Poemas e Poesias
Arroio Trinta
Pedra fundamental
por mãos caboclas,
É Riacho pequeno
beijo de amor infinito
no Vale do Rio do Peixe.
A imigração italiana
plantou lavouras
de ternura e fez
do destino uma cidade.
Arroio Trinta, adorada,
tu bem sabes que te amo
muito mais do que trinta vezes,
além das das horas, dias, horas
meses e por todas as auroras.
A minha oração nas grutas
e no mirante é por ti
e por toda a sua gente,
que ama, luta e segue em frente.
Atalanta
No Alto Vale do Itajaí
esplendoroso o meu
coração coloca o teu
povo amoroso aqui
bem dentro do meu.
O teu nome de hoje
foi pela vitória
na Copa da Itália,
A tua hospitalidade
é indelével marca.
Atalanta, jóia preciosa,
desta vida a tua
vitória será sempre,
A tua originalidade
é traço lindo e perene.
As tuas origens italiana,
alemã e polonesa,
construíram com fé
essa história brasileira
de tradições e beleza.
Com a Mata Atlântica
que fizeram e fazem
esta cidade romântica
que não se esquece
das araucárias
e dos teus indígenas.
Atalanta, jóia amorosa,
as preces nas igrejas
sempre te erguerão,
porque Deus sempre
ouve as preces da tua
gente boa de coração.
Atalanta Poética
Minha Atalanta poética,
na tua Serra do Pitoco
dou graças ao teu amor
bonito o tempo todo,
e no Rio Dona Luzia
nado lado a lado
com toda a poesia.
Minha Atalanta poética,
ali na Cascata Córrego
do Rio Caçador
dou graças por todo
o teu infinito amor,
e deslizo nas águas
do perfeito verso.
Minha Atalanta Poética,
ali na tua Cachoeira
Perau do Gropp
em plena correnteza
mergulho na sutileza,
e nela me encontro
escrevendo este poema.
Aurora
Onde o Rio Itajaí do Sul
como gaita pranteia,
o solo próspero ondeia
entre as montanhas
do Alto Vale do Itajaí
e lavouras de amor total
pelas mãos dos teus
imigrantes europeus
capazes de erguer
uma cidade inteira,
és um grande presente.
Linda Aurora divina,
não importa a distância
sempre vou cruzar
esta rodovia para
com você estar
e morar nesta alegria.
És sublime brasileira
que não abandona
jamais as origens
o gosto pelo artesanal
e és poema de amor
escrito pela Natureza.
O meu amor por
tua gente guerreira
todos os dias aumenta
e sempre dá todas
as razões da vida
para nunca desistir.
Linda Aurora divina,
tu és preciosa filha
de Santa Catarina
onde o meu coração
encontra gentil acolhida
e motivos para ficar aqui.
Balneário Camboriú
Estamos mais ligados
do que você imagina
pelo fio do teleférico
das nossas vidas
neste mundo que gira
muito mais rápido
do que roda gigante,
e do oceano tu és
o mais fino brilhante.
Balneário Camboriú,
as camboas do rio
e Cristo de braços
abertos falam muito
de tudo aquilo
que nos mantém aqui,
e foi por isso que
eu sempre te escolhi.
Os sambaquis são
sobrenaturais poemas
de cerâmica que
seguem sendo escritos
em Tupi-Guarani,
Carijó, Kaigang,
Xokleng e nas horas
de soledade e silêncio
além do nosso tempo.
Com toda a sua magia
pelas nossas ilhas,
capelas e tantas viagens
do tempo até os Açores
com desembarque
em Portugal e uma
volta na Alemanha,
és atlântica esperança.
Não tenho mistério
para ti e me levas
bem fácil pela mão
convidando a dançar
com as nossas origens
e provoca miragens
com encantadoras
cenas que existem
sedutoramente em ti.
És mistério e Folguedo
do Boi-de-Mamão,
no fundo acredito
que você quer
é se casar comigo,
e este é nosso destino;
cidade de amores
de sereias e pescadores.
És todas as Cantorias
de Terno-de-Reis,
uma das jóia mais lindas
que mantém o meu
coração capturado,
soberana da costa
sem titubear somos
súditos do teu reinado.
