Poemas famosos de Silêncio
29/12/2018
Teu silêncio
Quando em silêncio te quedas,
imagino-te a dialogar com os próprios sentimentos:
tua espiritualidade e,
o que voga na própria imaginação.
O silêncio remete ao jardim interior, onde reina a paz e a beleza.
Procuras por respostas de situações aflitivas do momento.
Procuras também por segurança nos passos em momentos decisivos,
Quando o coração se agita pede atenção:
quer gritar, bater mais forte, abraçar e gratificar em tristeza ou alegria,
a euforia dá o tom do que lhe ocorre enfrentar.
É no silêncio da alma que os olhos se abrem para a porta do coração,
que fala o que os lábios não conseguem pronunciar.
O silêncio é bom quando harmoniza,
e na leveza da alma,
declina o que atormenta
e apascenta o que eleva.
O silêncio que emudece acorrenta e imobiliza o ser,
enquanto o silêncio que engrandece, exulta a alma e acaricia o coração.
Que o teu silêncio seja pleno em oração e paz!
Acredito que o mistério
e o silêncio,
moram na mesma casa
e descansam na mesma cama da cumplicidade.🤐&🤐
SÓ
Eu, que o destino pândego impeliu à vida
Moldando- me com forjas de imprecação
Este que de má sorte na criação, nascida
Apenas para ao peito dar dor ao coração...
De flagelo em flagelo tem a poesia ferida
Sem fidelidade no caminho, outra direção
Sangra, rasga, na tranquilidade retorcida
Dos acasos servidos, os sons da solidão
Silêncio nas madrugadas, noites de luto!
Dias embatucados, me vejo em desalinho
Alma acabrunhada, de triste e vago olhar;
E, no horizonte do cerrado árido e bruto
E, talvez há de estar, no sempre: sozinho!
Sem o amor, sem tu, a chorar, a suspirar...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
09/04/2019
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Silêncio
Sinto a tristeza
Nesse deserto
Às vezes bate uma falta
Quem sabe melancolia
Mas é preciso adaptar
As mudanças e conduzir o caminho
De um vasto silêncio e suas direções solitárias
Um terrível silêncio...
Ninguém me ligou...
Não... Eu não liguei para ninguém,
Buscar compensação no meu ostracismo...
Na lembrança de seus olhos me perdi em meu próprio tempo,
E as lembranças na ausência de seu corpo vem a memória o gosto do beijo, como quem sente o prazer absoluto, insanidade é sentir este seu perfume que mesmo na ausência deste seu gostoso corpo desperta um gigantesco ciúmes, o telefone não vibrou...
Este manchado com seu suor ou suas lágrimas junto com batom me despertou lembranças de momentos onde você estava embriagado de absoluto prazer...
Me perdi dentro do seu tempo, e agora me perco dentro de sua ausência, no telefone um terrível silêncio.
EXERCÍCIO DIÁRIO
Neste instante, te vejo
Descarto palavras
Escuto o silêncio
Um olhar basta
Não te julgo
Nem te degrado
Te aceito, imperfeito
Sem preconceito
Estou tentando
Nem sempre é fácil
Mas cada dia que passa
É o meu exercício diário
Se "acaso" fui fria
Exalando rebeldia
Desculpa o meu jeito
Também não sou perfeito
(20/04/2019)
É muito mais fácil arriscar o silêncio do que se responsabilizar por suas palavras .
Mas entenda...As palavras são claras,e quando ditas com sabedoria,aliviam.
O silêncio intriga...Faz a mente do outro criar suposições sem parar,enquanto um simples esclarecimento pode ajustar tudo.
O silêncio que te protege é o mesmo que agride alguém.
Dizem que "para um bom entendedor um vácuo basta",mas arrisco dizer que: Para um bom entendedor,um vácuo,é uma lista de porquês.
Cuidado ao matar a criança que existe dentre de alguém, pois poderá sentir falta dela um dia, assim...
Nunca te arrependas de um dia de tua vida.
Os bons dias te dão felicidade.
Os maus te dão experiência.
Ambos são essenciais para a vida.
A felicidade te faz doce.
Os problemas te mantêm forte.
As penas te mantêm humano.
As quedas te mantêm humilde.
O bom êxito te mantém brilhante.
