Poesia Colcha de Retalhos
Sou um pouco de cada coisa, porém, nada demais... Faço de mim uma colcha de retalhos, vou levando um pedacinho de cada canto e de cada gente que cruza meu caminho. Misturo pedaços das terras que visito, carrego comigo as palavras preciosas das mulheres e dos homens sábios, sou fruto desta grande troca com cada ser humano. Vou guardando tudo na bagagem da vida. Tenho um pouco de todos que vivi em mim. Me vejo em cada um que aqui habita e me permeia.
Sou esta mistura mesmo, meio vira-lata e não importam as credenciais, me veem como a todos vejo, com simplicidade. Me visto de amor, escrevo com minha emoção e iluminação divina enquanto fizer por merecê-la. Sou apenas isto e vocês sempre me encontrarão em textos e canções...
Colcha de retalhos
Como uma colcha de retalhos,
O poeta viaja em seus encantos...
Um dia tudo é muito colorido,
Em outros ele vê tudo preto e branco.
Nas variações de seus sentimentos,
Desencantos e magias lhe completam.
Não sabe ele que os seus devaneios,
Leva-nos a uma vida de incoerência.
Nas cores de suas letras encantadas,
Percebemos muito de sua vida...
Seus sonhos de instâncias variadas,
Sempre inauguram uma folha de papel sem linhas
Envolvente as suas frases dizem muito,
A felicidade é a mais bela das inspirações.
Quando fala da tristeza nem sempre é infortuito,
Mas é na paz que nos envolvemos em emoções.
"A vida é como uma colcha de retalhos, cada dia representa um pedaço de pano, costurado de acordo com nosso humor, seja nos momentos de prosa, em uma alegre roda de amigos ou encontro com familiares, seja nos momentos de tristeza e solidão, quando estamos sós, tendo como companhia apenas nossa própria consciência.
Com o passer do tempo, pouco a pouco os pedaços de trapos vão tomando forma, tecidos de diversas cores, texturas e tramas são costurados, um a um, alguns são ricamente adornados e geometricamente perfeitos, outros são simples e despojados. Mas todos são alinhavados e costurados entre si com muito carinho e bom gosto, sejam estampas lisas ou com figuras de diversas formas e matizes.
É chegada a hora da partida, a colcha finalmente toma sua forma definitiva, ou quase isso, representa um mosaico multicolorido, um caleidoscópio dos diversos momentos de nossa existência, um pouco do que fomos, um pouco do que somos, nossos sonhos, desejos, utopias e realizações, reproduzindo a essência d`alma no dia-a-dia de nossa existência."
Retalhos do tempo
No aconchego do tempo
Costuro com carinho e cuidado
uma colcha de retalhos
Na minha caixinha de costura
fios de linha coloridos e opacos
Tecidos claros com renda incorporados.
Do tempo passado desbotados
Acrescento tecidos vermelhos bordados
de sedução e amores passados
Cores que misturam-se entrelinhadas!
Fragmentos da vida coloridos!
Costuro e remendo retalhos de ilusões.
Sonhos de tecido desfeitos
Alguns pedacinhos alegres
outros de lágrimas drapeados
Bainhas com viés esmeradas
guardam os meus segredos encabulados
Com ponto cheio bem costurados!
Pedacinhos de pano indecifráveis
Na minha colcha de bordas inacabadas
Pretendo entrelaçar estrelas de sonhos
e bordar flores ornadas de esperanças.
A flor aplicada na colcha de retalhos
exala o perfume da saudade,
em cada ponto, um momento,
um recorte de amor...
MÁGICA
Amo por tudo o que fizestes
Amo por tudo que passamos juntos.
Uma colcha de retalhos,
A cada dia se costurava um,
Ela crescia bela e aconchegante,
Eram retalhos e mais retalhos,
A cada retalho era um dia,
A colcha crescia como o caminhar da vida...
Hoje me cubro com ela,
Aquece os dias frios,
Acalenta a dor que deixou,
Os tecidos de retratos,
Enfeitam minha cama,
São lembranças eternas.
Só porque foi, e voou para longe,
Sei que também vês nossa colcha,
Porque a morte é mágica,
Em todas as suas fotos sorri,
Por que estás simplesmente encantado!
O conhecimento e o saber, são como uma colcha de retalhos, onde o conhecimento é cada retalho e a colcha é o saber. Já a sabedoria é a confecção da colcha, que está sempre em construção.
A. Cardoso
❤ As vezes a vida nos dá retalhos...
E eu 'teço' lindas colchas... e toalhas... e a vida!
LuAndrade*
__A vida é como uma colcha de retalhos.
__Cada dia uma estampa que se costura e a variedade de cores se fundem, nas surpresas do cotidiano
Colcha de retalhos...
Os retalhos do inconsciente e a dor presente, existente!
As vezes coloridos no consciente, transparente, latente.
Em outras vezes preto e branco difíceis de encontrar, apenas ações e reações.
A colcha vai sendo tecida passo a passo, dia a dia...
Lembranças, gatilhos e a ponte do trauma
Links, linhas que unem cada retalho...
A história tecida é construída através das lembranças vividas!
Do sofrimento fazia um remendo ... dos sentimentos fez uma colcha de retalhos ... da dor fez amor, da tristeza fez flor...
o que conta de verdade não é como sentimos a dor.. e sim o que fazemos com ela ...
