Poemas Variados e Diversos
Beija-flor-topetinho-vermelho
só você sabe do meu segredo,
que para o amor eu guardo
um saboroso e doce beijo.
Brasilaelia purpurata cárnea
poesia de amor da Via Láctea
na terra encarnada e florescida,
Peguei a tua beleza emprestada
para me tornar mais desejada
e poema de amor inesquecível
no afã de fazer alguém ainda
amoroso, sedutor e imparável
para que de impulso e impulso
me torne o desejo incontrolável.
Insisto chamar pelo
seu amor com os cânticos
mais melodiosos
da nossa América do Sul,
Eu te chamo poeticamente
do Brasil que mora em mim
com o canto da Concriz;
Você é o amor absoluto
que eu sempre quis,
E com todo este querer
bonito e romântico
continuarei te querendo
muito além do infinito.
Minha Pátria profunda,
eu te coloco no meu
amor mais absoluto,
No verdor das tuas
florestas eu tenho
o meu poético mundo,
No amarelo das tuas
riquezas tenho
a glória do destino,
No azul do teu Céu
tenho o abrigo
mais sublime e lindo,
E sob a proteção das tuas
vinte e sete alvas estrelas
confio na tua guarda
plena e altaneira
da nossa Independência
e deste peito de Sabiá-Laranjeira.
O teu olhar de Gavião-real
capturou o meu amor,
e não consigo encontrar
nesta vida nada igual
que me pônha para flutuar
de maneira sobrenatural.
Com a potência do meu
amor abraçarei o seu
e te levarei para o interior
de tudo o quê há de mais
profundo onde a Anhuma
sob a luz da poética Lua
te faça meu e me faça tua
até onde as coincidências
transportem os dois para longe
onde será preciso apenas
o silêncio, contentamento e ritmo.
O Tuiuiú na beirinha
do rio se parece até
comigo namorando
só com o olhar
o seu bonito amor
que hei de mergulhar.
Araponga minha
que canta alto
em Santa Catarina,
Não tenho dúvida
que você tem tudo
de amor e poesia,
Enquanto eu ouvir
o seu canto de amor
minh'alma na vida
nunca estará perdida.
Entregar o Ouro
do meu amor
nas tuas mãos
não é difícil
e não é impossível,
A vida curta,
o mundo gira
e somente é o amor
que sempre fica.
O teu amor seja
no Céu ou na Terra
é mais valioso
do que ser coberta
por todas as pérolas
dos mares do Sul,
Não deixo nenhum
minuto de pensar
no teu sentir profundo
que coincide com o meu,
Como rito afetivo e lento
tenho ignorado o calendário,
porque o quê sinto optei
preservar e deixar pronto
para quando você chegar.
A Corticeira-do-Banhado
é testemunha de que
o amor está predestinado,
E sob a proteção dela
nos tornaremos o poema
e o casal mais apaixonado;
A intuição sobre nós dois
tem todos os dias antecipado.
Causar ciúmes
estraga o amor,
Prefiro ser
a poetisa dos seus dias,
Florescer de alegria
como a Cina-Cina
e para que você
não pense por nenhum
segundo me perder.
Se for correr atrás
do amor que seja
ao redor de uma
Pitangueira cheia
de pitangas doces,
E no final ganhar
muitos beijos
como recompensa
O seu amor tem sabor
de Grumixama Amarela,
Foi ele quem me fez poeta
e nunca mais consegui
colocar os meus pés na terra.
Garopaba
No lugar abençoado
onde vivia o Índio Carijó,
o amor da tua gente não me deixa só.
Na terra de praias tão belas
onde guarani era a tribo,
nas areias escrevi o meu destino
e resolvi permanecer contigo.
Em pleno Descobrimento do Brasil
viraste abrigo para fugir do temporal
e enseada de barcos
em pleno paraíso austral
da gloriosa Pindorama Nacional.
Com a vinda da maioria
dos açorianos oriundos da terceira
ilha tu encantaste com toda
a maravilha e se tornou
Armação de São Joaquim de Garopaba
e depois a freguesia que virou vila.
Garopaba, minha cidade linda,
que antes era uma armação baleeira
e virou santuário da baleia franca,
um sopro magnífico de esperança
no coração de quem crê
na força da vida com o mesmo
olhar puro de uma criança.
Garopaba, minha enseada poética,
a tua gente a minh'alma abraça
e com gentileza o meu coração leva;
a tua História, os teus sabores
e tua Natureza preenchem
com toda a beleza e dão sentido
para a minha própria existência
sem pesares e todos os amores.
Aguardando o ideal
tempo romântico
para te aconchegar
no divino refúgio
do meu amor divino,
Colhi uma Gila madura
para fazer doce poético
para mimar o paladar
porque temos um
ao outro para se aninhar,
Embora o amor
viva de emergência,
também faz escola ao esperar.
Morrendo de amores
pelo teu amor,
Sem nos preocupar
com nada,
Uma cesta com
sabores da terra
sob uma toalha
quadriculada debaixo
de um Pau-Ferro,
É neste mundo
o quê mais eu quero.
Como um Araticum
buscar florescer e frutificar
na beirinha do riacho
tranquilo do teu amor,
E multiplicar o desejo,
me render ao abraço sedutor,
expandir o fascínio,
a mútua conquista celebrar
e em ti escrever poemas sobre amar.