Poemas Sentir

Cerca de 18981 poemas Sentir

Para que deixar passar
o tempo sem sentir?
pois que na vida nada fica.
e a sensação de existir,
É a percepção dos momentos
dentro do coração.
olhar, ouvir e gostar
no gosto de cada instante,
na consciência interior.
Não há lutas para se travar,
não há queixas a se fazer.
apenas o deixar ser,
acompanhando o interminável
drama da vida.

lembra o tempo
que você sentia
e sentir
era a forma mais sábia
de saber
e você nem sabia

Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... Ou toca, ou não toca.
(trecho de entrevista dada em 1977)

Liberdade é pouco, o que eu desejo ainda não tem nome.
(Perto do coração selvagem)

Sou implícita. E quando vou me explicitar perco a úmida intimidade.
(Água viva)

Lembrar-se com saudade é como se despedir de novo.
(Água viva)

A única verdade é que vivo. Sinceramente, eu vivo. Quem sou? Bem, isso já é demais.
(Perto do coração selvagem)

Queria saber: depois que se é feliz o que acontece? O que vem depois?
(Perto do coração selvagem)

Minha essência é inconsciente de si própria e é por isso que cegamente me obedeço.
(Água viva)

Agora é um instante. Você sente? Eu sinto.
(Água viva)

Saudade é um dos sentimentos mais urgentes que existem.
(Crônicas para jovens: de amor e amizade)

Escuta: eu te deixo ser, deixa-me ser então.
(Água viva)

Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam.
(A hora da estrela)

Ame-me

Guie-me entre teus intrigantes relevos
Faça-me sentir teus pontos de impacto
Escravize-me; faça meu corpo teu desejo
Espete-me, cheire e chame de cravo

Leve-me aos maus caminhos
Deite-me e seja má
Castigue-me! Mas com carinhos
Ame-me e só farei te amar.

Ela é intensa e tem mania de sentir por completo, de amar por completo e de ser por completo. Dentro dela tem um coração bobo, que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez.

E quantas vezes a opção “não quero sentir nada”, foi a melhor solução para os seus problemas?

Eu quero não sentir. Quero ver a vida em volta, sem sentir nada. Quero ter uma emoção paralítica. Só rir de leve e superficialmente. Do que tiver muita graça. E talvez escorrer uma lágrima para o que for insuportável. Mas tudo meio que por osmose. Nada pessoal. Algo tipo fantoche, alguém que enfie a mão por dentro de mim, vez ou outra, e me cause um movimento qualquer. Quero não sentir mais porra nenhuma.

O negócio é só sentir, meu irmão, só sentir. Pensar já era. Pensar acabou, não se usa mais.

Não importa quantas vezes eu diga que estou morrendo de raiva de você, eu sei que vou sentir sua falta amanhã de novo.

Quando você menos espera, quem não te fazia sentir nada começa a te fazer sentir algo um tanto quanto estranho e especial.

Odeio pensar demais. Querer demais. Me importar demais. Sentir demais. E não ter nada "demais" de volta pra mim.

Fiquei feliz em poder sentir tua falta, - a falta mostra o quão necessitamos de algo/alguém. É assim o nosso ciclo. Eu te preciso. Perto, longe, tanto faz. Preciso saber que tu está bem (...) Ah, e eu estou te esperando, com meu vestido longo, óculos escuros grandes e meu coração pulsando forte, e te abraçar até sentir o mundo girar apenas para nós. É, eu gosto muito de ti.

Mas sei de uma coisa: meu caminho não sou eu, é outro, é os outros. Quando eu puder sentir plenamente o outro estarei salva e pensarei: eis o meu porto de chegada.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Em busca do outro.

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Que é que destrói mais rapidamente do que trabalhar, pensar, sentir, sem uma necessidade interior, sem uma escolha profundamente pessoal, sem prazer?

Se você não gostar do meio em que está, se estiver infeliz, se sentir só, se achar que as coisas não estão acontecendo, mude de ambiente. Pinte um novo pano de fundo. Rodei-se de novos atores.

Me concedo o direito de não me sentir responsável por aquele que cativo.
Me sinto grata, mas responsável é demais.

Você me transformou no eufemismo de mim mesma, me fez sentir a menina com uma flor daquele poema, suavizou meu soco, amoleceu minha marcha e transformou minha dureza em dança.

Eu nunca entendi o sentindo de deixar uma garota apaixonada quando ele sabia que não iria sentir o mesmo por ela.

Quero pegar, sentir, tocar, ser. E tudo isso já faz parte de um todo, de um mistério. Sou uma só. (...) Sou um ser. E deixo que você seja. Isso lhe assusta? Creio que sim. Mas vale a pena.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Máquina escrevendo.

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altam palavras, descrições, canções. Falta tanta coisa para sentir o que um dia sentimos. Falta coragem de assumir, coragem de esquecer, coragem de fazer diferente mesmo quando o que se sente continua igual. E hoje, ao pensar no que escrever eu só consigo me lembrar de uma frase: “Te amo tanto, tanto, tanto que te deixo em paz.” E sei que você vai ler, e vai me dizer que leu e vai me perguntar se era pra você. E mais uma vez vai me dizer que não quer me machucar. E eu vou entender. Não vou cobrar nada porque já fomos longe demais. E no fundo eu só quero que você guarde um pouco mais. E que daqui a muitos e muitos anos nossa memória consiga se lembrar dos nossos jeitos, sorrisos e momentos. Que o tempo nos permita alguns reencontros sem culpas porque é bom sentir sempre mais uma vez. Porque mesmo a gente voltando para outros abraços só o nosso valerá a pena. —