Poesia Completa e Prosa

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⁠ Paixão é um instante: é um estalo de luz que desabrocha no coração a partir dos entre olhares. É o oceano que transborda a terra em instante de dilúvio emocional.

É uma maravilha!

Tudo brilha em cores quentes e o que importa é manter este
carnaval que bate no peito provocando suspiros rítmicos em
samba!

Ah! Minha bela amada. Como desejo consumir este raro Eros que ainda guardo no coração; mas o bloco dos iludidos já se foi, e encontraram, os iludidos, outros amores; Mas ainda continuo aqui.

Silenciosamente absorto em metafísica continuo aqui.
Fevereiro passou; e ainda continuo aqui.

Devaneio à meia-luz ao materializar sentimentos em palavras, e sem querer faço alquimia ao dissolve-las em seu balsamo impregnado nas minhas reminiscências.

Seguramente faço contrassenso ao entrelaçar palavras vis com sentimentos sublimes, logo reativamente as cores quentes congelam ao mesmo tempo que as neutras degelam.

Ainda que sem tempero ou sabor meu tamborim ecoa a ti, ainda que em vão.

Inserida por RaphaelDoria

⁠O POEMA E O TEMPO

Foram dias de tamanha imaginação,
Acordar e saber qual seria o tema,
Eleito entre tantos, ao novo poema,
Acordar, te ver e ouvir todos os dias,
Era uma alegria vinda do fundo do coração,
Dois dedos de prosa e pimba...
Vinha na memória a ideia mais clara,
Passada a limpo, traduzida tão rara,
E tudo ganhava forma e rima,
Versos transcritos no carinho no brilho do teu rosto,
Cada palavra ganhando vida como a vida que produzia em mim, tua voz,
Que vinha de um som bem fina,
E eu me perdia pensando em nós,
Escrevia enquanto lá fora a neblina,
Escondida entre nuvens e raios do sol que de mansinho,
Como um gigante abria o caminho,
O astro rei então surgia,
Tazendo um lindo dia,
E nós não vimos a noite passar,
Nem o dia clarear,
Somente nossas longas conversas,
Inspiravam outras sensações,
Transbordavamos de emoções,
Que essas mesmas palavras,
As tuas a mim provocavas,
Emoções que ficaram guardadas,
Numa gavetinha, trancada a sete chaves,
Emoções perdidas no meu coração,
E que ainda permanecem sem uma clara definição,
Para abrir essa gavetinha,
Escrever novas páginas ou apenas uma nova linha,
Um novo verso, novo trecho,
Do poema que permanece inacabado, guardado,
Sem saber se serás o presente,
Ou se farás parte do passado?
Emoções perdidas às avessas,
Pela imensidão de sentimentos,
Que surgem a todo momento,
Quando o barulho das ondas do mar,
Despertam- me para um novo dia,
E assim permanece esse poema,
Esperando surgir nova inspiração,
Para concluir essa divina sensação...
Amor, saudades, encanto,ou paixão?
O tempo será a solução...

Inserida por Zilda2023estrela

DEVANEIOS

Quem me dera

Da rosa o verso.

Do verso a trova.

De trova em trova

Uma boa prosa.

Quem me dera poeta, escritor, trovador.

Quem me dera

Da prosa a canção.

Canção de rosa toda prosa

Em verso e trova.

Poesia transbordando, arte em ebulição.

Quem me dera a inspiração.

Valéria R. F. Leão

Inserida por valeriafarialeao

⁠A maturidade não é gratuita. Não me sujeito a modas ou cânones que considero inapropriados. Sou dona de mim e da minha vida.
Há que desvencilhar-se dos ditames externos ao nosso ser.
Não seria justo ultrapassar o tempo a nós destinado sem alguma, ainda que mínima, contribuição para nosso próprio aperfeiçoamento e, com alguma sorte e total desapego, estendê-la ao próximo.

Inserida por teretavares22

⁠...
Me agarro na metamorfose
Duas pernas me levam bem longe
Degusto meu café, minha dose
Não espere que eu te desaponte

Distante da resignação
Desperto e adormeço tentando
Bem longe da acomodação
Avalizo minha fé, vou lutando

Tem dias que entorpeço feliz
Tem dias que adormeço doído
Escapei da expiação por um triz
No mais estou sempre sorrindo

Valente, me tornei imigrante
Carreguei minha bagagem, família
Do caos, virei itinerante
Meu jargão, minha filosofia

Na estrada vi muitos espinhos
Ferrões, e eles não são meus
Nem fui, nem sou Zé-Povinho
Sou grande, acredito em Deus

