Poemas sobre Árvores
Caminhante
Do negro céu e prateada lua,
do leve ar soprante de árvores nuas
cujos reflexos enfeitam a cidade crua;
de azul fala embalada pela mente tua,
faz-se tu, Caminhante destas ruas.
Mais vermelho que sangue,
rojador de desespero;
mais celeste que veia,
pulsante em cheia, é teu paradeiro.
Oh Caminhante de mim,
ao passo que o dia chega ao fim
e no silêncio me encontro enfim,
teu melódico caminhar acalma meu confim.
Sinto teu andar pelas artérias
e, antes que possa duvidar,
tu já decompõe a matéria,
outrora solitária miséria.
Numa casinha amarela tu se instala,
neste lírico vilarejo cardíaco
que descrevo enquanto tu desfaz a mala,
Caminhante do meu corpo físico e onírico.
PESARES
Das árvores, vão-se as folhas
das roseiras, vão-se as flores
de mim, os amores
restam os pesares
os dissabores...
talvez
os rancores.
Luz através das árvores
Vento ventando ventania
A lua lá no alto, expressando dores,
Ao fim de mais um dia.
Que pode ser o último
Mas também o primeiro
Dessa vida degradante
Com um pouco de respeito.
E por fim, o barulho barulhando meus ouvidos
Que não se cansam de mostrar o quanto estou vivo
Mas que esquecem de dizer
Que o viver não é só tripudiar-te
E sim prestar atenção,
No ao levantar de mais um mísero e insistente olhar-te.
CONVÍVIO COM A NATUREZA
Lagos e árvores enfeitam a natureza,
Em harmonia absoluta e calma,
Aflorando aos olhos toda beleza,
Como se fosse bálsamo para alma.
Como molduras, dando vida ao ambiente,
Um lago azul, um lago verde se convivendo,
Numa imagem deslumbrante é diferente,
Numa impressão de que um está vivo e outro morrendo.
É uma paisagem diferente toda exótica,
Bendita obra de Deus a criação,
Mas que por certo, se explica e tem lógica
Pois transborda de alegria o coração.
Entre os lagos e as montanhas convivendo,
Ao lado deles a pequenina cidade,
Minha pacata calma, nesse clima, vou vivendo,
Desfrutando a vida na maior felicidade.
Elegia
As árvores em flor, todas curvadas,
Enfeitarão o chão que vais pisar.
E a passarada cantará contente
Bem lindos cantos só em teu louvor.
A natureza se fará toda carinho
Para te receber, meu grande amor.
Virás de tarde, numa tarde linda –
Tarde aromal de primavera santa.
Virás na hora em que o sino ao longe
Anuncia tristonho o fim do dia.
Eu estarei saudoso à tua espera
E me perguntarás, pasma, sorrindo:
Como eu pude adivinhar quando chegavas,
Se era surpresa, se de nada me avisaste?
Ah, meu amor! Foi o vento que trouxe o teu perfume
E foi esta inquietação, esta mansa alegria
Que tomou meu solitário coração...
E mais um raio caiu em meio as árvores, o fogo na mata se espalhava.
O som forte de trovoadas ecoavam por todo lado, os animais pareciam aterrorizados.
Presságio que mais uma vez o céu iria enxaguar as impurezas, era a temida chuva.
O fogo aos poucos se apagava, roedores agora precisavam sobreviver e se refugir dos golpes frios e gélidos de água.
como uma cascata de chocolate, a água enlameada chegava aos rios que desaguava na imensidão do oceano, sujando de tal forma como se fosse um cisco no olho de um gigante, comparado a imensidão do mar.
Algumas horas se passaram e o calor na terra, aquecia o solo e até mesmo ardia a pele ou pelo.
Sinal verde quando o sol chegava ao clímax iluminando todo o mundo, agora os pássaros podem cantar, a mais completa sinfonia orquestrada pelo o organizado coro, fauna.
O mundo é mundo é mundo, complexo e simples, sem palavras, sem dialetos, sem linguagem.
A caça e caçador, a presa e o vilão que espreita, seguem o fluxo do cotidiano da vida.
E foi assim por milhares de anos, até que o homem surgiu.
Tudo era perfeito, até que o homem imperfeito, que se acha perfeito, trouxe consigo o mais horrível significado de perfeito, perfeito caos.
A PAZ
Dias de nuvens
Árvores vestidas de nuvens
Cabe o mundo inteiro em mim
Como se o vento que entra nos meus pulmões pudesse cantar
E tivesse poder transformador
De deixar o corpo de pé
Enquanto a alma agradece de joelhos.
Já faz algum tempo.
Eu ainda admiro
E quero continuar a admirar sempre
Os dias de nuvens brancas
E as árvores vestidas de nuvens.
