Poesia sobre a Seca no Nordeste
Exaltação ao Nordeste
Eita, Nordeste da peste,
Mesmo com toda sêca
Abandono e solidão,
Talvez pouca gente perceba
Que teu mapa aproximado
Tem forma de coração.
E se dizem que temos pobreza
E atribuem à natureza,
Contra isso, eu digo não.
Na verdade temos fartura
Do petróleo ao algodão.
Isso prova que temos riqueza
Embaixo e em cima do chão.
Procure por aí afora
"Cabra" que acorda antes da aurora
E da enxada lança mão.
Procure mulher com dez filhos
Que quando a palma não alimenta
Bebem leite de jumenta
E nenhum dá pra ladrão
Procure por aí afora
Quem melhor que a gente canta,
Quem melhor que a gente dança
Xote, xaxado e baião.
Procure no mundo uma cidade
Com a beleza e a claridade
Do luar do meu sertão.
A essência de um homem de verdade,
vem do pai pra formar um cidadão,
vem da mãe pra lhe dar educação,
e um menino vira homem caráter.
Macho véi, com muita sinceridade,
Eu lhe digo que aqui no meu sertão,
caráter e honestidade são coisas de criação,
tem família que sofre com sede e fome,
sem dinheiro, sem luxo e sem “sobrenome”,
12 filhos e nem um vira ladrão.
Meu nome é Nordeste
Tenho seca tenho fome
tenho pressa companheiro
se o desprezo me consome
eu sou forte e verdadeiro
você vem mas logo some
sabe bem que eu tenho nome
sou Nordeste Brasileiro.
Ser pra ter!
O nordeste é uma beleza
mas a seca ainda racha
só Jesus na sua grandeza
nessa dor passa a borracha
e quem protege a natureza
nunca vai faltar na mesa
nem que seja uma bolacha.
ORGULHO DE SER NORDESTINO (A)
Profª Lourdes Duarte
Respeitem os nordestinos
Tanto quanto querem ser respeitados
O nordeste e hospitaleiro
De pessoas livre e cabra da peste
No nordeste de tantas secas
As flores brotam suaves e belas
Mesmo de onde se julgam impossíveis
A vida brota singela.
Tenho orgulho de ser nordestino (a)
O que vem de baixo não nos atinge
Quem desdém preconceito contra nós
Não merece admiração
Muito menos seguidores
Porque estes já rastejam no chão.
E os nordestinos seguem em frente
Desbravando secas, chuvas e trovões
Vivendo a sua vida sem olhar a de ninguém.
Vento seco.
O vento seco que corre
pela seca que avança
e o jumento que socorre
é bicho que não descança
aqui quase tudo morre
só não morre a esperança.
Orgulho de ser nordestino!
Esse orgulho que carrego
eu jamais vou dividir
a seca me deixou cego
na maior dor que senti
é duro mas não entrego
e uma coisa que não nego
é a terra onde eu nasci.
Ardor da seca!
O sol aumenta na tarde
resseca o brejo e o agreste
na primavera ainda arde
bem mais que sul e sudeste
por mais que água se guarde
a seca é triste e covarde
e não perdoa o nordeste.
Não é a pobreza, nem a seca do nordeste que expulsam o sertanejo de suas terras e sim os próprios coronéis, intitulados políticos que eles próprios colocam no poder...
A verdade é que somos retirantes em pleno século XXI. Fugindo dos mesmos problemas, convivendo com as mesmas situações, alimentando os mesmos ideais de sempre, sem nunca resolver o que realmente precisa no sertão: a fome educacional.
Os problemas do Sertão todos nós já estamos acostumados a enfrentar, já não nos assustam mais. O que mais dói é perceber que esses problemas ainda persistem, se renovam e se fortalecem, mesmo com a modernidade de nossos tempos atuais.
Povo do sertão.
Somos nordeste brasileiro
das terras secas do sertão
somos um povo guerreiro
do sangue de Lampião
não matamos por dinheiro
nem morremos sem razão.
Entre secas.
Nordeste quem não te liga
desconhece a tua razão
nunca ouviu uma cantiga
entoada por um peão
o valor de uma espiga
e não sabe o que é a briga
entre a seca e o sertão
Em um lugar esquecido com secas cíclicas no interior do nordeste
Uma população desesperada esperando um cabra da peste
Que irá salva-los da carência e da fome
Antônio conselheiro foi esse “home”
Fundando o arraial de canudos no interior da Bahia
Pobres miseráveis, ex-escravos e fanáticos religiosos ai vivia
Uma comunidade pacata vivendo com as próprias leis
Sem pagar impostos irritando os burguês
Após uma madeira não entregue começou os combate
Matando 150 sertanejos, foi mais um abate
Elite de Juazeiro se sentia ofendida
Com aquela gente pobre tendo uma boa vida
Considerando uma afronta atacaram canudos
Que tiveram 3 vitórias o que não deixou os jornais mudos
Fanáticos Monarquistas querem acabar com a republica
Querendo aplicar sua própria doutrina bíblica
Após pedidos do povo acionaram o poder federal
Euclides cunha jornalista atual, foi documentar os fatos
Testemunhou um massacre, todos foram aniquilados
Após essa desilusão escreveu um livro contando essa tragédia do sertão
Os Sertões foi o nome da obra que tocou milhões
Até hoje essa calamidade toca nossos corações
Esse final triste ainda choca
A revolta de canudos ficou pra história
Gosto das areias secas do sertão
Meu nordeste árido, com pequenas manchas perdidas na vastidão
Dessa caatinga estorricada do sertão.
SECA.
O nordeste pra mim é sagrado
foi Deus que me deu de presente
o sol faz da seca um pecado
e a água não tem na nascente
na cocheira não tem um só gado
mas a fé é o segredo da gente.
O algoz nordestino.
O nordeste tem seu algoz
que faz esse povo sofrer
quem cala a nossa voz
não deixa a planta nascer
e se falta água na foz
a seca cresce feroz
se a chuva não aparecer.
Terra de ninguém
Os que moram lá no sul,
tem água pra dana!
Enquanto aqui no nordeste,
só vejo açudes a secar.
Uns falam de Francisco,
outros de João...
Enquanto aqui na minha terra,
Não vejo uma plantação.
Eles prometem melhorias,
nós finge acreditar.
Mais com o passar dos anos,
não vejo nada se concretizar.
Esperança eu tenho, de tudo melhorar..
Por isso, olho pro céu todo dia,
e rezo ave-Maria.
Ela hei de me salvar.
Nordeste Chama.
Sei que você tem fama
de ter um chão sofredor
do sol que arde em chama
apagando o verde da cor
mas teu povo não reclama
meu nordeste quem te ama
reconhece o teu valor.
MANDACARU
.
Mandacaru no Nordeste
Também de nome cardeiro
Que parece um candelabro
É resistente o ano inteiro
Simboliza o Caba da Peste
Do meu sertão brasileiro.
.
A natureza bendita
Deu a ele o poder de gerar
Uma flor linda... bonita!
Quando a seca braba chegar
Avisando: lá vem a chuva!
Recordando Pero Vaz
“Em se plantando tudo dá!”
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