Poemas sobre a Escrita
Centenas de livros na minha estante
milhões de palavras e nada do que está
escrito, consegue me me entender
Nada pode me conduzir a salvação
Não há palavras de conforto ou inspiração
Pedir a magia que eu via os livros
O momento que esqueci o sentido de escrever
PauloRockCesar
Escrevo
Escrevo.
Escrevo pra sobreviver de noites mal dormidas.
Narro meus dias.
Narro-os pra não me esquecer das tristezas nem das alegrias.
Conto sobre mim.
Conto sobre os outros.
Conto que os amores não são poucos.
Descrevo.
Descrevo o que os meus olhos veem.
Descrevo porque não quero que nada se apague de minha memoria.
Tão solúvel.
E os dias passam.
Alguns lentamente demais.
Outros tão normais.
escrevo pra sobreviver…
sobreviver a essas águas que querem pra sempre me varrer do mapa.
Escrevo pra tornar visível ese fio da minha vida.
Escrevo pra destatuar a dor da minha alma.
Escrevo pois só a escrita me acalma.
Eu
Eu não sou uma estrela, sou uma constelação. Eu não sou um livro, sou uma biblioteca. Eu não sou um lobo, sou uma alcateia. Eu não sou um soldado, sou um exército.
Escrever
É permitir
Me desfazer
E me reconstruir
É romper com as linhas
E refletir
Ideias tão minhas
Deixando fluir
Todo o sentir
Que em mim existir
Princesa Diamante
Escrever é me entregar
É reviver
É deixar ecoar
É o florescer
É semear
É fortalecer
É regar
O ser
Princesa Diamante
Quem sou eu?
Sou poesia,
Legitimando o sentir
Expressa com ousadia
Em versos a fluir
Com um toque de fantasia
Para com palavras colorir
Toda essa monocromia
Que além de nos reprimir
Nos asfixia
Sou poesia que se cria
Só de existir
Sou rimas em sincronia
Sou apenas esse emitir
Do meu eu particular
Sou esse sentir
Esse amar,
Esse sorrir,
Esse transbordar,
Me permitindo transmitir
E rimar
O meu eu
Que aqui se descreveu
Princesa Diamante
Querido futuro namorado,
Não sei por onde você tem andado
Mas saiba que há muito, espero te encontrar
Te procurando em cada esquina e em cada olhar
Mas você ainda deve estar um pouco perdido
E é por isso que vim a te fazer um pedido
Não quero que você seja perfeito
Pois quero amá-lo do seu jeito
Mas, preciso te avisar
Que antes de você chegar…
Muitos sapos decepcionaram esse coração
Matando minha esperança, me deixando sem chão
Então, não se assuste se eu demorar a acreditar
Que alguém realmente é capaz de me amar
Sabe, perdi a fé no amor
E que o mundo realmente pode ter cor
E também aprendi que não devo confiar
A não ser que você venha a me provar
Que merece a minha confiança…
Sabe, não há nada pior que perder a esperança…
Mas espero que com a sua chegada
Eu posso finalmente descobrir como é ser amada
Um grande beijo…
Da garota que você…
Ainda não deve conhecer…
Princesa Diamante
Máquina
Às vezes a vida parece
Uma espécie de máquina agressiva
Uma máquina livre
Feito um pássaro
Cria asas, voa alto.
Perde-se
Deixando mágoas
Em formas de cachoeiras:
Bate e rebate
Nos seixos
Desmancham-nos,
Aos poucos diminuem,
Os torna um ser pequeno
E aos poucos se sentem pisoteados.
Porém, não bem somos
Uma máquina
Mas somos um ser
Capaz de se aperfeiçoar.
Quando escrevo, me aproximo de mim muito mais do que gostaria ou de que minha mente sã possa suportar.
Por isso me faço de louca e nuns versos soltos eu desabafo afetos que nem cheguei a vivenciar, só pra continuar alimentando histórias de um sonho antigo, particular.
