Poemas sobre o Brasil
Se silencia
o peito fica
tipo Adufe
disparado,
Em segredo
sei que me ama,
e está deixando
o meu peito
todo envolvido,
Não sei, não é
de hoje que te sinto.
Olhar como o tempo está,
colher frutas para adoçar,
Lidar com as expectativas
e não deixar o melhor perder.
Ouvir Tucano-bico-de-quilha,
levar frutas para ele e os outros,
Reviver para alma os tesouros
e não permitir-se desanimar.
Desafiar cada desafio com altivez,
e buscar para que brilhe a sua vez:
Não deixar nada te desanimar.
Sem deixar de lado a sensatez,
nas asas de Bill Bird se você inspirar
e si próprio com alegria cultivar.
Nesta nossa Terra
Afonjá não quer
ver o Deus da Guerra
alheia por aqui dançar,
Não duvide e não
tente o desafiar.
Vibram em mim
os mais profundos
autos e reisados,
Trago nas duas mãos
para os enamorados
poemas apaixonados
para que venham ficar
ainda mais ligados.
Busco ser direta e simples
para falar ao coração,
Se não me fizer entendida
não vale continuar
tentando ser poeta não,
Tem mais valor
do que a poesia é alcançar
a própria compreensão,
Por isso vou te arrastar
no ritmo de Fandango Nortista
para quem sabe ver
na sua companhia a Marujada,
e mostrar que sou eu a sua amada.
Rejeito o Deus da Guerra
insinuar a sua dança
seja na minha Terra,
no meu continente
ou em outro lugar
para tirar a paz da gente.
(Poema anti-guerra)
Deixar o tempo passar
sem ansiedade,
Ver o Pelicano Marrom
com toda a tranquilidade.
Deixar os amores que não
deram certo no lugar,
O quê passou não querer
ir em busca de resgatar.
Tudo teve o seu tempo,
lugar e que para frente
é que nós devemos andar.
O sonho que carregamos
não pode se apagar,
e nós não podemos parar.
Quando você se der conta
entrei na sua cabeça,
estarei morando no coração,
Vamos nos encontrar
no meio da multidão,
Quero que você não
se esqueça que hoje tem
Reisado da Borboletas,
Só você é capaz de fazer
a festa perfeita no meu coração.
Dessa vez quem
por aqui vai cantar
a Toada sou eu,
Para te colocar
bem solto para dançar
a Dança do Pinicapau,
Você daqui para frente
não vai mais esquecer,
vai adorar e nunca
mais vai querer parar.
Estabeleceste ao redor
um heróico cerco que me faz
sua mesmo sem saber
quem é de fato você,
E assim alimento dia e noite
a vontade de te conhecer.
Só quero do destino
que te coloque aqui
bem colado comigo,
De ti só anseio mesmo
o mais lascivo da época
que o Lundu era proibido
entre o quê há de nós
mais maldito e bendito.
Vem comigo no seu ritmo
que aos poucos te ensino
a dançar o Lundu do Sul,
Quem sabe você vai querer
ir mais além e me escolher
para ser o seu o doce bem.
Basta um toque seu
que o meu coração
toca um lindo Afoxé
para chamar atenção
sempre que me provocar.
Preparei um Afurá
prá gente bebericar,
porque no teu cangote
quero é chamegar,
até o dia clarear,
ver os raios de Sol
pelas frestas da nossa
janela passar,
e passar juntos aquela
preguiça boa de levantar.
Na imensidão azul do céu
que se confunde com o mar,
na sua companhia encontrar
a Fragata Magnífica voando.
Colocar olhos nos olhos
as nossas almas para dançar
ao som do vento e das ondas,
e nos deixar pelo embalo levar.
Sem mais nem o porquê
eu sei que eu quero,
estou presa no seu mistério.
Quando este dia chegar
não vou parar de desvendar
porque presa em ti quero ficar.
A minha palavra é igual
criança que precisa
aprender a falar depressa,
Água dou para ela
onde o bilro oculto
de fazer renda está de molho
e a alimento com
a crença mais popular.
Sem deixar para depois
a palavra também é Agoxum,
sempre que for preciso
dizer que um mais um
sem inventar é igual a dois.
Não sei se faz sentido,
mas o Agosto que traz
o pesadelo para todos
nós latinos parece
que ainda não passou,
e ninguém sequer acordou.
Nas mãos do Maracatu
dos nossos destinos
sou o poético Agogô
feito para reunir o povo
de nosso Amado Senhor,
e assim quem sabe trazer
para perto o seu amor.