Poesia sobre Silêncio
No teu silêncio
tenho a bússola
para me levar
pela península
das sete colinas,
e mil esperanças
todas meninas
de voltar o toque
do amor doce sentir.
Sem saber quais
serão os próximos
passos algo não
me permite mais
de te querer só aqui,
juntos precisamos
ir muito mais longe
e muito mais
além do horizonte.
No teu silêncio
por encontrar
motivos para ficar,
e se me cansar
poderei caminhar,
só o futuro irá dizer
se irei florescer
pelas tuas mãos
e vir me enternecer.
Te aguardo pleno
como o Willkakuti
aguarda pelo verão,
mas só a tua atitude
ou a falta dela
poderão me atrair
ou me deixar
sem rumo a seguir,
e ciente disso
não posso resistir.
Não faço idéia
do que ocorreu,
serena reafirmo
que a minha
parte foi feita
com a mais
serena certeza
no curso desta
noite imensa
de eclipse solar anular.
Vivo como quem escolhe
em silêncio cada detalhe
de um roteiro de viagem
em prosa e em cada verso
todos os dias te enlevo,
e saio em busca de ser
para a tua vida a mulher:
Esta é a alma do desejo
de ir até onde você está
e como ainda não posso
é para dentro que te levo.
Cada poema que tenho
escrito além de ser
uma declaração pública,
é uma rota de fuga
que por força do destino
irão me levar aos braços
teus sob a luz da Lua:
E ainda sem perceber
que és meu e eu sou tua:
o teu amor é todo meu,
e o meu amor é todo seu.
Pela força do Universo
um nasceu destinado
a ser o mundo do outro,
e não há nada que desvie
ou quem faça ser desviado
o trajeto de cada passo
que por natureza é alinhado.
E o coração em silêncio
repleto de delicadeza
embala uma primavera
que não tem mais
como ocultar do mundo,
ele assume desinibido
que por ti espera.
Com você o silêncio
tem sido o idioma,
Sei que sou a ilustre
habitante do teu peito,
É nele que em ti
me levanto e deito,
de ti não há regresso.
De mim sem reverso
em pensamento doce
inefável e secreto,
Somos Marte e Lua
em anseio de encontro,
pertença e encanto
no nosso céu íntimo.
Não há mais nada
que me tire do sério,
Tenho me divertido
com o Oriente mistério,
que tem ocupado
os meus desejos,
e criados dias intensos.
E assim pouco a pouco
acendendo com fogo
e paixão o quê a razão
não é capaz de entender
vens ganhando terreno,
Desejo de amor perfeito
e o meu sem querer querendo.
No alvorecer
deste mundo
por onde uns
se vão com
vida mesmo
sem se despedir,
Sou o silêncio
que ensina a viver.
Atitudes sempre
nos mostram que
novos caminhos
hão de existir
sob todas as luas,
fortalezas e ruas,
Sou a leitura
decidida a elucidar.
Das minudências
para quem as lê
com tranquilidade
cedo ou tarde,
todas elas surgem;
e jamais devem
ser ignoradas,
Sou a opção que
fez todas apreciadas.
Para não perder
o elã com a vida
por causa de quem
diz que buscar
o refinamento da alma,
e não vale sequer
uma vogal balbuciada.
Se não for para ser amada,
sigo sob a luz do ditado:
"melhor sozinha do que mal acompanhada".
Passei o dia inteiro
com meus princípios,
dores no meu peito
e em profundo silêncio
chorei e fui dormir;
parece que comigo
você só quis se distrair.
Fui despertar do nada
durante a tempestade
em plena madrugada,
me peguei vidrada
em totalmente em você,
o tempo se encarregará
deste feitiço desfazer.
Como você não pode
me amar como mereço,
tirar a minha foto debaixo
dos teus olhos foi
a melhor opção a fazer,
mas você não precisava
ter mostrado para me ferir.
Contei a minha vida
e você sem perguntar
me arremessou
aos anéis de Saturno,
e nem era noite de luar:
os espinhos do roseiral
estão no corpo sideral.
