Poemas sobre a Seca

Cerca de 1081 poemas sobre a Seca

VORAZ.

O nordeste ainda chora
pela seca que consome
fere mais que a espora
da palma que ele come
entre a dor e a devora
a esperança é a escora
que alimenta a sua fome.

Inserida por GVM

Mal sabe o tempo no estio,
quando a seca em tudo avança,
que em minha alma corre um rio
que eu batizei de "Esperança"!!

Os pingos da chuva são músicas
A terra seca festeja
Fica alegre, esbanjando beleza
Dando frutos de presente
Obrigada natureza.

Inserida por GerlaniaFelix

IDA!

A seca é um agouro
acaba tudo que se investe
racha a terra, mata o touro
e a esperança que me reste
pego o meu gibão de couro
e vou deixando meu tesouro
que é viver no meu nordeste.

Inserida por GVM

Ela parecia ter vindo de um relacionamento conturbado,por isso talvez esteja tão seca e tão insensível...
A pancada que ela recebeu doeu tanto,que por isso ela não acredita tanto no amor como antes!

Mas eu lhe digo caso você esteja lendo esse meu pequeno desabafo...

A vida ela sempre nos dá uma segunda chance, justamente para termos o oportunidade de concertarmos...
E eu sei que você visando tudo que você passou no passado fará uma escolha mais ciente.
Justamente para não cometer os mesmos erros e permitir também que ninguém comenta com você.

Só não pense que todo homem é igual...
Existem diferenças,e isso você observa no dia-a-dia seja na postura ou na própria conversa!

Elson Oliveira
Instagram: @elson.olgo
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Inserida por ElsonOliveira

“Adulto é a criança
que nasce e cresce
e seca e morre.
Anjo sem asas
como nós.”

Inserida por priscila_blume

Eu plantei minha dor
Na terra seca da vida
Pois dor plantada não anda
Não chora
Não molha
O sertão das minhas mãos rachadas
De tanta labuta
De tanta sina
Depois, respirei e fiquei em silêncio
Profundo

Inserida por raffael_sousa

ILUSÓRIO OÁSIS
Apresenta-se bela vista ao sons das marés desta terra seca
Serás um oásis?
Não! Formação de uma ilusão pelo confronto do coração e o delírio de um ser que arde mesmo sem combustão
Respira! Bebe água! O ilusório oásis já se desmanchou na sua própria ilusão.

Inserida por Janeilson

A árvore seca que um dia o raio atingiu e que não consegue mais produzir seus frutos...Perdeu sua beleza,perdeu seu viço.
A árvore que mesmo seca,com sua beleza destruída e que a alguns aterroriza,de alguma forma simboliza a vida,afinal é uma árvore.
Uma árvore que apesar de toda sua aparência de fragilidade e inutilidade,a raiz está firme,lembrando que um dia foi bela e que deu bons frutos.
A árvore...eu. O raio...todos que um dia me feriu.
Passa vento,Passa tempo e passa tempestades...ali ela está,na luta da sobrevivência e certamente um dia há de brotar novas folhas,flores e frutos!

Inserida por GianneFranca

ATITUDE!

No nordeste a seca é tanta
que não nasce uma semente
tem promessa que encanta
depois desencanta a gente
mas o nordestino planta
porque só se agiganta
quem nasceu pra ser valente.

Inserida por GVM

"...no mundo que vale a pena
Onde cicatrizes cortam a terra
Ora seca-molhada ou tenra
e lágrimas mais soluços encerra

Que esse convívio em ser
por entre exemplos a toar
minhas horas a não esquecer
esse bem nunca vai acabar..."

Inserida por Virgilio_Silva

Resumo da manhã de hoje.

'Passarim'!
Rola na areia,
toma uma ducha
se seca na cadeira
pertinho de mim.
Ficou um tempão nesta brincadeira.
A netinha na escola.
Ele veio me fazer companhia.

Depressão não é brincadeira. ela não sangra, não vaza ,ela simplesmente seca a Alma, o raciocínio,, a razão ,a paz, a vida!!!
A Depressão é uma dor real, sentida intensamente por quem se sente completamente sozinho mesmo em meio a multidão!!
Amor, Família,Fama, Dinheiro, Poder, beleza, nada disso importa quando o vazio toma conta!

Inserida por NINAOHASHI

Vou embora para o sertão,
lá lutamos contra a seca e não contra nossos irmãos;
no sertão tem seca, luta e muita tribulação,
mas, sequidão por sequidão, acho que não perco a razão,
porque aqui a seca é no coração.

No sertão enfrentamos fome, desprezo e dificuldade,
aqui encaramos a hipocrisia que é um grande enfermidade,
tem matado a muitos que são amigos pela metade,
e antes que este mal me aflija, já que não quero esta enfermidade,
Vou embora pro sertão enquanto me resta sanidade.

Aqui temos transportes,
água e comida, e vivemos com comodidade,
já o povo sertanejo, sempre contando com a sorte,
nunca nega guarida, a aquele que necessita,
supera suas dificuldades e com muita humildade,
sempre nos felicita.

É comum pelo sertão, os mais velhos nos saudar,
dizendo: Deus te abençoe! para nos encorajar,
Aqui as pessoas vivem sem se importar,
E, se o sucesso você alcança,
vão tentar de derrubar.