O triunfo em verso e prosa

Inserida por andre_villasboas

⁠Mais um Natal
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Na Vida quando me falaram de amizade, aquela que nos acompanham fazendo-se presente até mesmo no silêncio, achei que era somente fantasia de um sonhador. E é real! Os que se tornaram distantes, hoje não me dizem nada, mas também trouxeram uma carga de evolução em minha existência. Os verdadeiros são presentes e pulsam no coração. Como é fantástico como vemos as pessoas de modo diferente com o passar dos anos e aprendemos com elas os significados mais estranhos dos sentimentos que nos tocam... É tão bom saber que amigos fazem parte, e que também a solidão tem sua fração. Neste mais um Natal, quero olhar cada rosto que vai marcar presença, esses sim meus amigos verdadeiramente fraternais, e retribuir com meu sorriso sincero. Pois o tempo galopa mais que o nosso olhar possa perceber, e a maturidade nos faz saudosos dos tempos ingênuos da irresponsabilidade, dos amiguinhos sem interesse, das brincadeiras de adolescentes, do tempo maravilhoso de faculdade. Saudade! Então quero agradecer cada manhã amanhecida, um presente Divino, uma alegria pra ser comemorada, partilhada... E nestes momentos de comemorações, dividir com a vida todo este festejo, aquela música que marcou um segundo, um minuto, um beijo, a poesia escrita com a pluma da alma, a mão que afagou com suas palavras de conforto, olhar que acolheu o meu olhar absorto, o abraço que em meu corpo se fez laço... Afinal, mais um Natal!

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SONETO PERDIDO E TORTO

Se prosar que ignoro estou mentindo
Mas falar de amor eu não mais tento
Por essa tal poética eu vou convindo
Sem mais entender deste sofrimento
Se da saudade atormento vai saindo
Nesta sensação nada mais fomento
De tuas rememorações vou fugindo
Destinta quimera eu lanço ao vento

Se a prosa é de que me ama, maço
E se silencia, nem sei o que eu faço
Com a solidão na minha inspiração
Quanto mais o sentimento absorto
Mais o soneto se vê perdido e torto
Na prosa de um apaixonado coração

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29 janeiro, 2022, 10’16” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

Melodia llanera cantada
para todo o continente,
que em sinal de gratidão
devemos honrar quem
sempre cuidou da gente.

A ironia do destino acena,
que cada um não tema,
e levante uma bandeira
de honra e defesa
para mudar o destino
que foi pelo rumo
que não deveria ter ido.

Entregue nas mãos de Deus,
mas não deixe de fazer
a sua parte pela História,
Ele sempre contempla
por quem busca a glória,
por isso peça que se abra
as portas das cadeias
para a sacrificada tropa.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Venerando a liberdade
em todas as instâncias,
Na voz da esposa
do Tenente Coronel
que está desaparecido,

E presente na voz da esposa
que não pode sequer
se pronunciar e ela
nem sabe que eu existo,
mas por ela sinto:

Na voz do pequeno filho
que ainda nem tem
vocabulário para falar,
E assim sou a voz
dos que não
podem ter voz,
mas justamente
todos estes me têm;

Eis me aqui a reivindicar
junto a sua consciência
para que coloque toda
essa história no lugar,

Inclusive, sou contra o feroz
bloqueio que não deveria
nem ter começado,...

Cadê a liberdade do General
que nem deveria
seguir aprisionado?

Enfim, superam cinco
centenas de discordantes
pelos cárceres,
os militares em mesma
situação há confronto
de cinco dados,
mas superam
a duas centenas;
Não dá para esperar
para trabalhar
por um país reconciliado.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Dedos apontados
para quem
se encontra
injustamente
fragilizado
porque preso
foi levado,
o destino
costuma
lecionar
a quem
'interessa'
de um jeito
preciso,
não esperado,
e jamais superado.

Não procure
provocar
aqueles que
buscam
teorias
estranhas
no subsolo
da moral,
aplaine caminhos
e apenas peça
para as estações
do tempo as conduzir,
e a solene sabedoria
do vento as carregar.

Não há o porquê
nenhum tipo
de contenda travar,
esse tipo de gente
nas próprias tramas
irão se enroscar,
porque cedo ou tarde
a vida mostra
que é assim,
enquanto vendem
aquilo que não são,
há gente cantando
na travessia,
e muitos plantando
flores no jardim
a espera do novo dia raiar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Como não havia
encontrado
a palavra certa
para explicar
muito além
da liberdade,
Fui versando
sobre as nuvens
eletrizantes
da tempestade.

Chegou a hora
de contar o porquê
de tanta poesia:
a vida é capaz
com o pincel
da ironia pintar
as paralelas,
essa é a realidade
da História do Brasil
e da Venezuela,
não há como ser
indiferente e se calar.

Como uma praga
que devasta
uma lavoura,
O assunto é
mais grave
do que se imagina,
não sei o quê
será do destino
do continente,
ninguém tem
compaixão
do destino
da nossa gente,
que a verdade
seja dita:
não nos ensinaram
a nos amar,
e a nos fazermos admirar,
pedir pela libertação
da tropa já virou rotina.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Tudo consta que eu errei,
mas ainda prefiro pecar
pelo excesso de humanidade,
assim vou exigindo
que contem tudo sobre
a verdade, porque não
sou e nunca fui
de fácil convencimento.

Ariana liberada,
em condicional está
a liberdade,
e deixo bem aqui
a perplexidade:
a história da Capitã
está mal contada,
dizem que o filho
não foi preso,
Nina não
foi extraviada,
e ela tampouco
foi torturada.

