Poesia de Moral
A única inferioridade digna de todo preconceito é a relativa a moral. Ela é a única inferioridade que realmente existe, e além de a tolerarem ainda a respeitam.
Estava assustada nos últimos dias, uma moral despedaçada e minha identidade tão suja quanto meu corpo. Bizarro, meu futuro se perdia entre mesas de um bordel. Interligada entre couro x seda por um querer perigoso, frio na espinha, arrepio no corpo todo e aquilo que me arrancava um sorriso me dava junto à certeza que não ficaria para o final. Enganei-me! Não podia fazer mais nada, minha boca ardia, meu corpo tremia a cada golpe. Naquela noite não me vendi. Dei-me por inteira.
A covardia nada mais é do que o subproduto do relativismo moral em voga nos dias de hoje. A frouxidão de caráter faz dela sua aliada na luta pelo êxito material em detrimento dos principios essenciais à felicidade do homem.
A moral e a ética, quando pregadas em demasia e como forma de controle, são escórias da incompetência. Ou ainda uma cortina de fumaça dos defeitos psicológicos.
A minha moral me impede de muitas coisas, será que eu devo obedecer ao meu pudor e a minha vergonha em nome da minha moralidade?
"O relativismo moral é a típica característica de homens covardes, de uma sociedade em declínio, de um mundo que está deixando de ser civilizado."
Há em cada um de nós algo intrínseco, o código moral de leis, que nos impulsiona a sermos pessoas cada vez melhores, mais éticas, amorosas. Quandonão atendemos a esse impulso natural surgem os conflitos conscienciais, que, com o tempo, caso não sejam resolvidos, tornam-se doenças emocionais.
A podridão moral de nossa sociedade chegou ao limite. As pessoas que tentam ser boas são dominadas por aquelas que são ruins desde a primeira infância e deveriam estar presas ou mortas. Esses corruptos que em sua maioria estão no poder das maiores instituições em todos os países do mundo não têm escrúpulos e não mais se constrangem por suas ações. Forjaram uma constituição que os protege e raramente são atingidos pela sua própria lei. Precisamos reformar o calendário. Termos de fato o Ano Zero. Marcado pela revolução das pessoas honestas que estão cançadas dessa hipocrisia e nesse ano todos os atos praticados pela sociedade deverão ser perdoados. Que comece o ano Um depois da volta do poder a sociedade.
A ética é essencial para que a peculiaridade moral não venha a ser parâmetro preestabelecido para o convívio universal, pois caso a mesma não existisse, a razão em todos os sentidos seria sobrepujada pela emoção, cedendo um infindável espaço para o desenvolvimento caótico ditatorial, onde os mais aptos assumiriam o complexo de deus. Nesse sentido, a ética é pragmática, sagrada, e a moral é subjetiva, profana.
Se o homem se dedicasse a sua evolução moral como se dedica a sua evolução intelectual certamente ele eliminaria a maioria das vicissitudes em sua vida.
“Somos catapultados à superfície da moral cada vez que nos posicionamos acerca de assuntos espinhosos; dessa maneira, a moralidade não é um fim em si mesma, senão uma lente de aumento nos comportamentos humanos.”
Demonstrem, na moral, isso não vai te custar nada, mas a falta disso, aí sim vai te custar caro, pode custar todo um amor.
“Não… A religião, per si, não tem o monopólio da moral. Esta, quando menos, está dentro de cada um de nós, a despeito de crer ou não em algo.”
Debaixo desse verniz de uma consciência moral conservadora há um claro sentido de superioridade medrosa.
Quão imenso é a capacidade humana, porém sem a disciplina da moral, a capacidade é negligenciada, até mesmo a inteligência que não é sinônimo de sabedoria.
A natureza tem suas leis, o homem é que tem moral. O homem, com sua moral, vai afastando o homem do próprio homem.
A voz do povo não é a voz de Deus porque cada um interpreta a vida munido das lentes de sua moral que em geral é reprovável.
O conteúdo moral é como uma lente que permite enxergarmos e interpretarmos a realidade e suas facetas num certo nível. Melhorá-lo é fundamental.
O conceito de vingança do ponto de vista da moral cristã, tem transformado todo indivíduo em uma vítima passiva do próprio sistema. Desde pequenos somos ensinados pela sociedade a não revidar um tapa, um soco, ou até mesmo uma ofensa, pois é salientado que não se paga o mal com o mal. Colocar o povo de joelhos perante uma justiça que se autointitula deus por querer interceder em tudo, foi o único resultado que tal dogma atingiu. A política e a religião nunca estiveram tão unidas em prol de mais poder.
Qual é nosso nível moral? Qual é nosso Nível de Ser? Haveis refletido alguma vez sobre isso? Não seria possível passar para outro nível se ignoramos o estado em que nos encontramos.