Poemas Variados e Diversos
As folhas que caíram da árvore,
Viraram anjos dançando ao vento,
Inspirando a consagração do soneto,
Que eu hei de ouvir através de você.
O vento canta doce no meu ouvido,
Sinal de que você não está comigo,
Mas resguardado de todo o perigo
Recordando do nosso precioso carinho.
Ninguém irá vilipendiar a imaculada poesia,
Porque sou filha da Terra e dos astros,
- sinestesia angelical
- Que chegou para dar tom outonal! -
As folhas que caíram da árvore,
Viraram sonetos desenhados,
Enfeitando o céu, e dando cores,
Aos meus olhos poéticos e apaixonados.
O delírio me carrega,
É certeiro e atrevido,
É quase um asilo,
Que me refugio.
A férvida tentação,
Não desmantela,
É flutuante paixão,
A domar a pantera.
Gostaria de saber
- escrever
Do jeito que sei
- atentar
Para você me amar.
Além das linhas,
Sou um tesão,
Além do corpo,
Sou o teu coração.
É o delírio que me leva,
Seduz e cativa,
E sempre te abriga
Em cada linha escrita.
Não há nada que nos detenha,
E muito menos nos impeça...,
Nós somos livres porque cremos,
Nada concorre para a descrença.
O ser humano não tem respeito,
Para violar sempre insiste,
E acaba encontrando um jeito
De fazer o crime perfeito.
Não há nada que nos amordace,
Nem a cauta luz da Ditadura,
Quem ama uma causa enfrenta,
Até a mais dolorosa tortura.
O ser humano não tem cura,
Ele quer sufocar a ternura
A todo preço e custo...,
Ele não presta, é um ser imundo.
É incapaz naturalmente,
Só porque é especialista,
- se acha -
E pensa que é gente;
Sugerindo exterminar
A vida dos saguis
- ferozmente -
Coisa de imprevidente...
Você ainda
não percebeu,
Não tem problema!
Eu dou
conta de nós...,
Tenho uma doce
certeza,
- e nenhuma dúvida
De que o nosso
sentimento,
- nos leva para cima
Bem perto do nosso
recanto íntimo.
Certa do nosso
caminho:
Que é uma obra
de arte do destino.
Talvez ainda
desprevenido,
Mandaste-me
um beijo,
- com calor -
Eu não resisti,
e estou aqui
A sonhar
em versos,
Tentando um
soneto de amor,
Para chamar
a tua atenção,
Por pura
contemplação de alma
- afim -
Da tua adoração...!
Nada é em vão, perceba:
Ame e se vá
- agarrado
Bem na cauda no cometa.
Nada é em vão, atente-se:
Vale a pena fugir de tudo,
E até da desventura
Para encontrar o amor
- maior do mundo -
No afã de viver com ele
No exagero do eternamente.
Nada é em vão, entenda:
Ame e se prenda,
- siga em frente
E não desista.
Nada é em vão, experimente:
Vale chegar macio, [inteiro
Para nunca mais fugir do amor;
Experimentar levá-lo para onde
O teu coração for para sempre
Lembrá-lo até [imperfeito.
Nada é em vão, creia:
Até na rima que perde
- o rumo
Mas não o prumo.
Nada é em vão, supere:
Até a colheita da paixão.
Aquela que não deu certo,
Porque tudo é preparação,
- e semeadura
Creia no amor que transforma,
A guerra em paz e canção,
O amor transforma a espada
Até em flor, e faz de dois
Um único só coração,
Nada é em vão,
Porque até o amor tem explicação.
O Sol vai surgindo risonho
Igualzinho ao Sol dos teus sonhos,
Entre bons e pequenos morros
Existe um lugar feito ouro,
E mais valioso do que um tesouro,
Ele é simplesmente maravilhoso!
Quem nasce morretense,
Assim vive para sempre,
Quem mora por lá,
- vira morreteano
Dono de um doce endereço
De beleza e de uma paz
- sem engano -
O Sol aconchegantemente
- Repousa
Dando espaço para uma Lua
Que nenhuma outra sequer ousa.
