Poemas que falam do Silêncio
A essência da poesia
Está nas rochas
No som que o mar revolto produz
No silêncio falante da natureza
Naquilo que só o coração sensível o suficiente consegue perceber.
" No silêncio da noite'
Todas as noites eu regava minha depressão com minhas lágrimas, e essa depressão crescia cada vez mais.
Eu sempre ouvia os anjos cantando ..
E no silêncio da noite eu dormia .. sonhando..
Suspirando baixinho o nome do meu amado ..esperando ansiosa pelo dia..que teria ele comigo ... mas num dia triste chuvoso .. frio .. ele foi embora pra sempre .. nunca mais ouvi sua voz ...vi seu sorriso.. nunca mais pude olhar ele de longe caminhando pela calçada...ele partiu pra sempre ..levou um pedaço de mim e do meu coração.. eu nunca mais fui a mesma ... vivo triste .. chorando baixinho .. coração virou um gelo ..um iceberg ..o grande amor da minha vida dormiu pra sempre .. e nem um beijo meu conseguiria desperta -lo..confesso que eu morri também depois desse dia .. morri por dentro ..
O silêncio noturno,
tão profundo como o oceano,
reflete o oculto interior de todo ser,
no sono ao adormecer.
(Edileine Priscila Hypoliti)
(Página: Edí escritora)
Enigma
Um olhar sincero
Cheio de mistério
Um silêncio
Cheio de segredos
Uma pista
Um passo que dou
Cada vez fico mais perto
Conseguirei desvendar seu mistério?
É tão frio e quente
Por que se prende ?
É tão profundo
Por que não se permite?
Coração fechado
Com medo daquilo que é incerto
Com o calor da paixão
Irei desvendar seu coração
Gostos e paladares.
Gosto do meu silêncio,
Gosto do meu mundinho,
Gosto de falar comigo,
Gosto de falar com Deus,
Gosto do retrato vazio na parede,
Nele eu posso colocar o que vier na teia,
Gosto da vida,
Gosto de está sobrevoando longe onde nada vejo,
Gosto de me encontrar,
Gosto de rir e chorar,
Gosto do gosto gostoso do mel,
Gosto do gosto saboroso do tempero caseiro,
Gosto daquilo que me afaga,
Gosto até daqueles que me atacam,
Gosto do gelado sabor do sorvete,
Gosto dos mistérios,
Gosto da engenharia improvisada,
Gosto da reciclagem que preserva a natureza,
Gosto da ciência absurda que nos leva a ter mais praticidade,
Gosto de fatos novos e inacabados,
Gosto de aprender para depois ensinar,
Gosto da chegada e da partida,
Gosto de tudo aquilo que é vivo e não fere,
A vida é um sopro,
Ecléticamente compondo eu ouço letras que me fazem gostar daquilo que eu não gostava,
Assim é a vida,
Assim é a cadeia dos gostos e paladares....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
O oculto
No silêncio encontro respostas indefinidas, confundidas pela mente quando existe um conflito entre a razão e a emoção.
Lados opostos que verbalizam pensamentos e resultados diferentes.
O consciente não admite a submissão ao inconsciente. E o que existe lá, apenas ele é capaz de sentir e entender.
Ira da mente
Cospe na cara
Dispoe sua tara
Descaradamente
Finge que cala
Grita o silêncio
Geme demente
Descompassadamente
Ira e mente
Mente delira
Livra outra mente
Deliberadamente
Mente a ira
Confessa ironia
Riso escancara
Monstruosamente
Ira semente
Vira somente
Vida doente
Desalmadamente
Mente a rosa
Despe a prosa
Soterra o que sente
Eternamente
Mente infinda
Finda a ira
Fim da mentira
Definitivamente
Sentimentos
A chuva cai mansinha
Ouço lá fora
O silêncio que faz-se
Desperta as lembranças
Como um filme
Tudo passa nos pensamentos
Tudo? Ouve tudo?
Sim, pois não é o tempo
Que marca os sentimentos.
Sim, é a intensidade
Que chegam sem tempo e
Estratégia para a defesa.
Invadem teu corpo
Como um flexa
Chegam ao coração.
Não satisfeitos
Dominam tua alma
Desprevenida se
entregue ao amor.
Sem força
Para lutar
Aceita a derrota
Com um prazer imenso
A paz nasce no peito ardente
E você volta para cas
O silêncio da noite descansa o realista, mas o sonhador desperta.
Imagens, lembranças, sensações fazem a festa.
Na escuridão tomam corpo, alma, emoções e envolvem.
Transformam àquela vida medíocre,
Numa cheia de afetos;
Da solidão um bailar de corpos,
Sempre em movimentos contínuos;
Do vazio, um habitar,
ocupando todo o espaço da alma.
Nascem vidas, almas gêmeas,
Que se completam.
Cria-se castelo de ventos,
Que se desfazem
à uma réstia de sol
que teima entrar
pela fresta da janela.
Uma nuvem de pó pelo espaço,
no tempo,
voam para a luz,
quando as janelas abrem-se,
e todos os fantasmas voltam
para suas casas.
