Poesias sobre Natureza
É inegável que viver sem lenço nem documento sempre nos alegrou. Isso está associado em nossas mentes com fugir do passado, da opressão, da lei e de obrigações maçantes. A liberdade absoluta. E a estrada sempre conduziu ao oeste.
Chega a manhã em que sinto que nada mais precisa ser ocultado, ir embora parece surreal, mas meu coração nunca ficará longe daqui. Tão claro quanto respirar, quanto estar triste. Trago na carne o que aprendi, vou embora acreditando mais do que antes. E existe um motivo, um motivo para voltar. Enquanto cruzo o hemisfério tenho vontade de ir e desaparecer. Eu me machuquei, eu me curei, agora me preparo para pousar, já estou pronto para pousar. Este amor não tem limites.
É nas experiências, nas lembranças, na grande e triunfante alegria de viver na mais ampla plenitude que o verdadeiro sentido é encontrado.
Há dois anos ele caminha pelo mundo sem telefone, piscina, carros, nem cigarros. A liberdade máxima. Um extremista. Um viajante esteta cujo lar é a estrada. E agora, depois de dois anos errando, vem a última e maior aventura. A batalha culminante para matar o falso ser interior e concluir com vitória, a revolução espiritual. Sem continuar a ser envenenado pela civilização, ele foge e caminha solitário pelo mundo para se perder em meio à natureza.
Venho pensando cada vez mais que deverei ser sempre um caminhante solitário da natureza. Meu Deus, como a trilha me atrai. Você não pode compreender esse incansável fascínio. Ao cabo de tudo, a trilha solitária é o melhor. [...] Jamais deixarei de vaguear. E quando chegar o momento de morrer, encontrarei o lugar mais selvagem, mais solitário, mais desolado que exista.
E também sei o quanto é importante na vida não necessariamente ser forte, mas se sentir forte, se avaliar uma vez na vida, se encontrar pelo menos uma vez na mais antiga condição humana,encarando a cegueira, ficando surdo com nada pra te ajudar além de suas mãos e sua própria cabeça.
"O cuidado entra na natureza e na constituição do ser humano...Sem o cuidado, ele deixa de ser humano. Se não receber cuidado desde o nascimento até a morte, o ser humano desestrutura-se, definha, perde sentido e morre. Se, ao largo da vida, não fizer com cuidado tudo que empreender, acabará por prejudicar a si mesmo e por destruir o que estiver a sua volta...O cuidado deve ser entendido na linha da essência humana".
O homem não passa de um caniço, o mais fraco da natureza, mas é um caniço pensante. Não é preciso que o universo inteiro se arme para esmagá-lo: um vapor, uma gota de água, bastam para matá-lo. Mas, mesmo que o universo o esmagasse, o homem seria mais nobre do porque quem o mata, porque sabe que morre e a vantagem que o universo tem sobre ele; o universo desconhece tudo isso.
Eu não sei esperar nada. E a natureza gritando no meu ouvido que então, já que sou birrenta, vou ficar sem nada mesmo. Porque é preciso saber viver. Atiram a gente nesse mundo, nosso coração sente um monte de coisa desordenada, nosso cérebro pensa um monte de absurdo. E a gente ainda precisa ser super-equilibrada para ganhar alguma coisa da vida. Como se só por estar aqui, aturando tanta maluquice, a gente já não devesse ganhar aí um desconto para também ser louco de vez em quando.
Aquilo que insistimos em fazer torna-se mais fácil – não que a natureza da tarefa tenha se modificado, mas a nossa capacidade de executá-la aumentou.
Diplomas, títulos, PhDs! A natureza, ao fazer um ser humano competente, por acaso consulta faculdades?
O homem é apenas um caniço, o mais fraco da natureza; mas é um caniço pensante. Não é preciso que o universo inteiro se arme para esmagá-lo: um vapor, uma gota de água, são suficientes para matá-lo. Mas, mesmo que o universo o esmagasse, o homem seria ainda mais nobre do que o que o mata, porque ele sabe que morre, e conhece a vantagem que o universo tem sobre ele; e disso o universo nada sabe. Toda a nossa dignidade consiste, pois, no pensamento. É a partir dele que nos devemos elevar e não do espaço e da duração, que não saberíamos ocupar.
"Tudo está na natureza encadeado e em movimento – cuspe, veneno, tristeza, carne, moinho, lamento, ódio, dor, cebola e coentro, gordura, sangue, frieza, isso tudo está no centro de uma mesma e estranha mesa. Misture cada elemento – uma pitada de dor, uma colher de fomento, uma gota de terror. O suco dos sentimentos, raiva, medo ou desamor, produz novos condimentos, lágrima, pus e suor, mas, inverta o segmento, intensifique a mistura, temperódio, lagrimento, sangalho com tristezura, carnento, venemoinho, remexa tudo por dentro, passe tudo no moinho, moa a carne, sangre o coentro, chore e envenene a gordura: você terá um ungüento, uma baba, grossa e escura, essência do meu tormento e molho de uma fritura de paladar violento que, engolindo, a criatura repara o meu sofrimento co'a morte, lenta e segura. Eles pensam que a maré vai, mas nunca volta. Até agora eles estavam comandando o meu destino e eu fui, fui, fui, fui recuando, recolhendo fúrias. Hoje eu sou onda solta e tão forte quanto eles me imaginam fraca. Quando eles virem invertida a correnteza, quero saber se eles resistem à surpresa, quero ver como eles reagem à ressaca. Meus filhos, vocês vão lá na solenidade, digam à moça que a mamãe está contente tanto assim que lhe preparou este presente pra que ela prove como prova de amizade. Beijem seu pai, lhe desejem felicidade co’a moça e voltem correndo, que eu e vocês também vamos comemorar, sós, só nós três, vamos mastigar um naco de eternidade."
A natureza humana é assim. As outras emoções ternas da juventude, se as houvera, haviam caído num abismo.
Todas as leis da natureza são leis divinas, pois que Deus é o seu autor .Abrangem tanto as leis físicas como as leis morais.
Quem tem tão pouco conhecimento da natureza humana a ponto de procurar a felicidade na mudança de tudo à sua volta, mas não se dispõe a mudar também, desperdiçará sua vida em esforços infrutíferos e multiplicará as aflições que procura remover.
Tente penetrar, com nossos limitados meios, nos segredos da natureza, e descobrirá que por trás de todas as leis e conexões discerníveis, permanece algo sutil, intangível e inexplicável. A veneração por essa força além de qualquer coisa que podemos compreender é a minha religião. Nesse sentido eu sou, de fato, religioso.
A natureza faz troça dos indivíduos. Desde que a grande máquina do universo vai girando, os ínfimos seres que a habitam não lhe interessam em nada!
Totalmente indiferente ao destino, a natureza só se ocupa do destino da esécie. Perante ela todos os seres são iguais. A existência do mais pernicioso micróbio é cercada de tantos cuidados quanto a dos maior gênio.
Os metereologistas costumam avisar com mínimo de antecedência quando a natureza vai sofrer um fenônemo climático, quando um temporal está a caminho, quando é hora de retirar as roupas do varal, ou nos casos mais extremos reforçar portas e janelas. Mas, ainda não inventaram um recurso tecnológico para avisar quando um homem vai entrar na sua vida e fazer o chão tremer.. Você foi o abalo sísmico totalmente inesperado, e antes que pudesse me defender, deu-se início da minha devastação.