Ao carinhoso beijo da brisa,
A memória não virou pó,
Em Morretes ainda é lembrado
O bravo povo carijó;
E a sua glória pela Cananeia
Ficou para sempre escrita.
Você não
se deu conta
Eu sou o que sou,
- autêntica
Escrevo por escrever,
E nem um pouco
oculta,
- sou a letra
depravada
Eu sou a boa
literatura,
Correndo nua
pela rua,
Escrevo o quê sinto,
Tudo o quê penso,
Até registros,
Faço arte pela arte,
Filha da criatividade,
Um tanto santa,
Porém, satânica confessa.
Podes ir, mas sei
que volta,
Vais com todos
os meus versos,
- na ponta da língua -
Silabando cada um,
Como o mel
que escorre,
Do meu estuário,
Para a tua boca,
e não te basta,
Além das orbes
celestes,
Lá estão
escritos os poemários
- todos registrados -
Em linhas intimistas
e bacantes,
Para embalar
poetas e amantes.
Você não
se deu conta,
Não escrevo
para você,
Escrevo para
celebrar a vida,
Brindar o amor
E cantar a paixão,
Para esperar
o amor que virá,
Lindo e ardente
como um verão,
Com dias de Sol
e noites
estreladas.
Cada linha
desse poema,
É confissão
plena,
sem confusão,
Liberta
de qualquer
conflito,
Que segue
a vida serena,
Portanto,
siga e voe
para longe,
Em cada asa
sua haverá
o meu rimário
Desse amor
resguardado
num sacrário.
Fazes-me bailar
na noite de cristal,
Sou o teu beijo imortal,
a tua poesia,
Talvez a mais fatal:
a tua profecia.
Harpa celestial
afinada na tua mão,
A mulher nascida
para viver de paixão.
Uma crônica, um verso,
um soneto total,
Nascidos em uma noite
de cristal,
Escritos nos passos
da cortesã,
Típicos do baixo
meretrício,
Ufano-me disto
e daquilo sensual...
Oculta, louca e
indescritível fantasia
Que galopa
cuidadosamente...,
Toco sem perdão,
em carinhos
- repletos e libertos
Além de morar no coração,
Ocupei toda a tua mente,
inteiramente.
Doçura, leveza
e espiritual alegria
Que canta
simplesmente...,
A canção que sai
da mente
Para os lábios
docemente,
E que encanta
o meu coração
Pela sinceridade
evidente.
Filho da casualidade,
Nasceu soneto,
Sobre os mares,
Sonhando, desbravando,
- e cantando
E a sua rota traçando,
Flutua a caravela,
Procurando aportar
Em terra firme;
O amor não tem limite.
Prosseguindo a embarcação,
Desenhando espumas,
E tatuando o coração,
- a saudade
Nem o vento a tomba,
As brumas não a amedronta.
Herdeiro da verdade,
Eu te escuto,
No tilintar das estrelas,
No beijar dos cometas,
No dobrar das forças,
Eu te pertenço,
E para sempre irei ser tua
Por toda a eternidade...
Batendo
as minhas asas
Tenho direção
E tenho uma
vida toda
Para seguir rumo
E sem temer nada
A rota do sol
para ser alcançada
Tenho coração
Bússola e uma poesia
Para transformar
a vida em canção
Em música solar
Bem no meio das montanhas
E proteger o nosso
amor do mundo
E de todas
mil artimanhas.
Batendo as minhas asas
Tenho direção
Tenho leveza
E tenho ternura
suficiente
Para ganhar
o seu coração
E sem temer a vida
A rota do sol
é a saída
Mais do que
o meu coração
Bússola e poesia
Para transformá-la
em emoção
E numa loucura
de paixão
E toda a oração
em poesia solar
No topo das montanhas
E enlevar o nosso
amor para o mundo
Para que ninguém
desista de carregar
E se orgulhar
que carrega o amor
mais profundo.
