Poemas sobre o Brasil
Amor de minh'alma
Risonho e sedutor
Reina em mim
Indelével
Este mistério
Silencioso
Generoso
Admirável que constrói um
Reinado em mim.
Dizem que o mundo está
a cada dia mais perigoso,
não duvido que não esteja;
em alguns casos silenciar
torna possível o poema.
Urge abastecer a alma
com o quê há de melhor
para preservar o fascínio
e o teu brilho para tudo
o quê orienta o destino.
Os ouvidos com boa
música devem ser afagados,
os olhos devem ser beijados
com toda a extrema beleza
e quando não for possível
mantenha-os distanciados.
O teu sonho e a tua
expectativa romântica
devem ser tratados
com tato e sacralidade
para que preservados
mantenham a sua fé na vida.
Só cultive o quê pacífica,
não fique onde não há
franqueza e nem recíproca;
tudo isso deve ser feito
para que o amor resista inteiro
com heroísmo mesmo
se vierem tempos de guerra.
Aurora
Onde o Rio Itajaí do Sul
como gaita pranteia,
o solo próspero ondeia
entre as montanhas
do Alto Vale do Itajaí
e lavouras de amor total
pelas mãos dos teus
imigrantes europeus
capazes de erguer
uma cidade inteira,
és um grande presente.
Linda Aurora divina,
não importa a distância
sempre vou cruzar
esta rodovia para
com você estar
e morar nesta alegria.
És sublime brasileira
que não abandona
jamais as origens
o gosto pelo artesanal
e és poema de amor
escrito pela Natureza.
O meu amor por
tua gente guerreira
todos os dias aumenta
e sempre dá todas
as razões da vida
para nunca desistir.
Linda Aurora divina,
tu és preciosa filha
de Santa Catarina
onde o meu coração
encontra gentil acolhida
e motivos para ficar aqui.
Rodeio Acolhedora
Do Médio Vale do Itajaí
Rodeio é doce acolhedora
cidade que me tem aqui
e com toda tranquilidade
serena a minha teimosia.
O tempo amanheceu por
aqui nublado e meu peito
cadenciado aprendendo
a lidar com o momento
de ficar observando quietos.
Não há nada de novo sobre
o nosso céu de Santa Catarina,
e aprendi que não se grita
no meio de uma tempestade
mesmo nesta acolhedora cidade.
Rodeio Coroada
O entardecer enfeita
Rodeio com a sua
coroa de ouro a altura
devotando toda a ternura.
Os laços de afeto entre
ancestralidade
e a brasilidade
escrevem a História
da nossa cidade.
O poema dança solto
com malemolência
pelo Médio Vale do Itajaí
e a linha deu por reverência.
Decretando que nada
e ninguém terá poder
sobre a nossa paz,
porque todos nós
amamos aqui demais.
Rodeio Formosa
Sob o céu multicor
desta tarde aqui
no Médio Vale do Itajaí,
Te espero aqui
na cidade de Rodeio
com sabor de chocolate
e com todo o meu amor.
Rodeio formosa
com a coroa esplendorosa
do céu aberto para nós
tem inspirado o tempo
todo a desatar os nós.
Rodeio formosa
te aguarda para
que venha e permaneça,
e no final de tudo
seja cumprido poema.
Rodeio na Madrugada
Levantei antes do Sol
ouvindo o Galo cantar,
Rodeio na madrugada
inspira uma linda poesia
de amor para te encantar.
Ainda está escuro e da luz
do amor puro que vem
do teu peito amoroso
só tenho o quê agradecer
porque brilha como o sol
sobre o Médio Vale do Itajaí.
Levantei antes da escuridão
cair e ouvindo os pássaros
em coro a cantar a poesia
da criação sobre este lugar
que não cansamos de amar.
O amanhecer vindo lento
e a chuva leve no momento
mantém brando o pensamento
que a tempestade vai passar
e a vida voltará ao seu lugar
na nossa Bela e Santa Catarina
que dá sempre razões para inspirar.
Balneário Piçarras
Na Ponta do Itapocorói
está a tua pedra
fundamental carijó
e o teu ponto de partida,
és toda a minha vida.
O primeiro fado
sobre as ondas cantado
jamais esqueço;
as tuas praias guardam
o mais sutil segredo.
Da mão do pescador
no lance de amor
enredado se fez
a minha Armação
e dona deste coração.
És o lindo Balneário
com nome de Rio
que como um feitiço
nasceu para ser a razão
do meu melhor sorriso.
Meu namoro sublime
na árvore torta
em noite estrelada
e na alvorada iluminada:
És a minha Piçarras adorada.
