Poesias sobre o Brasil
Empada para chamar
alguém de chato,
A Empada não merece
tal injustiça,
Ela merece mesmo
é espaço no meu prato,
Porque ela é uma delícia.
Dormir e acordar
ouvindo como
criança de longe
a Ali-Mangariba
dos Malês,
Uma viagem
ao passado ancestral
num sonho espiritual,
Precisava ter partilhado
não sou igual
a ontem e nem você
que com o coração me lê.
Mais uma alma
miserável unida
a outras almas
ainda mais miseráveis
que só encontram
a glória na destruição
levando a Humanidade
toda a extinção,
Não preciso falar
nada porque todos
sabem quem são,
e apenas são mais
da mesma aberração.
Apesar do desejo
de alguns de pintarem
este mundo de gris,
A cor que vejo
é a do amor dos teus
olhos que ainda não
sei como são,
Neste entardecer
tenho mais de uma
razão para renascer
mesmo que ainda
não tenha chegado
o nosso lindo amanhecer.
Furrundum bem adoçado
com rapadura ou açúcar mascavo,
Vou fazer para você provar
só para te deixar apaixonado,
Há por injustiça da nossa
língua quem chame
o Furrundum de briga...,
O Furrundum é
doce de cidra ralado,
Oh, coitado! Oh, coitado!
Filé de todo
o tipo de carne
para saborear,
Filé também é
um jeito para
se cantar alguém,
Você escolhe
como se expressar.
A fruta pode ter
sentido conotativo,
E sentido denotativo,
Cada um na vida usa
o sentido que quiser,
e ninguém tem
nada a ver com isso.
Farinha amiga
do amigo Feijão,
do companheiro Pirão
e de qualquer receita
com molho não
pode faltar jamais
no meu prato,
Comer sem Farinha
é viver entendiado.
Derrama-molho
para colocar
um melhor gosto
naquilo que
você imaginar
ou até mesmo criar,
Tem artesão que
é capaz de fazer
caprichado de barro,
E eu sou capaz
que você desejar.
Nunca estive longe,
sempre estive dentro,
muito além do tempo
por onde anda o coração
e o seu sentimento.
Em todas as cenas românticas
vivo te incluindo mesmo
sem saber se está escrito
pela pluma poética do destino.
Trago os sinais da Pátria Grande
nas mãos pelas ribeiras do Uruguai
e enquanto aprecio um 'ceibal',
porque amar a terra é fundamental.
No meu peito e no pensamento
rotas intermináveis tenho feito
para ser parte do seu sentimento.
Sem ao certo saber a direção
que me faça te encontrar,
vou adiante devagar e sem parar.
A liberdade seja aqui na Pátria
do Sabiá-Laranjeira ou em qualquer
outro lugar nem sempre assume
caminhos convencionais,
e sempre é imprescindível e cara,
Reafirmo que nos vale muito
a nossa República proclamada.
Em mim há o inevitável
e o indissolúvel neste coração
de Ipê-Amarelo em flor,
a vontade de seguir adiante
com todo o sublime meu amor.
escrevendo o perene romance.
Em mim há voto pujante
e valente no amanhã,
nas veias a cor vibrante
do Pau-Brasil em flor
para insistir nesta nossa
com todo o meu profundo
amor sem data e sem hora.
Porque o meu compromisso
é compromisso de quem
elegeu o Brasil para viver,
e também o compromisso
enraizado ancestral que
aqui Deus semeou e fez nascer.
(Se eu tivesse que escolher
nascer no Brasil,
escolheria para sempre escolher).
Nos seus braços
haverá o verão
de desejos apaixonados,
Que só acontecerão
numa viagem que só haverá
espaço para o amor e a paixão.
Paio para chamar
alguém de bobo,
Paio mesmo é só
para colocar gosto
no nosso Feijão
para ficar saboroso.
Paçoca para se
referir a confusão,
Para mim a Paçoca
que importa pode
ser feita de Amendoim
ou do amado Pinhão,
Paçoca, paçoquinha
amada do coração...
Minha Sardinha nacional,
Manjuba... Manjubinha...
Pititinga desaparecida!
Manjuba, Manjubinha,
Pititinga amada...
Minha Sardinha nacional,
que em porção tinha
um sabor sem igual!
Manjubinha querida,
volta aqui sua sumida!
Garapa, Melaço, Mel-de-furo,
é o quê você é capaz de fazer
com o meu coração tão duro,
É inegável que temos futuro.
As tuas loucuras
de amor têm todos
os dias erguido
jardins suspensos
para nos abrigar,
dando o luxo de contar
um com o outro acima
de todas as influências
que atentam contra o quê fascina.
O meu brio é herdeiro
de Anahí em resistência,
O meu coração é Ceibo
nascido em plena fogueira.
O meu coração é Ceibo
preservado nas paisagens
da Argentina e cantado
nas canções folclóricas.
Minha Pátria Grande é poesia,
sigo como continuidade
de tudo o quê com a terra liga.
Continuo a mesma que nem
em sonho te dá sossego,
sou o teu amor nascido perfeito.
Quem busca as caras
do amor pode ficar
condenado a jamais
encontrar porque
o amor verdadeiro
tem a ver com
o quê é do espírito,
e nada tem a ver
com o quê é físico.
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