Fiz o voto
de perder-me
imensamente
Somente em você,
exclusivamente;
Estranho destino
é o meu de tê-lo
Abrigado em meu
coração silente.
Como se diz
poeticamente:
Chegaste como
um amanhecer
- lindamente -
Dominaste-me
carinhosamente.
Fiz o voto
mesmo distante
De somente
te pertencer,
E resistir à tudo
Que me empurre
para longe
De você.
A minha confissão
é clara
- fiel -
E plácida como
os bordados
Feitos com os
fios coloridos
Da vida,
Que nos afastou
e nos brinda,
Por ainda crermos
nesse amor,
Abençoado pelos deuses,
Pelas ninfas
Recebendo a coroa
de trigo
Pelas mãos
campesinas.
Eu não respondo por mim
diante de ti,
Diante das [delícias
Dos teus beijos indecentes,
Dos teus beijos molhados,
Dos teus beijos imprudentes,
E daqueles mais rasgados...
Eu não respondo por ti,
Diante das [loucuras
Da perdição da tua pele,
Da fragrância masculina,
Da sedução do teu regaço,
Do aconchego do teu abraço.
Eu não respondo por mim
diante de ti,
Diante do que sei
que és [capaz
De fazer,
De me ter,
De me possuir,
De me mimar,
e me dominar...
Eu não respondo por mim,
Porque me fizeste
a tua primavera
Cultivando em mim um jardim
- imenso -
Eu não respondo por mim,
Porque em ti
Já encontrei todas
as respostas...
As nuvens dissipadas no céu,
O sol bondoso fazendo brotar...,
Não só os beijos das sereias
Pelas areias,
Mas também pelo mar;
Das gaivotas eu escuto,
- o cantar
Embalando o festejar.
As delicadas borboletas,
Obras primas da Natureza,
Sobrevoando as gentis dunas,
Enfeitando a poesia praiana,
Descrita na Praia de Salinas,
Eternizada como um doce beijar.
As dunas são como a vida,
Ambas mudam de lugar;
Não deixe nunca de amar...,
E no teu coração o amor bailar,
Siga como o barquinho
Pelas ondas do mar;
Permita-se ser levado pelo flutuar
De tanto me adorar...
Não tenha receio
- do destino
E nem de escrevê-lo,
Observe o caminho,
Este é o meu pedido!
Celebram e revoam,
Sob o céu colorido,
E sobre o mar de chumbo,
Assim são os pássaros,
Livres como o teu amor,
Que é o maior do mundo.
Os teus dedos tocam
A Lua e a estrela;
Paciência de esteta,
Que ama com beleza,
E refinada cadência.
As areias seguem o curso,
Somos como elas,
Temos leveza, e pertença
O receio não nos pertence;
Só exclusivamente o perene.
Os teus lábios macios,
Intensos e atrevidos,
Doces e quentes,
Não meteóricos,
Etéreos e atraentes.
Esbanjando essa fascinação,
Airosa sideração,
Não menos dispersa,
Encantamento de quem guarda
Para dois amantes:
o cálice da paixão.
Você que saiu em busca da poesia,
Ela surpreendeu te dando uma
rasteira,
E agora? Como encontrá-la?
Ela entrou e passou pelos teus poros,
Sobrevoando as
(dunas),
E agora, está escondida atrás dos cactus,
E bem agasalhada no ninho das
(corujas).
Você que não sabia nada sobre poesia,
Ela descoberta por meus pequenos versos,
Te seduziu com todas as plumas...,
Com o voo
(silencioso),
Macio e
(carinhoso),
A poesia entrou e passou,
Deixando a saudade inteira em você.
Sendo notada ou não,
Voa poesia voa,
Escreve até sobre a garoa,
Mas voa porque a vida é boa,
Não desista de mim não,
Não saia desse meu coração.
A paciência supera o tempo,
- contempla -
Se contenta até com o vento,
- se experimenta -
Se alimenta com a serenidade,
Não abre a mão da bondade.