Árvores entrelaçadas no concreto
Raízes quase mortas
Eu vi o dia virar noite e as estrelas surgirem no chão
Eu olho para frente
Cadê os frutos das árvores as quais plantei com todas minhas sementes
Na mente sempre acende uma luz que reluz
Na escuridão a fé ainda me conduz
Por um caminho estreito
Cheio de vampiros
Onde não existem rosas apenas espinhos
Ocaso
Vem chegando a fria brisa.
Do inverno, árvores desnudas
Paisagens grisalhas
Da caminhada da vida
No recolher, missão cumprida!
Desfrutei cada segundo
Das maravilhas do mundo
Na essência do meu ser
Vivi intensamente cada primavera
Adornada de flores e amores!
Celebração da vida em flor
Deliciei- me nas coisas mundanas
Porque metade de mim é pagã
Na retina fica gravada a imagem
Do meu último sorriso...
Não levo nada na bagagem!
Apenas o amor que dei e recebi.
Os momentos de carinho
Que partilhei com a família e amigos
Esses, levo no coração.
O meu legado são meus escritos.
Páginas amareladas da minha história!
E, num último ocaso da vida
Assistirei à beleza do por do sol!
Que descansa nos braços do mar.
Também eu repousarei…num último olhar.
Abro as minhas asas no silêncio da partida.
Chega a dama da noite com o seu
longo manto escuro, corpo esquálido
Senta-se ao piano, com as suas longas mãos.
Toca brilhantemente a última sinfonia.
Mergulho no silêncio da noite escura.
No vazio do nada, a derradeira cerimónia
Tô viajando em loucos descaminhos
Como uma gota d'água num absinto
Sem árvores, sem pouso, sem um ninho
Sou pássaro de um mundo indistinto
SILÊNCIO
Rua vazia, folhas de árvores balbuciando conforme a direção do vento. Frio pairando como se já fosse. inverno nada de cães a revirar o lixo em busca de comida. não há discussões calorosas sobre futebol. Hoje o bar está fechado. Casa pequena e organizada
Nenhum olhar que chore sua ausência. Nenhum sorriso que se Alegre ao ver tua face.
O meu caminho
É verdejante
Igual a minha esperança
Tem um túnel de árvores
Crescidas das sementes
Lançadas ao solo, por mim
Possui trilhos
Percorridos pelos meus pensamentos
Contém a luz natural do Cristo
Para iluminar meu coração
E também meus sentimentos
Para me guiar o destino
E tem uma força divina
Que me guarda de todo mal
Mesmo quando insisto
Em desviar o olhar
Ou me desviar
Ele me chama de volta
Me mostra o caminho do bem
Me dá a chance de retornar
Para o meu interior
Onde existe amor e fé!!!
Fernanda de Paula
Instagram: fernanda.depaula.56679
Novo Instagram: mentepoetica2020
Árvores
quando -beijadas- pelo vento
chovem folhas dos galhos,
que se plantam no solo, como
flores na erva fresca...
-- josecerejeirafontes
As árvores para gerar frutos, elas precisam de um solo fértil.
E não somos diferentes das árvores, devemos cuidas das nossas raízes, se preciso for devemos mudar de solos (ambientes).
O solo infértil não mata a árvore, como muitos ambientes não tira nossas vidas, mas impede a nossa principal função, que é dar frutos.
Somos tu e eu
Duas árvores nascidas de uma
Matriz, aparentemente finda.
Somos duas, e nos transformamos em uma só, na fluidez do mais belo amor
Amor puro, incondicional e eterno ..
És minha vida !!!
Sou Tua Bia .
TRANSFORMAÇÃO
(PAULO SALES)
Folhas caídas, árvores despidas,
Como verso de bravura.
Desenraizar as inverdades que carrega consigo,
É preciso apontar.
Necessário que suas almas sejam enroupadas.
Fantasmas da desconstrução,
Consciências culpadas,
Fogos dos remorsos,
Faz necessário apagar.
Prepotentes, em lastimáveis ofícios,
Em assédio de espíritos assaltantes,
A exortar ao fracasso,
Prejuízo ao próximo,
Devaneio a si próprio.
Imensurável esforço,
Lutas árduas, incontáveis.
Obreiro sincero, humilde,
Estatuído de moral,
É o ensinamento do insigne mestre nazareno,
Para rechaçar o mal.
Vigiai,
A prece é o remédio,
A fé a cura.
Vida perfumada terás,
Risonha e eterna,
O amor persistirá,
Aspirando a própria natureza,
Ao som da fraternidade.
A vida é uma formiga
que foge por todos os canteiros,
raízes de árvores, lençóis de água
e trincheiras do caminho empedrado
onde se esconde e protege
das solas de sapatos
que a tentam apanhar.
Transporta também migalhas
que se parecem com fardos
mas nem ela
nem as outras formigas
sabem a ingratidão
do peso que carregam.
É difícil não se ver tão pessimista
Com tratamento diferente na revista
Árvores do sul, frutas esquisitas
Raízes com sangue da nossa família