Poesias sobre o Brasil
Entre os meus cabelos
tenho magnólias,
Entre meus segredos
tenho poesias que
nunca na vida revelei,
Quando você chegar
o amor será nossa lei,
Eu nunca te contei
que foi pelo teu
sorriso que me apaixonei.
Quem plantou a cana verde
não foi e nem foi você,
Quem plantou a cana verde
foi a poesia para te levar
para comigo no festão dançar,
girando com uma mão só
e eu com a saia a bailar:
Para quem sabe nos teus
lábios de cana a doçura
conseguir encontrar
e o teu coração conquistar.
(...) A poesia segue
- implacável -
A te procurar,
Nada mais me importa
Só você me importa;
- Eu vou te encontrar! -
A poesia aliada
- interminável -
Da procura,
Nada vai me impedir
De te encontrar;
- Eu não vou desistir! -
A poesia eterniza
- a dor -
E toda a busca,
A venda retira
De tudo o que os olhos
- [ofusca...
- Não desisto dessa busca! -
A minha jura
- eterna -
É declaratória,
Irrevogável,
Irretratável,
Intransferível,
Impenhorável,
...é interminável!
De uma loucura de amor
- endoidecida -
Por ti filho de Santa Catarina
- desaparecido!
Que por ti não como, não durmo,
Não desisto e atravesso
Qualquer desafio! (...)
A poesia da gente nordestina
Lá de Simão Dias
Declamada em oração.
Rezou o terço
Para Nossa Senhora de Sant'Anna
Durante a procissão
Com todo amor e devoção.
A poesia da gente brasileira
Lá de Simão Dias
Tocou o meu coração.
Sou sulista e nordestina
Escrevo em linhas com paixão
Poesia brasileira
Em todos os ritmos do coração.
Do Sul até o Nordeste
A minha fé celeste
Não abandona a oração.
Peço a Nossa Senhora Sant'Anna
Que coloque o seu manto
Sobre o Brasil
Colocando-nos sob sua proteção.
Permitir-se apreciar
- um poema -
Voando pelo ar
É como deixar
- uma pomba -
Pousar na tua mão.
É a alegria a embalar,
- Invadindo o coração
Quem poesia pede,
- prosa faz
Poema comete,
- inspira
A alma de quem escreve.
O Brasil precisa de tudo:
De gente com disposição,
De mil reformas,
E de políticos com coração;
E sobretudo de novidade,
Que traga revolução.
Precisamos ter alma
- feito sucupira -
E para superar a crise:
precisamos ter determinação.
Tenho a companhia
fiel de uma linda
Coruja-do-Mato,
A poesia ilumina
cada passo a ser dado,
Um dia vou ganhar
o teu coração apaixonado.
Nos prevejo num
Recife barreira,
Lerei o poema
das tuas mãos reunidas
a sós com as minhas,
Seremos o aquecimento
e o acordado esquecimento
de tudo que nos deixa afastados.
Meu poema bonito,
meu Recife arenito
que me ergue no etéreo
e anda me ofertando
um tão magnífico mistério.
A Casa Mal Assombrada
de Florianópolis não
sai da minha cabeça,
Este é o poema:
(Só sei que fica ali
no bairro Monte Verde).
Nas asas da Beleza prola
espalhar a poesia
diáfana e incapturável,
E como dádiva da vida
quem sabe ganhar
o seu amor imensurável.
Pirara se lançando altiva
contra as correntezas
que andam escrevendo
poemas nem tão bons assim,
Quem sabe um dia este
pesadelo um dia terá fim.
Nas sublimes asas
da Borboleta oitenta-e-oito
leio o infinito deste amor
que na poesia do destino
está escrito e me aguarda
com todo o candor divino.
A Jurupoca
contente escreve
nas águas a poesia
em companhia
dos raios de Sol,
Nas entrelinhas
da correnteza há
assemia da perfeita
escrita feita a nado,
No rio do coração
também existe quando
se está apaixonado.
O Rabo-branco-cinamôneo
foi ao encontro do Sol,
O poema é o fenômeno
do tempo que não se detém,
Ninguém é o tempo todo refém.
Begônia é o símbolo
floral fluminense
da minha existência,
tenho feito da minha
um poema infinito
com as cores que
nos guiam porque
em mim ainda está
vivo o romântico,
perene e sereno
espírito brasileiro
que tem como sagrado
cada rincão do país inteiro.
Pelo quilombo eu sou
Caxambu espalhado,
bem tocado e dançado,
Poesia imparável que
nem mesmo o tempo
pode vir a capturar,
Estou presente aqui
e por todo o lugar,
Você pode ir por aí,
Mas sou eu o amor
que chegou para ficar.
Não nego o meu
sangue caipira,
A minha poesia
catira dança
do Centro-Oeste
ao Sudeste,
E deste coração
jamais se tira.
Sempre que mandam
embora a poesia cresce,
A poesia nasceu com
a sina de ser enxotada
até por veneno de língua
de gente mal parida
que se acha acima
do Bem e do Mal;
Não importa o tipo de morte
morrida ou matada,
A poesia se eterniza
vence e na eternidade fica.
Tempos onde tudo
se tornava poesia,
os pares, os copos
e as facas se trocavam.
Todos dançavam
com a faca maruja
riscando o chão
e amolando no ar.
Tempos que só
se parava de dançar
quando a bebida
do copo acabar.
Tempos onde todos
sabiam se divertir,
e encontravam o seu par
para o coração entregar.
Você fica feliz sempre
quando me vê,
a minha voz te fascina
e a cada dia a minha
poesia te alucina;
Sou eu é que faço
o teu coração por mim
dançar fandango,
Bem de mansinho sei
que você está chegando.
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