Poesia Completa e Prosa
Amor Imortal
Plantei o teu amor no meu coração e todos os dias eu gosto de cultivá-lo com sorrisos e mimos. Um turbilhão de pensamentos sobre você norteiam o meu ser, o que sinto por ti, me dá uma experiência única, tenho a sensação de ser intocável ao que faz mal, ando com a impressão de estar coberto com o manto da invisibilidade referente às tristezas e as fraquezas da vida. Você é a minha fortaleza é você quem me protege com o teu amor, sou sincero quando digo que sei que não sou imortal, mas sou justo e mais sincero ainda quando te digo que o nosso amor em versos, a partir de agora vira poesia e se torna imortal.
Na desabitada Black Rock
em plena bela Granada levo
os meus pensamentos
para navegar em dia de Sol.
Nas Pequenas Antilhas
medito sobre as tuas manias
lindas de amar o amor
e te embalo com todo o louvor.
Não faço questão de explicação,
e assim me permito ser também
a tua tripulante da imaginação.
No embalo destas correntes
deixo a sedução do silêncio
de ocasião te trazer para perto.
Simples beijar
Quero beijar-te até sufocar-me em teu suspirar.
Beijar-te assim, num trocar de energias, num
acasalar de auras.
Beijar-te, e entre um e outro beijo,
amar-te direi, emendando logo em
seguida, e sem vírgulas, outro beijo,
e outro, e outro ...
Porque tudo que quero é
afogar-me em seus lábios.
Mário Sérgio
Pra mim não é o fim
Não acabou
E essa dor um dia
Vai me fazer entender
Que eu estou
Perto do que amo
Que quando somo
É pensando em dividir
E mesmo assim
Entendo que só restou
Pra mim o que não quis
Pra você
Portanto fique com o que não se vê
Mas faça de você
O melhor que puder
Siga seu caminho com seus velhos planos
E passe um pano no que passou
Vai ser mais fácil pra você
Compreender quem você é .
Entre a Ilha Grande e a Ilha Frigate
a Rose Rock, Ilha da Pedra Rosa,
e aquela vontade de navegar adiante
em busca de não me deixar levar.
Tudo aquilo que me impede
de conviver bem nunca pertencerá,
porque o quê realmente
importa nem o tempo há de apagar.
Sei por onde vou por Granada
aqui nas Pequenas Antilhas
e estou a continuar determinada.
Conheço quem sou e não
permito que nada pare ou pese
para impedir para onde vou.
Exaltação da natureza
Muitos poetas exaltaram
a beleza da natureza,
a exuberância das plantas;
o perfume das flores;
as cores das plumas das aves;
o frescor da brisa do mar;
o calor da areia da praia;
a suavidade do toque dos ventos;
o canto triste dos pássaros;
o estrondo das cachoeiras,
mas tudo isso pode estar contido,
na suavidade do movimento
de uma simples borboleta,
na luz que irradia dos teus olhos,
no timbre da sua voz,
ou apenas no teu cheiro.
Coração adormecido
Dentro de você tem um coração
que não envelhece e,
por mais que tenha sofrido,
ele está apenas adormecido,
pronto para ser desperto
e amar novamente,
com a mesma intensidade
da sua juventude.
Os seus desejos
não desapareceram,
apenas se retraíram
quando reprimidos,
e criaram, dentro de você,
vulcão inativo,
pronto para entrar em erupção.
Você pode não admitir,
mas alguns sinais indicam,
que o seu absoluto
controle das coisas,
já não é tão eficaz e,
em algum momento,
a emoção virá à tona,
os sentimentos aflorarão,
e todo o seu corpo reclamará
por um aconchego,
capaz de arrefecer
a sua fervura.
Até o tom da pele
da tua face se altera,
ilumina;
a sua voz emudece,
silencia.
Somente o som
das batidas do seu coração,
poderão serem ouvidos
à distância.
Uma mulher mais bela
Sempre haverá uma mulher mais bela;
mais jovem;
com um corpo mais escultural;
que se mostre mais culta,
e até mais inteligente,
mas nunca haverá tudo isso
reunido numa só pessoa,
nunca haverá outra igual a você:
vem, despe dos seus preconceitos
e caminha,
vestida só com teus saltos,
sobre o meu coração.
Um lugar para chamar de lar
Existe um lugar onde a amizade
é maior que a maldade,
e a sinceridade supera a malícia.
É um lugar onde o amor e a confiança
são maiores que o ciúme.
Onde o ciúme existe,
mas apenas demonstra o bem querer
que apimenta a relação humana.
É um abrigo que protege
dos ventos e tempestades,
até mesmo as da alma.
