Poemas sobre o Brasil
Quero muito sinceramente
que sinta livre o calor
que arde pela fome
de receber o seu amor
interminavelmente.
Desejo que me consome
totalmente diariamente
e faz que eu a transforme
em canto para que o Universo
me escute e te convença.
Sem você você notar
venho capturando
com poesias sacanas
o seu coração de gelo
para derreter inteiro
no meu corpo em chamas.
Na próxima Festa Junina
pode se preparar
que eu mesma vou construir
um Barco de Fogo
para voar alto e animar
o Arraial do povão e fisgar
de vez o seu coração
porque está no destino
eu ser mais do que paixão.
A manhã trouxe a satisfação
de ver o Ipê-mandioca florido
inundando de beleza a visão
de quem passa pelo estradão,
Uma inspiração sublime
para o meu poético coração.
A noite veio vestida
de luar e estrelas,
O Ipê-mandioca
surgiu vestido de flores
e eu vestida de poemas
e morrendo de amores.
O Ipê-mandioca floresceu
aqui na Cidade de Rodeio
no Médio Vale do Itajaí,
Florescida das minhas
poesias e convicções
simplesmente me apaixonei
desde a primeira que te vi,
E te amar muito e de maneira
derradeira eu imensamente escolhi.
16/07
Tenha orgulho das tuas origens,
da História do seu país
e do folclore das tuas gentes,
Só assim que as tuas
bases de vidas serão fortes.
Comprei tecidos coloridos
para nos trajar como
manda o figurino
da Dança do Pau Arara,
Os rapazes dançarão
com as mãos para trás,
As moças dançarão
com as mãos nas cinturas,
Todos juntos para frente,
para trás e para os lados
até chegar o momento
que os pares serão formados,
espero que a partir daí
estaremos apaixonados.
O meu Boi de Carnaval
é filho dos Bumbás
por onde danças,
súdito dos Reisados
que seguem os teus
animados passos
e dos Guerreiros por
onde tu tens tocado,
Cedo ou tarde,
sei que tu vens no tempo certo,
sem pressa e sem regresso
porque terá me encontrado
em nome de tudo aquilo
que a vida toda tens procurado.
Brilha o Sol matutino
no meu peito,
Amanheceu não apenas
no meu relógio,
É preciso ver quem não
induz ao erro
empurrando pequenas
mentiras para ver
se caímos no ridículo,
Ficar em silêncio e se ater
somente ao balanço
do Ipezeiro florido
se tornou um imperativo.
Desce a tarde como
delicada bailarina
sobre o tempo
fazendo ventania
e espalhando as flores
do esplendente Ipezeiro,
Sobre a urgência
de amor é claro que tenho,
No entanto, não sou eu
que devo dar o primeiro
passo em nome da ordem
das coisas neste mundo
virado de cabeça para baixo.
A brisa da noite balança
as flores do Ipezeiro como
se balança um Marimba,
Tenho muito para falar
de amor e de muita poesia.
Nasci brasileira e não tenho
razão para buscar outro berço,
Madrugada de pensamentos
a galope e giro,
Minha Pátria e a Pátria Mãe
do amável Ipezeiro,
Por ela brigo se for preciso,
e por ela me desvio e afasto
de todo e qualquer conflito.
Eu sou o seu mar,
para compreender
é preciso saber
nadar, estar em dia
com a tua carteira
de arrais e saber
que a tua carta
de navegação,
é mais a sua poesia
do que a minha,
Você como marujo
conhece a direção
das correntes,
E não importa por
onde você decidir
navegar a sua intuição
sabe que irá me encontrar,
porque passar nunca
vou passar porque eu sou
inevitavelmente o seu mar.
Nas tuas veias tens
a mais linda herança
de todos os folguedos,
Do Guerreiro és o filho
que me levará contigo
para o paraíso protegido,
Com tua lança tu há
de guardar por dois
o ledo e fino sentimento
sob o sagrado juramento.
O Sol se ergueu
carinhoso nesta
manhã sobre
a linda Taipoca,
O meu peito toca
balada romântica
pelo seu amor,
Você é encantador
e eu não quero
deixar tudo a perder.
Magnífica noite estrelada
e ainda mais enfeitada
com a potente florada
da Taipoca encantadora,
Quero daqui para frente
me tornar mais sedutora
para te envolver de maneira
fascinadora, doce e embaladora.
Muitos falam que
não devemos insistir
ou ficar onde perdemos
o nosso sorriso,
Penso que onde
e não importa como
você se encontre,
sagrado seja sempre
o seu sorriso,
Porque florescer como
o Ipê-amarelo é preciso.
Cerrado em chamas
Deus é bom o tempo todo,
e deu uma Natureza
que podemos usufruir
tudo desde que seja
feito com inteligência,
Ainda tem gente que não
entendeu que incendiar
a mata é a mesma coisa
do que queimar dinheiro,
não ando mais crendo que
a Humanidade tenha jeito.
A primeira vez que de fato
criei consciência brasileira
foi quando eu vi uma
Arara Vermelha cruzando
o Cerrado enquanto
eu passava pela estrada.
A 'velha novidade' que
o Cerrado está em chamas
continua me rasgando
por dentro porque nada
posso fazer além de chorar,
Pela beleza do Cerrado
ainda há quem não consegue
por ele na vida se encantar.
Os homens de poder
se quisessem de fato
acabar com a destruição
já teriam acabado,
Sei lá, mas acho que
do pequeno ao grandalhão
querem ver o país acabado.
Uma esperança infantil
ainda sobrevive em mim
com a doçura das frutas
e dos memoriais passeio,
De tentativa em tentativa
para religar os afetos
e o apreço pela sobrevivência
sejam resgatados
para preservar ao menos
o último suspiro do Cerrado.
Amazônia em chamas
Eu jurei que não queria
mais neste assunto tocar,
Mas eu me obrigo a falar
porque este é o meu lar,
Como não tenho o poder
de fazer por enquanto
só posso mesmo é falar.
Porque algo me diz que
primeiro nos ensinaram
odiar para depois incendiar,
E num passo adiante
quem sobreviver se
verá obrigado a mudar.
A cada dia fica mais
claro o curso da vida
nesta Pátria por causa
de gente que não
tem jeito e que ainda
não entendeu que
queimar florestas
é a mesma coisa
do que queimar dinheiro.
Uns dizem que desejam
ter os seus nomes
escritos com honra
na História da Humanidade,
Com a Amazônia em chamas
toda a honra se queima
com as matas mesmo
que muita gente não perceba.
Não tem como negar
que os nomes de muitos
estão se escrevendo
com as cinzas e a tinta
da infinita vergonha,
Depois não poderão
reclamar quando forem
lembrados da pior maneira
por não terem tomado
de fato uma real providência.