Poesias de Robert Louis Stevenson
Ter sempre uma Capiroçava
por perto ao alcance
da mão para alegrar,
Porque com paciência
e ternura tudo vai se encaixar,
É só acreditar, se dedicar
e não deixar ninguém te desanimar.
Rio Grande do Sul
O céu chora sobre
a Pátria Pampa
os efeitos dos limites
ultrapassados,
Encontrar as causas
e as faltas
é importante porque
sempre existirão
aqueles que fingem
que é melhor não ver,
O importante é salvar
os vivos para daqui
para frente e prevenir
para que dilúvios,
e os infortúnios
não sejam repetidos.
Bolinho de Chuva
Bolinho de chuva
feito na hora
sempre acaba
fazendo história,
E faz com que
se esqueça até
que chove lá fora.
Fandango Quilombola
O meu sangue é
Quilombo Fandango,
é por isso que eu canto,
sigo dançando
este Fandango Quilombola
e faço questão
de esquecer até da hora.
Canhoto
O Mate Canhoto na cuia,
a bomba na direção da Lua
o gaúcho com a cabeça
noutro lugar e a poesia
a se espalhar pelo Pampa
igual o amor quando está no ar.
Chimarrão de China pobre
O gaúcho sempre teve um
coração enlaçado pelo mundo,
olhando e meditando
para o Chimarrão de China pobre
na Cuia pode ser que
o nome dele remeta a memória
do doloroso período
Imperial que foi uma época
que o povo chinês vivia
condenado a pobreza brutal,
assim esculpido na Cuia o Mate
me fez lembrar da luta sem igual.
Samba Rock
O teu beijo com o meu beijo
alimentam o desejo,
O seu toque com o meu toque
nos colocam para dançar
um bom Samba Rock.
Meia Lua
Para encantar te preparo
um Chimarrão Meia Lua
com um Mate perfumado,
Você sabe que não resisto
mais o seu charme que tem
deixado o coração apaixonado.
Os teus lábios têm um
quê convidativo de doçura
de Rapadura de Jaracatiá,
É neles que desejo
da amargura deste
mundo os meus adoçar,
E esquecer de tudo
em nome do melhor
que virá onde o imperativo
há de ser amar ou amar,
porque não há outro destino
para a gente se encontrar.
Eu sou brasileira
o chá que bebo é
o chá dos povos,
o chá do pajé,
o chá do quilombola,
o chá da imigração,
o chá da rezadeira
benzido de coração.
Minh'alma atlântica
e inteiramente nua
rimando com Lua
capta de longe a sua
que se encontra longe
do Médio Vale do Itajaí,
sem estar comigo
remando no Itajaí-açu,
sem estar colado
dançando com a orquestra
do silêncio em Rodeio
e mesmo assim ainda
encontrando espaços
quando fecha os olhos
para te encontrar nos sonhos.
O Médio Vale do Itajaí
sob o Hemisfério Celestial Sul
é onde a Lua vem perto
da janela fazer gracinha
para o Pico do Montanhão
até de manhã brindando
o meu coração com inspiração
e poesia neste levantar do dia
neste tempo que se esfria
na nossa amada cidade tranquila.
Traçar com a colher
o Xadrez no Mate
para o Chimarrão,
Nos assuntos do coração
não podem a ver jogos,
e sim é preciso a ver rituais
que nos unam a cada dia mais.
Imbituba Poética
Minha Imbituba poética,
você vale muito mais
do que este poema,
Estou aqui para te exaltar
e a tua História abraçar.
Dos Índios Carijós tu fostes
o lar e és o sambaqui perpétuo,
destes originários
que pelos padres foram visitados
para ser catequizados.
Minha Imbituba poética,
tu começaste a se erguer
com a chegada do Capitão,
Este poema de carvão
inapagável escreve para nunca
mais ninguém esquecer.
De todos os poemas de cerâmica
tu foste a mais linda freguesia
que depois fostes desmembrada
para se erguer cidade emancipada
e ser o meu porto nesta vida.
Minha Imbituba poética,
só sei que de Armação
tu tornastes Santuário de baleias,
terra de muito trabalho
e paraíso de sereias tão lindas
e verídicas que até parecem lendas.
A sua falta de tato
numa data especial,
apenas confirmou
o quê eu já sabia:
você é uma alma fria.
A sua ironia ainda
será a sua armadilha,
eu sou poetisa e o seu
menosprezo me soa:
'amanhã será outro dia'.
A sua ausência serviu
como borracha para
apagar da memória
quem mostrou desde
o início que não prestava.
A sua falsa inteligência
só deu pista sobre pista,
ela foi tão precisa que
fez com que eu queira
de ti para sempre distância.
Cada vez que retorno e passo nela
O passado revivo na lembrança,
Tantas coisas do tempo de criança
Mãe botando no fogo uma panela.
Sobre a mesa com fruta uma tigela
Eu cresci sem saber o que é ganancia,
Violência, bandido e intolerância.
Mas cresci e a idade me deu asa
TEM LEMBRANÇA VAGANDO PELA A CASA
ONDE UM DIA VIVI MINHA INFÂNCIA.
(Léo Poet)
*
Mote:Belchior
Não sou dono da verdade
Mas dela sou aprendiz,
Não tenho medo do erro
Mas o acerto me diz.
Que devo tocar em frente
Pra nele ser bem feliz.
Melodia llanera cantada
para todo o continente,
que em sinal de gratidão
devemos honrar quem
sempre cuidou da gente.
A ironia do destino acena,
que cada um não tema,
e levante uma bandeira
de honra e defesa
para mudar o destino
que foi pelo rumo
que não deveria ter ido.
Entregue nas mãos de Deus,
mas não deixe de fazer
a sua parte pela História,
Ele sempre contempla
por quem busca a glória,
por isso peça que se abra
as portas das cadeias
para a sacrificada tropa.
Venerando a liberdade
em todas as instâncias,
Na voz da esposa
do Tenente Coronel
que está desaparecido,
E presente na voz da esposa
que não pode sequer
se pronunciar e ela
nem sabe que eu existo,
mas por ela sinto:
Na voz do pequeno filho
que ainda nem tem
vocabulário para falar,
E assim sou a voz
dos que não
podem ter voz,
mas justamente
todos estes me têm;
Eis me aqui a reivindicar
junto a sua consciência
para que coloque toda
essa história no lugar,
Inclusive, sou contra o feroz
bloqueio que não deveria
nem ter começado,...
Cadê a liberdade do General
que nem deveria
seguir aprisionado?
Enfim, superam cinco
centenas de discordantes
pelos cárceres,
os militares em mesma
situação há confronto
de cinco dados,
mas superam
a duas centenas;
Não dá para esperar
para trabalhar
por um país reconciliado.