Poesias de Saudades

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⁠"Me afasto, mas espero te ver ao longe, de novo.
Mais um sorriso tímido, um aperto de mão, um olhar bobo.
Imploro Cristo, preencha logo, meu coração, com algo novo.
Já que sobre os céus, em seus complexos planos, não nos planejou, um com o outro.
Não me disseram, que o amor, vem acompanhando com devaneios tolos.
Tristeza e desgosto.
Ela é como santa, eu, apenas um tolo.
Pecador, escravo do pecado, servo do próprio diabo, um louco.
Mas, vislumbrá-la, é o mais próximo que chegarei da salvação, o mais próximo que chegarei do paraíso; estou morto.
Vivo por vê-la; e por não tê-la, morto.
Quero salvá-la, por isso, me afasto, de bom grado, com gosto.
Mas espero, amor meu, te ver ao longe, de novo..."

Inserida por wikney

⁠"Às vezes, me pego de olhos fechados, em qualquer lugar, te imaginando.
Antes, eu o fazia para lembrar-lhe; hoje, o faço, para segurar o pranto.
Evitar que a lágrima role por minha face e regue o ódio, que traz o abandono.
Não me restara nada, eu sabia, não deveria ter me dado tanto.
Erro meu, por ter feito de ti, da minha vida, acanto.
'Ela me ama.': Dizia eu, tolo por demais, ledo engano.
Ainda sinto seu cheiro no vento, vejo seu rosto em cada face e ouço sua voz, em todo canto.
Até mesmo, em dos pássaros, o canto.
Talvez, o meu erro, tenha sido ser, demasiado franco.
Toda vez, que eu fazia você entender, que a minha existência residia em seu beijo, eu já previa o meu pranto.
Rogo pra esquecer-lhe, mas, me pego sempre, de olhos fechados, em qualquer lugar, te imaginando.
Tentando, em vão, segurar o pranto..."

Inserida por wikney

⁠"Sei, que não seremos um paraíso, sei que teremos nossas brigas.
Sei, que venero uma imagem imaculada de perfeição sua, D...; que não existe, sei, digo-lhe que sei, sei que não és perfeita.
Mas só Deus sabe, amada minha, somente o Deus, sobre os céus, sabe, D..., o que eu daria, o que eu faria, pra viver cada dia da minha vida, com cada defeito seu.
Talvez, o defeito seja eu.
Nosso amor, só meu.
O que sei? Sou seu.
Roguei aos céus, por seu amor; ele não veio, então, matei Deus.
Me mate Deus.
Perdão, amada, mas em meus devaneios, em meus desabafos, há muito, que a razão se perdeu.
Se te assusto, com minhas palavras, perdão, de novo.
São só palavras de um amante, de amor, de um louco.
Hoje, lhe escrevo, D..., para que não se vá, na tentativa de fazer com que eu viva, nem que seja por mais um dia, de novo.
Mas caso, tu não me revivas, meu amor; morrerei em nossas memórias, em nossas fantasias, com prazer, inenarrável gosto..." - EDSON, Wikney - Memórias de Um Pescador, A Carta da Primeira Ausência

Inserida por wikney

⁠"Eu já não tenho mais pudor, eu quero te ver em toda face.
Me ame, meu amor, rogo para que esse louco amor, não me mate.
Essa doença me faz bem, tudo bem; não se vá, mas se for, já vai tarde.
Tarde demais para as lágrimas; muito cedo pra saudade.
Busco conforto em cada esquina da cidade.
Tento encontrar-lhe.
No cheiro das flores, na calmaria dos parques.
No bailar de cada árvore.
Nos semáforos, nos prédios, no cinza céu, nas mesas dos bares.
Não passa, aquele nosso amor, que jurei ao meu eu, ser só uma fase.
Deus, que fase!
Eu queria que a saudade fosse aquele tipo de lâmina, que não rasgasse a alma, somente a carne.
Queria que, ao sentir seu cheiro no vento, aquela antiga ferida, não sangrasse.
Me acostumo com a dor, pois já não tenho mais pudor, eu quero te ver em toda face..."

