Poemas sobre o Brasil
Flamingo esvoaçante
mergulhando na lagoa,
A ventania balançando
as árvores e os meus cabelos,
Embora existam alguns
contratempos ainda
creio que a vida é boa,
e você depois de tudo
conseguiu chegar
até aqui não foi à toa.
A Cigana da Amazônia
passou voando
e deixou cair uma pena
que peguei no ar,
Preparei a pena para virar
um pingente para o meu colar,
Quando você encontrar
uma pena como encontrei
da Cigana da Amazônia
solta pelo caminho
é este o seu amuleto
para proteger o seu destino,
Porque quem conhece
o quê é encantamento
sabe que não funciona
com nenhum tipo de sofrimento,
Por isso sempre deixo o meu princípio ancestral sempre
por mim falar mais alto
porque o sangue originário
desta Pindorama não posso negar.
O teu olhar de Gavião-real
capturou o meu amor,
e não consigo encontrar
nesta vida nada igual
que me pônha para flutuar
de maneira sobrenatural.
O Tuiuiú na beirinha
do rio se parece até
comigo namorando
só com o olhar
o seu bonito amor
que hei de mergulhar.
Ouvir a Seriema cantando,
e relembrar as canções
de outrora faz lembrar
que não posso me desligar
de tudo aquilo que me conforta,
Se algo esfriou a gente
coloca o afeto para esquentar
para nada e ninguém tenha
o poder de por dentro nos quebrar,
Um pode não concordar com o outro,
podemos até ser diferentes,
mas nunca permitir que rompamos
por quem nunca fará nada
por nós e quer que sejamos um
para o outro algozes e atrozes
nos envenenando com "neuroses".
O Tucano-de-bico-preto
parou, olhou no fundo
dos meus olhos e contou
para mim um segredo
para do amor eu não ter
nesta vida nenhum medo.
A Araponga canta alto
que até parece o meu
peito quando te vê,
O tempo passa e acho
que poucos sabem
que ela é a ave símbolo
de Santa Catarina;
Daqui a pouco dizem
que até Araponga
a gente não irá mais
ter nem ao menos conta,
A única coisa que posso
fazer já está escrita,
Sim, é este simples poema
para ninguém esquecer
porque sei que tem
gente com o poder de fazer
para a Araponga a gente não perder.
Araponga minha
que canta alto
em Santa Catarina,
Não tenho dúvida
que você tem tudo
de amor e poesia,
Enquanto eu ouvir
o seu canto de amor
minh'alma na vida
nunca estará perdida.
Sob o Sol que acende
e apaga amavelmente
o Céu de Citrino da aurora
e o Céu de Citrino do poente
da nossa Pátria Austral,
Devoto uma prece amorosa
para dar coragem e fortaleza
à todos aqueles que nos
protegem de todo o Mal;
Porque para cada nós existir
sempre tem alguém que
não deve ser desencorajado
de zelar por cada um de nós,
Não importa as tempestades
ou quanto sejam os nós,
não devemos permitir
que todos nos sintamos sós.
Sob as bênçãos
dos Ipês-roxos,
corações apesar
de tudo ainda
moços haverão
de se encontrar,
E que a ventania
há de decorar
o chão com estas
flores que a luz
da Lua as tornará
ametistas para
o amor coroar
com toda poesia
florescida a celebrar.
A memória de infância
estradeira ainda recorda
que em algumas paradas
o troco ou as lembrancinhas
eram pequenos cristais,
A memória de um pouco
mais de três décadas atrás
onde o país ingênuo decolava
rumo a um futuro brilhante,
Só sei que nada em mim
essa e outras memórias
consideradas distantes,
O importante é pensar
o quê todos nós podemos
fazer daqui para frente
porque tudo na vida
só depende mesmo é da gente.
O Céu da tarde vestido
de Topázio Imperial
para receber a noite
parece comigo buscando
escrever um poema
que se pareça conosco,
E por ambição profunda
de abrir os teus
sentidos e colocar todos
nos meus sentidos
dançando os mesmos
passos do destino,
Não é mais segredo
que você se parece
comigo e eu pareço contigo,
a a cada dia a gente se merece.
A percussão do sino
dos ventos de Ágata
ainda toca o coração,
O balanço do sino
lembra muitas vezes
a poesia existência
suspensa pelos fios
que nos sustentam,
nos unem, guiam
e fazem encontrar
a razão, o amor e o destino.
Diante de uma macieira
elegendo as melhores maçãs,
Assim sou eu buscando
pelo Rubi dos seus beijos
para alegrar as noites e as manhãs,
E vir a te povoar de incontroláveis
desejos até onde o improvável,
o impossível e o impensável
se encontrem e o destino nos divirta.
Quando o mar
alcançar a cor de Berilo,
Eu quero que o destino
facilite para a gente
na vida se encontrar,
Você será o meu
barco e eu a tua onda
para a gente navegar
e o amor tomar conta
de nós dois sem parar.
O Sol da inspiração desperta
as águas da existência
das profundezas do rio
que têm cor de Hessonita,
A Chalana em prece faz
o seu percurso tranquila,
mesmo que você não queira
em mim estão vivos
a poesia e uma Nação inteira.
Com as cores da Alexandrita
a Via Láctea está vestida
mostrando a importância
de olhar para cima
e para todos os lados,
Cada povo tem o seu
próprio relógio histórico,
Nenhuma guerra é
capaz de trazer luz
perfeita a consciência,
Não existe sociedade perfeita,
Tudo aquilo que nunca
será perfeito toda a guerra
sempre é capaz de piorar,
Por isso é importante buscar
o entendimento para nada
nesta vida se agravar
e não fechar a porta na cara
de quem apenas só está
querendo na vida caminhar.
Um caminho claro
como Ambligonita
que poderia ser
mais aproveitado
com outra energia,
Muito longe de ser
poesia e que insiste
na ironia em vez
do entendimento
não pode oferecer
um bom futuro,
Só não entende isso
que não faz questão
de querer entender,
Quem quer solução
sabe que qualquer
nó se desfaz aos poucos.
Sempre que o Sol
cumprimenta
as grumixamas,
elas retribuem
se parecendo
como rubelitas
suspensas,
Pode ter certeza
que coincidências
não existem até
quando se tratam
dos meu poemas,
e de nós dois
tomando coragem
para não temer
receio do depois.
Entregar o Ouro
do meu amor
nas tuas mãos
não é difícil
e não é impossível,
A vida curta,
o mundo gira
e somente é o amor
que sempre fica.