Poesia Completa e Prosa

Cerca de 16791 poesia Completa e Prosa

Andei em busca da poesia, não sabia onde procurar.
Tampouco se ia encontrá-la!

Vi um senhor a escrever, me aproximei e o indaguei:
"O Sr. pode, por favor, me orientar?
Onde posso a poesia buscar"?
Ele me olhou, sorriu, e respondeu:
"Tá na cascata, tá no mover das águas, tá no remanso do rio, tá no mar, nas ondas que beijam a areia.
Na ilusão da existência da sereia.
Se você passou e não a viu,
refina o olhar.
A poesia tá em toda parte, em todo lugar.
Tá no raiar do sol,
na força do dia,
na beleza do entardecer,
no brilho cintilante das estrelas,
tá na luz do luar,
não precisa esforço pra encontrar, é só olhar.

Tá no espinho, tá na flor.
Tá na chuva, no frio e no calor.

Posso falar noite e dia.
Tá na canção, no manuseio do violão.
Tá no amor de Romeu e Julieta.
Na fraternidade, na solidariedade, na bondade do coração de irmã Dulce, de Gandhi, de Betinho e tantos mais"...

E a prosa continuou,
aquele senhor me falou:
"Convivo com a poesia, escrevendo cartas de amor todo dia!
Comecei escrevendo para o meu amor, mas daí ela foi se achegando e em mim se instalou!
Fazendo moradia".

Rosely Meirelles
🌹

Inserida por Rosely1705

⁠SABOR DA POESIA

Eu amo a poesia pelo seu encanto
Pela razão da poética em seu ser
Sem me importar com o portanto
Se há prosas de tristura ou prazer
Eu amo a poesia na sua natureza
Na essência onde a ilusão estará
Sem pensar se há apenas pureza
Importa a magia e se assim será

Poesia é sensação, só saber tê-la
É sentimento caída duma estrela
É suspiro, oferta, a luz de um luar
Saber chorar, se é pra enternecer
Sorrir, quando a alegria é o viver
Compreender, sentir e degustar...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18’55”, 10, março, 2022 – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠“FATEOR”

Tu vês, ó poesia. Estou desapontado
Calado, num emaranhado de ilusões
Em meio a várias inquietas emoções
Nesta tarde de verão, cá no cerrado
O céu no azul imenso de sensações
A saudade que fica aqui do meu lado
Definhando o peito, e já tão apertado
Nada me confortas, tudo imensidões

Estou acabrunhado, só, tão perdido
Em uma voragem dum amor dorido
Que hauri de vozear, correr e passar
Tu vês, minha poesia, quanta solidão
Se o choro alivia minha alma, em vão
Deixando o dia triste com triste olhar...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
11, março, 2022, 13’19” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

No tocante à minha poesia,
Eu falo do que me toca
E também do que não me toca
Falo da ausência, da solidão, do que me deixa vazia
Também gosto de tocar a poesia nas cordas de um singelo violão
Por mais que, na maioria das vezes, elas não toquem o mais profundo de alguém
Eu retoco a maquiagem,
Para que não transpareça tanto a pobreza do meu ser e a miséria do meu coração
Ao toque de recolher,
Vou me deitar em meu leito de sono profundo
Não consigo dormir, porque me toco que as coisas estão me tocando cada vez menos.
Nada me toca mais como antes.
Tanta falta faz o arrepio na pele quanto na alma.

Inserida por bittencourtlarissa

⁠VOCÁBULO POESIA

É palavra tão poética, e tão inteira
Que sai duma imaginação visceral
E que sabe, decerto, quão especial
Ao sentido é... essência verdadeira
Da dor e do amor rasga a sua leira
Aflora qualquer noção sentimental
Avilta a uma sensação corriqueira
É prece, a paixão, direção verbal

Poesia é muito, quase tudo, feito
E é, certamente, do belo profundo
Na essência do sentir o doce jeito
Ao sentimento o sublime segundo
Emoção, aonde o devaneio é eleito
Sentimentalidade que gira o mundo

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12 março, 2022, 12’44” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

Heroica poesia

Preso suplica o estro
por falsa alvorada,
pelo poder da palavra
já tão desautorizada.

Confrangido a depor
contra a subjetividade
que oprime e degrada
a humana (?) sensibilidade.

sofríveis relações,
frouxas e provisórias,
sólidas imperfeições
vidas sem memórias.