Inserida por wikney

⁠"A maior maldição humana, é esquecer coisas que, se possível, teriam sido eternizadas, em um único momento.
Eu odeio nossa materialidade, eu odeio o tempo..." - EDSON, Wikney - Reflexões

Inserida por wikney

⁠"Às vezes, o homem tem vontade de nunca acordar.
Não pela morte em si, mas pela vida e alegria, que existe em sonhos, que mil anos de realidade, jamais trará.
Em meus sonhos, sei bem o que há.
É ela, ela que sempre está lá.
Com um sorriso de incendiar a alma, de lábios vermelhos e cabelo preto, a me esperar.
Por vezes, no meio da noite, desperto atônito, suando frio, sem ar.
Algumas vezes, busco-a em meio aos lençóis e ela não está lá.
Outras, desperto com os olhos inundados, à lacrimejar.
Meu pranto, minha mazela, é sempre pelo mesmo motivo, amaldiçoo o meu despertar.
Minha realidade é maldita, porquê ela não está lá.
Não consigo, ela, encontrar.
Então, deito de novo, rogando para retornar ao doce sonho, desejando, assim, jamais acordar..."

Inserida por wikney

⁠"Perdão, amor, o erro foi meu.
Errei, em ligar de novo, errei em implorar por você, a Deus.
Errei, em dizer adeus.
Sim, meu amor, perdão, erro meu.
Errei, em te amar demais, errei em amá-la, mais do que eu.
Errei, em não tolerar o desdém, a indiferença, o beijo frio, que me ofereceu.
Perdão, amor meu.
O erro não é nosso, o erro é só meu.
Assim, como nosso amor; pois quando do seu abandono, só o coração, desde que lhe escreve, sofreu.
Perdão, meu amor, o erro foi meu.
Falando em coração; há muito, abstive do meu.
Desde o momento do nosso primeiro olhar, este lhe pertenceu.
Hoje, percebo; não obtive o seu.
Mas, peço-lhe perdão, amor meu.
Perdoe-me, por desejar-lhe da primeira aurora, até da noite, o último breu.
Realmente; reflexivo na madrugada, percebo: o erro foi meu.
Errei, em fazer de ti, a minha religião, eu deveria ter morrido ateu.
Errei, em tentar matar o nosso amor, eu deveria ter matado o meu.
Ter matado eu.
Por te amar demais, assumo o fardo da culpa, vá em paz, deixe comigo, o inferno da culpa e o paraíso dos sonhos, que um dia me prometeu.
Perdão, meu amor, assumo: o erro, foi meu..."

Inserida por wikney

⁠"Eu, a partir de agora, deixei de ser o tolo.
Ser o parvo, bom moço.
Vou me tornar um Robin Hood de paixões, roubarei corações, que pertencem a outros.
Cansei de tentar acertar, vou esperar de alguém, um erro bobo.
Aguardarei pacientemente, o erro de um namorado, um marido, um noivo.
Roubarei de sua mãos, o seu maior tesouro.
E distribuirei as riquezas, ao meu pobre corpo.
Dói-me na alma, esse tipo de artimanha, mas abriram mão da honradez, então, o melhor dos jogadores, jogará o jogo.
Cansei de perder, eu hei de sagrar-me campeão, de novo.
Enquanto isso, vislumbro a estupidez do povo.
A ingenuidade do bom moço.
O massacre que a sociedade faz conosco.
E, por entre lágrimas e reflexões, decidi: a partir de agora, deixarei de ser o tolo..."

Inserida por wikney

⁠"Amor, não teve festa.
Não houve gingado, não houve seresta.
Não teve festa.
Houve mazela.
Saudade intrínseca, pensamento nela.
Mas, não teve festa.
Houve uma longínqua lembrança, de lágrimas nos olhos e um beijo na testa.
Teve tudo, menos festa.
Teve falsas juras de amor, ilusões de eternidade e de uma vida contigo, falsas promessas.
Sorrisos falsos, para mascarar a minha dor, um todo de infelicidade, de certo, houvera.
Mas, não houve festa.
Você ouviu os boatos, mas não lera a verdade em meus olhos, imperava em meu peito, o seu nome, mal sabia ela.
Vá, pode ir, amargarei em meu âmago, sua ida, a sua ausência.
Na tentativa de matar você em meu ser, me afogarei, aos prantos, faltará adega.
Logo amanhecerei, com um copo vazio, de coração ferido, entorpecido com uma boa bucela.
Mas, lhe garanto, meu amor; não houve, não há e nunca haverá, acerca do seu abandono, festa..."

