Poemas de Memória
As flores do Jacarandá-tã
enfeitam a caminhada
e a memória de como
São Paulo foi erguida,
Carrego também estas
flores para a minha vida
e toda a poesia contida.
Na memória cantando
Bullerengue e deixando
você encantado no meio
da nossa amável gente,
Meus Versos Intimistas
existem para lembrar
de tudo o quê se passou
e do amor lindo que virá,
Porque sei que o destino
fortemente nos unirá.
Resgatando
Uma memória edênica
Beleza sem par
Idílico cantar
Consagrada solene
Ópera por alguns esquecida
Na antiga rota escolhida
A memória da distante terra,
não ficará distante mesmo
que chamem para fazer
dançar o Deus da Guerra
porque há alguém atento
e verdadeiramente poeta.
A rua acima
da minha rua
é o endereço
da memória
do amor de
muita gente
que migrou
para o infinito.
E todos nós
nos divertindo
com a tragédia
de quem não
nos entende,
e se colocou
num mundo
em guerra por
ignorar que
viver significa
fazer o bem
sem ver a quem.
Da rua acima
da minha rua
não olhamos
só para trás
e para quem
longe se foi,
Em noites
mui escuras
ali sempre
contemplamos
a luz da Lua.
Os que vão
contra o oculto
e o destino
são todos
os que creem
na vida curta,
nem no verdor
e no balanço
das árvores
poemas não leem.
A minha memória, sou eu mesma, enquanto durar!
Se bem que há pedaços, que creio,
bastante amargos, pois ela própria recusa e não quer lembrar!
Portanto, que não se peçam informações ao Passado,
Se é no Presente que eu estou a morar!
E o Futuro?
Já vivo nele, desde que nasci!...
"Os momentos tristes da sua vida escreva com giz na sua memória para você ser mais feliz".
Anderson Silva
Como ser mais criativo?
Muita gente não sabe, mas o cérebro utiliza a memória para realizar processos criativos. Ou seja, a melhor coisa que você faz pela sua criatividade é construir um bom repertório de referências.
Consuma conteúdos, filmes, séries, livros, referências múltiplas, dentro e fora da sua área de atuação.
Um cérebro rico em repertório é terreno fértil para a criatividade.
Criatividade não é genética, não é dom, sorte, muito menos magia. Ser criativo é ser autêntico e inovador.
Leia,
pense,
entrega-te
ao silêncio
de tuas
meditações
para que
a tua memória
na velhice
não entregue
ao esquecimento
os teus feitos...
A Costura do Tempo
No concerto do tempo, onde a memória ressoa,
a roda da costura torna-se volante,
em mãos infantis, nervosas de esperança.
Ali, sob a mesa antiga de madeira,
um mundo se desenha em trilhas e trilhos,
na imaginação fértil que a tudo acolhe.
De ferro e linhas, nascem sonhos motorizados,
o silêncio da máquina transforma-se em estrada,
levando a alma a paragens nunca dantes vistas.
A cada giro, a promessa de um novo destino,
na simplicidade do brincar, a vastidão do universo.
Ah, os primeiros carros, feitos de nada
e de tudo que o coração de uma criança possui.
Éramos inventores, pilotos, aventureiros,
com um fragmento de mundo nas mãos,
tecendo histórias que o tempo jamais apagará.
A criança antevê a felicidade,
não espera que ela chegue para ser feliz.
Hoje, ao lembrar desse recinto sagrado,
onde o riso desafiava o impossível,
sinto a saudade suave como brisa estival,
acariciando o peito, evocando a magia
de quando podia costurar o tempo no chão da sala, meu infinito caminho.
Na trama sutil da solidão que tece,
Num fio de ausência e memória perdida,
Cadê você? Sozinho, ecoa a prece
De quem na vida não quer ser só partida.
Esquecera de mim? Nas horas tardias,
Teu nome toco em cada acorde baixo,
Sinfonias de amor, melancolias,
Na beleza pura que ao prazer faço laço.