É lá que se divide o pão,
a dor e se multiplica o amor.
Onde se faz o bem
sem exigir nada em troca,
e os adultos ainda tem a sinceridade das crianças.
É um lugar onde se tem boas lembranças,
e se ouve os mais velhos,
com respeito pela sua sabedoria e confiança.
Onde o carinho e a paz
brotam num sorriso sincero,
e um abraço apertado aquece
a alma em desespero.
É um canto do mundo
onde as pessoas próximas ainda conversam,
e antes de ir embora já querem voltar.
Esse lugar ainda existe
e é tão fácil de encontrar,
é onde você volta quando desliga o celular,
é ali mesmo onde você chama de lar.
Admirador de borboletas
Eu sou um eterno admirador de borboletas;
da expressividade das suas cores
e da leveza dos seus movimentos.
Eu me encanto de como elas pousam
e decolam livremente.
Eu reconheço a fragilidade,
mas invejo o destemor das pétalas que voam.
Neste mundo globalizado,
se uma delas bater suas asas com força lá no norte,
eu sou capaz de sentir uma brisa fria aqui no sul.
Eu ainda olho pra uma borboleta específica,
e penso, admirado,
como um trem desses é capaz de voar.
Faça-me sorrir, fala-me de amor
Há raras coisas imutáveis e poucas verdades absolutas, o resto são apenas crenças espalhada ao vento, como se fossem aquelas.
Há outras verdades que a desilusão pode extirpar, como se nunca tivessem existido e quando pronunciadas, nos soa aos ouvidos como poesia, como a beleza das flores que murchamda noite pro dia, entre elas está o amor que por, às vezes, não ser correspondido como um simples sorriso, nos faz pensar que não existe.
Talvez não exista, tão real quanto o ar, o sol ou a luamas, mais sutil, como asflores que precisam ser regadas, quase todos os dias.
Há tantas outras coisas que não existem e seguimos repetindo, falando, curtindo, como um intervalo entre um ano e outro e tantas datas que, se não fosse pelo calendário do comércio, já teriam sido ceifadas pelo esquecimento.
Na letra da música "Joana Francesa", de Chico Buarque diz "Mata-me de rir, fala-me de amor", como um desabafo de alguém que perdeu a fé ao fazer tantos votos ou promessas e não alcançar o seu pedido.
O amor é tão inexistente quanto todas as formas de fé e ainda existe, embora seja mais falado do que vivido.
O amor é tão real quanto a vida que flui como um rio, independente dos nossos desejos.
O amor existe e brota onde quer, o que o faz perecer é o gênero humano, ao permitir que a descrença e o egoísmo transforme o solo fértil num lugar árido, onde não germina coisa alguma.
BEM-TE-VI
Demétrio Sena - Magé
Desde sempre te vi, apesar de não ver,
te senti com a força da minha existência,
no vazio do ser que alimentava um flanco
sem essência possível para se nutrir...
Eu te vi no silêncio da distância infinda,
vi teus olhos tão fora do alcance dos meus,
te achei linda sem formas nem fisionomia,
sob véus de mistérios, fundos desafios...
Foste a minha vidência, minha profecia,
que minh'alma guardava temendo ilusões,
não sabia se dava para esperançar...
E te vi conquistar o meu mundo carente,
minha mente, meu corpo como não previ,
quando vi que te vi tão real para mim...
... ... ...
Respeite autorias. É lei
Vou começar a improvisar,
minha rima é potente
tu não vais agüentar.
Fico parvo quando começas a falar
não etendo qual é a tua,
quem és tu para julgar
se ainda vives no mundo da lua.
Finjo que acredito para evitar de me enervar,
deixa de ser mentiroso e para de te gavar.
Quem és tu moço para criticar,
por isso levanta-te cedo
e vai mas é trabalhar.
Olha este pensa que me está a enganar,
ão tentar dizer que não sei improvisar.
Moço acorda para a vida
e para de viver nessa ilusão,
como é que podes falar tanta treta
se tu nunca na vida tiveste razão.
Vive o momento não vale a pena pensar em vinganças
ajuda mais os teus e acaba com essas desconfianças,
Para quê tanta maldade e tanto rancor
do que vale esta vida se não tens amor.
Agora para acabar tu fica ligado na missão,
cag* para os erros e vê a nossa evolução.
Eu faço este Boombap
para recordar
daqueles velhos tempos
k nunca mais vai voltar.
Então é a sim
eu faço este som
para mostrar rap
a esta nova geração.
Estou a curtir
acredita k é real
escuta com atenção
porque isto é HipHop Nacional.
Custe o k custar
vais ter k te habituar
sou Real Poeta
e vim para rockar.
