Poemas e poesias sobre dança
O Amor e sua forma inicial
O amor inicia sua dança com suavidade,
tão lento quanto um sussurro a hesitar,
mas, quando menos se espera, a intensidade
invade o coração, pronto a se entregar.
Vibra como um peixe nas águas tranquilas,
de um lago sereno, onde a paz é real,
a cada conversa, a química se destila,
doce como a glicose, um sabor especial.
Revela o desejo ardente de estar próximo,
aquecido pela imaginação dos dias a vir,
na expectativa do reencontro, um sonho,
onde cada instante é um convite a sorrir.
Naquele instante, nossos olhares se entrelaçam,
as emoções despertam como flores ao amanhecer,
teu nome ressoa suavemente, as notas abraçam,
uma melodia eterna, que não se deixa esquecer.
E, de repente, percebo que o sonho se dissolve,
e o dia já se faz presente, trazendo a realidade.
Que encantamento foi este que nos envolve?
Um momento efêmero, mas cheio de intensidade.
Ah, que dia esplendoroso, repleto de encanto,
onde o amor floresce em sua forma inicial,
um sentimento puro, como um doce manto,
que envolve a alma e faz o coração vibrar.
No Tecer da Liberdade
Em cada passo, a escolha é minha,
Na dança da vida, a voz se ergue,
Autenticidade é luz que se oferece,
Rompe as correntes, não mais se esconde.
Sonhos pulsantes, na alma vibrante,
Aceitar o outro, a essência plena,
Na liberdade, a vida é constante,
E florescemos juntos, na mesma cena.
Enfrentar o desafio da incerteza,
É o preço do ser, do verdadeiro eu,
Em cada jornada, há beleza,
Ser quem se é, é o sonho muito mais que meu.
No palco da vida, onde o tempo dança,
O amor se revela em sua mais pura essência,
Idade não é barreira para a chama que avança,
Em teu olhar encontro a mais doce presença.
O salto mescla a imagens em uma visão de cores vibrantes o tempo figuras espelhado dança em sincronia como um abraço que transcende a vida como almas gêmeas separadas em um deslocamento temporal apenas por uma ilusão cronológica que nós humanos não suportamos entender
As sombras dos corpos celestes alongam-se em distorção na veloz luz e o sol parece hesitar no empuxo da gravidade regendo como maestro o firmamento preso nesse círculo vicioso na perspetiva dos meus olhos “eus” se em uma compreensão silenciosa além das estações e dos relógios onde os ponteiros param em pausa ou em meu comando de mover
Em sussurro o tempo se desfaz em dois de mim se afastam na mesma conexão permanece carregam consigo a memória desse momento, a sensação de serem simultaneamente passado e futuro
Talvez, em algum lugar além do tempo, eles se encontrem novamente capturam esses momentos fugazes, essas histórias que transcendem o caos guiado pela escolha de cada um do livre-arbítrio que não posso tocar
"A psicanálise é a dança do inconsciente, uma coreografia de palavras
e silêncios que revelam os passos ocultos da mente."
Cada batida do meu coração é uma dança de emoções, um reflexo da vida que pulsa em mim. São momentos de alegria, de tristeza, de amor e de saudade, todos entrelaçados em um ritmo único e pessoal. Sinto as batidas acelerarem quando estou perto daqueles que amo, quando realizo meus sonhos ou diante de uma bela paisagem. É como se meu coração quisesse exprimir toda a plenitude do meu ser, transbordando de sentimentos que não cabem em palavras. Às vezes, as batidas parecem soluçar, lembrando-me de momentos difíceis, de perdas e de despedidas. Mas mesmo nesses instantes, meu coração segue em frente, resiliente, sabendo que cada nova batida é uma oportunidade de recomeço, de renascimento.
Nas lembranças de infância, a festa junina se aninha,
Com quadrilhas da escola, em dança tão fina.
A fogueira crepita, um convite à alegria,
Enquanto o milho cozido nos remete à magia.
Fantasias de caipirinhas, em cores e retalhos,
Entre risos e brincadeiras, ecoam nos galhos.
As comidas típicas, oh, que saborosa sina!
Pamonha, canjica, e a doce cocada divina.
