Poemas sobre Água
esperança de imortalidade
Quando eu fico transparente como água e tomando a forma
Como que dos corpos que me contém,
Aí sim, eu canto como um sabiá de laranjeira, um canto que move as coisas
As coisas mudam de lugar
Ouve-se a música que simbolizam o verdadeiro amor
E calmamente o vento transporta a áurea de sabedoria
Pelos quatro cantos de todo o espaço especialmente, naquele espaço
Se vê a fênix e a esperança se espalha pelo medo
(edson cerqueira felix)
Se você escreveu e ninguém leu,
pode ser a gota d'água no copo que encheu.
Talvez seja inveja ou magoa no ego que não morreu.
FILTROS DE BARRO
Em meu tempo de criança
Bebi água em filtro de barro
Gostava de ouvir seu lento gotejar
Demorava pingar a gotinha
Acho que queria nos dar seu melhor
Por isso demorava a filtrar
Coitado do filtro de barro
Foi descartado
Trocado
Já não cabe nas casas modernas
Pensando bem...
Hoje tudo parece descartável
Nada pode dar trabalho
Prefiro relacionamentos
Que sejam como filtros de barro.
Os filhos bebem da água que os pais estão capacitados à dar.
Água suja, limpa ou contaminada. Da rua, do poço, da poça ou mineral. Pura, adoçada ou com misturada. Sua, de terceiros ou roubada. Da chuva, da torneira. Com gás, sem gás ou saborizada. Quente, natural ou gelada. Líquida ou sólida (gelo).
Assim é o conhecimento e educação dado pelos pais aos filhos, sempre proporcional ao que estão capacitados a dar, pois ninguém dá o que não possui.
GRACINHA
Eu sou aquela caixa d'água a tilintar dentro da noite veloz. Lá fora, o sereno caía vadio enquanto os rumores dos carros mexiam com as luzes dos postes. Tchiqui, tchiqui, tchiqui... Quase sempre, o ventilador ao pé da cama. A cama. A cama. Aquela cama... Na área, o churrasco embalava os nossos estômagos famintos. A fumaça passeava por todo espaço. Chegava na cama. A cama. Aquela cama... Ao meu lado direito, meu mano: pequeno, raquítico, olhos negros, cabelos lisos. No centro, a mana: covinhas amontoadas, coqueirinhos na cabeça, chorinho fácil a descolar na boca. Ao lado esquerdo: vovó. Vovó. GRACINHA. Corpo roliço, cabelo despreparado, pele macia e branca. Sua mão a "irribuçar" os netinhos com colcha vermelha. Sua mão a cantarolar no meu peito. Um dois três carneirinhos. O ronco, o sereno a cair, os rumos dos carros e eu-caixa d'água, eu-saudade, eu-vontade-de-voltar.
Que com o banho
A água que pelo seu corpo passa
Leve toda a sujeira para longe
Levando também a angústia e o medo
A raiva e a decepção
A falta de esperança e tudo de mal que esteja em seu coração
Um banho revigorante, reenergizante
Capaz que alterar toda e qualquer energia ruim
Te conduzindo a uma frequência elevada
E que nela você permaneça
E possa seguir feliz e em harmonia
Nesse mundo repleto de caos e melancolia
Noite muito escura
Banheiro em perto e branco
Banheira cheia de água
Olhos abertos
Um pingo de água saindo do olho e caindo na banheira
Deitado na banheira
Tesoura afiadas
Seu corpo mostra o seu sentimento
Todos eles sabem
Mas não dão a atenção
Pensamentos ruim
Lágrimas caindo
Olhos fechados
Mão vermelha,olhos vermelhos, águas vermelhas
Troféu
Soo a pulsão estancada
sentimentos de robô
de flamas mortas, sem ardor
d'água salobra parada
do tudo que se fez nada
do azedo que já foi mel
do doce que fez-se em fel
deixaste de ser poesia
e o prêmio à tu'alma fria
é o desdém qual troféu.