A Grande Colcha.
Somos constituídos dos pedaços.
Pedaços das relações diárias.
Somos retalhos, recortes do dia a dia
que um a um os unimos em uma grande colcha.
Retalhos das nossas histórias.
Das que vivenciamos.
Ricardo Mellen.....(*."
a vida é como uma colcha de retalhos pedaços de nós que costuramos
ponto a ponto
longo da vida
e depois que terminamos
está pronta
a colcha de retalhos com pedaços de nossas vidas
porém envelhecida pelo tempo desbotada
como quem a costurava envelheci costurando meus pedaços
e nem percebi que otempo passava
COLCHA DE RETALHOS
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Nascerei outra vez, e dessa feita,
quando passo do meio da jornada,
minha idade serena já se vê
sobre o nada; num lento voo livre...
Tenho medo, mas tudo mostra o fim
que me assalta, me pega pelo meio,
porque veio disposto a me acordar;
quer meu sim; não aceita meu talvez...
Redesenho a jornada, volto ao chão,
me replanto e não sei como será;
quem serei; que será do que já sou...
Foram tantas as mortes, tantas vidas,
tantas idas, atalhos recomeços,
que o que sou é uma colcha de retalhos...
COLCHA DE RETALHOS
Demétrio Sena, Magé – RJ.
OVERDOSE – Às vezes quase enlouqueço, vítima de poesias congestionadas que buzinam em meu silêncio, todas pedindo passagem ao mesmo tempo. Coração e cabeça dão um nó, desesperados com o engarrafamento insolúvel no trânsito impiedoso da inspiração sem limite. Se nada me socorrer, um dia posso morrer de poesia.
AVISO – Se Não sabe brincar
de sedução,
nem entres no parque do meu coração.
SEM PANOS – Já me cansei de lhe ouvir dizer que o cão é mais gente do que gente. Que gente não lhe completa e não é uma sã companhia. Por mais que meu coração balance por cães, depois desse desencanto eu lhe tirei de todos os meus planos. Não estou mais a mercê de seus caprichos, e posso assegurar: Tirados todos os mantos, o meu caminho é inverso. Confio mais nos humanos do que em você.
DÍVIDA MANTIDA – Não revidarei à sua ofensa e peço que não me peça desculpas. Nada lhe cobro, não exatamente por bondade, mas por malícia, mesmo. Quero manter o status de credor.
TEMPO – Ando meio sem tempo
para trabalhar;
tenho muita coisa pra lazer.
AMPUTAÇÃO – Tenho sempre muito cuidado com o que não faço. Isso acontece, porque sei que uma vontade reprimida pode até me livrar de ferir meus pés... mas não vai evitar que ampute os meus passos.
SÓ (LIDÃO) – Menina triste
de olhar pidão.
só lhe dão
solidão...
SER HUMANO – Cuidado com as pessoas com quem você anda. Muito cuidado: Procure saber do que precisam; dê ouvidos e ombros; estenda sempre a mão... Nossos pais estariam certos, se o sentido de suas advertências fosse este: Temos que ter cuidado com quem andamos. O próximo precisa de amor... o ser humano precisa de cuidados.
.... Respeite autorias; ao publicar o que não é seu, cite o autor.
COLCHA DE RETALHOS
Retalhos, numa colcha alinhavados
De acasos, e os momentos de aparos
Bordando o tempo, e seus preparos
De distintos sentimentos passados
Aqueles bons, e aqueles de agrados
Que se encaixam total, sem reparos
Que se faz com que, sejam tão raros
Também, os que nos traz os enfados
Detalhes duma sorte, irregular e doída
De uma sensação, o todo ou metade
Engano ou certo, na quimera garrida
Ah a vida! Vivida! Partes de felicidade
Entrelaçados numa chegada e partida
Todos eles ornamentando a saudade!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10 setembro, 2022, 15’17” – Araguari, MG
Deus é semelhante a uma colcha de retalhos. Onde cada sobrevivente humano, o moldam a seu bel prazer.
A julgar a existência do mito em nossas mentes.
Retalhos:
Com agulha afiada e linhas tortas, costuro os retalhos coloridos da vida. Saldos de sentimentos, alegrias, melhores momentos. Mas, as tristezas eu também emendo , junto tudo numa colcha de remendos. Assim, como a vida, os retalhos não podem faltar. Com um pouco de tudo que vivo, aprendi a costurar. Alguns tem cores vivas, outros já nem tem mais cor, mas, tudo faz parte da jornada, da vida viviva com amor, Da nossa escolha de vida, ou ainda, inevitável sorte. E assim, produzimos nossas colchas de retalhos ejuntando os remendos construímos a própria sorte, até o fim morte.
"
Depois do amor meu sono extravia-se. Encontro-o atrapalhado entre as costuras da colcha de retalhos, resistente em voltar. "
Colcha objetiva
Já passou o tempo de tentativa
esgotou a carga fingindo ser
hoje apenas sou, apreciando o resultado
nas pontas dos dedos possuo objetivo
antônimo do menino, naquele dia sortido
Altruísmo Salvador resgatando outra via
a todos nós, de nós mesmos, costurando em sintonia
a colcha humana que estava todinha retalhada, por todo canto jogada
com muito valor, mas mal interpretada
Um cemitério de pessoas vivas
Isso sim merece luto
sonhos na gaveta trancada
vivendo no absoluto.