Cada letra poética minha
tem sido Inconfidente,
onde ninguém aprendeu
a lição e se valoriza
o pior para a nossa Nação.
Ninguém aprendeu a lição,
todo o peso dos poderosos
sempre é colocado
no lombo da população
e nos tornamos sem reação.
Ninguém aprendeu a lição,
todo o peso da injustiça
sempre é a vida mais
humilde que aqui se sacrifica.
Ninguém aprendeu a lição,
conspira-se, julga-se,
prende-se e se faz justiça
com as próprias mãos
criando sempre novos Tiradentes.
Ninguém aprendeu a lição,
por ingenuidade, comodismo
ou até mesmo ambição:
não sei o quê será desta Nação.
Ninguém aprendeu a lição,
viramos Tiradentes perpétuos
por omissão de quem teria
o dever de fazer e outros
são Tiradentes até sem perceber.
Ninguém aprendeu a lição:
Tiradentes perdeu a vida
por não querer mais a colonização,
e foi feito patrono civico da Nação.
Quando as Raízes do Tempo
me tiram para dançar
é quando sempre me lembro
que aqui é o meu lugar.
Belmonte, minha relíquia,
a Coluna Prestes aqui passou,
tens histórias para contar
e muito calor humano para dar.
Mãos de origem polonesa
ergueram esta cidade
aqui tem memória que
também é feita de saudade.
Belmonte, meu bonito lar,
és o meu orgulho de verdade,
Belmonte, minha linda cidade,
você sabe que te amo de verdade.
Bocaina do Sul
Tu sempre será o meu
Rio Bonito de ensinamentos,
do teu povo amigo orgulho
não nego que tenho, louvo
e poemas eu à todos dedico.
Nos Aparados de Piurras
reabro o livro da tua vida,
das origens carijó e jê,
Bocaina do Sul, ternuras
mil devoto todas à você.
Na Cachoeira Morro das Pacas
releio todas as páginas
de crescimento que te fizeram
na vida uma cidade erguer,
Bocaina do Sul és alegria de viver.
Nas cachoeiras e no Rio
na localidade de Campinas
agradeço a sua existência linda,
Bocaina do Sul, minha querida,
filha da Bela e Santa Catarina.
Na Pedra da Boca eu marquei
um encontro escondido com
você porque és tudo que amei,
amo e sempre na vida amarei:
Bocaina do Sul em ti me amarrei.
Nas tuas grutas e no teu memorial
de devoção rezo por mim,
por ti e por tudo que és,
Bocaina do Sul, minha amada,
não há ninguém que não se renda
aos teus pés diante de tanta beleza.
Vitor Meireles
Vitor Meireles é o teu nome,
mas quem te pintou com
atlânticas cores foi Deus,
Terra da minha gente linda
da Reserva Duque de Caxias,
e da minha gente imigrante
que veio fazer do Brasil
um país ainda mais gigante.
Vitor Meireles, preciosa,
teu nome era Forçação
onde os Rios Faxinal
e Palmitos se encontram
ali nasceu a nossa
História de amor e paixão,
tens em ti a reserva poética
que mais me fascina
as araucárias que sempre
fazem parte da minha vida.
Vitor Meireles é o meu amor,
com tudo o quê abriga
e a força desta gente que ergueu
uma cidade com alma bonita,
a cada verso e o baile
da Mata Atlântica poética
só aumenta a cada dia
a minha fascinação por esta terra.
Guabiruba Poética
Eu te amo do pé
até o topo do Mirante,
e no Morro São José
onde o Sol te beija
como um diamante.
Tu és amada por mim
com vasos nas mãos,
com teus sabores postos
na mesa e com teu povo
que é a tua maior riqueza.
Eu te amo com toda
a tua História raiz
e imigrante europeia,
És a Guabiruba poética.
Tu ergueste cidade e memória
com teus bravos filhos
originários, alemães,
italianos, poloneses e austríacos,
e fez-se assim muito brasileira.
Eu te amo com as linhas
da vida entrelaçadas
com a querida Brusque,
por todas as jóias têxteis
que tu na vida fizestes.
És a Guabiruba poética,
e assim te amo por tudo
o quê fostes, és e ainda será,
no meu coração tu és o quê
demais precioso sempre existirá.
Balneário Barra do Sul, relicário
Balneário Barra do Sul,
meu precioso relicário,
Te levo no meu peito
sacrário em no segredo
pintado de azul sagrado.
Força que há muito
Tempo na vida sabe
O quê é esta batalha,
Em cesta de palha
Se criou e cresceu.
