Poemas e Poesias

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Madrugada de Inverno

- Ela apareceu em uma fria madrugada de inverno a mais linda e perfeita dama, jeito doce forma sublime, aparência estonteante, ele, logo se apaixonou, de tudo fez, se dedicou, se entregou, simplesmente se jogou, infelizmente um dia a conquistou, alguns meses se passaram, ele agora já não sorria, sofria calado, abandonado, entristecido, desesperado, mas um dia ela falou, já não da mais pro nosso amor, assim então, ele concordou, o amor passou.
- O amor passou, mas não morreu o que faria ele¿ oh meu deus, ainda triste em um bar, com suas dores a curar, as feridas abertas ainda doíam, mas a maior dor era lembrar, daquela maldita madrugada doce e fria de inverno.

BOA NOITE

Boa noite.
Antes de dormir,
lembre-se de mim sem sorrir...
Quero ver conseguir.

SENTIMENTOS ENFERMOS

Protagonistas de uma peça em extinção:
Amor, carinho, romantismo.
Estão morrendo simpesmente
pela falta de alimento, doação.
Pela falta de platéia, aplausos e emoção.
Sentimentos enfermos, morimbudos,
exaurindo por inanição.

Incoerência?
Tem gente que prefere a constância
Mais que a consistência.
Pra mim,
As coisas não valem pelas minúcias,
Mas, sim,
Pelas suas essências.

ESBOÇO

A mão se movendo,
Transforma o grafite
Em linhas impressas.

Observa o esboço;
Formas, proporções,
Conceitos estéticos.

A arte gravando
Um pouco da vida,
Num sujo papel.

Éramos apenas um
Não havia nenhum defeito
Até você me trair
Nosso amor era perfeito

Me pego imaginando
O que te fez fazer isso
Será que meu amor não bastava
Valeu a pena correr o risco?

Se fiz algo de errado
Por que não falou pra mim?
Eu poderia até te entender
Faria um esforço sim

Se te faltava alguma coisa
Você poderia ter dito
Que eu faria com que
Teu desejo fosse atendido

Hoje não existe mais nós
E sim eu e você
Pois suas metas são outras
E eu não posso conhecer

Tu aos poucos foi se distanciando
Tendo outros olhares
Tendo outros planos
Frequentando outros lugares

Fica com quem tu escolheu
Peço-te que não me procures mais
Que essa outra te faça feliz
Já que não fui capaz.

eu me perco nos braços de quem não sei
enquanto estou casado com a solitude

admirando a luz barroca
que ilumina o meu corpo
e o resto do nada

o espelho no canto da sala
reflete o meu rosto melancólico
e a saudade de quem me deixou
a mercê do isolamento

projeto você
na minha frente
várias e várias vezes

[na ausência da solidão
eu quase cometi um adultério
com a tua presença ilusória]

mas você se esvai
junto com a luz amarelada
que adentra meu peito.

[Do Bobo da Corte]

Real não é minha realeza,
Pois é artificial e só é por beleza
Por dentro só é tristeza
E Sua boca borbulha besteira
De real é sua impureza

Te amo porque te amo
Não tem explicação
Assim que meus olhos
viram os seus
Meu coração
explodiu de emoção

Tudo o que se refere
a você
É uma parte de mim
Que sente e pressente

Esse amor que é vida
Meu tudo
Meu maior presente

Não precisa de legenda
ou ilustração
Porque amor é latente

É irretocável
Não envelhece
Mesmo com o passar do tempo
Está sempre presente

quando estava só
nos meus vastos campos
de machucadas orquídeas
e silêncio
e à noite bebia em taças opacas
estrelas líquidas e passado
e o vento do deserto
me alcançava trazendo
o rumor dos mortos
você chegou
com vassoura de luz
varreu a casa e limpou os sinos

Se você fosse uma música, seria a minha preferida e eu passaria a vida inteira sintonizado na sua frequência tocando a minha melhor versão.

Se você fosse uma música, eu seria um compositor, e incluiria minhas notas musicais na perfeição dessa sua melodia infinita.

Se você fosse uma música, aumentaria o som ao máximo até sentir o seu sussurro de desejo nos meus ouvidos e a vibração dos seus lábios tocando os meus.

Se você fosse uma música, aprenderia todos os instrumentos musicais só para poder te tocar de todas as formas.

Se você fosse uma música, dançaria ao seu ritmo todas as minhas noites de solidão e sentiria a saudade do seu carinho cada vez que ouvisse a sua voz.

