Poesia sobre a Seca no Nordeste
Nordeste verde!
Muita gente ainda acredita
que o nordeste é só sertão
que a seca braba é infinita
e não escapa uma região
mas essa terra é tão bonita
que até mesmo quem visita
quer ficar mais que o verão!
RIQUEZA DO SERTÃO
Nordeste de lampião
Terra seca e Juazeiro
Cuscuz tripa e buxada
Canta galo no celeiro
Rapadura com farinha
No meu sertão forrozeiro
Piche na Praia.
O nordeste é supremo
mas foi feito de cobaia
a seca chega ao extremo
dizendo que o povo saia
o barco perdendo o remo
e ainda vem um fiii do demo
jogar piche em nossa praia.
VORAZ.
O nordeste ainda chora
pela seca que consome
fere mais que a espora
da palma que ele come
entre a dor e a devora
a esperança é a escora
que alimenta a sua fome.
Sou Nordeste
Eu nasci na terra do Sol
No lugar onde a chuva é bem vinda
Eu nasci na terra seca do sertão
Onde a gente pra sobreviver tem que ter amor no coração.
Eu sou do lugar onde o mar é azul
Onde o arco-íris quando aparece no céu é festa pra nós.
Eu sou nordestina, arretada e pra ser guerreira eu não preciso andar armada.
ATITUDE!
No nordeste a seca é tanta
que não nasce uma semente
tem promessa que encanta
depois desencanta a gente
mas o nordestino planta
porque só se agiganta
quem nasceu pra ser valente.
NORDESTE MAR.
O nordeste que se imagina
quem mora em outro lugar
que a seca, a fome e a ruína
é só o que vão encontrar
mas quando vem examina
que a água é tão cristalina
que tem piscina no mar.
O Nordeste é castigado
pela seca está ferido
com o chão todo rachado
o nosso povo tem sofrido
é por muitos desprezado
mas por nós é protegido.
Despedida.
Meu nordeste castigado
pela seca evoluída
cada vez mais derrotado
chora em tom de despedida
quando a morte leva o gado
o sertanejo perde a vida.
Descaso.
Por aqui a seca assola
quase nada se consome
o nordeste está de esmola
mas o governante some
deixa a criança sem escola
sofrendo e passando fome.
De onde eu vim.
Eu vim do Nordeste da peste,
da sêca, abandono do preconceito e solidão,
Terra de mulher rendeira, mulher guerreira.
mulher macho , sim senhor.
Terra que no mapa tem forma de coração,
e que seu lamento virou canção.
Terra de cabra da peste, cabra valente
e forte, que foi entregue a propria sorte
e sua arma é a enxada na mão.
Terra das noites enluaradas,
luar que não há outro igual , o luar
do meu lugar, da minha terra, o luar do
meu Sertão.
Sandra Lima
(Dedicado a Malu Alves)
SINA!
Sou do Nordeste, menino...
sigo essa estrada comprida
da fome, seca e destino
a minha alma é ferida
mas esse corpo franzino
deixar de ser nordestino
mas nem por nada na vida!
Cadê a chuva!
No nordeste sou nascido
e como isso me faz bem
na seca tenho sofrido
sem me queixar a ninguém
mas de Deus eu não duvido
se ainda não tem chuvido
sei que um dia a chuva vem!
Hora nordestina!
Nordeste se eu te deixar
a culpa são dessas crises
que a seca me faz passar
roubando os dias felizes
que seja em qualquer lugar
mas se eu não poder voltar
honrarei minhas raízes.
Além da seca ferrenha
Do chão batido e da brenha
O meu nordeste tem brio
Quer conhecer então venha
Que eu vou te mostrar a senha
Do coração do Brasil
São nove estados na raia
Todos com banho de praia
Num céu de anil e calor
São nove Estados Unidos
Crescentes fortalecidos
Onde o Brasil começou
E hoje no calcanhar da ciência
Formam uma grande potência
Irrigando o chão que secou
Verdade que a seca inda deixa sequela
Mas foi aprendendo com ela
Que o nosso nordeste ganhou
Deixou de viver de uma vez de esmola
E foi descobrindo na escola
A grandeza do nosso valor
Eu quero é cantar o nordeste
Que é grande e que cresce
E você não conhece, doutor
De um povo guerreiro, festivo e ordeiro
De um povo tão trabalhador
Por isso não pise, viaje e pesquise
Conheça de perto esse chão
Só pra ver que o nordeste
Agora é quem veste
É quem veste de orgulho a nação
Eu quero é cantar o nordeste
Que é grande e que cresce
E você não conhece, doutor
De um povo guerreiro, festivo e ordeiro
De um povo tão trabalhador
Por isso não pise, viaje e pesquise
Conheça de perto esse chão
Só pra ver que o nordeste
Agora é quem veste
É quem veste de orgulho a nação
O nordeste visto em outrora
só se via fome e tristeza
miséria, seca e escora
e prato vazio sobre a mesa
mas quem tá vindo de fora
que vê o Nordeste agora
se encanta com tanta beleza.
Mais um ano!
Tem seca por todo canto
o nordeste pede pressa
não se ouve nosso pranto
ou ninguém se interessa
quem pregou aqui de santo
a sua ajuda por enquanto
ficou mesmo na promessa.
Meu nordeste.
Não há nada que se faça
eu não fujo dessa guerra
nem a seca que amordaça
o cabrito que não berra
até a última carcaça
não vai ter uma desgraça
que me tire dessa terra.
Quem ama este nordeste? É eu e tú.
Quem sabe um dia floresça a seca do meu sertão,
Onde apenas quem tem dinheiro, tem água pra plantação.
A beleza é feita por Eu e Tú, Que mesmo só tendo o verde que vem do mandacaru, transborda um a beleza Que ganha do Norte e Sul.
Sou caboclo esquecido, por governantes abandono, mas feliz eu sempre fui, coisa quem ninguém tem me tirado.
A felicidade vem do simples jeito de ser, de ser um nordestino arretado, jeito bom de viver.
Ainda tem quem crítica, tudo que á em mim, e ainda sinto saudades da minha princesa Mimi.
Não é a minha sobrinha, nem mesmo parente de Sangue, mas tenho saudades dela, isso em mim é constante.
Brasil
Eu sou Brasil,
nunca o brasil da copa,
Eu sou o Brasil da seca do nordeste,
da falta de saúde e da insegurança,
O Brasil da corrupção de leste a oeste,
O Brasil que ainda tem esperança.
Um Brasil,
que sonha em ser campeão,
de um povo ordeiro e servil,
Livres da injustiça da corrupção.
Um sonho gigante de ser correto,
Totalmente liberto dessa ganância,
País que luta pelo seu povo,país certo.
País que ainda tem esperança.
Lourival Alves