Poemas sobre o Brasil
Aquilo que chamam
De desconstrução
Do politicamente correto,
Eu chamo de ataques
As bases da moralidade;
É através dessa maneira
Que vão fracionando
As forças da sociedade.
É por isso que eles
Agem com agressividade
Até obter a exaustão
E a diluição de uma
Nação inteira para
Arrancar o último
Sopro de prosperidade.
Quando a escuridão
De nós se aproxima,
É porque eles estão
Reunidos em bandos
E hordas e fazendo
Sombras sobre nós
Para que creiamos
Na tranquilidade
Do silêncio que nos
Sufoca e amordaça.
Eles não querem
Que sejamos pedras
E nem vidraças,
Eles querem nos
Reduzir a nada,
Porque a nossa
Existência atrapalha.
Ascurra
O teu signo foi inspirado
no heroísmo de 1874
em reverência à 1869,
E foi nascido além-mar
da herança italiana
que cruzou por uma nova
vida rumo a América,
Que plantou lavouras de amor
e deixou memórias de afeto
na forma de casas antigas.
Coroada por montanhas
cristalinas, praças carinhosas,
igrejas e capelas frutos
da sua fé ardorosa,
É a lembrança da tua gente
amorosa que sempre levo comigo.
Ornada pelos ribeirões
Guaricanas e São Paulo,
Com beleza e gentileza
conquista os corações onde
o Rio Itajaí-Açu enamorado beija.
Na Cruz de Pedra te encontro
como um poema,
No Morro do Oitenta deixo
para trás os meus problemas.
No Salto Andorinhas
me encontro nas poesias.
No Salto da Mineira te quero
como um beijo me queira.
Na Serra Selim percebi
que eu nasci para você
e você nasceu para mim,
Na Pedra da Leoa sempre
pude sentir que a vida é boa;
Ascurra minha preciosa,
quando te vi pela primeira vez
e me apaixonei não foi à toa.
Rodeio na Quinta-feira
Rodeio na quinta-feira
já acorda alegre
porque amanhã é Sexta-feira,
Minha Rodeio trigueira,
a tua paz e o teu aconchego
em meio ao Médio Vale do Itajaí,
sempre compensa morar aqui.
És das nossas vidas
o ponto de partida,
Com as tuas cores
ancestrais mantidas.
Meu pendão místico
sob o signo perenal
de vinte e sete estrelas,
Pelo teu verdor devoto
cada instante da vida.
Do Príncipe dos Poetas
és a letra novembrina,
o nosso povo é o augusto
do teu amarelo ouro.
Sob a azul celeste aliança
não perderemos jamais
a esperança e a fé que
nunca se cansa por ter
orgulho de aqui nascer.
Meu pavilhão etéreo
e signo de amor terrenal
da Pátria da minha vida
é a nossa Bandeira Nacional.
A alvura marcada nos
teus valores positivistas,
É o quê nos identifica
como a Pátria pacífica
e a sempre os reverencia.
Bicentenário Soberano
Da herança da própria
imagem renunciada,
Em mim está viva
e vibrante a fibra
de Maria Quitéria.
Do chacoalhar
das ervas e do brio,
Maria Felipa em meu
peito vive e o medo
do futuro rejeito.
Do enfrentamento
e coragem sou a filha
de Catarina Paraguaçú
que nada na vida
detém ou intimida.
Do martírio santo
de Joana Angélica
sem pranto vivo
a prova de cada
desafio que é oferecido.
Só sei que eu sou
a poesia daquelas
que deram tudo
de si para que
o país chegasse até aqui.
Deste Bicentenário
como a poetisa dos invisíveis
deixo o meu marco
o apego inabalável
pela nossa Soberania.
E cada fagulha etérea
da minh'alma patriota
que mantém alimentada
a almenara inapagável
do imenso amor pelo Brasil
sublime e inquebrantável.
Yantias em parte da cena alterada,
A caminhada não será parada,
Karma para uns agora é carma,
O silêncio de quem deveria falar,
Não vai atrapalhar por nada,
Tua fé também é a minha,
Isso ninguém vai nos roubar,
Poesia contemporânea desta terra:
União da gente que ninguém quebra;
Todos vão nos ver juntos por aí,
E sentirão orgulho da nossa História
Porque o Esequibo é todo nosso,
Unidos sempre e imparáveis
Iremos vencer os inimigos do destino.
Dona dos meus sentidos
aliados a memória e a criticidade,
a sua prepotência, displicência
e ironia fizeram entre nós
mais de uma vez uma
nova ponte ser explodida.
Quando não há mais pontes,
não existem mais diálogos,
sem diálogos só há chance
para a total distância
e sem deixar nada sobrando.
Convicta disso avancei
cem passos na frente
sem olhar para trás
e sem com que percebesse
escapei silente e para sempre.
Escapei para sempre
para salvar-me de ti,
para ficar viva por dentro
e sem deixar nenhum poder
teu vigente sobre o meu peito.
olhando nos olhos,
respirando o respirar,
Sentindo os sentidos
e o afetuoso palpitar,
jamais confunda
a vontade de uma
mulher com facilidade;
um homem de verdade
sabe como se comportar.
Iraceminha
Pequenos lábios de mel,
sonhos gigantescos
e bem brasileiros,
A tua gente gaúcha
com coragem te ergueu.
Iraceminha querida
e hospitaleira como
ninguém tu bem sabes
ser amável e por esta
nossa Pátria guerreira.
Pequena saída de mel
e com amor inesquecível,
é deste jeito que a sua gente
com constância te devota.
