Poemas sobre a Escrita
Traria eu na sua medida a escrita num papel de pão?
Faria eu intruso hospedeiro num coração que nunca amou?
Tento ser aquilo que procuro, pois até hoje não encontrei!
Instigo o meu lado obscuro para mostrar na luz o que cultivei,
Nem sempre ando seguro de tudo aquilo que falei,
entretanto não esqueço as promessas que você me fez.
Na verdade tive paciência e alonguei a benevolência
por todo mal que semeou na essência
que reverteu em benção e vontade de viver.
Não que o prazo seja curto, pois certas coisas não se fecham
como feridas mal curadas e inflamadas na mente
infeccionam todo o corpo, gerando desconforto latente.
Desejar a loucura é cortejar o imaginário,
viver sem sorte e confiando no acaso.
Quem poderia nos entender se mesmo a si não compreende?
O que espera fazer? Se o seu corpo não acompanha a sua mente?
que mente pra se manter em pé, vive como outro alguém quer
sem desejos próprios e sem ser diferente...
De todas as mentiras que falei,
sem dúvida foram as que praguejei
quando disse que te odiei, foram apenas palavras rasas!
Entrei na devoção do meu sorriso,
aniquilando meras emoções de ilusão
a quem poderia eu me refugiar?
Pensamento, coração, emoção?
Não!
Apenas na liberdade e intensidade de viver aquilo que é bom!
Culpado
“Tu que tens o dom da escrita
E traduz em palavras o sentimento
mais profundo que na alma silenciou,
és culpado por tais mistérios revelados
e pelos corações que cativou.
Tua sentença por despertar
de silêncios ensurdecedores o grito
é a eternidade na leitura dos teus escritos.”
Viviane Andrade
Mesmo quando a Bíblia foi escrita, ela já era atrasada.
Nos tempos em que os textos bíblicos foram escritos, o conceito de moral e justiça já era objeto de discussões sofisticadas por filósofos como Aristóteles, Platão e outros pensadores da Grécia e Roma antigas. Esses filósofos buscavam construir sistemas éticos baseados na razão, na observação e na lógica, enquanto os textos bíblicos frequentemente derivavam suas diretrizes morais de revelações divinas e tradições culturais.
Nosso amor é um roteiro perfeito,
Cada cena escrita no meu jeito.
Sem ensaio, só verdade,
Você é o meu abrigo, a minha paz.
Eu não preciso de palavras bonitas,
Nem de um final que se repita.
O enredo é só você e eu,
Cada gesto, o destino escreveu.
No script do meu coração,
Seu sorriso é a direção.
Cada toque é o refrão,
Que guia nossa conexão.
Sem cortes, sem edição,
Amor puro, sem explicação.
Deixe o tempo ser nosso cenário,
O presente, o momento mais raro.
Nos seus olhos, brilham estrelas,
Meu desejo é só você vê-las.
Eu não preciso de histórias clichês,
Só do agora, de você, outra vez.
Cada linha que escrevemos juntos,
É um mundo onde somos um só.
No script do meu coração,
Seu sorriso é a direção.
Cada toque é o refrão,
Que guia nossa conexão.
Sem cortes, sem edição,
Amor puro, sem explicação.
Sem rascunho, só verdades,
Nosso amor é eternidade.
Improvisando, mas sempre a sós,
A vida aplaude a força de nós.
No script do meu coração,
Você é o começo e a conclusão.
Cada cena é uma razão,
Pra guardar esse amor no coração.
Sem cortes, sem edição,
Amor puro, nossa missão.
E assim seguimos, página a página,
Escrevendo um amor que ninguém apaga.
A minha escrita não é um ditado do pensamento.
Agora, por exemplo, não sei quais durezas se materializarão em palavras organizadas. O leme é o sentimento, mas das águas que navegaremos, só reconhecerei o território ao percorrer até o ponto final desta última linha.
O meu pensamento só ganha forma a partir da leitura.
Meu papel: atender ao chamado.
O do universo: se encarregar de me recompensar pelos risco que assumo em seu nome.
A escrita é como uma convulsão para mim. Subitamente meus pensamentos começam a se contrair. Dói e assusta, às vezes. Com urgência, paro tudo para manter a segurança nessa descarga elétrica e, involuntariamente, começo a escrever.
Não se para um curto-circuito (hoje eu entendo)
É preciso deixar fluir a corrente de pensamentos.
E, muitas vezes, é na CONVULSÃO DE IDEIAS QUE EU ENCONTRO A CURA.
