Poemas Desconhecidos
Nascemos sem nada, para lembrarmos sempre, que nada nessa Terra nos pertence... Morremos sozinhos, para lembrarmos que nem mesmo sendo gêmeos, somos parte de alguém. Nada e nem ninguém nos pertencem. Tudo isso é passageiro... um ensaio evolutivo para o desconhecido.
Sei como é ficar preso no tempo. Achando que é como viverá o resto da vida. Fugindo, sem saber se verá as pessoas que ama novamente. Estar num mundo desconhecido.
Reduzir uma coisa desconhecida a outra conhecida alivia, tranquiliza e satisfaz o espírito, proporcionando, além disso, um sentimento de poder.
Eu sempre tinha a sensação de não pertencer a lugar nenhum. Não pertencia sequer ao meu próprio corpo – especialmente ao meu próprio corpo. Eu estava me transformando em um desconhecido. A mudança doía, mas eu não sabia por quê. E minhas emoções não faziam sentido.
“A crença é uma negação da Verdade […] Crer em Deus não é encontrar a Deus. Nem o crente nem o incrédulo encontrarão a Deus; porque a realidade é o desconhecido, e vossa crença ou não crença no desconhecido é uma mera projeção de vós mesmos e, portanto, não é real […]. Deus, ou a verdade, ou como quiserdes chamá-lo, é algo que advém de instante em instante; e isso acontece unicamente em um estado de liberdade e espontaneidade, não quando a mente está disciplinada de acordo com uma norma. Deus não é produto da mente, não surge mediante a projeção de nós mesmos; só se manifesta quando há virtude, ou seja, liberdade […]. Só quando a mente está feliz, serena, imóvel, sem a projeção do pensamento, consciente ou inconsciente, só então advém o eterno.
Quase sempre, quando estamos bloqueados em alguma área de nossa vida, é porque assim nos sentimos mais seguros. Talvez não sejamos felizes, mas ao menos sabemos o que somos – pessoas infelizes. Muito do medo de nossa criatividade tem a ver com o medo do desconhecido.
Para onde olham os homens que sabem de uma verdade? Onde depositam o arrepio de uma realidade que permanece em segredo?
Soltei finalmente as amarras, e lá naquele porto, ficaram todos os minhas velhas e conhecidas emoções. Apesar de serem cruéis, eu as suportava, até que a vida me pediu para tentar outros caminhos.
À minha frente se descortina um mar imenso, onde não enxergo nada além do horizonte. Um lugar misterioso e desconhecido para onde vou. Novas emoções brotam nesta alma tempestuosa. Um misto de medo e ansiedade pelo desconhecido. Mas temos que ouvir os sinais enviados pelo Universo, e sentir que Ele está nos empurrando para longe de um velho, saturado e estagnado mundo.
Que venha então este novo mundo.
Acordei e vi
Todas estavam dormindo
Não que a noite tenha sido longa
Mas é feriado e podemos dormir mais
Só que agora eu tenho 18
Minha cabeça não parece a mesma
Meus pensamentos
Bagunçados
A loucura
Responsabilidade
Que eu, não tenho
No entanto elas dormem profundamente
Eu tiro uma foto
Pois um sono profundo é algo para ficar registrado
Sento na cama
Observo cada detalhe delas
Quando ficamos velhos pegamos essas manias né?!
Os cabelos loiros espalhadas sob o hipopótamo roxo que ela abraça
Os cabelos ruivos cobertos pelo edredom e em seu rosto um bico por conta da luz que entrava no quarto
Os cabelos castanhos presos em um coque e ela estava tranquila com um sorriso... Deve ser um sonho lindo
É engraçado
Uma tem 20, outra tem 22 e 17
Eu, tenho 18
Acordo cedo num feriado
Observo cada detalhe do que está ao meu redor
Elas dormem
Ontem foi meu aniversário
Meu coração pesado bate sem pressa
Parece que quer parar
Eu fiz 18
E finalmente entendi a música da Alessia Cara
“Agora eu desejaria poder congelar o tempo aos dezessete anos
Eu fui indo, eu fui crescendo
Eu sou uma sabe-tudo, eu não sei o suficiente
Veja, eu estava correndo e esperando o dia
Em que eu teria idade suficiente
Acho que vou ser paciente e acalmar meu ritmo
Tenho que me preparar para quando ficar difícil”
Porque eu só queria congelar nos meus 17 anos...
"A vida é uma eterna primavera, sempre depois do inverno frio à caminho de verões intensos, nunca eternos.
Enfim meu bem, existir, qualquer um sabe, mas viver, viver é pra poucos.
