Poemas para Mariana
A lama
Mar de lama que trouxe a destruição e nos arrebatou a todos fortemente
A barragem que implodiu a paz e inaugurou um novo tempo
Reapresentando a dor e todos os antigos lamentos “já esquecidos”
Insidiosa indústria de extração mineral
Algures estrada caminho onde se equilibra o bem e o mal
N’algum sítio de minério onde operam maquinário bruto antes nunca visto
Assolando o solo fazendo-o tremer em explosões múltiplas e desgaste desmedido.
Brumadinho... Paraíso encravando logo ali, ladeado a Mario Campos.
Minas Gerais... Das inúmeras minas que lhe facultaram o nome e que agora lhe envergonham e causam a todos largo espanto.
Paraopeba, Rio Doce, São Francisco, Córrego do Feijão... Ambos agonizam.
Romperam com a nossa paciência, reinaugurando a nossa indignação
Óbitos múltiplos
Xisto pedra em verdes folhas, dólares
Indústria torpe em vil revide
Minas matam e matam por dinheiro
As vítimas nem se dão conta que a conta mais cara será paga por eles.
Assoreamento dos córregos, canais e cursos d’água
Depósito de sedimentos e esterilização da vida local
Memórias de uma vida inteira enterradas na lama
Morte no leito do rio transmitida ao vivo pela televisão
Perplexidade estampada no rosto incrédulo dos sujeitos perdidos
Dispersos em seus sentidos
e assolados pelo banzo coletivo que aflige a multidão.
Desce lama morre gente,mídia bota pano quente
fala que foi acidente ,o perigo era eminente
negligente, a tragédia anunciada
quanto vale cada vida,pra vale não vale nada
Eu te amo...
Amo a profundeza da escuridão do teu olhar que me leva ao teu íntimo onde me perco em te conhecer...
Amo a sua singela face que resplandece a beleza mais triunfante dentre todas as rainhas...
Amo tua voz que é incomparável e logo subestima o canto da sereia ....
Amor ao vento
Tento te encontrar
Tento me reencontrar
Pois quando eu te perdi
Me perdi primeiro
Vaguei nas noites mais escuras
Busquei salvação em coração gelado
Derreteu-se
Deu tudo certo
Esquentou-se
Esfriou-se
Não há mais paixão
Perdeu-se o amor
As chamas foram em vão
Tamanha emoção
Era meu furacão
Bagunçou todo meu ser
Me encheu de esperança
Apagou toda a chama
Me levou em sua bagunça
Grande furacão
Bagunçou meu coração
Reconstruiu sua película
Estraçalhou sem decência
Não nasci poeta.
Mas poeta posso ser
O que não posso é te ter de volta
E contas minhas poesias a você
Quem sabe um dia talvez
Eu não me entregue a alguém
Não é minha vontade
Não é meu querer
Assim como eu não queria
Deixar você
Sei que sou difícil
Nem um pouco fácil de lidar
Mas garanto que comigo
Boas risadas você vai dar
Toda ilusão de amor
Aconteceu
Eu queria deixar a parte boa
Aquela que vc se entrega
A que eu me abro
Sem armaduras
Desarmados
Não consigo
Me lembro de você
Querido diário
Me fecha como um cadeado
Rodeado de pedaços de gelo
Se amar é deixar ir
Por que dói tanto?
Não acredito nisso
Porque eu te amo
E eu não quero te deixar ir
Mas você é um furacão
Na minha vida apenas passou
Bagunçando tudo
No começo eu até gostava
Mas agora dói
Confio no meu amor
Sei que errei
Sei que mudei
Sei que demonstrei
Sei que fiz de tudo
Sei que me entreguei
Ah mas e quando a saudade apertar?