Não é nenhum pouco
Uma 'cigarra' humana,
Pelos direitos reclama
De quem a ofendeu.
No barco não quer
Estar porque é sereia,
E nem aceitaria o seu
Bobo convite porque
Dele quer sobreviver.
Não foi correto o quê
Foi feito com ela,
Não haverá chance,
Não há mais lance.
Porque de longe ela
Não precisou largar
A mão de ninguém,
Sozinha se cuidou
E não vai embarcar.
Não aceita grosseria
Nem em alto tom,
Não se curva a tirania,
Não dança esse som.
Suramérica,
terra virada
em sanções,
conspirações,
eleições,
alucinações
e repressões.
Por aqui nem
eu sou mais a
mesma: até o
meu Brasil que
era lugar de falar
não pode mais
se expressar.
Temos que ter
cuidado porque
até no cotidiano
querem nos
censurar e não foi
diferente com
os universitários
que o Judiciário
tentou os calar.
Foi cena
de censura
bem na sua
cara que
afrontou
de maneira
explícita
o direito de
manifestação,
não tente me
convencer
que não.
Não há como
fingir que
não viu e não
ocorreu
tal tirania,
pois não
me permito
ignorar
ou banalizar,
antecipo
a minha
queixa
porque
não quero
jamais
pagar
para ver,
versejo
para não
esquecer.
Se soa do
jeito dele
como vós,
ele não
pertence a nós,
mesmo que
tente reescrever
a história tal fato
não apagará
da memória:
ele não é santo,
ele se trata
de um algoz,
ele é feroz.
O mascarado
proferiu
que ele soa
como
os 'deles',
não há
como fingir
que não,
o quê saiu
da boca
o condena,
e agora
quer fingir
que nunca
foi investido
na discórdia,
mas Deus está
evidentemente
vendo e não
há como
dissimular para
Ele e para quem
sabe observar,
só Ele concede
a misericórdia,
ele quer apagar
a História.
Ofendendo
da pior maneira
quem quer
defender
a sua existência
fazendo a justa
resistência,
ele não merece
a sua confiança
porque é incapaz
de debater e de
colocar freios nos
seus servos,
e sobretudo
nos seus lacaios
das profundezas
dos infernos.
Não sei mais como
falar ao meu povo,
estou o desconhecendo,
ele luta por um projeto
de poder e ignora que
vive bem abaixo dele.
Não foi por falta de luta,
falei tanto e constatei
que ninguém me escuta,
onde foi que eu errei?
Não foi por falta de aviso,
mas quando alertei que
o sentimento pátrio havia
se esvaziado já imaginava
de que estávamos em risco,
e a democracia em perigo.
Não sei o quê fazer,
antecipo o meu desterro,
e a única coisa que fica
deste presente é o medo.
Não sei o quê fazer,
só sei que povo que
não age com civilidade
entre si colabora para
que tiranos se instalem
e se perpetuem no poder.
Não sei por onde começar:
mas sei que terei de algum
dia na minha vida recomeçar,
mistério do tempo samovar.
Calmon Profunda
Do broto a queda
da Araucária
dos nossos destinos,
Foste parte protagonista
da Guerra do Contestado
e da Saga da Ferrovia.
Na foz do Rio do Peixe
tu levas o curso
da vida ao Meio Oeste,
Calmon profunda,
a bênção do teu
padroeiro permanece.
Na Cachoeira da Esmeralda
tu me levas pela mão
para tocar o Sol,
a Lua e as estrelas
com os meu poemas.
Calmon profunda,
eu te devoto todo
o meu amor à tua
feita de amor para toda a vida.
Campo Alegre Poética
No Alto Vale do Rio Negro
me perco do mundo
e me encontro sem regresso,
porque viver nesta paz
é meu amoroso endereço.
Do teu Rio Negro afluente
do Rio Iguaçu sou eternamente
encantada e no Rio Paraná
tenho o meu destino que me
leva e traz para a tua terra firme.
No alto da Serra do Mar
é que fica nascente e nada
passa a vontade de encontrar
alguém para amar a vida toda,
e ter você e seus afluentes como
as nossas maiores testemunhas.
Os rios Turvo, Lageadinho,
São Miguel, Bateias e Bonito,
um seguindo o outro bem pertinho
é que facilmente se faz um versinho
e se escreve um poema inteiro
cheio de muito amor e carinho.
No final de tudo de saltos
em saltos a gente para
na Cascata Paraíso para descansar,
combinar como será a nossa
ida às Festa da Ovelha e a Expoama,
e escrever o compromissado poema.