Só quem escreve sabe o peso de cada palavra. Da ficção, à realidade sempre há um pouco de si, de suas verdades. Fora o imensurável prazer, quando se percebe, que apesar das diferenças, somos tão iguais, pois, o que se escreve também se encaixa no necessitar de outro alguém. Não importa se amadores, consagrados ou só por passatempo. Escrever sempre será o ato de derramar-se, porque não se pode conter a tempestade de palavras que se tem na alma. Há varias maneiras de expressar-se, e através delas busca-se a liberdade. Na escrita, nada difere, cada palavra desacorrenta, é como um aplanar suave sobre os nossos sonhos, e uma brisa que se sente quando conseguimos fugir do que nos aprisiona. Escrever sem dúvida também é um ato de coragem, pois, nem todos aceitam se expor. É quando se transforma o “eu” em palavras, desnuda-se alma, e você está ali em cada ideologia, crença, poesia, escrito, ficção, em cada linha, em cada pensamento.
Ainda que pareça vão cada palavra, sua missão é rara, é dádiva. O segredo é sempre utilizar das armas que tem, para o bem. Utilizar-se da escrita para mover o próximo para o novo, para seguir sempre em frente e ver a vida de forma realista e consistente.
Escrever é um ato de libertar-se, a mesmo tempo em que se alforria outras mentes.
Nem o céu é o limite
Quando os sonhos
São maiores que
O próprio Universo.
Encare a vida como um céu azul,
e as nuvens como apagador,
que a cada passada deixa a
lousa limpa para uma nova
história ser escrita.
As nuvens sempre passam.
Podem ser nuvens claras ou
escuras, mas sempre passam.
Talvez tenha que chover uma
tempestade, mas ela também passa.
Compreenda que você não é nuvem, você é céu.
Eu não me importo se eu escrevo, publico o que escrevo e (quase) ninguém lê.
Eu só quero
escrever, escrever, escrever.
Obrigado Deus...
Deus, obrigado por me permitir escrever e contar sobre os meus dias, sobre as minhas experiências, os meus pensamentos conscientes e sobre os meus sonhos que consigo resgatar,
Deus, agradeço também por de alguma forma deixar a minha escrita ser aceita pelas pessoas mundo a fora, e que nem as areias, nem os oceanos, impeçam a minha arte de chegar aonde tiver que chegar.
Nos momentos certeiros
as palavras eclodem
e deslizam pelo papel,
de forma rápida e espontânea.
Transformo pensamentos
em escrita e externalizo
o que está aprisionado
no meu ser!
A poesia é tudo que nos rodeia e captamos com o coração, não é aquilo que está escrito e sim o que foi sentido.
A poesia não é forçada, ela nasce sozinha e flui sem entraves. Poesia é arte, é canção cujo coração é a clave.
Trabalhe em dois livros, simultaneamente.
Dedique a maior parte do seu tempo ao livro 1.
É nele que você colocará os melhores poemas.
No livro 2, escreva o que vier à cabeça,
sem muitas preocupações temáticas ou estilísticas.
Ele vai funcionar como um caderno de exercícios
e provavelmente nunca será lido.
Enquanto isso, continue trabalhando com afinco
nos poemas do livro 1.
Ao final do processo,
jogue fora os poemas do livro 1
e publique o livro 2.
Escreveu amor à mão em todo o meu corpo
Mas isso pra gente ainda é pouco, tão pouco
Impossível não querer de novo
Poeta sincero
Já li que poeta não escreve para agradar
Eu também não o faço, hei de confessar
Escrevo sobre aquilo que sinto
Prefiro dizer minhas verdades, não minto
Mas para dizer o que penso não preciso de ofensas
Dou a opinião e os motivos, quem quiser se convença
Respeito o direito alheio de pensar diferente
Mas que fale com respeito
Que trate gente como gente
E aprendi não me importar se alguém quiser me ofender
A ofensa fica com ele, não vou receber.
Estrondo
Caro leitor, que ouve sua própria voz
Ressoando na cabeça,
Te explico
Implicitamente abaixo:
O início do processo criativo
Não chegou ao meu conhecimento
Seu local talvez seja privativo
Nem passou por meu pensamento;
Me debruço sobre o nada
Como se fosse num parapeito
De cabeça eu mergulho
Mas o que sai, está feito;
Disso não me orgulho
O mérito não é meu
Terminado o barulho
O crédito é todo seu.