Inserida por wikney

⁠"Graças a Deus, eu consegui te esquecer.
Já não me recordo mais, quando em nossas brincadeiras, você fazia aquele seu olhar, blasé.
Eu consegui te esquecer.
Já não me lembro mais do seu perfume, meu olfato olvida aquele creme, que presenteei você.
Obrigado Pai, pois consegui esquecer.
Já não lembro mais do nosso primeiro beijo, o primeiro cheiro, me esqueci dos detalhes, que me fez amar você.
Deus, consegui esquecer.
Já não te escrevo mais na madrugada, meu peito já não palpita, ao te ver.
Eu consegui te esquecer.
Ainda bem que já me esqueci, o enlace de nossos corpos, o aveludar da sua tez e o dela em minha boca, o derreter.
Consegui esquecer.
Se foi da minha mente, o negror de cada fio do cabelo, o castanho dos olhos, o sorriso sem jeito e o meu viver.
Arranquei meu próprio coração, pois, cada batida do meu algoz, me lembrava você.
Mas hoje, graças a Deus, cada face, cada farfalhar das folhas, cada brisa do vento, faz com que eu consiga, te esquecer..."

Inserida por wikney

⁠"As vezes em que tive valor, não fui valorizado.
Amando demais, deixei de ser amado..." - EDSON, Wikney - Reflexões

Inserida por wikney

⁠"Nosso beijo fervoroso e o corpo suado.
Nossas roupas espalhadas pela casa e suas lágrimas, se desfazendo, no chão daquele quarto.
Lágrimas de emoção, prazer, arrependimento? Não sei. O que sei? Sua indiferença, tem um gosto amargo.
Saudades, de lhe ter em meus braços.
Lembro-me, dos seus abraços.
Onde eu era Rei e escravo;
Pecador; perdoado;
Amante e odiado;
Deus e o próprio diabo;
Curador de lágrimas e motivo do pranto, derramado.
Levanto na madrugada, vislumbro o seu corpo nu e não entendo o motivo do chão encharcado.
Será o suor de nossos corpos? O prazer causado?
Ou as lágrimas, o seu pranto, derramado?"

Inserida por wikney

⁠⁠Ao Meu Amado
"Se você for um sonho, eu não quero acordar"
Acho que em algum momento eu acordei...

Inserida por Cartasaosmeusamores

⁠Olhos pretos, voz suave
Sorriso que me invade
Beijo pela metade
no meio da escada
no fim de uma tarde
Se ao menos por um instante fosse permitido
Tudo faria muito mais sentido
Se nesse momento o relógio marcasse mais lento
O tempo ficasse mais frio
E a nossa distância fosse por um fio
Eu iria matar toda essa vontade de ti
Que senti e não vivi

Inserida por dhyggo

⁠Mar, maresia,
vento, areia...
linda sereia!
a gaivota enche
o peito de ar
e voa
ela
sabe amar
― à beira-mar.
Mar tão
nobre
quanto
ardil
havia aqui
um barco
a maré
o levou
sentado na
areia
fico a me
perguntar
se ainda
navegarás.
ou estarás
ancorado
na ilusão
de um marinheiro.
Meu peito,
― feito ilha ―
aperta
de saudades!

Inserida por Moapoesias

⁠Será que tive que cruzar o oceano para encontrar você?
Será que fui tolo de me declarar sabendo que não poderia te ter?
Sera que nosso fio vermelho é tão forte ao ponto de não se romper?
Queria querer estar com você, mas me impede a certeza pois tão grande é a dureza de ter que sofrer.

Inserida por IsaacRamoan

⁠"Hoje, vai chover, eu sei; pois o vento, me lembrou seu cheiro.
Hoje, vai chover, eu sei; pois o gelado do vento, arrepiou-me a pele e me fez lembrar seu beijo.
Hoje, vai chover, eu sei; pois roguei aos céus que chovesse, para mascarar as águas do meu rosto.
Hoje, vai chover, eu sei; pois mesmo quando as lágrimas do céu, não recaem sobre mim, em sua ausência, será tempestade em meu eu, nada de novo.
Hoje, vai chover, eu sei; pois o rugir do trovão, não foi capaz de tirar da minha mente, o seu choro.
Erro, erro, erro sim, de amarguras, meu peito roto.
Avido, escritor, vívido, parvo, o tolo.
Penso em ti, o relâmpago acende o escuro do meu quarto e em um súbito luzir, vejo seu rosto.
O brilho do castanho dos olhos, me paralisa o corpo.
Sinto que estou morto.
Novamente, perdi jogando o seu jogo.
Odeio a chuva, por fazer-me lembrar de quem, destruira o meu todo.
Eu já sabia, hoje choveu; para o meu desalento, amanhã, eu sei; vai chover, de novo..."