Só penso em ti, na vastidão do dia,
Minha alma, em seu deserto, te busca inteira,
Sentindo falta da tua companhia,
No coração só, tua presença é ceifeira.
No caminho, um encontro, simples faísca,
Transforma o ar em júbilo, a solidão em festa,
Não desejo te possuir, apenas a mística
De um carinho que no amor sempre resta.
Lindo ser que sabe viver, é verdade,
Teu sorriso me desarma, me faz rei,
E nessa canção que em mim invade,
Canto o que foi e o que ainda não sei.
Por onde andei? Te procurando sem ver,
Na ignorância de um coração que tarda,
Mas agora sei, tudo que preciso é você,
A peça que faltava, que a tudo aguarda.
Eu protegi o teu nome, Beija-Flor,
Codinome de amores, escondido e sentido,
Nos lábios meus, o gosto do que é amor,
Atrasado chego, arrependido e remido.
Ainda é tempo, o ontem é tarde demais,
Hoje as horas estendem as mãos,
Para amar, para viver, para a paz,
Para aumentar o mundo, sem vãos.
Amar, desejar ser amado, verdadeiro elo,
Dar-se pelo outro, o ato mais generoso,
Na partilha do sentir, no doce apelo,
De viver o hoje, no amor, formoso.
O céu de cinzas sobre
o Médio Vale do Itajaí
está guardado no caixa-forte
da memória por aqui
para que nunca mais
a história nesta se repita
em nenhum lugar na vida;
Agora o quê me interessa
mesmo são os poemas
azuis que vou te cobrir
todos os dias sob
os desígnios do céu austral
de maneira sem igual,
porque o meu peito
como o seu também canta
como as aves de Rodeio.
Fazem cobranças
morais sobre aquilo
que nunca fizeram,
A memória se torna
ofensa quando vem,
A tolerância não têm
nem para ouvir
o pouco que se fala,
A palavra irada é
escudo e espada
afiada durante a rotina,
E exigem que se torne
receptor passivo como
tudo não fosse nada
para tornar a anormalidade
costumeira normalizada,
Até a flor nativa é trocada.
(A colonização da individualidade)
As auroras são as danças
dos deuses no Hemisfério,
O Mogno-brasileiro vive
na memória e nos meus
Versos Intimistas que não
deixam de recordar a História,
Porque o amor que sinto
jamais na vida será passageiro,
Nem o fogo e nem o fumaceiro
foram capazes de desaparecer
cada detalhe sutil por inteiro.
O Aguano na ribeira
ficou na memória,
Era uma vez um rio,
que restou o calafrio
não é mais segredo,
Do futuro eu morro
de medo e como
sou poeta o meu
dever é remar em rios secos.
Na beira do Madeira
já estive quando
estava na vibrante cheia,
Agora para mim
é memória e conto
daqui de Rodeio a História.
O Bem-te-vi de outrora
quase não se escuta mais,
na memória o canto
não foi esquecido jamais.
Rotas que não deveriam ser
apagadas devem ser
constatemente resgatadas,
e laços igualmente refeitos.
Em nome daquilo que nunca
deveria ter sido esquecido:
caminhos devem ser restabelecidos.
Lembrar de tudo aquilo que fez
resistir para chegar até aqui é
necessário para continuar a existir.
A gente dançou Arco-de-Flores,
uma memória bela ainda viva
da nossa devota festa
de Santa Catarina de Alexandria,
E que nos nossos passos
dedicados a Padroeira do Estado
estavam plenas a fé e a poesia,
Porque mesmo que os tempos
mudaram somos gratos
por todas as graças e de viver
nesta bela e Santa Catarina,
de encantos e da nossa alegria.
Na Atô do destino
sou a oração
do Malê encarnada
para que nada
desapareça com a memória
ancestral que por
alguns continua injustiçada.
A minha boneca
de Salvador
veste traje típico
com pano da Costa,
Memória de infância
amorosa deste tempo
que não volta,
E não há nada que
nos impeça de fazer
o caminho de volta,
A vontade abre
mais de uma porta
muito além
do que se imagina...