Poemas de Luto

Cerca de 59645 poemas de Luto

''O brilho que perpassa
A grande escuridão
Que o Universo abraça
Não como um trovão
Que nos ares passa

As formas tão simples
Que giram pelo tempo
Nas deformações não males
Surgidas no tecido, como passatempo

Sem o brilho que o rei tem
A princesa não teria o seu
A escuridão do nada vem?
Como a noite, um ateu?''

Inserida por biell_silva

É Preciso Que Se Diga -

O ser humano é merecedor
de todas as desgraças
da vida,
porque não faz por merecer
todo o amor.

Inserida por SilvioFagno

A Lua -

Hoje cedo
lembrei aquele teu riso fácil
e olhar adolescente de quase
meio-dia.

Lembrei de coisas
que nem pensei que faziam falta
como: a tua falta de jeito ao derrubar
coisas.

Lembrei teu espaço rebelde,
teus traços e passos
e trejeitos - jeito moleque.
Manias - tão tuas - que nem sei
se existem em outras.

Agora,
neste exato momento,
estou em total silêncio
buscando algo da tua fala.
(...)
Em vão.

Por favor, pequena:
não me chames como tu chamas
a todos os outros.
Tu sabes, né?!

Ah!
Mas quando foi que tudo escureceu,
afinal?
Sim,
eu amo a noite,
mas não esta - sem teu canto,
sem teu colo, teu encanto,
tua luz.

Se,
ao menos, como antes,
me restasse a lua.

Ah, a lua...
no céu da tua boca.

Amanheças aqui!

Inserida por SilvioFagno

Gozação poética

Papel em branco
Dia poético,
Palavra medida.
Eu que não penso
Que figura de linguagem
Eu vou usar.
Deixe o poema
Fluir de forma natural,
Que cada um interprete
Da sua forma.
- Eu não tenho nada a explicar!
Se eu escrever sobre paz - você ver amor
Se eu escrever sobre paixão - você ver guerra
Se eu escrever sobre natureza - você ver sexo
Se eu escrever sobre vida - você ver...
Você ver no poema o que você
Quiser, o poema agora é seu!

O eu lírico? Não sou eu!
Faz de conta
Que as palavras veio de longe...

- Eu psicografei!

3h17 da Madrugada -

A gente só se dá conta mesmo
do quanto está
perdido,
quando o quarto está
escuro,
o relógio marca 3h17 da
madrugada e há silêncio demais
(fazendo barulho),
e vazio demais (transbordando),
e passado demais
(presente).

Neste instante,
o tempo corre (lentamente)
e
não há sono
nem sonho
nem desculpa: essa é a
realidade.

Não há, se quer, alguém
para quem ligar.

Nessa altura, nem
esperança mais
há.
E eu já não sei mais
se quero que o dia
amanheça.

(Mas ele sempre
amanhece).

Inserida por SilvioFagno

Atualidade

Quanto mais vazia e calma
Mais ainda é perigosa a rua
(Isola). A bola na rua
Simplesmente a bola
E o asfalto,
Não há quem queira mostrar talento,
Não há quem queira jogar uma pelada,
Não há quem queira fazer pontinho,
Não há quem queira...
Casas com grade
(Já não basta ter medo da marginalidade,
Tem que ter medo de doença
Invisível), a rua nua e doentia,
A rua nua prostituída
Por quem se aproveita
Da situação alheia
Para lucrar (sistema podre -
Capitalista).
No mundo de crença,
Onde muitos colocam
Deus acima de tudo
E carrega por dentro
A falta de amor.
Há ser que mata mais
Que droga,
Quantas pessoas são assassinadas
Por ano?
Calamidade pública,
Pobre nem sempre tem vez.
Humano nem sempre é humano
(Desigualdade social
É desumano).
A sociedade feito a rua
A cada dia, nua, vazia, calma,
Doentia...

Sobre Duas Coisas -

Meu ânimo são as
possibilidades.

O que me assusta e
atormenta
é o vazio (oco) - a não poesia
da vida.

Inserida por SilvioFagno

À Sorte -

Com promessas e sorrisos e
cheiros e descobertas
(por meu querer), de mãos dadas
fui conduzido até bem perto
de algum paraíso,
aparentemente, natural de sonhos
e beleza e
poesia.

Tão logo,
depois do sonho,
despertei-me abandonado
no meio de um oceano
qualquer (e não sei onde estou,
para onde ir).

Estou à deriva, em um pequeno
bote a remo.
Exausto. Desanimado.
Com medo.

A vista só alcança horizontes: magnificamente tão belos
e iguais e distantes.