Amo as rosas a ponto
de ignorar os espinhos,
lambi as minhas feridas,
porque prefiro o meu
coração limpo para
um amor sem jogos
de sedução perversos.
Pelo fio do Universo que
me mantém o suspense,
tu me busca secretamente
com o silêncio de Júpiter
ao derredor da Lua Cheia.
Com minh'alma nua e plena
entregue aos beijos do vento,
E com os dezoito Siddhantas
nas mãos desenhando mapas
para derrotar o mau tempo.
Pela honra dos romances
eternos tenho enfeitado
infinitos papéis de carta
que levem a luz das estrelas
em cada um dos meus poemas.
Com a oração sob a luz
e regência da Via Láctea,
Com suavidade hemisférica,
ofertando a espera áurea
do destino coroado pela aurora.
Porque quando você vier
de surpresa sem dizer
o teu nome irá me levar
para bem longe onde só
o amor será o inequívoco exílio.
No silêncio desta
tarde de chuva mansa,
me veio a lembrança
de como disseram
que mataram o Capitão da Armada,
ela fez um barulho danado
só de recordar a voz impostada
de como papagaio da TV
teve a coragem de se referir
a este crime como um bárbaro:
Há erros que podem
ser perdoados,
mas nunca apagados quando repetidos,
Há velhos hábitos e vícios
de comportamento que precisam
ser corrigidos;
Por loucura política ele ter mentido
dizendo que o General
estava envolvido
em atividades conspiratórias
é algo de muito mau gosto,
Não se sabe nem quando
o General será libertado,
pois desde o dia treze de março
do ano de dois mil e dezoito
ele está injustamente aprisionado,
sem acesso ao devido processo legal
e continua em ISOLAMENTO TOTAL.
Perdida no escuro,
só escuto o silêncio:
a juíza segue presa,
e os estudantes
já nem mais sei;
onde estão o Estado
de Direito e a Lei?
Não basta o Governo
pedir a justiça
precisa ter cabeça
para pensar,
olhos para ver,
ouvidos para ouvir,
boca para falar,
braços fortes
e pernas para agir.
E pelo desaparecimento
forçado do General
que foi preso inocente
e de tantos outros
por eles eis o meu lamento:
até quando tanto sofrimento?
não só os meus olhos,
mas o mundo está atento
porque dessa história
não esqueço nem
das vítimas da guarimba
o duro padecimento.
Não se sabe
mais nada,
O silêncio
só aumenta
e tortura,
E não me
conformo,
Não sei
viver sem
saber de tudo,
Sei que não
vou mudar
o mundo,
Só acho que
posso tentar
ser poeta.
Se o Major
foi forçado
a se suicidar
ou se não
aguentou
a pressão,
Não se sabe
a verdade;
Só se sabe
que o estado
é delicado.
Não há luz
e sobra dor,
Até que me
provem o
contrário
Todos estão
ameaçados
para não
denunciar
os maltratos,
Quase não
há mais ar,
Faltam janelas.
Tudo me faz
atordoada,
A dor alheia
à revelia
transferi
para mim,
Não convivo
bem com
a indiferença,
Não soube
de mais nada
do General
e da tropa,
Dessa história
só quero crer
que haverá
um bom final.
Faço votos que
isso não passe
de um mal
entendido,
de uma intriga
ou mesmo de
um pesadelo;
Porque custo
a acreditar
que entre
os Filhos
de Bolívar
isso esteja
acontecendo.
O silêncio
de metal
baixou praça
onde se
chama
por cinco
letras,
E hoje é
conhecida
como
sucursal
do inferno;
Só quero
que não me
queiram mal,
E não me
entendam mal.
Este poema
e os outros
não têm
a ver com
apologia
ao crime
de ódio,
São os dias
que há
tempos
não andam
normais,
E por serem
sensoriais
cada um deles
podem estar
equívocados
ou não,
Mas buscam
ser fiéis aos fatos.