A vida é uma fase de transição e entre altos e baixos vence aquele que vive de verdade, nem sempre quem sabe viver, mas sempre quem que tem coragem suficiente pra se arriscar nessa estrada rumo ao desconhecido que chamamos de viver"
Navegar
Navego meu barco de papel. Ele é frágil, pequeno, porém é aventureiro, destemido e de certa forma frio. Navego em ondas misteriosas! A fragilidade dele é um prato cheio para o desconhecido. O que tem adiante eu não sei, apenas sigo mesmo que perdido.
Cada dia em alto mar eu aprendo algo novo. Aprendo a controlar minhas emoções, pego experiência á cada perfuração obtida sem querer, fortaleço-me á cada onda superada, busco na previsão do tempo a minha tranqüilidade vetada.
A vela às vezes parece cansar, o timão nem sempre quer colaborar, a água gelada congela meu corpo e deteriora os meus pensamentos, em dias frios eu me aqueço á lembranças, em dias quentes eu me refresco em felicidades passadas, navegando eu sigo, esperançoso persisto á navegar!
As vezes o melhor que temos a fazer é mergulhar de uma vez...
Por diversas vezes nos encontramos parados em uma praia, observando o mar, com medo de mergulhar em suas águas desconhecidas.
Então continuamos na praia, olhando as azuis e gélidas águas do mar, enquanto ponderamos sobre todas as nossas opções.
E mesmo sabendo que entraremos em águas geladas e desconhecidos, a vontade de nadar cresce a cada instante em nós, porque mesmo prevendo que a jornada através do mar não será fácil, temos a convicção de que ao sair de suas águas, não seremos mais a mesma pessoa.
Ao perceber isso, entendemos que não era o mar e suas águas revoltosas e congelantes o que temíamos, o que nos causava medo na verdade era encontrar essa nova versão de nós mesmos, pois todos nós nos acostumamos com quem somos, estamos por demais acomodados em nossa zona de conforto, mas em algum momento acabamos por descobrir que para continuarmos vivos, precisamos continuar ousando, precisamos mergulhar fundo de uma vez.
Se me perguntares:
Aonde vamos amanhã?
Calarei. Ficarei muda!
Mas se teimar em insistir,
Perante uma seca relutância,
por fim, lhe responderei:
Trilharemos relvas desconhecidas
sob a proteção do silêncio.
Encostaremo-nos a um muro
do conhecimento que não se diz.
Descansaremos de um pensamento
que se expõe inconstante.
Beberemos da fonte da certeza
e nos entregaremos à sua leveza.
E então, você virá?
FAÇO E DESFAÇO
Faço laço, desfaço, vira nó de aço
Faca de aço afiada
Língua afiada, resposta bem dada.
Respondo sem medo
Medo de nada, nem do desconhecido
Medo de um conhecido
Um conhecido sem medo de nada.
Nada acontece
Acontece do nada
Nada dura para sempre
Nem tudo é o que parece ser.
Ser ou não ser?
Questão sem resposta
Faço acontecer
Se nada acontecer, desfaço.
Eu vi um anjo ,
Disto estou certa...
Aquele olhar me cativou ,
E eu não sei como chegar ,
Não sei como dizer ...
Ser olhada e não ser vista é o pior de tudo ...
Dizem que tudo na vida passa , eu não quero que isso passe ,
Isto está tomando uma proporção imensa dentro de mim ,
Eu não sei quem ele é , não sei como vive , não sei sua idade nem mesmo o seu nome ,
Aquele dia encontrei o paraíso em seus olhos , eram como imã que sugavam minhas forças e me impediam de olhar para ao redor ...
E o sorriso , como é lindo
Um sorriso que me estremece...
Por um instante fiquei perdida,
Eu só penso em me encontrar nos seus braços...
Os dias vão se passando e eu mais perdida vou ficando ,
Me perco em desespero
O receio de não viver o que eu sonhei é tão grande que mata-me aos poucos...
A sua presença trouxe luz a minha vida , e eu tenho medo de que você não perceba ...
O tempo passa , os dias vão se acabando ,
Tudo na vida tem um tempo determinado para acontecer ,
As vezes nem acontece , se for para ser , me apego as esperanças que são poucas , e vão se acabando a cada segundo
E a cada suspiro de vida , vou me perdendo ...
**CL
Não leve ela tão a sério
Não considere tudo o que ela fala
Preciso te contar que ela
Viciou-se em intensidades
Anda de mãos dadas com o desgoverno
Acostumou-se a impermanência
E que, por hora, já não a reconheço mais.