Sabes k além de sábio sou criador,
não estou aqui para ser cantor mas sim vencedor.
Forneço-te rimas criativas como um gladiador,
porque considero-me um escritor e um senhor
poético porque fasso isto com amor.
Meu Pai me ensinou a ser ganhador e nao perdedor,
porque tudo nesta vida tem o seu um preço e seu valor.
A MENINA DE PALMARES
Havia uma menina
cuja infância se foi na cheia
afogada nas águas pretas
e escuras do Rio Una
Daqueles tempos molhados
carrega consigo meia dúzia de fotos
e os espaçamentos da memória
cujas lacunas completam o inteirar de sua história
Na inocência dos seus olhos
brincava com a farra das águas
assistindo do alto da casa que lhe era abrigo
junto com outras crianças que como ela
aguardava o retorno desalojado dos pais
Era uma infância úmida devorada pela fome da boca
inundada de dilúvios e pelo banhar selvagem do rio
Não nasceu dos ossos das costelas
mas da mesma argila e do mesmo barro que Adão
Por sobre as águas das chuvas e do lado
boiavam entre bonecas e tiaras
as sobras flutuantes de suas lembranças
e do vestido submerso de sua primeira comunhão
apenas sobreviveu o terço presenteado de sua mãe
No leito em que hoje dorme convivo com suas noites
e me banho todo dia me enxaguando
nos afetos encharcados dos líquidos
de seus mais profundos amores
Ela é a cara da mãe,
que em tudo puxou de sua avó.
A avó, por sua vez,
é idêntica à mãe que um dia teve,
que vejo em apagados retratos,
e que, conforme antigamente contavam,
era cópia fiel da bisavó da mãe
da mulher que hoje amo,
e que é a cara esculpida da minha sogra.
Creio que me apaixonei
foi por uma mulher do começo do século XIX
Acordei,vesti os sonhos,
calcei os desejos,e sai de casa
fantasiado de realidade.
Quando voltei,
a roupa estava suada,
os sapatos estavam gastos,
deitei a fantasia de lado,
enxaguei os desejos manchados,
ensaboei meus sonhos molhados,
deitei-me na cama cansado,
encobri-me com o véu da noite
e esperei o corpo dormir
no acordar da minha alma
(...) Em dezembro de 1983, nascia uma afável de uma deleitável criança, cuja vida não lhe foi tão propícia aos anseios inocentes de sua inflorescência infância.
Pertencente a uma origem humilde, ele recebeu uma educação doméstica e acadêmica sigilosamente rudimentar, porém, eficaz.
O seu caráter cortês foi moldado precocemente por ironia do destino, deixando-o parcialmente inibido ao seu mundo interior propriamente dito, ou seja, o seu “eu”.
O tempo passou, e naturalmente o menino de olhos claros, a cor da natureza, de cabelos castanhos e de uma estrutura emocionalmente épica, tornou-se num dócil homem sensivelmente inclinado a uma dimensão gerada nos corações poéticos, de seres meramente apaixonados pela arte de escrever.
Apresentando ser um mancebo convencido (o que não era) por ter um semblante austero, era um jovem bem-humorado e eufórico na área da comunicação.
As suas decepções amorosas deixaram o centro das suas faculdades glacialmente petrificadas, no entanto, maduras, sem esquecer que o universo, por um todo, conspirou propositalmente a favor de uma coesão ilibada de sua simplória dignidade masculina.
Mesmo tendo como experiência, diversas desilusões sentimentais, esse probo sonhador, nunca deixou de acreditar na força cândida do casto amor, concebendo assim, uma personalidade definitivamente singular e assaz para uma patente óptica horizontal da sua vital existência.
Aos 19 anos, tornou visível a imagem latente duma película revelação artística no seu desvanecido âmago, da qual se espargiu pelas fronteiras exteriores do universo clássico da literatura coeva.
Anos mais tarde, um ser magnificamente metafísico, chamado transcendentalmente de EL (Deus), une grandiosamente a sua alma ao core de uma linda mulher, que se tornou para ele num límpido baluarte moral e afetivo, pela qual discorre o início de uma triunfante história que não terá um ponto final escrito por mim, mas futuramente pelos seus áureos filhos, que serão eternas e importantes estrelas de uma era não muito distante ou por nobres companheiros, que o auxiliaram com bálsamo no período bélico da sua rústica jornada.
Enfim, esse fidalgo ser não foi nenhuma celebridade, nenhum fenômeno heroico e muito menos um mito greco-romano, ele foi simplesmente ele, Diogo Oliveira, mais conhecido e respeitado carinhosamente pelos seus veros amigos de: macjhogo,
"o escritor".