Faz parte da nossa cultura, raiz tão profunda,
Em cada canto do Brasil, a tradição se inunda.
De junina a julina, a festa se estende,
Unindo o país inteiro, como se tudo entende.
O tempo traz o friozinho, de outono a inverno,
Aquecendo os corações, em calor tão terno.
É a festa junina, com seu encanto peculiar,
Que nos faz recordar e sempre celebrar.
Tanka
Um perfume dança
desde o alto da montanha
onde a alma alcança
Talvez um sonho dourado
Em nuvens enrodilhado
Elischa Dewes
Alguns veem na dança das borboletas
A liberdade que em cores se revela.
Outros, na ânsia de tê-las tão quietas,
As prendem em quadros, mas perdem sua bela.
No jardim da vida, as asas em festa,
Batem ao vento, sem temer o amanhã.
Mas na prisão de vidro, a beleza resta,
Morta a essência, só resta a façanha.
Que seja o voo, não o prego, a escolha,
Para que na memória, a borboleta voe.
E na natureza, onde tudo se entrelaça,
A beleza verdadeira, livremente, ecoe.
Neste mundo em frangalhos, onde o caos dança em cada esquina e a sombra da incerteza nos envolve, encontro em ti um farol de luz. Vivemos tempos de desespero, onde o ódio se infiltra nas palavras, e o egoísmo se enrosca em corações endurecidos. No entanto, é justamente neste cenário desolador que o amor precisa se erguer, majestoso e invencível, como um pássaro que renasce das cinzas.
Não falo do amor raso, aquele que se dissolve na primeira adversidade, mas do amor genuíno, profundo e imenso, que não teme se desdobrar em mil formas. Esse amor que cede, que perdoa, que sabe que o maior ato de amar pode ser deixar partir. Amar é mais que possuir; é compreender que, às vezes, a liberdade do outro é o maior presente que podemos oferecer.
O verdadeiro amor se manifesta no perdão que concede mesmo quando a ferida ainda lateja, na mão que se estende quando mais ninguém o faz, no sorriso que floresce no meio do deserto. E mais que isso, este amor se estende além de nós, abraçando o próximo com a mesma intensidade. Em um mundo tão terrível, precisamos cultivar a compaixão, a empatia, o cuidado com aqueles que sequer conhecemos.
Lembro-me de quando seguramos as mãos de estranhos, transformando medo em força, dor em esperança. É esse amor, vasto como o mar e forte como a rocha, que pode mudar o mundo. Amar o próximo não é apenas um dever, mas uma necessidade urgente. É o fio delicado que nos mantém unidos, a centelha que reacende a humanidade em tempos tão sombrios.
Que sejamos, então, faróis de amor genuíno, guiando-nos uns aos outros através da tormenta. Que nosso amor seja a ponte que nos salva, o bálsamo que cura, a força que renova. Porque, no fim das contas, é o amor que nos define e nos salva, que nos dá asas para voar e raízes para ficar.
O amor divino é um fogo cósmico que dança entre as estrelas, uma melodia ancestral que ressoa no coração de todas as criaturas. É uma explosão de cores invisíveis, uma sinfonia de luz que atravessa as fronteiras do tempo e do espaço, penetrando cada átomo do universo com uma ternura infinita. Este amor é como o sopro suave da manhã sobre o oceano, acariciando cada onda com uma promessa de eternidade, um abraço que transcende a própria existência.
A justiça divina, por outro lado, é o equilíbrio implacável do cosmos, a balança de ouro que mede as almas e as ações com precisão cristalina. É a harmonia oculta no caos, a equação perfeita que governa os destinos com uma mão invisível. A justiça divina é a força que alinha os astros e corrige as órbitas desviadas, que repara o tecido do tempo onde há rasgos de injustiça. É um relâmpago de verdade, brilhando na escuridão da ignorância, um eco de ordem que reverbera através das eras, assegurando que cada ser colha o que semeou, na justa medida de seu próprio caminhar.
Esses dois conceitos, amor e justiça divinos, entrelaçam-se em uma dança eterna, cada um potencializando o outro, tecendo a tapeçaria da existência com fios de compaixão e equidade. É através dessa sinergia que o universo se mantém em equilíbrio, uma obra-prima de beleza e justiça, onde cada nota de amor reverbera com a verdade implacável da justiça.
