Poemas Ótimos para serem Recitados
Vaca atolada
Quem viveu a sua vida
caipira ou tem a herança
que dela se orgulha,
Sabe muito bem o quê é
tomar uma Vaca atolada
seja no frio ou até quando
é madrugada no lugar do café.
Quando você tentar
me tirar da cabeça
o coração não vai deixar,
Quando você tentar
me tirar do coração
a cabeça não vai deixar,
Por mais que tente
nunca vai conseguir
O teu coração só
conhece o endereço
do meu tal qual
o Sol ansioso de ver
a Lua se revelar.
Poesias diurnas para Rodeio
A minha cidade é linda
seja de noite ou de dia,
Por isso também dedico
poesias diurnas para Rodeio,
Porque a cada instante
deste meu poético destino,
um novo verso sempre me inspira
e no primeiro raio de Sol
sempre acabo escrevendo
porque amor viver aqui em Rodeio.
Poesia da neblina para Rodeio
A poesia da neblina para Rodeio
aqui no Médio Vale do Itajaí
brinda o amanhecer com aconchego,
enquanto você não vem fazer
o mesmo por mim nos teus braços
e eu por você com os meus mimos.
No vigésimo sétimo dia do ano em Rodeio
No vigésimo sétimo dia do ano
em Rodeio quero que você preste
atenção nos cantos do nosso
belo Vale do Itajaí e agradeça
a Deus por viver em quaisquer
das nossas cidades daqui,
Porque estar cercados por
tanta beleza que nos acolhe
é um privilégio que devemos
ser gratos de maneira inabalável
e buscar sempre ter entre
nós um convívio diário afável.
Mais marcante a cada
instante como presença
inabalável no seu coração
porque há em nós afinação.
Amor, paixão e sedução
de todas noites em viração,
perenal estrela das estrelas
no universo dos teus afetos.
Incenso perpétuo e desejo
crescente sem regresso
do escolhido destino certo.
Das horas a cara cavalgação
que fortalece tudo ao redor
e confirmação sem hesitação.
Despertar em Rodeio
Despertar com a mansidão
tranquilidade da neblina
e a garoa caindo sobre a folha
da roseira e se espalhando
pela nossa cidade de Rodeio,
Não permitir que nenhuma
guerra do mundo permaneça
por mundo tempo no peito,
Escrever poemas no ar
para quem sabe o entusiasmo
de alguém que pense capturar
o mesmo sentimento cultivar.
Soldanelas d'água
Durante a madrugada
Soldanelas d'água
desabrochando como
uma constelação
no lago e se reconhecendo
com as estrelas do firmamento,
E eu que não consigo
tirar você do meu pensamento
e do meu romântico peito,
Você não vai demorar,
apenas virá no seu tempo.
Bolo de Jabuticaba
Colher jabuticabas
para fazer um bolo,
Enquanto se prepara
recordar o cancioneiro
pampeiro que embala
o coração faceiro,
Você sabe que não
há nada que me faça
deixar de te querer
o tempo inteiro.
Domingo em Rodeio
Domingo em Rodeio
é dia de ouvir o canto
do Canário-da-telha
misturado com
a música da Igreja,
E aproveitar o silêncio
do Médio Vale do Itajaí
para descansar ou passear
para refazer as energias por aqui.
Poeta sem vergonha
Disseram-me que eu deveria
ter vergonha de escrever poesia
porque a minha escrita é comum,
Graças ao meu bom Deus
que muitos dizem me entender, diferentemente da tal
pessoa que disse não gostar
e desconfio que ela não sabe ler.
Ler não é o ato isolado de ler,
existe gente que só de escutar
ou até simplesmente tatear
sabe com maestria entender,
Na vida só se pode dizer
que sabe ler só se você
de fato consegue entender.
A tal infeliz ainda ratifica que
eu deveria ter vergonha do que
escrevo e de ser chamada de poeta,
Vergonha mesmo eu não tenho,
porque ser poeta sem vergonha
é só para quem nasceu com talento.
Você pode escrever
poesia com quantas
palavras e todos os espaços
que você se permitir,
Deixe a criatividade
fluir que a sua inspiração
mostrará qual rota seguir.
O Véu de Lete
Antes do alvorecer, fui tudo.
Rei e réptil, mãe e mártir,
ferro e flor.
Fui punhal e promessa,
fui incêndio e oração.
Mas ao nascer, bebi do rio.
E esqueci.
O nome da lâmina que me cortou.
O rosto da alma que me amou.
Os juramentos murmurados entre dentes
na última noite de outra vida.
Tudo se perdeu.
Como areia entre os dedos do tempo.
E no silêncio do não saber,
floresceu o saber maior.
Não o saber das lembranças,
mas o saber do instinto,
da escolha que pulsa sem porquê,
do medo que avisa, da paixão que chama,
do erro que retorna como mestre.
Esquecer foi meu pacto.
Minha chance de ser novo
sem me ferir do antigo.
Pois se eu lembrasse…
ah, se eu lembrasse!
Perdoar seria impossível.
E amar, um risco repetido.
Cada gesto se tornaria prisão.
Cada encontro, um julgamento.
Mas neste esquecimento sagrado,
a alma dança.
Livre de correntes de glória ou culpa,
ela ousa errar de novo.
E ao errar, aprende —
não com a mente, mas com a essência.
No final, quando o corpo dormir
e o véu se erguer,
voltarei à margem do rio.
E saberei.
Mas por ora, bendito seja o esquecimento.
Ele é o ventre onde renasço.
É o chão fértil do esquecimento
que guarda a semente da eterna sabedoria.
Você tem um jeito sério de dizer que me quer...
De me chamar de sua mulher, que me fascina, me faz saber da menina, que sempre mora em mim ainda apesar dos anos.
...Então Amélia abriu-se pro mundo, sorriu-se de norte a Sul, descobriu que o mundo azul, tinha nuances igual o mar profundo, havia uma mundo desconhecido cor de rosa.