Poesia Curta
O Amor;
Mesmo guardado, ou,
até mesmo acorrentado.
O amor é rebelde...
não segue molde...
Nem barreiras,
nem tem maneiras.
Passos, pés ,
cada um em sua estrada,
pedras, pedriscos, perdidos,
muitas vezes a alma machucada,
seguindo a vida sem temer
nela temos que perseverar
em busca de tudo ou nada,
iguais em luta, sobrevivência,
enfrentando o seu rumo
em direção ao futuro
A infância logo passa,
feito avião de papel,
voa rápido no céu.
Brinque e de tudo faça,
pois logo perde a graça.
Solte pipa e peão,
com papel faça avião.
Essa fase passará,
um dia só haverá
lembranças no coração.
se um dia me sentires tatear-te
talvez, da luz, o olhar se tenha perdido
talvez, por não ter desistido
eu mereça encontrar-te
e foi sobre esse voar
(de alma e pranto)
que se viu chuviscar
o sol (amplo e nascente)
e foi desde e por entre
o desanuviar do espanto
que um quê de encanto
se esfumou crescente
quem sabe se nevoando
solidão sobre os beirais
se lembrando ais
no crepitar da saudade
quem sabe, quem sabe!
O Escuro, O Travesseiro e A Solidão -
O nosso "eu verdadeiro",
é aquele da metade
da terceira taça
de vinho.
Sem Direção –
Enquanto os interesses permanecerem
de esquerda ou de direita,
o Brasil continuará
sem direção.
Mas ainda assim, sou um poeta de silêncios
De inquietudes flácidas
Um coração que respira letras
E pulso, que pulsa palavras ainda não escritas.
Durante noites em claro, criei monólogos
Para que minha loucura se esquivasse
Dos paradigmas e prepotências ainda vivas em mim
E fizessem um acordo com as letras sem nexo,
De algumas folhas em branco.
Aquela era a trilha sonora
De uma vida, sobreposta
Aos pequenos erros seus.
E o piano que tocava
Era o coração que já amava
Sem o pianista, que era eu
Medo
Medo...
Medo?
Medo!
Só o que encontro em meus pensamentos,
a única resposta para meus questionamentos,
a razão de meus dias cinzentos!
É a energia,
a sintonia,
da minha alma.. apologia.
Medo,
corrente
que me prende
em minha mente.
12/03/2021 00:46
Nosso inconcreto se concretizou,
Não se encaixando em qualquer definição,
Avançamos a etapa da distração,
Tapando os furos e as gafes,
Transpondo muros de pedra sabão.
Resíduos da sua fragrância,
Fragmentos da minha lembrança.
Todavia não fracassamos,
Deveras enfraquecidos estamos.
Provavelmente nos recuperamos,
Ou recuperaremos as bobeiras que escaparão,
Diálogos longos, bobos parágrafos sem significação.
O sabonete que era seu desgastou,
A avelã que me deu estragou,
O estoque de aveia esgotou,
O banquete pra dois esfriou.
A aliança na gaveta
E o álbum guardado.
Ela está satisfeita,
Me vou conformado,
Reciclando retalhos
Em meu eu descartável.
Parabéns para Recife
Olinda também faz ano
Cidades que são irmãs
No Estado pernambucano
Do Nordeste são riquezas
Do Brasil são duas belezas
Nesse solo americano
Tudo na vida tem uma função...
A dor de agora, no mínimo, é a minha inspiração.
Se, por um lado, perco um pedaço de mim; por outro, sou apresentada a um "eu" que quero deixar entrar, e acolher, e abraçar.
Sou-me empatia.
Sou-me poesia.
Em tempos de Cólera
Em tempos de fúria
É preciso ouvir
os bons corações
As boas canções
Relembrar os poemas
As mais belas histórias
Que falam de amor
De dias de sol
Daquelas noite de lua
Daquelas calçadas.
Quando tudo
Parecia
ser
Futuro."