Às vezes,galhos se entrelaçam com os de outra árvore. E nesse encontro, há uma dança delicada entre sombra e sol.Mas acontece que, há uma necessidade de podar esses galhos entrelaçados para que ambos possam crescer livremente na necessidade de preservar a própria vitalidade.
Isso não é sobre Árvores......
Entre moléculas e átomos, você surgiu, tão inesperada,
Como uma partícula rara, numa dança delicada.
Nos labirintos do acaso, nossos caminhos se cruzaram,
E em teu olhar profundo, os meus sonhos se ancoraram.
Como um elétron livre, ao teu núcleo fui atraído,
Em tua órbita encontrei, um amor nunca antes sentido.
Cada sorriso teu, uma reação química perfeita,
Nosso encontro, um experimento que o destino enfeita.
Com amor com axé
Águas profundas de fé
Dança das ondas quem é
Ajè, oguntè, oxumaré
Santas são as águas, todas as águas claras
Uma frase poética e inspiradora!
"A dança das nuvens encanta nosso olhar,
O Universo, uma janela aberta para a alma,
Convidando-nos a preservar, admirar e agradecer.
Hoje, estamos vivos, respiramos, sentimos...
Amanhã, o mistério do desconhecido nos aguarda."
São Luís, Cidade dos Azulejos e Sobradões
São Luís, ilha de ventos e maresia,
onde o tempo dança entre o céu e o chão,
em cada esquina, uma história contida,
em cada azulejo, um traço da nação.
Teus azulejos brilham sob o sol ardente,
pintam de azul o sonho e a tradição,
feito mosaico, o passado ainda vive,
gravado em pedras, murais e canção.
Sobradões imponentes, guardiões da história,
têm janelas que espiam o mundo passar,
entre os arcos e as portas, se ouvem memórias,
sussurros da terra e do velho mar.
Cidade morena de graça e bravura,
és poema e encanto aos olhos do amor,
São Luís, que do tempo fez arte pura,
azulejos e sobradões — teu eterno valor.
Brilho de Ano Novo
Um novo ano nasce, trazendo esperança,
Na dança do tempo, uma nova aliança.
As luzes no céu, em cores, brilham,
Promessas e sonhos, que nunca vacilam.
O relógio avança, os fogos estouram,
E os corações, com fé, se renovam.
Deixamos pra trás o peso dos dias,
E brindamos ao novo com alegria.
É tempo de paz, de amor, de carinho,
De trilhar um caminho, com mais suavidade,
De abraçar o futuro com todo o jeitinho,
E florescer na vida, com mais bondade.
Que o Ano Novo traga sorrisos sinceros,
Momentos de riso, de afeto e calor,
E que em cada segundo que esmero,
Vivamos a vida com fé e amor.
Sabedoria!
"Na dança da vida, os papéis se invertem,
Vítimas e vilões, somos todos, em algum momento.
A consciência, o farol interior,
Ilumina o caminho, entre o certo e o errado."
Uma visão sobre a complexidade da vida é profunda e reflexiva!
Mistral, o Vento do Sul
Nas terras do sul, ele dança e assobia,
Mistral, o vento que o céu anuncia.
Nasce dos Alpes, com força e bravura,
Desce os vales, com fria ternura.
Atravessa campos, lavanda e girassol,
Semeia nas vinhas seu sopro e farol.
Entre montanhas, ele se lança ao mar,
O Mistral impetuoso, difícil domar.
Frio e severo, traz céu limpo e claro,
Na Provença é rei, no seu tom tão raro.
Ergue as folhas, dá vida ao ar,
Mistral, o vento que faz o sul cantar.
Com força que gela e alma que inspira,
Seu toque é arte, em versos se mira.
Pois ele é França, em brisa ou tormenta,
Mistral que encanta, e nunca se ausenta.
Fica onde o teu coração sorri
Onde a tua alma dança
Fica onde a paz reina
E o fogo da paixão te alcança
Fica, fica onde és feliz
Onde consegues ter o riso de uma criança
Fica, porque a vida foge de ti
E que vida é essa se dela não houver lembrança
"Preta"