O vício pela escrita me persegue constantemente,é como uma maldição para os apaixonados ou seres em busca de si mesmos.
Nos dias banais sinto vontade de viver e aproveitar cada momento,nos mais tristes escondo-me e escrevo para permanecer viva,é meu modo de sobrevivência.
Está vontade de escrever constantemente é como uma sombra negra devorando-me em busca de algo e enfurecida por não encontrar.
Quanto mais sua raiva cresce,mais eu escrevo,quanto mais ela me devora,mais me afogo em meus pensamentos e palavras.
Ultimamente estou melancólica,minha carne apodrecerá,minhas coisas serão jogadas fora,as pessoas que amei me esquecerão e conhecerão pessoas novas,e no final tudo que fui,foi um nada,mais meu mais desejo é ter sido tudo para você.
Você pronunciava meu nome de forma tenebrosa e excitante,lembro-me de como teus olhos me devoravam,era como tomar minha alma para junto a tua .
Há meu frio,doce e intenso amor,salve-me de te,segure-me e acompanhe-me em uma valsa serena e singela.Tire de mim sorrisos,deixe-me atoa para ser tua,me dê a liberdade de te escolher e escolha ficar comigo.
Sepulte-se junto a mim
Passe a eternidade ao meu lado
ETERNAMENTE
Sobre o sonho escrevi teu nome um dia
Mas a ilusão a levou tal escrita na areia
Onde o mar apaga, insisto, mas todavia
A onda varre, antes que o destino a leia
E o fado repete. Tudo passa, tudo é vão
O que é mortal tem seu tempo. O final
E nós passaremos, e os sonhos ficarão
Afinal, o que importa é a ventura total
E, assim, me parece que só o vil perece
Não! O amor, o afeto, nem tudo some
O coração consome, a alma engrandece
Nos meus versos, eterno é o seu nome!
E, na poética, o viver, felicidade incontida
Pois, viverá o amor enquanto haver vida!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07 de maio, 2021, 15’42” – Araguari, MG
Eternamente
Sobre o sonho escrevi teu nome um dia
Mas a ilusão a levou tal escrita na areia
Onde o mar apaga, insisto, mas todavia
A emoção vela pra que a saudade a leia
Ó fado breve, tão fugaz, desdita aflição
O que é mortal tem seu tempo. O final
E nós passaremos, e os enredos ficarão
Afinal, o que ampara é o vínculo imortal
E, assim, me parece que só o vil perece
Não! O amor, o afeto, nem tudo some
Coração consome e a alma engrandece
Nos meus versos, jacente é o seu nome
Então, nos teus abraços, eternamente
Recordação duma felicidade incontida
Tão grande, querida, vontade se sente
Pois, lembrar-te-ei mesmo após a vida!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19 dezembro, 2022, 05’42” – Araguari, MG
FIEL
Frenético, o verso cheio de agonia
Sobre a mágoa na escrita reclinada
Emoção e carência no peito velada
Poetadas em uma poética sombria
É sofrência versada, sensação fria
Duma saudade na prosa colocada
Sussurra o poema, na dor cevada
Impregnados na alma e na poesia
Era mais bela, outrora, só amando
Versos alegres e a poesia sorrindo
Formas plenas, agora, até quando?
Não te rias de mim, ó poema cruel
Afeto ao coração que vais pisando
Pois, insistindo, ao amor, serei fiel!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02 junho, 2023, 20’00” – Araguari, MG
Viverei...
O pássaro vive o sonho da poesia escrita
Voando nas profundezas dos oceanos
Cantando suas canções da inspiração
Em busca da transformação.
A grandeza em formação, raios solar brilham na direção. Talvez ou talvez?Talvez viverei o presente, Talvez viverei o passado, Talvez viverei o futuro Ou viverei eles continuamente?
Uma paixão
Uma expressão
Talvez uma escrita
Um hobby bobo
Uma evolução
Pensamentos viajam
Expressar pode não ser tão fácil,
mas é bom sentir.
Passam tantas emoções
Que não são fáceis descrevê-las,
Mas elas precisam serem expressas
De um jeito louco
Quem sabe poético
Jeito simples de viver
Adoro a harmonia do meu momento
O aconchego
Uma paz que transborda
Sabe aquela sensação
Que balança o coração,
mas que te faz sentir o
seu momento.
Vamos curtir
Poesia pra você.
Haja pensamento.
Poesia de Islene Souza
Tenho vícios de linguagem...