Iraceminha é
na poética do teu Lajeado
que leva o teu nome
é onde até hoje o meu
coração permanece apaixonado.
Região bonita, Maravilha!
És minha estância poética
onde a imigração que honro
inoxidável por tudo o quê
foi, tem sido e assim será:
Minha Iraceminha em tupi,
guarani ou no idioma pátrio,
a minha poesia sempre homenageará.
Irineópolis
Amada Irineópolis amada,
terra sagrada dos povos
Kaingang e Xokleng,
abriste o seio materno
para acolher povos imigrantes
nasceste radiosa e bem
ornada por Timbó e o Iguaçu,
e não há outra terra como tu.
Preciosa Irineópolis preciosa,
meu tesouro originário,
sublime e de família;
amor que não se explica,
a atitude é a marca escrita
do teu honrado povo:
quando falo em você
é como nascesse de novo.
Amorosa Irineópolis amorosa,
terra sagrada pela
Guerra do Contestado
que fascinava o Paraná,
e já era predestinada
a ser de Santa Catarina
e jóia poética brasileiríssima.
Lacerdópolis
Lacerdópolis cidade
lindamente coroada
de belas bromélias
e de orquídeas ornada.
Foi como um amoroso
beijo de alambique
e as tuas belezas tu
fizeste o meu coração
teu e minh'alma cativada.
Lacerdópolis amada
vestida de cascata
e banhada de sol,
de Capinzal ao que
tu ergueste hoje
merece ser amada.
Com a garra do povo
gaúcho e com a tua
coragem crescente
ergueste no Meio-Oeste
este pedaço de Pátria
valente que vales
a honra toda a nossa gente.
Lebon Régis
Minha sublime Lebon Régis,
do Alto Vale do Rio do Peixe
és muita história de gente
guerreira que não desiste,
formosa altaneira filha
de Santa Catarina gloriosa.
Álvar Núñez Cabeza de Vaca
cruzou o oceano
e da Ilha de Santa Catarina
venceu a Serra do Mar
e antes de chegar no Paraguai
descobriu as Cataratas do Iguaçu,
Lebon Régis até ele
precisou passar por tu.
Minha doce Lebon Régis,
a tua herança originária
da minha mente nunca apaga,
recebeste bandeirantes,
jesuítas e tanta gente,
e quem te ergueste veio
de longe e das querências
da vizinhança e o amor
por ti hoje só cresce,
e jamais nesta vida se cansa.
Luís Alves
Meu Paraíso do Vale Verde
erguido por muitas gentes
e a boa gente italiana,
Luís Alves querida,
tens o nome do ilustre
morador e no peito
tu és o meu sublime amor.
Destino da Costa Verde e Mar
para o coração amar,
a tua gente hospitaleira
não canso de adorar.
Luís Alves minha amada
de lábios de cachaça
e doce como mel,
não te troco por outra
cidade porque tu me põe
sempre no coração
e me faz com que eu esteja
a cada dia mais perto do céu.
Rodeio de Manhã
Rodeio soberana deste
Médio Vale do Itajaí,
acorda antes do Sol
e do galo cantar,
e tem orgulho de tanto
pela vida trabalhar.
Rodeio tesouro desta
Santa e Bela Catarina
tem uma manhã silenciosa
e cheia de poesia,
que não canso de agradecer
Rodeio de manhã
mostra lentamente
as suas cores e esplendor
pelas quais não canso
nunca de morrer de amor.
Rodeio Chuvosa
As flores azuis do tempo
que estavam abertas
se fecharam e Rodeio
amanheceu chuvosa
repleta da paz amorosa
embalada gentilmente
pelo canto dos pássaros
e pela percussão da chuva,
e ainda sigo esperando
os caminhos se abrirem
para eu me tornar tua.
A tranquilidade desta
linda cidade e a música
trentina tocando na rádio
inspiram a não desistir
de ser para ti a poesia.
Nada novo sob o céu
deste Médio Vale do Itajaí,
e assim todos os dias
continuo esperando aqui.
Porque nada me distrai
de tudo aquilo que sei
que só existe guardado em ti.
Que sua segunda-feira
inicie inspiradora,
tranquila e poética,
Não importa
o quê esteja ao redor
faça tudo com poesia
e um imenso amor.
Rodeio na véspera de Natal
Cercada pelo verdejante
Médio Vale do Itajaí
Rodeio na véspera de Natal
fica ainda mais cativante
vestida das tradições mantidas aqui.
Rodeio na véspera de Natal
abraçada por uma paz sem igual
onde o silêncio permite ouvir
o canto dos pássaros e a voz
do nosso interior agradecendo
ao Criador que carinhoso
abençoa o nosso lindo lugar.
Cidade com Natureza abençoada
e de beleza esplendente,
morar em ti é para todos
nesta vida o maior presente.
Rodeio na véspera de Natal
é o nosso abrigo celestial
deste mundo que segue
numa marcha decadente,
adormecer aqui e acordar
com tanta beleza que beija
o olhar faz o coração contente.
Modelo
Beleza do Oeste Catarinense
a tua pedra fundamental
se fez por mãos gaúchas de Ijuí,
Me apaixonei por ti
desde o primeiro minuto
que os meus olhos eu abri.
Nasceu inspirada na história
de uma amizade
na beleza de uma fazenda
e num imparável sonho
que levou para frente o seu povo.
Minha Modelo querida,
por tudo o quê fostes, és e há de ser,
sempre será o amor da minha vida,
o meu destino e toda a poesia.
Você chegou de mansinho
seduzindo como o pôr do sol
que corteja as estrelas
que haverão de nos cobrir,
o coração está começando a sorrir.