Sozinha em meu quanto,
sentada em minha cama,
com os olhos cheios de água
e meus pulsos
sangrando...
Relembrando o nosso passado,
percebo que tudo acabou,
quando você saiu
batendo a porta
sem ao menos
olhar para trás.
Agora não sou mais a mesma,
pois não estou mais com você.
No meu quarto fico chorando
e me pergunto
porque você foi embora,
sem me dizer
Adeus.
Hoje trancada em meu quarto
sofro calada,
para não dar explicação
sobre meu passado.
Seu olhar é pleno
Mesmo em dia nublado
As gotas d'agua lubrificam
Tornando límpido o que estava "barro"
Decoras o mundo
Com esse rosto céreo
Seus cristais...
Intensamente fúlgidos
Me olham
Se veem
De dia invadem o nosso lugar
À noite tingem a lua
Ditam frases ao novilúnio
Dobram as nuvens
E por mim flutuam.
Profundeza dos olhos
A água quente percorria meu corpo sentado embaixo do chuveiro, a escuridão vista dos meus olhos fechados induzia-me a voar longe com os pensamentos, a tristeza dominava no meio do peito e a decepção me corroía. Abalado fisicamente e psicologicamente. Cansado, pedi a Deus que me trouxesse novamente os sonhos, a força para continuar meu caminho, minha boca estremeceu e as lágrimas se uniram a água corrente. Não me segurei, deixei sair, deixei levar. Fui me deitar e rapidamente adormeci.
Acordei ao amanhecer com o coração mais leve, antes de levantar, fiz uma prece, e com a força das palavras pude ver claramente: Privei-me do mundo, dos amigos, da família, da minha vida. Privei-me de mim mesmo para lutar por algo que nunca valeu a pena. Um território desconhecido, engambelado, superficial. Fui apunhalado ali, tantas vezes, por todos os lados possíveis. Já havia deixado tudo aquilo ir e decidi seguir na direção oposta. Foi o que fiz.
Sinto agora, que uma pequena esperança cresce no fundo do coração, ressuscitando o sorriso da minha alma. Volto a admirar as pequenas maravilhas do mundo: O sol, as nuvens, a lua, as estrelas... Penso que um dia tudo se encaixará, e então, serei capaz de aceitar e entender que tudo aquilo foi imprescindível para uma melhor evolução do meu ser, minha essência, que lá na frente se postergará a outros patamares.
As vezes precisamos parar, tomar um café SOZINHA, ou uma água. Respirar, observar, refletir para poder seguir em frente.
Isso é sinal de AUTO RESPEITO!
Pense nisso.
Sinto a lágrima escorrer em meu rosto
Vejo a aguá correr pelo chão
Enchergo o meu reflexo nessa água
que vai e vem sem parar nesse chão
Encontrando seu fim ela volta pro meu copo
Que eu a bebo quando tenho sede
Quando me dá vontade novamente
Eu a liberto pelos meus olhos tristes
Sinto a lágrima escorrer em meu rosto.
Segundo a palavra,
A regra é de lei
O templo é de pedra
A casa é do rei
A água é sagrada,
A salvo do mundo
O tempo é escasso
Em cada segundo.
E mesmo nos desertos da vida
Procure enxergar flores
Beba água doce
Pise em relvas verdinhas.
Pois há sempre um horizonte
de luz a brilhar;
Uma paz pra nos permitir
Um caminho novo a seguir
Uma fagulha de fé pra acreditar.
Quando abrimos o coração e enxergamos com a alma,
Passamos a compreender que a terra seca vem para ensinar;
Que água em abundância
só Deus pode dar.
E se verdadeiramente estamos
com ele,
Um" Oásis de Esperanças "no meio da sequidão,
como num milagre fluirá.
Deus é Deus,ele sempre é!
Ele sempre está...
Ele;
Somente ele nos sustentará.