Onde se tudo
não explica,
não se sabe
nenhuma
notícia,
Me desculpem
porque tudo
afeta como
se tivesse
ocorrendo
comigo,
Da General
e da tropa
quero saber
quando cessará
com eles tão
brutal castigo.
O silêncio é
uma pena
capital
aos poetas,
Pergunte
aos xamãs
A quem
pertence
A magia
das letras.
Calar a quem
quer que seja,
Nos incomoda,
e muito!
Das correntezas
nós somos
O barulho,
Não vamos
parar de falar,
Até a liberdade
voltar a seu
Devido lugar.
O silêncio além
de tudo é
Uma provocação
que nos endoida
Tal qual
se tira o diabo
Para dançar:
Você não vai
mais comer,
E nem dormir
Até nos escutar!
O silêncio de gelo
Não convence,
Não impõe medo
E não me cansa.
Sim, você é maior
Do que você pensa:
Nasceste para ser
A real diferença.
O tirano de urânio
Não me alcança,
Sou peixe ensaboado,
O atrevido poemário.
Sim, sou aquela
Que ensina a pensar
Antes de falar,
Para que ninguém
Se atreva a fazer
O povo a se calar.
O absolutismo
Brutal do silêncio,
A ocultação
Total do paradeiro.
Não vou parar
De satisfação pedir,
Sigo a reclamar.
O egocentrismo
Infernal prendeu
Quem não merece
No cativeiro.
Não vou parar
Da liberdade exigir,
Sigo a conclamar.
Quem não aceita
A opinião de quem
Deseja o melhor
Para a Pátria,
Não pode se queixar
Nenhum pouco
Do que o povo fala.
O que é feito em silêncio
declara com sinceridade
seu verdadeiro sentimento,
O Hijab é o seu diário
poema de amor à Allah.
O silêncio diante de uma pessoa
sem tato e que sempre te causa um dano quando conversa contigo é uma
das maiores fortalezas do mundo.
Com o bonito canto
do galo inundando
o silencio do centro
da cidade de Rodeio,
despertei pensando
com toda a poesia
que aqui vive em mim.
Inspirada na beleza
do Médio Vale do Itajaí
no brilho dos olhos
mais lindos que eu vi:
a poesia já vive em ti.
O Rio Itajaí-Açu dá
lições para quem
quer na vida aprender,
muito antes você
não havia me notado
como alguém que sabe
muito bem o quê quer.
Rodeio surpreende
porque aqui já havia
poesia muito antes
de você perceber,
e todo o dia tenho
uma pista a oferecer.
Não nego que tenho
percebido que você
tem guardado o quê
pode ser visto em noite
de lua e estrelada
e a cada dia os meus
poemas têm feito
a sua alma capturada.
Rodeio Sublime
Você me ama em silêncio,
moro com arte em Rodeio
e escrevo poemas diários
soltos pelo Médio Vale do Itajaí
para fisgar o seu coração
com este rodeense poemário.
Sou eu o teu Ano Novo
mesmo que você não me veja,
eis-me como o sussurro
do Rio Itajaí-Açu
e a tranquilidade da arrozeira.
Você me cativa com devoção
moro com poesia em Rodeio,
você por enquanto ainda não
veio e me endereça o coração.
(Sou eu quem escreveu este
Poemário para a nossa Rodeio
sublime e amor mais que perfeito).
Você sabe que te amo
e nós dois continuamos
em silêncio por tudo
aquilo que sonhamos;
e sabemos que encontramos
na poesia romântica que
as nossas mãos podem nos dar.
se está proibido duvidar,
prefiro mesmo é calar
por saber que o silêncio
tem o poder de abalar
o indelével princípio
da ciência é a dúvida
é imperativo no caminho
deixar a infâmia para
quem quer que a gente
não saiba se posicionar
silenciar e se afastar
não é desistir de nada,
é dar rasteira na trapaça
se está proibido,
falar prefiro a poesia
para não desaprender
a me expressar
até o inevitável chegar,
a tempestade passar
e a ignorância se dissipar
deixo a exaustão
para os que acham
que têm poder
de domar o indomável,
enquanto me ocupo do que é incrível.