Tome um chá
Escute uma boa música
Assista um bom filme
Converse com amigos
Saia para dançar
Leia um livro
Brinque com seus animais
Faça como eu, escreva
Aprenda um instrumento novo
Aprenda dirigir
Corra
Ande de bicicleta
Aprenda a dirigir
Escale morros e montanhas
Nade no rio
Se houver praia curta uma
Pegue um sol
Leia piadas
Veja uma série
Toque piano
Invada uma festa de penetra
Dance na chuva
Olhe a lua
Tire fotos novas
Atualize suas redes
Compre coisas que sempre quis
Faça academia
Pratique exercícios físicos
Faça uma faculdade
Trabalhe muito
Visite um museu
Conheça a biologia
Seja um artista
Pinte quadros
Viva, e se lembre
Apenas você está com saudades
Há um tempo que tudo é calmo
que os pássaros cantam em sincronia perfeita
há um tempo que não haverá dor
terá sorrisos aleatórios
dia sem cansaço
onde a insônia não nos perturbará
Há milhares de sorrisos
onde os dias serão apenas raios de sol
haverá alegria
haverá paixão
Será um dia diferente de hoje
onde tudo é agitado
os pássaros gritam, não cantam
há muita dor
sorrisos não são frequentes
cansaço extremo
muita insônia e dias sem dormir
não há um sorriso no rosto
onde os dias são chuvosos
não há alegria
há ódio
Quero me despir de saudade
quero me afogar em seus lábios de mel
quero invadir seus sonhos
quero me pertencer a você
quero lhe dar prazer
nadar em rios e mares
andar segurando suas mãos
fixar meus olhos ao seus
enxergar sua alma através de seu olhar
Quero me invadir de liberdade
quero ser quem sempre quis
quero ao leu lado construir lindos momentos
casa
carro
uma família
uma vida
Quero me pertencer a você
queRIA me pertencer a você
Não há certeza em meu coração
não há mais esperança
não contém em nenhuma caixinha guardada dentro da sala do meu coração uma coisa chamada esperança.
O que é a esperança? r: Esperança é o substantivo feminino que indica o ato de esperar alguma coisa, pode ser também um sinônimo de confiança.
Há desejo em mim, mas não há vontade em você
Há um mundo fora da zona que criei, sei que é belo e que posso voltar a amar, mas não quero
se for para amar, que seja a mim, se for para esperar por algo, que seja para esperar pelo meu bem
que eu tenha calma, que eu tenha esperança em mim mesma
que eu coloque todas minhas fichas dentro do meu bolso e não jogue mais na mesa por ninguém
Culposo é ter negligência,
imprudência, imperícia,
quando se faz sem malícia.
Quem estupra tem ciência,
o ato é sem inocência.
Juiz, não vacile não,
se for julgar essa ação,
condene o crime doloso,
e coloque o criminoso
para mofar na prisão!
O mundo não
aprende com
os seus erros,
e mesmo
conhecendo
a história
do Holocausto
que começou
com discursos
de ódio persiste
neles sem receio.
Gerando todos os
dias um holocausto
novo um atrás
do outro e sem pudor,
ensinando a apatia
como nobre andor.
Podem permanecer
a conta de mais
de duas centenas
de desaparecidos,
muito reagem alheios,
as dezenas de mortos
não os comovem,
porque eles não
foram os atingidos.
Flexibilizando erros
e deixando barragens
à revelia assim vamos
nos matando todo dia
sempre mais um pouco,
e até mesmo com ironia.
Cantam que o Carnaval
está proibido enquanto
choro pelos meus filhos,
e escrevo poemas sobre
e entre os escombros.
O quê é tarde
demais é
de verdade,
mesmo que
você nele
não acredite,
e o peito
não se dobre;
a conta com
Mariana não
foi saldada,
mas também
não foi olvidada.
A conta não
é pequena
tal qual a
mediocridade
do evento que
a tragédia
provocou,
nós não
sabemos
a proporção
do desastre
humano:
só se tem
notícias que
somos 200
brasileiros que
desaparecemos,
e no esquecimento
nós caíremos.
É sem sentido
seguir desse
jeito para ocultar
o quê não é mais
segredo para
o mundo inteiro
há muito tempo:
que o Brasil
não preserva
a Natureza,
todo mundo sabe;
e sempre seguiu
atirando da janela
a sua riqueza
não se importando
que se acabe,
e nem prevendo
quanto mais gente
se mate ou se
no futuro desmate.