Se você fosse uma música, ao invés do Cupido disparar flechas fazendo todos se apaixonarem, ele cantaria.

Mais Uma Vez

Permita-me,
Chamar-te de Menina,
Deixe seus temores neste momento magico,
Escute os toques de meu, teu coração,
Batendo em descompassos,
Guiados pela emoção...

Esse desejo, desejo,
Colar teus lábios aos meus,
Nesta louca magia de sonho desperto,
Onde me torno menino,
Menina,
Não me digas nada,
Tão somente apenas me beije.

Jmal
2013-09-02

Tenho esse sentimento afoito por querer amar o próximo, seja ele tão pouco sensível, tão pouco amável e sem carisma...
Sou dessas moças, de pensamentos poéticos e que carrega palavras e abraços...
Não posso mudar ninguém, tampouco quero, mas, tenho essa mania incansável de acreditar nas promessas dos dias e das pessoas.
Acredito que, ainda fará poesia nos corações que se manifestam intocáveis!

A Nave (Walmir Palma) p/ Oscar Niemeyer


Eu vi o traço do arquiteto incontinente

Insustentável tal leveza e o gênio ousa

No coração da pátria enfim inconfidente

A liberdade sutilmente as asas pousa


Sonho conjunto que a memória perpetua

Planta- se o sempre nos elãs da geometria

Unem- se retas ao milênio que acentua

A esperança mais presente que tardia


Cumpre- se a curva equilibra- se a mandala

Na convergência consciente dos vetores

A nave voa na amplidão aterrissada

Sucumbe a farsa onde a razão fincou valores


A criação desnuda o pêndulo no plano

Fundem- se ali o artista e o esteta

Em desafio qual esfinge ao olho humano

Deus quando faz das suas mãos as do profeta

Meu pedaço gostoso de amor

No calor do beijo roubado,
da alegria de não vê-la tão santa.
Num sorriso, que vem depois do afago.
Do nosso amor que os males espanta.
Cada pedaço de nosso destino.
Escrevemos no caminho.
Quando nos vemos, retorna as saudades;
e a vontade de estarmos sozinhos.
Das verdades que fizemos,
da felicidade , de nos conhecer.
No prazer de se revelar no instante,
toda vez, que olho você.
Cada tempo , no seu tempo,
cada momento, no seu lugar.
Fruta madura tão bela.
Que um dia desceu nessa terra,
para esse poeta alegrar.

marcos fereS

Tempestade

E corrupia o seu ser
Por entre a brisa,
E feito as flores
Cristalinas, o sol
A brilhar, em sua face.
Diamantes a serem lapidados,
Palavras de poeta
A serem cortadas,
Até chegar a sua
Perfeição. O tempo
No olho dos filósofos,
E uma maré de
Solidão no espaço.

Valter Bitencourt Júnior
Eldorado: Coletânea de Poemas, Crônicas e Contos, 2014.

⁠Sorriso

Hoje acordei e olhei para a fresta da janela do meu quarto
E vir um feixe de luz lindo entrando
Corri para ver pensando ser o sol
Me enganei, era seu sorriso!

Fuga

Fugirei dos seus braços
Ao perceber que, diante do gatilho,
Estou completamente perdido por você,
Desculpa! Se estiver sendo baixo
Só não quero corromper
As montanhas,
Tenho medo da neblina.
Seja minha ninfa!
Mas quero um pouco
Curtir a vida…
Um dia a farei
Meu universo, minha rainha
Serei seu dia,
Por enquanto
Da paixão serei de você
Uma fuga.

Valter Bitencourt Júnior
Toque de Acalanto: Poesias, 2017.

Doce pecado

Nasce uma flor inusitada
Bela delirante
Curvosa…
Seu perfume é um cristal
Vindo das colinas,
Inspira o céu
Transmite-me tranquilidade…
O tempo passa,
Tudo muda,
Ludibrias os meus olhos,
Enlouquece-me,
E me perde
Nas profundezas
Da paixão.
Doce pecado
Que me pega por baixo
E me faz de surpresa,
Sufoca, laça, faz de mim fatias
Deixando-me em pedaços.

Valter Bitencourt Júnior
Toque de Acalanto: Poesias, 2017.

⁠plantou Amor e não colheu?

bah, é simples!

plantou em terra estéril!

deixa de ser trouxa e procura uma terra apta a receber suas sementes..