Balneário Gaivota
Por obra do destino
entre praias e lagoas,
nasceste irmanada
com a linda Sombrio,
e por ti sou encantada.
És onde meu coração
e a razão encontram
todos os motivos para
viver em celebração
neste poético torrão.
Balneário Gaivota,
és aquarela divina
pintada pelas mãos
do nosso Criador,
a tua Natureza
é puro esplendor.
Balneário Gaivota,
te amo dia após dia,
te amo mês após mês,
sigo trotando firme
com o meu alazão
e rezando por toda a Nação
na Cavalgada de Santos Reis.
Balneário Piçarras
Na Ponta do Itapocorói
está a tua pedra
fundamental carijó
e o teu ponto de partida,
és toda a minha vida.
O primeiro fado
sobre as ondas cantado
jamais esqueço;
as tuas praias guardam
o mais sutil segredo.
Da mão do pescador
no lance de amor
enredado se fez
a minha Armação
e dona deste coração.
És o lindo Balneário
com nome de Rio
que como um feitiço
nasceu para ser a razão
do meu melhor sorriso.
Meu namoro sublime
na árvore torta
em noite estrelada
e na alvorada iluminada:
És a minha Piçarras adorada.
Reescrever a História
dos teus erros com calúnias
que foram espalhadas
como plumas para justificar
o teu mal não vai adiantar.
Estar do lado certo não
é estar do lado forte,
É estar do lado da verdade
que a tua crueldade
não tem parado de atirar.
Dançando nos escombros
de Borodyanka ao som
da guitarra elétrica,
Levanto e baixo os meus
ombros aos homens da Terra
que insistem nesta guerra.
Muito antes do que você
mandou fazer em Bucha,
Entre os lábios eis o punhal
como resposta do destino
que nem o teu Exército
irá ter o êxito de capturar,
O meu nome é levante
poético que nem míssil
igual ao da destruição
em Kramatorsk irá me parar.
A rebelião vem erguendo
fortalezas e trincheiras
no coração das tropas,
e sobretudo no amável
coração do teu povo,
E as nove montanhas
têm me feito inabalável
em nome da revolta
que haverá de te tombar.
Balneário Rincão
Meu Balneário Rincão,
façam dias de frio ou calor,
tu és a razão deste amor
com todas idas e vindas.
A tua História forte,
indígena e desbravadora
está escrita nesta cidade
gentil, alegre e sedutora.
Meu Balneário Rincão,
encanto do litoral sul
que captura o coração
e dele é a plataforma.
Mesmo que a sua gente
amável não me veja,
Sou eu a poetisa do mar
que nas ondas verseja.
Meu Balneário Rincão,
encanto do litoral sul
que beija os olhos
com as lagoas e o céu azul.
Bandeirante
Doçura do Meio Oeste
que tem como símbolo
o Ipê que une o país inteiro,
És um rincão precioso
do meu Brasil Brasileiro.
O teu povo alemão e italiano
fez deste solo a Pátria infinita
lutando na lavoura e fixando
bandeiras onde buscou viver
unidos com os irmãos gaúchos.
Semeando Tradições
vai mostrando nas danças
que o teu sangue e o peito
seguem nos ritmos do tempo.
Bem próxima da Argentina,
filha dos tempos doces
e de conversa macia,
Eu amo a tua gente guerreira
e me orgulho de ser brasileira.
Barra Bonita
Pluma poética levada
pela gentil ventania
do Extremo Oeste
como asa delta decola
no Morro dos Ventos
sobrevoando nostálgica
a História das origens
que ergueram unidas
este destino catarinense.
Da tua herança italiana
e germânica que veio
do Rio Grande do Sul,
se ergueu orgulho
cidade e memória,
e este povo acolhedor
que não nega amor
a lida e gratidão ao Criador.
Da tua piscicultura
eu sou o teu peixe,
da tua agricultura
eu sou a colheita,
da tua pecuária
o poema do rebanho,
e de tudo isso sou
eu a força da tua gente.
No teu Rio das Antas
prevejo nas tuas águas
o futuro dos sonhos
feitos dos lindos olhos
predestinados a ser
a cada dia mais meus
em tons de todas
as sedutoras alvoradas.
