Poemas sobre Utopia
Somente quando as pessoas pararem de se matar, entenderem que basta se unir e plantar, amor sobre tudo, o mundo poderá viver uma utopia.
Sonhos sem objetivos, são inúteis; Objetivos sem foco são baldos; Foco sem sonhos é inverossímil. E assim encerra-se o ciclo da utópica satisfação pessoal.
Quando sentir-se solitário lembre-se que tu és desassistido mesmo, reconheça a realidade cruel lancinante mas conforte-se com a veracidade, aprecie com maturidade e compreenderá que a vida pode ser estupendo. Somos seres egocêntricos experienciando uma vida que desconhecemos o sentido e por utopia inventamos normas para estabelecer o certo e errado, e por mais que tenha-se boa intenção, tudo é desestruturado por alguém que não controlou a essência corrompida.
"Enxergo a vida de forma tão utópica, que às vezes prefiro ficar alheio a qualquer ameaça de realidade imposta. Prefiro acreditar na vida, e num mundo do meu jeito."
Quanto mais eu penso tanto mais me perco: que não posso, posso até saber, mas quero muito mais te ter.
Um coral de anjos cantando. Como som de fundo, a música de corrente da água cristalina num riacho raso... Ladeado por imenso gramado, com seu verde salpicado de lírios... Uma revoada de borboletas multicores bailando ao fundo, tudo isso debaixo de um imenso céu azul, cortado pela revoada de pássaros de muitas matizes... Esse é meu conceito físico da abstrata felicidade quando estou com você...
O imediatismo do pragmatismo sobressai sobre a abstração do idealismo.
Os idealistas que adequadamente dominaram a tempestividade circunstancial, conseguiram fomentar e concretizar suas aspirações em realidade.
O grande erro na sociedade não é social, é individual. Pois estamos todos esperando uma sociedade melhor para mudarmos, sendo que nós [individualmente] devemos ser a mudança que queremos da sociedade.
Embora os ministros do Evangelho, como seres humanos, sejam passíveis de falhas, quando se empenham em viver o que pregam, demonstram de forma prática a verdade e o poder do evangelho. Caso contrário, a mensagem pode parecer algo utópico, distante e inalcançável, já que nem eles conseguem seguir o que ensinam.
Não tentavam descobrir as leis da cooperação social, porque pensavam que o homem podia organizar a sociedade como quisesse. Se as condições sociais não preenchessem os desejos dos reformadores, se suas utopias se mostrassem irrealizáveis, a culpa era atribuída à deficiência moral do homem. Problemas sociais eram considerados problemas éticos. O que era necessário para construir a sociedade ideal, pensavam eles, eram bons princípios e cidadãos virtuosos. Com homens honrados, qualquer utopia podia ser realizada.
O que era necessário para construir a sociedade ideal, pensavam eles, eram bons princípios e cidadãos virtuosos. Com homens honrados, qualquer utopia podia ser realizada.
"Não cancele, sua hipocrisia vai te afogar dentro de seu oceano utópico, é uma questão de equilíbrio..." -
O sol nasce todos os dias porque um referencial utópico chamado horizonte lá está... O que seria da perspectiva sem a utopia?
Eu queria saber desde quando nosso relacionamento se tornou uma norma programática, igual aquelas do artigo 3º da Constituição, sabe? Aquelas que são lindas na teoria, mas não se sabe se vão ocorrer, como, ou quando, mesmo que tão bonitas na teoria. Somos perfeitos um para o outro,embora não hajam garantias de que possa dar certo, como se fosse uma utopia construída por filósofos.
Ninguém me entendeu. Não quiseram me ouvir, me decifrar. Eu só queria viver. Viver um momento. Um encontro do EU. Dos EUs que há em mim. Precisava de um momento para navegar em mim, para me reconectar as nuances por mim vividas outrora, a minha essência. No fundo, emudeceu. Petrificou. Solidificou. Tento resgatar. Trazer a tona. Lapidar a rocha que se formou. Esculpir aquilo que quero, que desejo. Para isso, preciso olhar pro horizonte, pro céu, pro espelho. Olhar para algo que não tem fim. Acho que no espelho encontrarei os caminhos, lá verei um reflexo de um dos EUs que há em mim. Vi tantas coisas... vi o sepulcro. Quantas coisas eu sepultei contra minha própria vontade... quantos EUs abandonados eu pude vê. Alguns choravam a minha procura. Alguns choravam aos prantos por motivos que não caberiam aqui em uma linha. Deparei-me diante de um cemitério, do meu sepulcro. Tenho que exumar os meus EUs. Aqueles que eu matei por outrem. Aqueles que eu suicidei por motivos bobos. Olho no espelho novamente... agora vejo os EUs que, antes choravam, estão a sorrir para mim com aquele semblante de esperança, de saber que puderam me encontrar novamente, que eles terão uma segunda chance para serem quem sempre quiseram ser. Paro. Penso. Olho para um EU que está em um canto refletindo. Encontro-o. Vou ao seu encontro. Convido-o para sair dessa bolha. A bolha que o aprisionou. As cadeias mentais que o deixaram estagnado, parado, sem vida, sem cor. Sorri. Sorrimos. Nos demos as mãos. Nos abraçamos. Choramos. Fizemos as pazes. Nos reconciliamos. Foi tão lindo... a lágrima rolou. Desceu em cascata ao encontro do rio. Borrifou em mim o desejo de viver esse EU. A quimera. De ser esse EU. O EU que fui um dia. Encontrei-me. EU.
A própria humanidade faz o seu destino, destinada à errar os mesmos erros que jamais admitem serem errados. Por existir e estarem aqui pensam que todo privilégio a vida lhes deu, mas ao final das contas todos saberão que a vida sempre continua, continuará sendo o erro que deu certo. O acerto que pareceu ser um erro. Vida paradoxa e infinitamente viva.
A ideia de que há pessoas muito diferentes no mundo e que necessitam menos de ciência e mais da nossa compreensão generosa – um ideário que agora, do início do século XXI, começa a se estabelecer mais ou menos solidamente, parece – era uma utopia.