Mortas ideologias,
nenhuma alteridade,
acéfalo discurso
em pleno curso.

Mundo omisso,
descompromisso,
tecnologica(mente)
decadente.

Desesperada
em vã agonia
sonha contos de fada
a heroica poesia.

Inserida por Tacianalvalenca

⁠Enfeite


Minha linda poesia, princesa
encanto, enfeite do meu coração
Desejo ter teus lábios colados
aos meus, tuas mãos a mim
prendendo.
Ter junto o calor do teu corpo,
o bater forte do teu coração, te
prender em um carinho grande, com
um beijo demorado, e sem fim.
Quero você linda como é, pronta
para me fazer feliz, com um sorriso
alegre e meigo.
Minha princesa, fica posta à minha
frente, sempre com esse teu jeito,
linda e doce, pronta para amar.


Roldão Aires


Membro Honorário da Academia Cabista
Membro Honorário da A.L.B. / S.J. do Rio Preto
Membro Honorário da A.L.B./ Votuporanga
Membro da U.B.E
Acadêmico da Acilbras - Roldão Aires
Cadeira 681 -
Patrono- Armando Caaraüra- Presidente

Inserida por RoldaoAires

⁠SOMENTE A POESIA

Amanhã...
Não haverá tempo
Não haverá tempo para buscar
Para rebuscar
O que não tivemos tempo
De realizar hoje...

Amanhã...
Restará apenas saudades
Das lembranças
Recordaremos
O que deixamos de viver.

Amanhã...
Amanhã só sussurros
Deixaremos de sorrir
Recolheremos aos prantos
Ao choro que dividimos
Feito chuvas de verão.

Amanhã...
O coração fechará as portas
Somente a poesia continuará viva
Viva enquanto puder
E que o amor pulsar
E o poeta não deixar de sonhar.

Amanhã...
Em qualquer lugar
Em qualquer época
A poesia continuará viva
Florescendo pelos canteiros da vida.
Somente a poesia...

Autoria- Irá Rodrigues

Inserida por Irarodrigues

⁠NUMA POESIA DE AMOR

Numa poesia de amor, puramente
Tem versos poéticos e lisura igual
Sensações, afago, então, presente
Encantador tal as rosas dum rosal
Um verso breve, com tal essência
Onde há emoção e um doce olhar
Aonde a alma possa na cadência
Ter o fascínio e ventura encontrar

Que tenha a inspiração incendida
Cheia de paixão, aquela incontida
Pois, o diário se escrevera depois
E, incluído nestes versos, o amor
O cheiro, o encontro, a dada flor
Versejando o sentimento a dois...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16 março, 2022, 14’41” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

𝙰 𝙰𝚁𝚃𝙴 𝙳𝙴 𝚅𝙴𝚁𝚂𝙴𝙹𝙰𝚁

⁠A poesia nasce assim...
No instante em que a alma aflora livre.
Versos vão tecendo sonhos alados
Que como pássaros partem em revoada.

Uma estranha paz, um êxtase supremo...
E nos transportamos ao limiar do real!
Bendita a mão quer verseja...
Como bendito é o pranto que inspira...

Pois o poeta se alimenta deles!
Em sua arte de vasculhar o íntimo,
Compor desejos... Decifrar pecados...
Se um poeta chora solidões, saudades...
Seu pranto iluminado se transforma em versos.

E de sua alma ferida, brotam flores, luares, campos...
Descrições incautas... Narrações fantásticas.
Seu coração é todo inspiração e luz!
Na sua poesia ele desnuda a alma...
Reinventa o belo, consolida o mágico...
E vai destilando no papel seus sentimentos
Ousando sonhos nunca revelados!

E na suprema criação das mãos que escrevem
Os versos, estrofes, rimas...vão brotando assim...
Livres... Ditados pelo íntimo que se exprime
Se mostra na forma mais sublime e bela.

Se o poeta sofre, sofre em versos...
Se é feliz.... Transparece em estrofes...
Se sonha... Cria rimas...
Se morre... Ah! Se um poeta morre...
Apaga-se uma estrela, morre uma flor...

E seus poemas se perpetuam nas madrugadas chuvosas
Carregados de vida e forjados no fogo da paixão!
E vão cantando os amores que viveu.... Os amores que sonhou...
Os amantes que conheceu...
A natureza em seu fulgor.