As trago na escrita talvez pela falta do som, da aspereza na voz, de severidades no olhar.
Na falta de aspectos sisudos, prudentes, dou gritos entre reticências.
E nas minhas figuras de linguagens, metáforas, paralelismos, anáforas, enfim, encontro nomes sem pronomes, sujeitos sem predicados, damas sem honras, homens de papel....
TERAPIA DE A a Z:
Na escrita.
Só assim poderei reunir
Minhas ideias sem tua pífia
Contestação.
Organizar meus sonhos e pensamentos
Sem que possas por mim sonhar.
E quando não estou,
A leitura me faz encontrar
Meus atores, meus anjos e demônios.
Excluindo-me desse mundinho
Surreal.
Reportando-me ao universo
Que me faz haver.
E ai! Só aí... posso expressar
Minhas desilusões, meus tiques,
Minhas paranoias.
Sem que me venhas facultar
Sentimento lenitivo.
E desperto do sono no alvéolo
Que me vela o sono.
ESCRITA. A ODE DA VIDA:
A bela arte de escrever.
Recorrente à beleza da solidão,
Vertente de sutil inspiração.
Manifesto de amores e atores,
Quiméricos personagens,
Precursores da paixão.
Quiçá, antagonistas da razão.
Escrever, seja talvez migrar
Ao infindo... Universo prosaico,
Que emana
Da alma do infinito crer,
Que respira a ode.
Que inspira o ser.
Vê-se à escrita, poética ou prosaica
O plasma!
O nume!
Assim diria o bardo
Em seu brado poético.
Não há alfa e nem ômega!
Quando se abre os olhos,
E respira-se a atmosfera,
Dar-se início a vida!
Ao fecha-los sem atmosfera,
Nada se consuma, a vida enfim,
Inicia-se.
Assim, à realidade da escrita,
Nem princípio, nem fim.
CRÔNICA, PAIXÃO PELA ESCRITA.
Escrever é um exercício de amor ou quase santidade. E, como os apaixonados nossas criações faz despertar o egocentrismo intrínseco ao ser.
Todos os textos que escrevo, sempre imagino que as pessoas assim como eu, também vão gostar e admirar. E no intuito de mensurar essa ideia, eu quase sempre peço a opinião dos meus próximos que na maioria das vezes, minimiza com a deprimente frase.
- Eh! Mais ou menos. [Com uma discreta torcida no nariz]. Claro, ninguém é obrigado a gosta do que eu gosto ou faço.
Mas não é de se negar que diante de tamanha afirmativa, não role certo desanimo. ai a gente coloca aquele textinho de molho em um “balde de água fria” Mas como toda mãe e todo pai nunca vai aceitar que seu filho seja feio ou imprestável. Logo o abraçamos oferecendo-lhe o calor do sentimento.
- E ai, fazemos novas leituras, colocamos a quarar no anil.
- E outras e outras leituras, para podermos expô-lo Como diria Graciliano Ramos.
- E só após, postamos para o veredito social.
- Transbordando-nos de curiosidade para saber qual vai ser a aceitação daquela obra.
- Nos tornando uma capsula de ansiedade e esperança.
E ante uma diversidade de opiniões, eis que surge uma alma que se reconhece ali naquele texto, e se declara admirador do autor, mesmo sem nunca tê-lo visto. Talvez fosse um gesto saudosista ou um instante de ínfima lucidez.
- Mas no cotidiano do autor é inexoravelmente o êxtase.
- O condimento para seguir sua caminhada com esmero e carinho.
E então se conclui que o ato da escrita é quase um sentimento de santidade. É como fazer Hamlet lá 1956, com câmeras pesadíssimas sem VT, sem cores, sem nada. Só paixão e raça.
E somente por amor verdadeiro nos propomos a escrever em uma nação em que não se prima pela leitura crítica e pensante.
O ENCANTAMENTO E A ESCRITA
A escrita me encanta mais do que a fala. Ela perpetua as pessoas através dos pensamentos, ideias e convicções.
Enquanto as palavras quando expelidas oralmente, também podem ser inesquecíveis através de duas vias:
O romantismo e o realismo; O segundo muito mais intenso que o primeiro!
230922
Caminhos da escrita
Conheço milimetricamente o itinerário da esccrita na qual faço as minhas viagens. Percorro todo o vale da subjetividade até atingir o pico da objetividade. Nesse habitat é onde me sinto bem, as palavras germinam naturalmente sem o esforço demasiado da mente.
190123