Poemas de Tristeza
No momento estou triste, mas esse sentimento me ocupa na minoria do meu tempo. É difícil, mas é melhor guardar somente os momentos bons da vida para si do que ficar se remoendo com uma ou outra coisa ruim que ocorre e tenta arruinar tudo.
O sofrer nos faz abrir os olhos, nos faz ficar mais rígidos, menos sensíveis... Isso me preocupa, vai que tudo isso simplesmente suma para sempre!? É, tomarei cuidado e verei se vale mesmo a pena fazer sumir tudo de bom que já me aconteceu por esse rancor, essa amargura que me assola.
Creio que um dia isso tudo passará e não será mera lembrança de um dia tortuoso que eu vivi, que eu presenciei, não sei quanto tempo vai durar (bem que eu gostaria que fosse bem depressa), mas realmente não sei quando vou ter absorvido totalmente esse golpe, mas tenho fé em Deus que ele me confortará e me dará foça diariamente pra que eu supere.
Amém!
SEMPRE-LUAS
Porque em noites tristes como esta,
tenho vontade de roubar estrelas e
apanhar um ramo florido da macieira
que exala suave e inebriante perfume.
De meu jardim quero as açucenas,
cravos, lírios, violetas, rosas e jasmins.
Delas farei um ramalhete e te ofertarei
acompanhadas por nossa suave canção.
Juntarei às delicadas sempre-vivas
para que haja sempre-sol em teus dias.
Tua musica preferida e brilhantes estrelas
sejam sempre-luas em tuas noites vazias!
Verluci Almeida
Sorrindo
Fazes brilhar as trevas
Chorando
Tu escureces o sol
Cantando
Tristeza não virá
Da vida
Guarda-se o de melhor
O tempo
Ensina qualquer dor
E o amor
Supera tudo enfim
Ternura
É o gesto de se dar
E tens o dom de transformar
Dorme com pureza o teu sonhar
Sonha que outro dia vai chegar
Lembra que o amanhã é todo teu
Hoje coloquei uma placa em meu coração: Temos vagas,
pois acabei de desapropriar a tristeza que la morava!
Sergio Fornasari
Ah, esses gemidos,
como são tristes!
A gente os ouve sim,
sutilmente, mas ouve...
Simplesmente ouve...
mas não pode fazer nada
a não ser, ouvir, sentir...
e não poder fazer nada...
mel - ((*_*))
O ENCANTO D’ELA
Depois, que ao amor, amo você,
Minha tristeza se vai de mim...
Mas quando o amor nos chega ao fim
Na solidão volto a sofrer...
Em melancolia, tristeza tanta...
Não me há beleza, não me há estrelas;
O amor em mim só se levanta
Quando ao seu amor estou de vê-las...
Não há por quem esse sentimento
Qual de você eu sinto tanto,
Nem paixão, nem movimento
Com tão amor, com tão espanto
Qual de você num só momento
Hão de fazer em mim, sofrer-de-encanto.
DEPÓS A CHUVA
(A prometida)
Então, depois, que chegaste sorrindo
e bela, quando triste eu já estava,
sorriu... a minh’alma, que enlevada
de sonhos, a noite foi se cumprindo...
Hoje, que me és a luz deslumbrada
e infinda, infindo eu me vejo sentindo
orgulho dos meus olhos, que nada
enxergava de esperança se abrindo...
Certo que de euforia imensa e leve
possa pulsar por teu sangue que tece
o meu imenso coração elevado,
Elevar-te-ei o luar da noite cumprida,
por certo que me foi prometida
para morrermos de amor lado a lado...
O SONHADOR D’ESTRELAS
Vagueando ao mundo de amor,
Amou... o triste sonhador d’estrelas...
Ao espaço do jardim sem cor,
Sorriu... a flor que pintou por elas...
Sonhou... por, vagueando encontrar
Delírios... orgias... e paixão...
E, sorrindo às luas, o amar,
O teve de imenso o feliz coração...
Sonhando... ao amor, sonhando...
Aos teus braços em pureza perfeita,
A tristeza o viu desprezando,
E feliz ao teu colo era a flor-eleita.
Amou... sorriu... e, aos astros do mundo
Dormiu e sonhou o Poeta profundo...
RESPOSTA
Nos meus dias de tristeza, nesta esfera,
Neste globo santo de vida e de morte,
Pareço-me uma praga vinda do norte,
Qual uma folha seca que o frio dilacera...
Uma alma bendita, mas posto numa era
Em que nos dias todo sofre tão forte,
E que vive a buscar as mantas da sorte
Do Deus que te veste, e voltar te espera!
Estão longe de mim às frases benditas,
As que aos meus olhos são infinitas...
As que no meu coração só rogam amor!
As minhas noites são frias, são mortas...
Será que a mim Deus fechou as portas?
“Espero-te, meu filho”, respondeu o Senhor.
Fico em silêncio... Fico inquieto
Não é tédio... Não é falta de remédio;
Estou triste sem amor... Mas é claro sinto dor
Não é na veia... Nem na cabeça
E sim na alma... Por quem me deixa
Deixa triste e só... Que na verdade me deu um nó
Estou sem ânimo de me erguer... Me jogou fora
E nem sei do por quê?