E por toda a eternidade sua poesia permanece
Infinitamente bela.... Infinitamente nova
Enternecendo os corações sedentos de sonhos...
Com fome de sentimentos e exausto de solidão!!!!!

Inserida por inezcurado1959

⁠Diálogo Divino

O sopro do mar ao pé do ouvido;
Inspira poesia de ondas sonorizadas pelo criador.
E me percebo magicamente sagrada;
Ouvindo da natureza palavras inaudíveis aos céticos.
O poeta é destinatário do sagrado!
E em um diálogo de mão dupla com o criador;
Torna-se porta voz dos prazeres divinos.
Quem disse ao homem que o sagrado é sofrimento?
Pobres homens, péssimos intérpretes!
O sagrado não é pranto, nem desalento.
De verdade, traz no vento o som inebriante do silêncio!
É que quando o vento bate na pele;
Traz calafrios reflexivos!
E na mente do poeta alegre e acolhedora;
Floresce devaneios do AMOR divino!

Inserida por Vanessafontana

⁠PLÁGIO
.
O artista que cria
Música, arte, poesia
Ilumina a escuridão
Mas aquele que copia
Segue a lanterna que alumia
Mas que está em outra mão.
.
Quem copia não inova
Apenas aguarda coisas novas
Vindas dos artistas criativos
Para furtá-las sem escrúpulos
E assim mantém minúsculos
Os seus neurônios inativos.
.
O plágio é recurso do incapaz
Que se esmera sempre mais
Em tomar o que não lhe pertence
Mas para quem é plagiado
Não vale a pena ficar indignado
Porque só se copia quem está à frente.
.
Deixe que os que plagiam
E que assim se saciam
Sigam copiando tudo
Porque chegará o momento
Em que olharão para dentro
E não encontrarão conteúdo.
.

Inserida por EDUARDOPBARRETO

⁠PRAS MARIAS

Maria, Marias... poética, és poesia
Força no nome, as Marias caseiras
Das dores, as José, as de idolatria:
A Mãe de Jesus, Amém... Fé e valia!
Maria, de Fátima, Brasileiro, brasileira
São muitas, e todas com sua quantia
A da cidade, a caipira, a lerda, a ligeira
Mulher faceira, as Marias, no dia a dia

Cada Maria: as filhas, as mães, as tias
Família, vigor, amor, ternas melodias
Quem em casa não tem a uma Maria?
São versos na emoção, assim, escritos
Ditos, afinal, são de sentidos benditos
Vivas se dão!... nesta láurea melodia!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
22/03/2022, 05’30” – Araguari, MG
pra minha tia Maria de Fátima Brasileiro, nos seus 80 anos

Inserida por LucianoSpagnol

⁠NAS ENTRELINHAS

Se alguém pudesse ler a alma da poesia
secreta, onde cada sentimento a traçou
talvez entenderia mais sua terna melodia
os sonhos, os suspiros que elevaram voo
Estar é o destino e, se acaso, algum dia
a condição no sofrer, então, lacrimejou
esse verso não era a poética de alegria
nem tão pouco a emoção que enlutou

É a vida, ilustrada, da direção da gente
tateando a cada momento eternamente
trajando o além dum agrado ou aflição
Nessa prosa, na composição reservada:
um olhar, um sussurrar, a afeição velada...
nas entrelinhas de uma variante sensação!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
26 março/2022, 14’41” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠E quando a ciência vê a poesia de pé junto ao tempo, ela sente inveja, pois a poesia não se submete ao tempo ela fala frente a frente

com ele e ele não a retém. Ah! Minha poesia corajosa que só quer chorar todos os dias, desde que descobriu que as flores de esperança necessitam ser regadas por lágrimas de espantoso encanto...

Inserida por brayan_verde

Eu decidi viver na poesia,

pois, tudo é tão doloroso, que só se oxigena a vida com poesia. Poesia! Pura poesia.

Poesia cantada...

Poesia aclamada e declamada.... fazendo sentido sem se curvar a razão.

Poesia pensada...

Poesia sentida,

Ah poesia!

Senhora dos versos e mãe mestra dos sonhadores artistas, tua ausência me põe em lágrimas, mas tua presença sempre emociona o ser de mim mesmo mais meu.