Caminho de reerguimento
Busca a luz, a corrigenda,
Procura o devotamento,
E a dedicação ao dever,
Busca além dos sonhos
E daquilo que se pode ler.
Ter valor moral é real resistência
Ante a dolência provocada pela violência,
Devemos pedir a Deus:
clemência.
Não ter vergonha de sermos bondosos,
- e generosos -
Sempre a favor de todos.
É fundamental, buscar o amor
E a harmonia no silêncio completo,
- reflexão -
Para adoçar o coração,
Que seja o teu combustível a oração,
Elevada ao Bom Deus e Nosso Senhor,
Não tenha vergonha de espalhar
E de plantar harmonia e amor.
Reflexões,
Inspirações,
Intuições,
Boas ações,
Premonições
Com Meimei.
Ao mar,
Ao vento,
Ao solo,
Ao firmamento
Estão firmados:
O firme pensamento
E o bom sentimento.
Deveria ser a nossa liturgia divina,
Respeitar a cidadania
E o verbo na plenitude;
O ser humano é infinitude,
Ele vai muito além do dia-a-dia...
O conhecimento é a garantia,
Da boa convivência
E da imortalidade do pensamento,
É livre toda a manifestação de [pensamento
Que conduza a Humanidade ao [acolhimento.
Ah, tanta coisa deveria [ser
- e [acontecer!
Deveríamos ao menos ter fé
um no [outro;
E a boa convivência ser a lei,
- tratada como um [tesouro!
Enquanto existirem os poetas,
E quem os aprecie:
o mundo terá sempre alguém
que sonhe com a beleza e harmonia.
A poesia não espera nada além de
reconhecimento e fé na vida.
Não há alegria
mais encantadora,
De encontrar a
linda surpresa,
- as mais belas flores -
Que deixaste sobre
a minha mesa.
Um gesto tão simples,
tão suave,
Manifestação
de amor,
- cavalheirismo
embelezador
Carinhoso e provocador.
Desses meus
versos femininos,
Que clamam
pela tua presença,
Eternizam-na
com a crença
De ser amada
por você.
A tua alegria
é a minha,
Próxima
e distante,
Mas sempre
próximos
Com a mesma
alegria...
Não há força diante da democracia,
E nada que a supere;
É força magna, é energia,
Voz que não se cala,
- mesmo sob mordaça
A força da democracia é a própria,
Está sacramentada na história.
Sem o povo não está escrita a glória,
Com a alma é que se afugenta,
- espanta
Toda a insana covardia,
Através do sonho de democracia,
Arrebentando toda a mordaça,
Atirando-se os grilhões ao vento,
A democracia virá, é só questão de tempo.
Abro o destino para o deboche
Cair no precipício,
Com a minha poesia respondo o riso
Do totalitarismo,
Rui Barbosa sentou praça
Na democracia,
E dela ninguém me divorcia.
Outonal presença que me inspira,
Brisa que cobiça com [requinte,
De tê-lo além de todo o limite,
As ânsias já foram [inflamadas,
Agora, elas são urgentes,
As nossas almas almejam
- insurgentes com o mundo -
O desejo de serem [libertadas.
Na verdade, és uma linda estação
- permanente -
Não me privo, e não me [sacio,
O teu cheiro provoca todo o cio;
Com o teu perfume escrevo,
Desenho, pinto e celebro,
Compônho o mais belo hino,
Celebrando os amantes, eu te [alucino.
Escrevo correndo todo o risco,
De ter cada texto [incompreendido],
O futuro é incerto,
O importante é plantar o amor,
Com firmeza, fé e ardor,
Corro o risco da transfiguração,
O amor não é metáfora,
O amor é concreto,
- mesmo que ninguém o enxergue
O amor existe, ele não tem limite;
É arco-íris, poesia e borboleta,
Não lê o exagero,
E o rejeita totalmente...,
Não mede o tamanho do [oceano],
O amor nunca vem acompanhado do engano.