde guarda suas coisas conectada a um pneu de bicicleta, que serve como uma alça para carregar sua bolsa no ombro.No meio da tampa, vejo colado uma foto do cantor Biafra. Tudo toscamente feito. Ou nem feito. Biafra aprendeu a não descartar as coisas tão rápido. Por isso, seu latão, ou melhor, sua bolsa, é composta também por uma série de pregos martelados ao redor da tampa, dando a forma da desgraça. Nos espaços entre os pregos, observo formigas num entra e sai como se o latão fosse um apartamento de formigas. Ele diz: "Ah se elas comerem toda a minha maça. Tive que usar os pregos como solda, e meu baú deixou de ser impermeável", justifica. Pergunto se ele pode abrir seu armário para eu observar melhor. "Minha vida é um livro aberto, pegue você mesmo". Abro o latão e uma camisa do Botafogo, número 7. Em seguida, formigas. Logo depois, a maça, um pente, uma faca pequena e uma carteira do exército com sua foto, 19 anos, servindo no Forte de Copacabana. Apenas isso. Pergunto sobre a blusa do Botafogo enquanto guardo tudo novamente no latão e ele responde: "Não gosto de futebol. Achei essa camisa jogada no aterro e peguei". Pergunto sobre o pente: "Tem uma moça que gosta de mim, e como não sei quando ela aparecerá novamente é bom estar sempre com ele aí." Não pergunto sobre a maçã, pois, por precaução, já me antecipo: "você não tem cara de assaltante Biafra, ou, se tem, agora não tem mais porque sou eu, então a maçã é pra comer e a faca pra cortá-la. Ele nada responde. Pergunto sobre a foto do Exército no Forte de Copacabana e ele diz que é apenas uma foto. "Isso aí é melhor não lembrar". Pergunto se ele deseja que eu coloque novamente as formigas no latão e tento quebrar uma potencial lembrança ruim. Ele reponde então que poderia fazer um latão pra mim, pois teria me achado "um cara legal" e "diferente". Digo que meu negócio é mulher e ele cai na risada. Mas, depois da brincadeira, observo a mega elefantíase ou algo que não seja menos do que isso em uma das suas pernas. "Pô, Biafra, e eu que sou diferente? O que você arrumou aí na perna, cara, já foi num hospital?" Ele reponde: "Fui no Rocha Maia, UPA, num monte de lugar e todo mundo olha e diz que tenho que ir a outro lugar. Desisti faz tempo, Ninguém encosta." Digo apenas "entendi" e sigo meu caminho. Fato é que nunca mais conseguirei escutar as palavras lata, latão, tinta ou latas de tinta, e não lembrar do Biafra. Quis tocar no assunto "Deus", mas só deu tempo de escutá-lo dizer que é algo difícil de acreditar. E completou: "Não pra você rapaz, e sim pra mim". Possivelmente não terá nem um enterro em cova rasa pago pela municipalidade, pois a mesma não quis nem tratar a sua perna. Uma coisa, porém, é certa: irá para o mesmo lugar onde vão os reis de verdade.
Pombos de rua não aprendem a procurar comida, pois tem sempre quem lhes jogue milho na praça. E este acha que está ajudando.
Queimaram nossa história numa fogueira na praça, chamaram toda a escória e anunciaram que era de graça.
Vamos andar de mãos dadas pela praça
Ali ninguém se incomodará com nossa história.
Os pardais virão nos dar boas -vindas e as azaleas se moverão com a brisa.
Vamos andar de mãos dadas pela praça.
O carteiro nos acenará de longe
O padeiro retirará o pão fresquinho do forno.
Vamos andar de mãos dadas pela praça
Hoje o amor é nosso adorno
Vamos andar de mãos dadas pela praça.
As andorinhas estão chegando
e avisam barulhentas
está findando o outono.