Inserida por brayan_verde

⁠PRA VOCÊ (POESIA)

Eu sei que eu não sou perfeita.
Eu sei que as vezes te faço infeliz , mas sei que eu quero te ver feliz.
Meus erros as vezes não posso concertar , mas posso pedir perdão.
Como forma de arrependimento e confessar que errei , mas que por você tenho gratidão.
Se não , não estaria aqui tentando uma forma pra te fazer sorrir.
Vacilei , não vou me vitimizar.
Quando erramos temos que nos confessar.
"O que ninguém vê , ninguém estraga", assim dizem por aí.
Será mesmo?
Quando se mostra é como uma serenata.
O sentimento de querer agradar é bom.
Estou aqui mais uma vez , tentando mostrar o que tenho de bom.
Desculpa ? Sempre irei pedir . Pois sempre me arrependo , pra tentar te ver sorrir.
Te amo e não dá pra te esquecer.
Na minha mais nobre serenata , escrevi pra dizer que amo você.

Inserida por MylenaAraujo7

⁠CERRADO LOTADO DE POESIA

Imensidão, profundo e denso labirinto
em que há diversos, e encanto brando
cheio de fascínio de detalhe destinto
teus cantos, extasiantes, só estando!
Do teu variado ser diferente, é ressinto
no teu rico entardecer o rubro vibrando
que nos surpreende e nunca é suscinto
é aquela graça que n’alma vai gafando

Ora o teu vento nos galhos musicando
e a passarada nos jatobás florescendo
canto e contos, todos, contigo rimando
Os ipês, caliandras, lobeiras, em junção
que, faz da sensação, prazer querendo
é o cerrado lotado de poesia, de sedução!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
02 abril, 2021, 14’28” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Entoo poemas como quem chora de desalento, faço poesia como quem pede a morte, pode descer a noite pois estou insolúvel...
O dia está sem rosto de olhos tão vazios amargos, amargura que escorrega até o coração pela seiva das veias mórbidas, amar a ti é como desprezado é como desejo de veneno com mel;
Andei sobre as sombras e caminhei no eixo destorcido do reflexo frio do porta retardo que me deras, seu coração tortura o meu...
As páginas sedentas de sede bebem das minhas lagrimas misturada com a tinta do esboço deste lamento,
Componho poemas da dor enquanto tu vives sem mim e sem querer me ter, vivo na esperança de ti sobre morte lenta,
Sobre o tempo cativas o ouro enquanto de amor banho me em sangue gota a gota
As noites duelas com a madrugada para ver quem lambe meu sangue
Procura a riqueza enquanto eu amarelo sobre o sol fujo e lembrando das migalhas de um pouco de amor de vez em quando, sinto saudade...
Me escondo na face da noite das mortalhas e surdinas tenho vergonha de amar
Tão raro e tão vasto amor que não cabe no cantinho da sua alma
Tão hirto seu coração rígido como eu tenso tentaria de novo tecer minha vida na sua, ser para sempre me desce outra chance sei que calado e quieto quero ficar e por ti podemos estar onde quiser ir
A luz tenta me misturar o anil se contrasta com minha alma cada dia mais fria e um amor adente quente que me queima a vida...
Os poemas se acumulam nas linhas do destino devaneio eu encosto e você desfaz
Foco no recorte da janela em revoada pensamentos da sua volta hipotética
Pausa; desço no poço negro de silencio galgará gerúndio vara madrugadas se cravem meus olhos na flor que me sustenta no alto na boca das águas onde descera eu...
Suplico as almas femininas que me arrodeia que de encontro a amada envia uma mensagem como um flor e avisa a esta alma antes que a minha morra de amor

⁠Todo poeta é anônimo
e toda a poesia
desconhecida
Enquanto o poeta
toma café na esquina
nasce o verso
corre a lida
gira a roda
E esta poesia viva
que brota de seu peito
em consonância com a vida
a sua volta
e que é parte dele
/Que é ele!
Jamais será ouvida
ou compreendida por outro ser
Seria feito um sino de Deus
que toca
e somente o poeta escuta
e dana a fazer poesia
Ou é pancada de anjo
na cabeça
que bate forte a lira
e o poeta caduca
e começa
cantar!

Inserida por bill_oliveira_william