16/11/18
MIRAGEM NO BANHEIRO
Estava no meu porto seguro, meu cais
Salguei a água do chuveiro
Te vi meio ao vapor: é miragem
A quanto tempo te esperei, meu marinheiro
Ensaboa minhas costas e massageia
Sinto você, desejo insano
Rebolo para que venha me degustar
Tenho em mente pensamentos profanos
Mergulhe nessa água
Segura no colo a tua sereia
Provoque espasmos e arritmia
Enquanto o sangue ferve nas minhas veias
Aperte minha cintura
Não deixe escapar jamais
Me delicio com seu corpo molhado
Me molho cada vez mais... Vejo você delirar
E por um instante você desaparece
Sinto que está chegando seu ápice, seu êxtase
Meu corpo implora, te obedece
Agora me ajoelhei de frente
Talvez fosse mesmo um deus, anjo ou miragem
Minha boca já se encheu d'água
Contemplando tua imagem
Estou com meus lábios carnudos
No teu membro a envolver
Minha boca está cheia
Bebi-te demoradamente...
Até você quase desfalecer
Pena que quando eu mais te desejo
Você some... Depois torna a aparecer...
Se gostou curta/siga:
Face: Versos Sem Vergonha
Instagram: @versossemvergonha
Como pode o peixe vivo
Viver fora da água fria
Como pode o peixe vivo
Viver fora da água fria
Como poderei viver
Como poderei viver
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia
Os pastores desta aldeia
Fazem prece noite e dia
Os pastores desta aldeia
Fazem prece noite e dia
Por me verem assim chorando
Por me verem assim chorando
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia
Perdidos no tempo e no espaço
Só reflexos de espelho
A água evapora
A nuvem cresce
Uma nova notícia na porta de casa
Só agora se sabe do prazo
Apesar do tempo ter asas
Não voa e jamais envelhece
O que destoa é viajar com ele
E nunca mudar em nada
Sempre aquela vibração tão boa
da cadência do som
Em que soam as cordas do tempo
Momento a momento
Um dia a gente, que estava à toa
Fatalmente acorda
E percebe que o tempo envelhece
Friamente, a cara do espelho
A nuvem de chuva caiu
Fim de tarde
Horizonte vermelho
Abelhas rainhas
Foram minhas todas elas
O Sol se põe por trás
dos montes de notícias
Que batiam-me à porta
Eu lia o jornal
Mas jamais atentei pro resumo
MIsturado e torto
O compromisso era comigo
Meu abrigo, meu rumo
Não ligo e não brigo
Nem tenho nada com isso
Assim me acostumo
A olhar
Ver cara do tempo
A cada vez que eu o olho
mais moço
E sem nenhum alarde
Conforme convém-me
devido a ser tão tarde
Agora
Sabê-lo antigo
Molhar-me na chuva
Minha única amiga
Até que o próprio espelho
Que muda, qual cor do cabelo
E sem reclamar pra ninguém
Finalmente acatar-lhe
Assim como eu faço
Os conselhos, de vez em quando
Tendo, enfim, me encontrado
No espaço e no tempo.
Edson Ricardo Paiva.
Xale Sagrado, Xale de luz!
No tear a energia da Terra, do fogo, da água e do ar!
No tear a vida, a responsabilidade de amar todos os seres em luz e gratidão!
No tear do amor, desvencilhar da dor e voltar a sorrir, descobrir... o amor mais importante que se possa ter...
E sabe qual é?
seu próprio amor 💙
Gratidão e luz
Gi
ah, o verão
eu amo o verão
e eu amo tudo que vem com a palavra verão: sal, sol, água de coco, descanso, festa, viagens…
eu queria viver um eterno verão
e isso que me dá medo
porque não é verão o tempo todo
e até dentro do verão não é verão
pra ter direito ao verão, é preciso enfrentar muitos invernos
mas é tão tentador se jogar no verão e esquecer esse inverno
com tanto bronze alheio, é difícil se concentrar nas baixas temperaturas
só que eu quero o verão
o verão completo
eu quero ser digno do verão
pois então amanhã eu fecho minha cortina
desligo o meu celular
tomo um café preto
e sigo pelo meu sonho: o verão