E o mundo real aponta,
Com toda sua vicissitude.
Então, o sonhador descansa,
e o realista vive.
Sons do silêncio
Porta se abrem,
Breu
Explosão sem sons.
Dois corpos na troca total:
Emoções.
Momentos eternos,
Indiscretíveis.
Só o sentir.
Vão-se os mundos,
Unem-se as almas.
Tanta intensidade,
Que nenhuma fórmula matemática
Equaciona.
Químicas que reagem,
Equilibram-se:
Emoção e prazer.
No horizonte o mar ,
Segue seu curso.
Os pássaros voam,
O vento embala as folhas,
Tudo está tranquilo.
O momento se eterniza,
Sem palavras,
Só paixão.
Não me perturbes com a sua falta de silêncio
Não tire atenção de quem se envolveu pela paz
Ser incomodado pela sua falta de senso...
É como conseguir paz com o silêncio da guerra, rapaz!
"Um sorriso molda o rosto e não a alma.
Um soluço no silêncio me devora.
Quando um grito chega perto mas retorna.
É sorrindo que eu escondo o que não chora." (10/04/21)
Cala-te... Teu silêncio é teu refúgio, teu abrigo e uma única esperança.
Não busque inquietações a mais do que já te assombram, não fale, apenas fique em seu silêncio e solidão.
A solidão é um momento de reflexão e auto conhecimento sem igual, aproveite. Ao se sentir só, veja o que há dentro de você, a luz ou escuridão, mas tenho certeza, que nunca estará completamente vazio.
O vazio é estéril... Logo nada se têm e nem se produz. Portanto, a solidão é sua porta mágica, onde você pode fugir de tudo e todos, até de se mesmo, para assim, analisar os fatos de fora pra dentro, até conseguir se reencontrar e salvasse de se mesmo.
A dores bateram sempre em sua porta, mas a escolha é unicamente sua de deixa ela entrar.
A viagem da vida
Ela tramita.
Cala e também grita.
Tarde serena.
Maré violenta.
O silêncio estrondoso.
A mente que agita.
Trafega incessante.
De norte a sul.
Conduz o pensamento.
Ora equilibrado.
Ora turbulento.
O delírio como forma de vida.
Pois a realidade.
O conceito de sanidade.
É uma esperança atrevida.
Claro.
Precisa se alimentar um contexto vivo.
Que a morte não seja o forte.
A trilogia consciente.
É entender.
Que realmente é dado um universo.
Entender as vezes é perverso.
Se faz necessário então.
Andar, continuar mesmo na escuridão.
Se nesse infinito labirinto surgir a luz.
Entenderemos então.
Valeu a pena.
Ou não.
Vaidade como diz Salomão.
Ora, eu na quietude.
Cansado e exausto.
Vivendo cada fato.
Preciso manifestar.
Se a alma permite.
Esperança, fé e confiança.
Eu sou e quero ser desse time.
Não corri atrás do vento.
Talvez fui ou sou incapaz de viver esse intento.
De pé, rápido ou lento.
Continuo.
Alimentando.
Dar vida e sensatez.
Coerência ao pensamento.
A vida ampla, a criação, a subjetividade.
O desafio de estar, ser, que nada seja vão.
Nessa nossa condição.
De pertencer a esse firmamento.
Não pedi, mas nasci.
Se estamos, eu você, aqui.
Vamos resistir na viagem da vida, infinita simples assim.
Giovane Silva Santos
Sinônimos de um silêncio
De asas abertas,
Na chuva fina lá fui eu,
Encorporado por uma águia,
Voei,
No ar!
Fiz café e não parei,
Parece que a cafeína me deu energia,
Ou tirou meu sono,
Na noite escura e estrelada,
Continuei,
Momentos de desatinos,
Com a lua conversei,
De alma despida,
Sinônimos de um silêncio,
Minha vida analisei,
Para salvar ainda o que me restou,
Fechei os olhos e me pus á sonhar,
Uma conversa franca comigo mesmo eu precisava realizar,
Com assunto altamente inteligente,
Dei início a essa prosa,
De olhos nos meus olhos,
Promovi essa poesia,
E mais um poema se registra,
Da infância perdida,
E sobretudo que já vivi,
Não posso de nada reclamar....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Samba / Canção
Paz nas Copas
Há uma paz que mora no silêncio das copas
Sempre altas a dançar
Acima do sofrimento
Embaladas pelo vento
Acima do bem e mal
Não se pode ter paz
Onde há um coração
Batendo acelerado
Em um peito encurralado
Sob ordem da emoção
Há uma paz que mora no silêncio das copas
Sempre altas a dançar
Acima do pensamento
Embaladas no sereno
Com orvalho a gotejar
Não se pode ter paz
Onde há um coração
Batendo sempre inflamado
Em um peito limitado
Feito de carne e ilusão
Se eu fosse como as copas
Eu dançaria em paz
Balançando com o vento
Sob a chuva e o sereno
Eu nunca almejaria mais
Mas não posso ter paz
Quando tenho um coração
Batendo sempre acelerado
Em um peito encurralado
Sob ordem da emoção.