Meu olhar contempla a
inutilidade do querer, encoberto
pelo desespero da realidade
de não pertencê-lo.

Sempre tive uma relação de
curiosidade e admiração
para com o Tempo, o Universo e
a Sorte.
Neste momento,
sobretudo,
com a Sorte.
Mas nunca a entendi
muito bem.
Ainda assim, intimamente,
a tenho buscado
sem muita pressa ou
exigência.

Porém, agora onde estou
não há tempo para uma
má sorte.

É fim de tarde; é quase noite;
é quase tarde; é quase
o fim.

Espero,
ao menos, que ela,
por ventura,
esteja no vento que (na urgência
do agora),
dou-lhe a mão e deixo-me
levar...

(Avisarei se chegar).

Inserida por SilvioFagno

Manuela

Olho no seus olhos e vi
A mais bela perfeição em ti
E quanto mais te vejo percebi
Que especiosidade está no seu sorrir

Você é pura e singela
Pura ternura, minha cor de canela
Menina, princesa e donzela
Te amo minha linda Manuela

Inserida por RodneyNascimento

Por Acaso -

Provavelmente, está
aqui - no íntimo do meu
ser - como uma pequena parte
do que habita a força do
Universo.

Mas sinto que escrevo
por acaso.
Não sei se sou eu
quem acha a poesia ou ela
quem me acha primeiro.

Depois da última palavra,
não sei quando será o
meu próximo momento de
inspiração.

Até lá
vou ficar me sentindo
o maior idiota do
mundo.

Inserida por SilvioFagno

A inveja é uma esponja
que apesar da imensidão
do mar
quer pra si
a porção de água
que já está
em outro
entranhada.

Inserida por biapenha

Eu não escrevo pra exorcizar o meu medo

Eu escrevo pra transbordar minha loucura

Eu escrevo por que foi a única utilidade

Que encontrei pra minha dor

Eu escrevo pra não explodir de raiva

E nem de amor

Eu escrevo por que só

Quem experimentou a vida

Sabe o horror de mastigar

E ter de engolir a ferida

Inserida por biapenha

Quando chegar a hora

De ser quem tu és

Esquece todas as outras abordagens

Mostra teus originais bordados

Não deixe que puxem o fio

Do centro de tudo, que te move.

Inserida por biapenha

Fui edema, celeuma.

Nocauteada, certeza.

Fui oceano, super-humano.

Mapa múndi, engano.

Hoje brisa, mansa.

Desejo forte de ser genuína:

Sem ira!

Inserida por biapenha

Só não posso mais adiar,

Arriscar é preciso

Me jogo, agora,

No abismo de mim mesma:

Então,

Somente eu

Sem dó, nó

Recomeço sem só.

Inserida por biapenha

Até meu físico fica ferido

Quando por você

Não sou correspondido

Adoeço do dente ao dedo

E anoiteço quando ainda é cedo

E se nunca mais te vejo

Ensurdeço

E só depois de muito tempo

Te esqueço.

Inserida por biapenha

Eu percebi o absurdo do mundo

De repente,

De dentro do meu quarto escuro.

Solidão se faz com muitos aos poucos.

Até entender que para ser feliz

Basta estar de bem com a ponta do nariz.

Inserida por biapenha

⁠Sou feita de sonhos, com uma música que toca aqui dentro da minha mente...que fala de amor, feita de gotas de realidade, de lágrimas que querem sorrir, de desejos de dias melhores...

Sou feita do bem que cura o mal, do amor que perdoa, da fé que salva, do silêncio que explica...

Sou a mão que tenta te levantar, o abraço que acalma.
Quero te dar sono em um momento turbulento e te fazer sorrir mesmos em dias de tempestade.

Te darei a semente... quero vê você colher seus frutos, quero vê vc vencer e principalmente vencer seus medos. Pois por mais alto que estejam os frutos, acredito que você é forte suficiente para alcança-los, lembre-se quanto maior for a distância, mas prazerosa será a chegada.
- Soll Alcantara

Inserida por sollalcantara

⁠⁠⁠De Que Lado? -

⁠No momento em que a barata
ainda respirava e se mexia,
e o pé do cristão avançava,
descia,
de que lado Deus estava?
O que pensava?
O que fazia?

Inserida por SilvioFagno

⁠Samba-enredo com escolas
na avenida, desfilando.
Gafieira, vou sambando
ao som do mestre Cartola.
Com cavaco ou viola,
componho samba-canção,
ou de Ary, exaltação.
De breque, partido-alto,
no morro ou no asfalto,
canto samba com emoção.

Inserida por RomuloBourbon