Policial
A distância que separa muitas pessoas da ‘Coluna Social’ e o ‘Noticiário Policial’ é de apenas algumas páginas da vida.
BOTINAS E BOTAS
Demétrio Sena, Magé – RJ.
Toda vez que as botinas truculentas de um policial derrubavam a porta frágil daquele barraco de favela em busca de armas e drogas que não havia como encontrar, algo mágico acontecia: Pedrinho, filho pequeno de Maria lavadeira e de Sebastião estivador tinha um sonho feliz.
O menino sonhava com um fim de ano em que ao invés das botinas policiais, adentravam com suavidade a porta previamente aberta, vistosas botas vermelhas forradas de lã mais alva do que neve. Quando elas saíam, levando os pés de um velhinho bondoso de pele rosada, ficava no cantinho da parede uma caixa com brinquedos e gostosuras natalinas.
Isso faz tempo. Pedrinho cresceu, estudou e progrediu. Já sabe discernir lendas de realidade. No entanto, ele ainda prefere crer na bondade lendária e branca do bom velhinho, a crer na truculência de homens para os quais é crime ser pobre, negro e morador de comunidade.
Um policial prendeu um traficante, e eu clamei pelos direitos humanos; 88 patrícios foram deportados pelo Trump algemados nos pés e mãos, e eu fiquei de bico calado. Como sou hipócrita.
Benê
A vida do policial constitui um exercício diário de bravura e abnegação. Ele parte para o serviço sem a garantia de retorno, expõe-se a riscos iminentes para resguardar a ordem pública e proteger cidadãos que, muitas vezes, não reconhecem sua atuação. Seu sacrifício opera de forma silenciosa, suas lutas permanecem invisíveis e, por vezes, sua morte é relegada ao esquecimento. Enquanto a sociedade repousa em segurança, ele se mantém vigilante. Quando tomba em serviço, não há grande comoção social, apenas o vazio deixado pelo rádio que não mais responderá. Não por ele, mas por seu substituto, pois, para o Estado e a coletividade, sua identidade se reduz a um número prontamente reposto e, com o tempo, inevitavelmente esquecido.
Um bom policial ouve com discernimento, mantém o profissionalismo, preserva a segurança pública, fala com sabedoria e age com cautela, respeito e determinação, no cumprimento de seus deveres, observando as leis nacionais e as de Deus para o bem de todos.
UM VERDADEIRO PROFISSIONAL
Seja político, administrador, médico, policial, bombeiro, salva-vidas, padre ,etc... exercendo, fazem o bem, melhoram a qualidade de vida, são mantenedor do bem, da razão e dos bons costumes.
Ser policial é lidar com a necessidade de enrijecimento dos sentimentos. Há os que se tornam extremamente duros, mas há também os que alcançam e conseguem preservar sentimentos bem torneados e proporcionais à intensidade, desgaste e constância desse treinamento, que é diário, e puxado!
O que uma policial admira em um colega de profissão? Profissionalismo, sobretudo aliado, intrínseco, quase nunca separado da gentileza. Outras mulheres podem ter fetiche pela farda ou talvez pela "sensação de proteção", dentre outros, mas um policial que mantém a gentileza em um ambiente que invariavelmente o molda para o contrário, é de uma masculinidade invejável! É quase irresistível... ❤️
As feridas que sangram por debaixo da farda de um policial não deveriam ser politizadas. Deveriam ser tratadas.
Mas o que eu posso afirmar com certeza, senhores deputados, é que o policial não puxa esse gatilho sozinho.
– Olá. Abençoado seja o fruto, bebê.
– Hitchcock, você assiste The Handmaid’s Tale?
– O quê? Essa é a minha cantada.
Me instiga imaginar como sua mente limitada insiste em me afrontar.
Talvez minha promissora tentativa de te entender esteja sendo frustada por sua repetida, porém inútil, audácia.
Aquele era um mundo em que uma garotinha podia voltar andando para casa sozinha, mesmo depois de escurecer, e se sentir segura.
Sonho com o dia em que o desemprego será extinto!
Nessa ocasião florescerá o desenvolvimento pessoal, o equilíbrio social e sobre tudo a dignidade humana.
Teremos as benesses de um mundo livre de amarras e escravidão. Termos vida! Seremos Completos!