Das tuas matas
eu sou o perfume
envolvente dos dias,
da tua passarada
eu sou o cantoria
dos desafiadores dias,
e sou o teu céu aberto
que traz noites alegres.
O teu Rio Barra Bonita
manhoso como viola
que encanta as moças,
carrega nas correntezas
a canção perene e gentil
que me faz querer
bem aos que te amam
estância bonita deste Brasil.
Barra Velha, eterna namorada
Barra Velha, eterna namorada
dos meus pensamentos,
entrego-te meus sentimentos,
te amo em chaves de silêncios
e com as minhas altas potências.
Sou eu a embarcação do tempo
dos bugres, dos açorianos
e de todos os sambaquianos,
e te amar profundamente
sempre esteve nos meus planos.
Barra Velha, eterna namorada
dos meus doces sentimentos,
eu sou onda no seu mar,
e assim tu sempre estás
a me levar nas tuas praias.
Barra Velha, eterna namorada
escrita no meu destino
e presente do Imperador
ao valente pescador,
deste-me para mim o teu amor.
Barra Velha, eterna namorada
dos giros que o mundo dá,
és glória infinita desde
a tua existência repartida
e guardas para a mim a poesia.
És essência e cura para mal
de amor desde a Praia do Grant:
a tua história é imensurável,
guardiã poderosa e inabalável
dos meus sonhos profundos.
Barra Velha, eterna namorada
dos meus ternos impulsos,
caminho do Peabirú aberto
e desde sempre você soube
e sabe ser meu destino certo.
Onde sempre deixo para trás
todos os meus tormentos
com a bênção da Festa
do Divino Espírito Santo
e todos os dias sempre te amo.
Barra Velha, eterna namorada,
com o sabor do teu pirão
na Praia do Costão o coração sobrevivente do Cruzeiro
dos Náufragos aqui se salvou.
Na tua costa da paixão
vivo amando demais o teu povo
valente que dá tudo de si sempre,
muito além das correntes
da vida e das correntezas do mar.
Barra Velha, eterna namorada,
com os teus dias amorosos de Sol
e noites sedutoras ao luar,
está escrito nas estrelas
que viveremos para nos amar.
Cada letra poética minha
tem sido Inconfidente,
onde ninguém aprendeu
a lição e se valoriza
o pior para a nossa Nação.
Ninguém aprendeu a lição,
todo o peso dos poderosos
sempre é colocado
no lombo da população
e nos tornamos sem reação.
Ninguém aprendeu a lição,
todo o peso da injustiça
sempre é a vida mais
humilde que aqui se sacrifica.
Ninguém aprendeu a lição,
conspira-se, julga-se,
prende-se e se faz justiça
com as próprias mãos
criando sempre novos Tiradentes.
Ninguém aprendeu a lição,
por ingenuidade, comodismo
ou até mesmo ambição:
não sei o quê será desta Nação.
Ninguém aprendeu a lição,
viramos Tiradentes perpétuos
por omissão de quem teria
o dever de fazer e outros
são Tiradentes até sem perceber.
Ninguém aprendeu a lição:
Tiradentes perdeu a vida
por não querer mais a colonização,
e foi feito patrono civico da Nação.
Ascurra Poética
Nascida de uma História
de glória para reverenciar
outra glória esta cidade
gentil sempre faz História.
Ascurra adorável vizinha,
de lindas vinhas e do arroz
saboroso que eu encho
com todo o gosto o prato.
Eu, poetisa desta Rodeio,
sem cruzar as fronteiras,
saúdo a Ascurra poética
e suas linhas pioneiras.
Ascurra poética e terna,
a tua gente simpática
sempre me ganha fácil,
e quem te visita se encanta.
Ascurra, minha adorada,
não precisa ser feriado
para dizer o quanto
por mim és inteira amada.
Eu, poetisa desta Rodeio,
te levo no peito por ser
quem és e o teu povo ordeiro,
és a catedral de escudos cristalinos.
Quando as Raízes do Tempo
me tiram para dançar
é quando sempre me lembro
que aqui é o meu lugar.