Não existe
cultura
de prevenção,
passaram
três anos
sem nenhum
tipo de indenização
ou reconstrução;
e assim Mariana
escorreu entre
os dedos
e o lucro
falou mais alto
do que tudo,
e em Brumadinho
eles repetiram
os mesmos erros
soterrando o povo
de rejeitos e fazendo
o Governo correr
sem parar para
tentar nos salvar.
Os estragos foram
feitos e já era
tempo dessa cultura
de desleixo mudar.
Porque quem mexe
com mineração
tem a obrigação
de fazer um plano
de contingência
para não mergulhar
a população na
lama por causa
da incompetência.
Versejar feito
de lama,
água, fogo
e luto,
tentando
entender
porque
nessa vida
ninguém
se previne.
Centenas
de almas
sacrificadas,
para lágrimas
ainda não
inventaram
barragens
de contenção.
Só sei que
dez estrelas
escapuliram
de várias
mãos;
dobraram
os sinos,
caiu a noite
e já não sei
mais o quê
escrever,
só sei que
o meu peito
não para de doer.
Mariana...
Mais uma vez tu me surpreende garota, e como sempre de maneiras sensacionais... Desde aquele momento que me vi dentro dos seus olhos, tive a certeza de que era com vc que encontraria a minha felicidade.. Se tornou minha amiga, aliás melhor amiga, confidente, dentro de um turbilhão de coisas me apaixonei, amei. E hoje digo com toda certeza que encontrei a mulher da minha vida, aquela qual sempre sonhei, que vejo todos os meus e agora nossos sonhos ganhando vida, se tornando reais.. Como sempre digo, estamos no passo 1 de 3 da primeira etapa, minha namorada, ansioso pra chegar aos outros 2 e aí nesse tempo buscamos mais e mais coisas pra conquistarmos juntos... Muito obrigado menina, por me fazer tão feliz.. Te amo vida minha, com toda sua chatice rs!! Bjusss
Que as pessoas mostrem solidariedade por Paris sem esquecer da tragédia que aconteceu em Mariana - Minas Gerais - Brasil.
Eu queria consolar a Mariana , eu queria consolar a Victoria, eu queria consolar todas as garotas que tiveram o coração partido por ele depois de mim. Eu queria consolar todas as garotas que ele ainda vai partir o coração com seu amor de papel e falsas declarações de amor. Eu queria abraçá-las e dizer que o mundo não terminaria ali, que o mundo é muito grande , e que há tantos outros amores por aí... Queria dizer que às vezes temos que suportar a tempestade para vermos o arco íris.
Mariana, passe por Paris e veja o que lá diz. Sinta os seus amores mas não esconda os horrores que deixaram em ti. Veja as flores, chore as dores, pra tentar formar com suas lágrimas um Rio Doce que por aqui perdi. Vá Mariana, va para cama, porque amanha iremos pescar na lama o que sobrou dos sonhos de Paris.
Mariana das bonecas.
Mariana era uma menina bem pequenininha do tamanho das bonecas que brincava, mas com um coração gigante que se fosse medir por tamanho de abraço, seria um abraço tão grande que caberia todas as bonecas do mundo. A Mariana amava qualquer boneca, as branquinhas, marronzinhas, gordas, magricelas, grandes e as bem baixinhas. As que tinham cabelos compridos, as de cabelo curto e até as sem cabelos. Adorava as roupinhas de bonecas, algumas até cabiam nela. Ela dava nomes de acordo com a cara de cada uma, tinha as Marias, as Berenices, As Fátimas, as Betes e até uma com uma cara engraçada que ela colocou o nome de uma amiga dela que não vou contar. A Mari cantava para elas músicas de verdade e cozinhava comidas de faz de conta. Ela as ensinava a dançar enquanto aprendia a viver. Assim era a Mari das bonecas, uma menina bem pequenina no tamanho e enorme nos seus sonhos.