Poemas sobre o Brasil
Eu penso tanto sobre o amor,
Que às vezes esqueço de amar.
Sentir,
tornou-se um rumor,
E o sentimento: um bla-bla-bla.
Hoje domina o temor,
E o medo de tudo o que sei falar.
Padronizei o meu amor,
E não consigo mais amar.
Com versos fracos e rima pobre,
Eu deixo aqui minha tristeza.
Comandante do meu peito,
E criadora da amargueza.
Mas insisto em correr,
Sempre rumo ao meu querer.
E pelo meu desejo simples,
de algum dia poder sofrer,
Com angústia que hei de ter,
E que só o amor irá me conceder.
o mundo mostra,
talvez não seja tarde para ler
quando abro a janela,quimera;
nadam nas profundezas,
criaturas hibridas,bipolarizadas.
De fato inebriadas,alienadas como mostra a ficção,
Se decifrar é uma tarefa fácil só os leitores saberão.
Pássaros ao entardecer
(Victor Bhering Drummond)
Sim, os pássaros voaram ao entardecer.
E sabiam que eu estaria exatamente ali
Com a câmera a postos à espera de seu revoar.
Buscava só uma casinha amarela, quase bucólica
Uma paisagem pra lá de conto de fadas
Um entardecer que revigorasse meus sonhos quando estou acordado.
Mas eles sabiam que eu precisava além de uma paisagem.
Que seria mais poético e encantador se junto com meus sonhos
Esse bando passasse e levasse junto meus desejos,
Para que além do cenário e do arco-íris, eles se tornassem realidade. (📷 @fabiolieblartndesign | Este cenário existe. É uma estradinha linda em Santa Catarina, ao pé da Serra Dona Francisca, chamada Estrada do Quiriri)
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País Órfão
Breve anseio
Pela igualdade e prosperidade
Nunca alcançaremos
Enquanto necessitarmos de regime paterno
Onde os filhos da pátria
Não aprendem a pensar.
Rotina
“Bom dia,
Mais uma manhã se inicia,
O sol no céu e a polícia na periferia.
Helicópteros sobrevoando e as crianças pra escola caminhando.
Seis da manhã vocês não querem nem saber
O que pode acontecer? Só Deus pode saber.
Na prece de cada um “que eu não seja mais uma vítima, amém”,
A culpa é do governo que não enxerga o que há além,
Há amor e luta, sobreviver aqui é maior loucura.
O bandido vende seus bagulhos pelas de cem, mas os políticos lá do Plenário lucram também.
A TV ensina que somos maus: as pessoas de cor, os gays, os favelados etc e tal.
Não nos querem nas praias, não nos querem na Zona Sul,
Mas se eu der calote, chego até em Istambul.
Polícia, pare de nos matar porque é moda! Na hora cês não pensam, mas tudo que vai, volta.
Polícia do Estado é o veneno. Por que fazem isso com a gente? Não compreendo.
Tô cansado, tô exausto de ser tratado desigual por ser favelado.
As pessoas daqui não merecem seu respeito? Tô cansado de ignorarem nossos direitos.
Parem de nos matar, eu imploro, só queremos respirar!”
Borboleta de asas um tanto quebradas,
sempre presa num mesmo lugar,
quando curar-se e tiver liberdade,
será que ainda saberá voar?
Estranho
Não entenderás o meu dialeto
nem compreenderás os meus costumes.
Mas ouvirei sempre as tuas canções
e todas as noites procurarás meu corpo.
Terei as carícias dos teus seios brancos.
Iremos amiúde ver o mar
Muito te beijarei
e não me amarás como estrangeiro.
Curitibano
Rodopiando no Curitibano
comigo pelo bailão,
Você sente forte como
bate o meu coração,
De mim você não consegue
mais se desgarrar não,
Trouxe alegria a primeira vista,
amor e muita paixão.
Areias Coloridas
Memória de uma época
que se podia desenhar
com areias coloridas
dentro de uma garrafa
de vidro convida a lembrar
que tudo muda e o tempo passa.
Nhô-Chico
Volteando e sapateando
Nhô-Chico caiçara
que nasceu do Fandango,
Você é meu par
que escolhi amar sem dia
e sem hora para acabar.
Exterminação
Exterminação é quando
eles não precisam viver
porque eles passaram
a não ser mais humanos
para os homens de poder,
e até mesmo para você,
Não é difícil de entender.
Da Caatinga ao Pampa
Timbaúba é querida,
dela se faz brinquedo
que traz infante alegria,
Timbaúba maravilhosa
com suas cascas e frutos
levam ao banho que ergue,
que jamais me esqueço
que como toda árvore dá
sempre aquilo que cada
um precisa e por isso é
sempre digna de respeito.
Pamonha doce nordestina
por onde se prova conquista,
Hoje é também típica paulista
é um laço de afeto na mesa
que adoça a memória com poesia.
Pensar em nós é a mesma
coisa que saborear um Sonho
passado no açúcar de confeiteiro,
Imagino e desejo muito
que de mim você pense o mesmo.
Doce de Bananinha
Quem nunca levou
seja na mochila
ou na bolsa o seu
Doce de Bananinha,
Não sabe o quanto
ter um para socorrer
no momentos nem
tão doces assim com alegria.
Um Pudim sereníssimo
feito com muito capricho,
Um café brasileiríssimo
para ser bebido com louvor,
Não há coisa melhor
nesta vida para desfrutar
do lado do seu amor.
As auroras austral e boreal
são as danças dos deuses,
do nossos hemisférios
elas derrotarão os reveses.
Mesmo que ninguém creia
estão escritas nas estrelas
as evidentes exegeses
aos que sabem bem lê-las.
Dizer não à guerra ainda
inspira mesmo que uns
não tenham mais fé na vida.
Tirar o sapato apertado
para andar com os pés
descalços é o urgente apelo.
Aurora Boreal
No Hemisfério Celestial Norte
há um festejo de cores
que rende os corações de amores,
Na apoteose da Aurora Boreal
quando se transforma
no oceano verde da Via Láctea
ou na floresta sinantea
dependendo de onde a vê
é neste momento que olhará
para me encontrar a paz em você.
As enchentes
são as lágrimas
da terra fadigada
que não pode
ser mais negada
e deve ser resgatada
O cavalo no telhado
da paciência
provou o heroísmo
por muitos esquecido
em tempos de peitos
desapontados e doridos
As falsas notícias
tornaram o curso
do rio da vida ainda
mais dificultado,
fato que não pode
jamais ser negado
Com cada herói revelado,
como povo deslocado,
e lado a lado de tudo
o quê não pode ser ocultado
no ritmo imparável
das boleadeiras da angústia
Com rebanhos inteiros
por muitos desconhecidos,
meus galopes paralisaram
e outros submergiram,
resisto no anonimato
como o cavalo ainda por ti olvidado.
Siriri
A tua voz macia
na toada do Siriri,
Na minha mente
está gravada
e ando dançando
até debaixo da chuva
me preparando
para a próxima vez
que a gente se encontrar
e em mim você vai notar
que o amor chegou para ficar.