A labuta do sertanejo, para trazer para casa o pão,
a espera pela chuva para fazer a plantação,
a resistência na seca sem de sua terra se ausentar,
a fidelidade pela cultura e o amor pelo lugar,
me tocam profundamente ..... e aqui quero esboçar,
que desejo ardentemente par o sertão me mudar.

Inserida por Araujo2013

O que tinha se transformado em recordação,
sentimento engavetado, como dentro de livro,
seca flor em botão;
o que vivia apenas na saudade das noites insones
e pela manhã, novamente envolto nas névoas do esquecimento;
O que jazia nos caminhos inexplorados,
dos olhos despercebido, esquecido no tempo,
o que era fragmento de história vivida...
Explode num arco-íris de luzes e cores,
ressurgidas no simples reencontro de olhos,
de um segundo, a fração.
Cika Parolin

Inserida por CikaParolin

Não...

Eu não sou uma árvore velha e seca...


Cuja morte me ronda...

Cerca e cumprimenta...


Posso não ter mais a beleza de outrora ...

Posso não mais ter o vigor de antigamente...


Porém, tenho comigo a vitória dos anos vividos...

Felizes...

Sofridos...

Histórias para contar...

Tanto para compartilhar...

Se assim desejar...


Muito disse sim...

Sem vontade de dizer...

Foi quando mais sofri...

Mais me anulei...

Em favor de alguém...


Quando aprendi a dizer não...

Incompreendido me tornei...

Desprezado...

Odiado...

Me calei...

Porém assim tem que ser...


Amar é doar...

Mas também é negar...


Tantas lágrimas caíram...

Tantas outras escondi...

Tantas, e muitas, ainda escondo...

Nem contigo...

Nem com ninguém...

Posso dividir...


Não me julgue...

Se pouco, ou nada, me compreende...

Aceite...

Meu jeito de ser...

Um pouco diferente...

De muita gente...

Que se vê por aí...




Sandro Paschoal Nogueira

Árvore seca...

De coração vazio...

Anos a fio...


Não tinha cor...

Não tinha amor...

O vácuo cada vez maior...

Raízes mortas...

Não mais florescia...

Sob um sol quente e árido...

Me contou sua história...

Foi semente...

Plantada com esmero...

Por um senhor...

Velada com carinho...

Cresceu...

Nas folhagens verdejantes...

Pássaros faziam seus ninhos...

Cantavam alegremente...

Retribuía com sombra...

Muitas flores ofertava...

Fronte de belas mulheres enfeitava...

Suas folhas eram remédio...

Doença ela curava...

Foi orgulho daquele senhor ...

Que um dia a plantou...

Seresteiros à sombra dela...

A todos encantou...

Conversas fiadas ouviu...

Pessoas que chegavam na cidade...

Um ou outro que já partiu...

O banquinho ao seu lado...

Foi ponto de encontro...

De amigos e de enamorados...

Quando o vento levou o senhor...

De tristeza a árvore chorou...

Me disse que se fechou no silêncio...

Que de saudades suas folhas cobriram o chão...

Não tinha mais forças para então florir...

Sua aurora tinha ido embora...

Sua madrugada chegara...

Sua hora findou...

Hoje...

Triste...

Seca...

Morta...

Ainda conta sua história...

Da saudade que ficou...

Do tempo que passou...



Sandro Paschoal Nogueira



Árvore, pata-de-vaca, branca, que meu pai plantou, em frente de minha casa.

Homenagem póstuma Scylla Dias Nogueira

— em Conservatória, Rio De Janeiro, Brazil.

Becos do Cerrado

Becos do meu cerrado
Amo a tua melancolia, seca e tortuosa
Teus ipês breves. Teu devaneio encantado
De recantos de chão árido, e flora andrajosa
Teu cascalho roliço, céu cinza e enfumaçado
Deixando a alma da gente, comovida e chorosa
Do pôr do sol nos tordos galhos, luzidio, encarnado

Amo o silencioso horizonte, cheios de tal quimera
Que em polmes dourados e os olhos cheios d’água
Suspiram em poemas de rogo, tal a rudeza, quisera
O vento, em açoites nos buritis, aturando a frágua
Nas frinchas de suas folhas, e que ali então esmera
Que se defende, peleja, viceja e na imensidão vivace
Desenhando o sertão do planalto de intrigante biosfera
Como se a todos nós um canto de resistência declamasse.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02 de março de 2020 – Cerrado goiano
paráfrase Cora Coralina

Inserida por LucianoSpagnol

Cerrado goiano

Canta o vento na folha seca
Dos galhos ásperos e tortuosos
A flora chora por uma trégua
Craquelado em uivos dolorosos
É o arqueado doce seco cerrado
De campos densos e preciosos
Chão goiano irregular e sulcado
Povo alado, de serena alma a trovar
Este cerrado abarroado, elevado
Que o desencanto encanta o poetar

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
09/03/2016, 18'50" – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

AOS POETAS

Na seca terra do meu jardim
plantei sementes de variadas cores.
Reguei e cuidei e hoje vivo assim:
no meio de tantas e belas flores.

Inserida por RemissonAniceto