Belmonte, minha relíquia,
a Coluna Prestes aqui passou,
tens histórias para contar
e muito calor humano para dar.
Mãos de origem polonesa
ergueram esta cidade
aqui tem memória que
também é feita de saudade.
Belmonte, meu bonito lar,
és o meu orgulho de verdade,
Belmonte, minha linda cidade,
você sabe que te amo de verdade.
Dedicada a São Miguel
é esta a herança de Açores
que assumo que por ela
sempre morro da amores
sem negar cafuné, chamego
e café sem hora marcada.
Moderna e verde atlântica,
és um pedaço de mim,
por onde passam os teus
rios Inferninho e Maruim:
és o meu jardim urbano.
Biguaçu, minha amada,
temos muito o quê para
contar: não é num simples
poema que terei espaço
para falar como aconteceu
te amar tanto e de estalo.
Baguaçu em revoada
próximo ao Rio Biguaçu,
promessa de fazer morada
perto da tua gente amada:
vou viver contigo aqui.
Biguaçu, querida, nesta
correria da vida,
jamais me esqueço desta
tua gente querida
e de levar comigo o melhor de ti.
Bocaina do Sul
Tu sempre será o meu
Rio Bonito de ensinamentos,
do teu povo amigo orgulho
não nego que tenho, louvo
e poemas eu à todos dedico.
Nos Aparados de Piurras
reabro o livro da tua vida,
das origens carijó e jê,
Bocaina do Sul, ternuras
mil devoto todas à você.
Na Cachoeira Morro das Pacas
releio todas as páginas
de crescimento que te fizeram
na vida uma cidade erguer,
Bocaina do Sul és alegria de viver.
Nas cachoeiras e no Rio
na localidade de Campinas
agradeço a sua existência linda,
Bocaina do Sul, minha querida,
filha da Bela e Santa Catarina.
Na Pedra da Boca eu marquei
um encontro escondido com
você porque és tudo que amei,
amo e sempre na vida amarei:
Bocaina do Sul em ti me amarrei.
Nas tuas grutas e no teu memorial
de devoção rezo por mim,
por ti e por tudo que és,
Bocaina do Sul, minha amada,
não há ninguém que não se renda
aos teus pés diante de tanta beleza.
Verei teu sorriso doce
como caldo de cana,
Os ventos do Oeste
me levarão para este
coração que me ama.
Serei a tua prenda
amada rodopiando
no Passo dos Tropeiros,
Bom Jesus, meu querido,
adoro o teu povo amigo!
Irei em dia de feijoada
encontrar contigo
e com os nossos amigos,
Temos orgulho da História
feita da glória do campo
que ergueu a cidade que amo.
Bom Jesus, minha cidade fiel,
foste rota de muitos fiéis
que rezavam e sonhavam
o melhor para o Brasil,
Hoje continua a luta na vida
e faz festa ao Padroeiro gentil.
Herdeiros do Contestado
não negamos o passado,
Por isso somos unidos
num só coração apaixonado,
E sob a bênção mística
do Monge João Maria.
Bom Jesus da minha alegria,
por você sempre cruzarei
mares, céus e estradas
em busca desta cidade
generosa cheia de energia.
O cretone do destino
foi nos unindo fio a fio
nesta imensidão azul,
Vamos juntos celebrar
num distante paraíso
onde somente dois
cabem num mar imenso
e brilhante tal qual
a água-marinha lapidada
na jóia mais fina .
Vitor Meireles
Vitor Meireles é o teu nome,
mas quem te pintou com
atlânticas cores foi Deus,
Terra da minha gente linda
da Reserva Duque de Caxias,
e da minha gente imigrante
que veio fazer do Brasil
um país ainda mais gigante.
Vitor Meireles, preciosa,
teu nome era Forçação
onde os Rios Faxinal
e Palmitos se encontram
ali nasceu a nossa
História de amor e paixão,
tens em ti a reserva poética
que mais me fascina
as araucárias que sempre
fazem parte da minha vida.
Vitor Meireles é o meu amor,
com tudo o quê abriga
e a força desta gente que ergueu
uma cidade com alma bonita,
a cada verso e o baile
da Mata Atlântica poética
só aumenta a cada dia
a minha fascinação por esta terra.