SONETO VAGO
Porque à noite me abre triste
Num frio intenso sem amor,
E nessa ardência nada existe
E me falta à pele o seu calor...
Porque a lua é sem fulgor
E sem você nada consiste,
Porque em mim tudo persiste
Na luz branca do esplendor...
Porque morrem meus encantos
E intensos são meus prantos
Na noite imensa sem luar...
Porque eu perduro a solidão,
E na dor intensa ao coração
Eu vagueio sem te encontrar...
DEPÓS O INVERNO
Aos sóis, num tempo de desventura,
Pregado ao amor e a tristeza,
O lírio ao vento espalha a beleza,
Formando-se paixão sem amargura...
Eleva-se, e cantiga, a lua-ventura
Das noites pratas, e, quanto mais acesa
Clareia aos campos em realeza
Juntando-se as flores sua candura...
E pecados não se ouvem de perverso;
Os bálsamos dispersam o reverso,
O jardim é um só complexo de fulgor...
As estrelas se completam as amadas,
E na fragrância azul das alvoradas
Renasce dentre as cinzas uma nova flor!
RESPLANDECÊNCIA
Se nada for de tristeza ou de pecado,
Ilusão e medo são de florir breve...
Que nada em constância se escreve
Na penumbra de um dia ter passado!
E é luz sobre o calvário do terrado.
O tempo cinza é um cair de neve...
Que de existência nada é vil e leve
No primor do imenso sol dourado!
Que são de provar tudo que engana!
Que de sonhos, a paixão profana
No descalvar dos jardins em flor...
E os dias se idolatram em quimeras!
Dos sepulcros, erguem-se primaveras
No perfumar da vida em esplendor...
DESTINO MUDO
Ao mundo me chegaste; e a dor me seja branda
Do primeiro sofro aos ventos de tristeza, elevado...
Disse-me os anjos dos céus que me agrada:
Vai como o sol que queima, seja luz e ornado!
Que na terra ando, como um louco desdenhado...
E por meus sonhos, e por minha esperança aceitada,
Que suplico! Que me amargo um ser curvado,
Como quem surgiu duma amargura conspirada. —
Vai, meu corpo bendito, e te brilhas da luz pura!
Por as trevas em que te passar, ao caminho torto,
Vai como a lua que nasce na estrada escura!
Que vagueio em meio ao fogo, sob o ar que respiro,
Como um sopro de amor ao meu fiel conforto,
Que me elevo à Deus! Fortuna muda que deliro!
Ah, esses gemidos,
como são tristes!
são lamentos...lamento
eu os ouço sim,
sutilmente ouço...
simplesmente ouço...
mas não faço nada
a não ser ouvir, sentir...
sem poder fazer nada...
mel - ((*_*))
Seja Bem Vindo Domingo
Entre por favor,
transforme tristeza
em alegria, problemas
em esperanças, desavenças
em harmonia e transborda
meu coração de paz e amor.
PRA PENSAR...
Ela chorava...
Ele ria...
Ela ficava triste...
Ele não ligava...
Ela enviava carta...
Ele não respondia...
Ela tinha ciúmes...
Para ele tanto faz...
Ela disse te amo...
Ele disse me esquece...
Ela o esqueceu...
Ele sofreu...
1 mês depois ele viu ela com um menino e então disse:
Ele: Você não me amava?
Ela: sim
Ele: e me esqueceu tão fácil?
Ela: não esqueci, mas aprendi a viver sem as pessoas que só me querem mau...
No dia seguinte o corpo do rapaz foi encontrado todo esfaqueado...
Ela chorou e disse: quando se estraga uma pétala se perde uma flor... Quando se quebra um coração se perde um amor...
Artifício
Chega de dois!
Nunca foi, sequer.
Chega de nós!
Mais um triste fim.
Me nego querendo...
Você sabe:
Eu preciso ainda.
Muito.
Mas quem somos?
Areia e mar
Unidos por obrigação,
Acredito.
Mesmo te amando
Chega de dois.
Chega de mim, chega de nós.
E eu consigo? Não.
É magnético quando assim.
Se me nego...
Você vem.
Me abraça e me esquece.
Acha que sou o quê?
Um rascunho adormecido?
Se for assim: me apague,
rasgue.
Chega de você
na lágrima e sonho.
Chego em você no riso
e verdade.
Chego em você querendo
mais,
se puder: sempre.
A tristeza do poeta
Por onde anda a poesia
Que fala de flores
E rima com a alegria
Vidas e amores...
O que foi feito com o poeta
Mergulhado na penumbra
De toscas inspirações
Sem nenhum valor...
Secou sua fonte
Perdeu seu lirismo
Deixou-se afundar
No mar de lama
De palavras profanas...
Espantou a poesia
Com seu semblante tristonho
Restou-lhe uma tumba
De versos mal feitos
Lamentos inteiros
De pura ladainha
Dignos de serem
Enterrados com ele
Na sepultura de seu quarto
Onde jaz seu fracasso
De poeta covarde
Que se deixa morrer
E mata a poesia
Com a sua agonia...