Mas, só você mesmo lhe mantém
caminhando.
O silêncio e a solidão nos assustam porque a gente não tem uma ideia se sentem a nossa falta ou simplesmente estão nos esquecendo.
Aprendam sobre eles, pois nenhum de nós
escapará da hora de conhecê-los.
“Ah, se eu fosse
rio que passa
ora em silêncio,
ora cantando,
trazendo esperança...
Flor pequenina
que nasce
nas manhãs douradas
para enfeitar o dia de alguém...”
Escolha sempre o silêncio.
Não faça das redes sociais, muro de lamentações.
Dispense a plateia, problemas não precisam de palco.
“O silêncio é quebrado por suspiro, quando a tenho em meus braços...
Suspiros meus e teus, que se entranham e enlaçam assim como nossos corpos e dedos.
Mãos que percorrem teu corpo, como se amanhã não houvesse... e na verdade, não há.”
Certa vez
Certa vez não houve o toque.
Certa vez não houve o silêncio.
Certa vez não houve a lágrima.
Certa vez não houve o devir.
O que houve
A imensidão do não vivido.
A quimera desejada.
A beleza esperada.
A pureza do olhar.
Na vastidão do silêncio,
As memórias,
Os desejos,
O real.
Outrora,
Vividos, sentidos.
Remoídos,
Por vezes, mansidão.
Escuridão.
No fim,
A luz,
O túnel,
O trem,
EU.
Encontro-me,
Abraço-me,
Sinto-me,
Olho-me,
E percebo
O quão infinito sou.
O quão incrível fui.
O quão ainda posso ser.
Do quão, o quão ainda será.
Será?
Não. Quanto ao sim... Ah, eu espero!
Paciência, eu tenho. Espero florescer. Espero ser. Ser.
Eu juro que
Eu deixaria tudo se você ficasse
Meus sonhos, meu passado, minha religião
Depois de tudo, estás fugindo dos meus braços
Deixando o silêncio dessa solidão
Não sei mais o que eu faria
Desejos, loucuras, todas fantasias
Nada tenho a perder
Diz pra mim
O que mais você quer da minha vida?
Oh morte...
Oh morte que ronda as madrugadas,
busca em silêncio uma alma sofrida.
Não vês que em todos os planos,
não há salvação nem amor pela vida...
Oh morte que conhece o adeus
de páginas arrancadas de um diário,
comunga neste corpo insano,
envolvido nas contas de um perdido rosário...
Oh morte que ora fria e prisioneira,
ronda e espreita o infinito cansaço,
abraça e acolhe por fim, o desespero
de quem só conheceu o fracasso...
(13/03/06)
Em certas situações a melhor forma de se defender
é ignorar os fatos irreais, e lutar através do silêncio.
Nunca use as mesmas armas que a do seu adversário.
ruído interior
ouço sussurro,
mesmo acompanhado
e eles estando em silencio.
fico acorrentado,
mesmo em um lugar fechado
e não pisando sobre cimento.
sinto sozinho,
mesmo em um evento
e cercado de argumentos.
não quero mais sentir,
muito menos ficar aqui,
quero parar de ouvir.
´PERGUNTO-TE
Se falo que te amo,
dizes que eu minto,
Te querer eu posso?
-Não sei, te exibes muito.
Que faço então?
-Podes deixar de mentir
e de te exibires.
Fala direto com o meu
coração.
E depois?
-Ama-me no silêncio das noites,
no calor dos dias, entre os meus
braços fica, beija-me muito, assim
como fala que o fazes.
Faz então.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista. RJ
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Retorno
Gastei toda aquarela, recolhida. Silêncio de barcos acidentados, fruta madura espatifando-se na terra. Colhi no ventre da treva estas
palavras tocando-as devagar, com medo de que por trás de suas faces frescas me aguardasse uma emboscada. Sei pelo avesso suas formas
conturbadas, atormentam-me seus abismos híbridos. Vê-las pulsando salva-me da lábia estofada cotidiana, mas também me expõe à rude dimensão da liberdade e seu preço poucas vezes raso. Cintila a pedra noturna dos meus olhos nos seus olhos, sei que posso atravessá-los num sopro. Após tantas águas fugidias, o refluxo. As portas batem, como nos dias arejados.