Inserida por wikney

⁠"Eu tento encontrar palavras para descrevê-la e fico perdido.
Talvez, não existam palavras que possam narrar a magnitude de tal mulher, agora acredito.
Se houvessem palavras para descrever o verde dos olhos, o doce do beijo, o macio da tez, eu não ousaria tê-las dito.
Quem diria que eu seria tocado pela própria perfeição, a mais bela, uma divina criação; eu, ser maldito.
Naquele momento, a única imperfeição que existia naquela mulher, era eu, em seus brilhantes olhos, refletido.
Desejo meu, ali mesmo, embalado em seus braços, ter morrido.
Para quando em morte, poder ressuscitar, só para uma vez mais, morrer no olhar do meu mais belo delírio.
Venerá-la é paz, mulher, é caminhar sobre verdes pastos, é perder-se no mais belo campo de lírios.
Delicada, de inenarrável beleza, de presença extremamente aprazível.
O aveludar do toque, o perfume dela, me lembram a mais bela rosa e para tê-la, de bom grado, eu me atiraria em seus espinhos.
Mas, infelizmente, paixão de um só é martírio.
Deus, perdoe meu parvo coração e faça com que eu não me perca em seus olhos de mata, que eles não sejam o meu labirinto.
Vê-la ao acordar, acordar só para vê-la; venho sonhando com isso.
Deus, deixara a mais bela de suas criações, dar um passeio comigo.
Eu, que não acreditava em milagres, após vê-la tão perto da minha face, sentir o calor dos lábios, agora acredito.
No fim, tento me encontrar em cada beijo mais lento, que ela desenha em minha boca e não consigo.
Mesmo com o léxico tão vasto, seria impossível; eu tento encontrar palavras para descrevê-la e fico perdido.
Que ela possa me encontrar, em meio ao caos e a solidão, dos meus escritos..."

Inserida por wikney

⁠Lembranças: como é bom observar a chuva pela janela.

A chuva cai suavemente, desenhando linhas líquidas na janela. O aroma fresco que ela trás invade o ambiente, um cheiro de terra molhada que purificava e renovava o clima. Observar a chuva pela janela é um prazer simples, mas profundo de reflexão.

Cada gota que caí no chão parece lavar não só a terra, mas também a alma, trazendo uma sensação de paz e renovação.

Uma chuva boa, daquelas que podem durar o dia inteiro, ou ser apenas uma visita rápida pela manhã ou ao entardecer. Às vezes, ela vêm de madrugada, embalando o sono com seu som ritmado.

Mas o melhor mesmo é quando a chuva dura o dia todo, permitindo que a janela fique aberta, deixando o vento fresco entrar e trazendo consigo a melodia das gotas caindo.

Ver a chuva pela janela trás boas lembranças. Do tempo de saborear um chimarrão ou mate ao redor do fogo de chão, fogão a lenha ou da lareira, se fosse na varanda, melhor ainda. Conversar, prosear, tomando um chá ou saboreando uma sopa paraguaia ou um chipa, enquanto a chuva caía lá fora, era um prazer inigualável.

A chuva na janela faz o tempo passar devagarinho, lembrando dos tempos de criança, correndo na rua e brincando na chuva.

Observar a chuva pela janela faz bem para a alma. Um momento de introspecção, de memórias felizes, de um tempo em que a vida parecia mais simples.

A chuva caindo lá fora é um lembrete constante de que, mesmo nos dias mais cinzentos, existe beleza e serenidade a serem encontradas.

E assim, a chuva pela janela se torna um espetáculo silencioso, mas profundamente reconfortante.

Inserida por yhuldsbueno

⁠Eterna saudade,
Lembrar de você e não poder te abraçar mais.
Lembrar do teu cheiro e não poder te sentir mais.
Aqueles que partem jamais desaparecem, pois sua essência permanece eternamente nas memórias de quem os ama.

Inserida por eduardxsilva