Dizem que o único
prejudicado foi
o pobre cirurgião,
aonde está a nobreza
dessa gente que diz
que é cheia de coração?

Sigo no meio
das Mães e esposas
perseguidas
pela opressão,
quero a base
da poesia abrir
as portas da prisão.

Tudo mostra que
o desvio tem
sido certo,
falam de tudo,
menos do centauro
preso injustamente,
atitude de gente
que não me convence,
atitude de quem quer
apagar a injustiça
contra um homem correto.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Quintilis deu o seu
sinal inaugural,
abrindo as cortinas
para o próximo
capítulo e as luzes
pouco a pouco
estão sendo acesas,
não negue a justiça a lei,
se és mesmo de fina grei.

Não me negue jamais
a verdade à história,
para os poetas o quê
vale não tem a ver
com poder ou dinheiro;
e sim com a verdade
o fim da agonia,
a glória e liberdade,
a poesia sempre será
infinitamente maior
do que a crueldade.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Não é preciso
inventar história
para ter o quê para
o mundo escrever,
basta ter um
bom ouvido e falar.

A poesia da noite
também pertence
aos observadores
da cena que veem
a democracia desmaiada,
as lideranças retraídas
e a prisão a cada dia
com muros mais altos,
portas e janelas fechadas.

Não é possível que
não haja uma saída,
a justiça é um poder,
mas não uma ilha,
não me permito
acreditar na desdita.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Aguardo por

você onde

a consequência

não se esgota,

e a paciência

também não,

Se quiser te dou

o meu sobrenome,

Não vais morrer

nunca de frio

e nem de fome.



Porque já tens

endereço fixo

no meu coração,

mesmo sem

os olhos terem

te visto,

O amor é

a explicação.



Aguardo por

você porque

de ti eu sei

que eu sou

o quê te faz

contente,

e de ti não vou;

pois a gente

se merece

e se pertence.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Agradeço

a vida

ter me jogado

no chão para

que eu não

nunca

mais tenha

forças

para correr

atrás de quem

não me merece,

não merecia,

não mereceu

e jamais há

de merecerá.



A ironia da vida,

e giro do mundo,

acabam unindo

o inimaginável

e o impossível:

o encaixe perfeito,

creio que na vida

tudo tem jeito,

e a nossa hora

vai chegar;

e o destino sempre

acaba brindando

quem no amor crê,

e recusa jamais

deixar de buscar.



Aos que jogam

com o amor

e com ele

se portam

mentirosos,

levianos,

ambiciosos

e injustos,

não preciso lançar

nenhuma maldição:

o destino é preciso

em devolver

a cada um

a compensação.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Como uma onda caixote
do mar que não foi devolvido,
vejo os pertences remexidos,
o drama do jornalista só
é apenas um recorte
do que tem acontecido.

A maioria não liga
mesmo para isso,
sou tratada como
imigrante em minha
própria Pátria,
assim sigo isolada,
todo o dia só cresce
o sentimento de ridículo.

Como o nó da garganta
da filha que não vê há
quatro semanas o Pai,
muita coisa já não
mais me distrai,
porque sou a Mãe
da Mãe que não
obteve resposta,
no meu coração
carrego mais de um
General e a tropa.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Desde que se apossaram
do mar da Bolívia,
Eu estava lá só que
ninguém me via,
Bem no meio antiga
da tropa eu havia
sido escrita e escondida.

Fui revelada só agora
que não vou me contentar,
Enquanto não me devolverem
o General, a tropa e o mar,
Não vou parar um só dia
de espalhar a minha poesia
por todo e qualquer lugar.

Nasci sul-americana
e nenhum de vocês
a mim não me engana.

Estou espalhada pelo ar,
nasci na serra e cresci
bem no meio do mar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Dirijo-me ao grande pátio
da vida para dialogar
com a América Latina,
há muito tempo tiraram
o mar da Bolívia,
nós sabemos muito bem
que para dominar um povo
se começa enfraquecendo
o seu território
a defesa e a polícia.

Gostaria de ser iludida,
a visita dos advogados
do General foi suspendida.

Em prol do mar,
da tropa e do General,
fazendo poesia reunida
no raiar dos giras(sóis) da lida.

Segue Juan há trinta
horas desaparecido,
Lorent não foi esquecido.

Em nome da fé
e daquilo que acredito,
dou meus versos à multidão,
porque não quero o meu
povo escravo e vendido.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Quem pensa que eu deixei
O General escanteado:
Se afogou no engano,
Apenas estava em silêncio
Ético porque assim
Estava no meu plano,
Para deixar que outras
Vozes falassem por mim.

Se equívoca quem pensa
Que estou brincando,
É bom levar a poesia a sério,
Me tragam o General com vida!

Há muito tempo venho
Pedindo o mar de volta
Para o povo boliviano,
Mas minh'alma pode pedir
De forma audaciosa
Bem mais do que imagina:
O General, o mar e a tropa
Em nome da poesia reunida.

Inserida por anna_flavia_schmitt