Poesias sobre a Amazonia
Filha do norte
Sou o meu próprio Norte
Filha da Amazônia
E cria das lendas
que circundam a minha gente.
Cresci ouvindo muitas história
De Jurupari à Cobra Grande
Artifício dos antigos, talvez!
Freio para as crianças
Asas para imaginação.
Minha rede era a minha cama
Meu parque de diversão!
Nave que me levava
pra muito longe,
onde meus pés não tocavam o chão.
Sou viajante sem rumo
Que avistou um Belo Horizonte
E quis pousar.
Minha força vem da mãe natureza,
Das Amazonas,
Das caboclas ribeirinhas.
Nas minhas veias correm
sangue das guerreiras que,
como uma aranha em sua teia,
Prende o que a alimenta
e descarta o que lhe faz mal.
“O Brasil não conhece a Amazônia".
Fato! Mas nem nós próprios, amazônidas, a conhecemos como deveríamos.
Seguimos desmatando, ignorando a Amazônia,
Qual é o ponto que almejamos nessa insensatez tamanha?
Sob um calor extremo, sofremos, os ricos, sem a menor preocupação.
Frutos do eurocentrismo, visão distorcida,
Descartamos a teoria de nossa origem na terra,
Mas sem ela, como manteremos a chama da vida?
Evoluímos, mas à natureza tratamos com desdém, corroendo a alma,
Por que destruir o único fio que nos conecta?
Fio que atravessa gerações, e ainda assim, jogamos a sujeira no chão.
Encerro este poema com um pedido de desculpas, pois no fim,
Também sou filho desse fruto que destrói.
A queimada no Brasil
Matou planta e animal
Lesionou a Amazônia
Maltratou o Pantanal
A tristeza foi saber
Que o fogo de arder
Foi ação intencional
Não há dinheiro no mundo que apague incêndios,
custaria muito menos proteger a Amazônia...
...nascente dos rios voadores
Fogo no museu, fogo no Pantanal
Fogo na Amazônia e cadê os moralista?
Cês só reclamam do nível do fogo
Quando o povo grita: Fogo nos racistas
passarinho da Amazônia, eu conto ou tu conta?
Na moda da cidade você não existe, morra na queimada.
De longe não vejo o indio, nem a sua cenzala.
''Serra'' Humano
Campo verde só mato
eu sinto o cheiro do chão
Ô coisa mais linda é
enxergar uma plantação
Descobrir maravilhas
falar com o agricultor
Plantar belas cementes
do fruto do amor
Cuide do que é verde
do que é mato e da vegetação
Ser humano falha
agindo com a desmatação
Coitados dos nossos índios
sofrem de insônia
mas vão dormir como com maquinas revirando a amazônia?
Amazônia? ou a maior ZONA?
dos tais barões lenhadores
florestas de cobiças
hectares de valores?
Mas tudo bem que você
precisa de papeis para escritórios e
moveis para a sua casa
continue degradando o eco sistema e reclamando da chuva ácida.
Pois, saiba que é preciso
podar as folhas podres e
adubar a nossa terra
Infelizmente eu sinto
o que as árvores sentem
em contato com a serra.
Desmataram o verde e cobriram de luto
com as cinzas das próprias folhas
a mesma folha que assina o contrato
é a mãe das que jazerão nos matos
consequência de nossos atos
em transformar que vive
em algo tão barato.
No território indígena,
O silêncio é sabedoria milenar,
Aprendemos com os mais velhos
A ouvir, mais que falar.
No silêncio da minha flecha,
Resisti, não fui vencido,
Fiz do silêncio a minha arma
Pra lutar contra o inimigo.
Silenciar é preciso,
Para ouvir com o coração,
A voz da natureza,
O choro do nosso chão,
O canto da mãe d’água
Que na dança com o vento,
Pede que a respeite,
Pois é fonte de sustento.
É preciso silenciar,
Para pensar na solução,
De frear o homem branco,
Defendendo nosso lar,
Fonte de vida e beleza,
Para nós, para a nação!
Pela riqueza de poucos abdicamos:
"Do meio ambiente, Da nossa água, Dos seres da natureza, Das Chuvas, Dos impostos, De Direitos, Do Futuro, Da terra, Do Ser humano."
Para não recebermos nada por isso e algum dia nós pagarmos a conta por tudo isso.
"Quando a rua vira rio
O piso da casa vira maromba
O telhado fica cada vez mais perto
E o sossego cada vez mais longe"
Quando me apaixonei me perdi.
Quando amei me encontrei.
A paixão tem pressa.
O amor tem calma.
A paixão adoece.
O amor cura.
A paixão cega.
A amor ilumina.
A paixão é um turbilhão.
O amor o orvalho da manhã.
Quando me apaixonei esqueci de mim.
Quando me amei virei prioridade.
O amor sempre ilumina.
O amor traz calmaria.
Traz boa companhia.
Traz alegria.
Sinônimo de felicidades e bons momentos.
Sinônimo de cheiro.
Tempero.
Bom paladar.
Novos sabores.
Novos lugares.
Sinônimo de amore.
Amor é magia.
Conexão e energia.
Aconchego da alma.
Mente em sintonia.
Amar é desejar o melhor ao outro.
E o desejo do outro é a sua companhia.
Repeti, só as boas companhias.
No percurso da vida é importante saborear novas experiências.
Olhar por outro ângulo.
Vê nossas possibilidades.
O Pará sofre muito com a infraestrutura. Mas algo que a Amazônia proporciona a essa terra riquíssima é a natureza.
Alguns ficam tristes quando uma árvore é cortada na Amazônia, mas são insensíveis quando ocorre nos seus quintais.
Amar a Amazônia, como ela é muito alem de como conseguimos vê-la... me alertava meu querido amigo, mestre o artista e intelectual amazonense Moacir Andrade. Amar verdadeiramente selvagem para entende-la.
O maior laboratório natural de bioquímica do planeta para o século XXI é a Amazônia e ainda se encontra adormecido e muito pouco conhecido. De lá ainda há de vir as mais completas respostas e melhores soluções para nossa desafiante bio-diversidade.