Poemas de Luto
Desenredos
Qual o exato tamanho
da minha dor, da sua dor
da nossa dor?
Qual o momento certo
da felicidade, da sua
da nossa?
Sobra guerra, falta pólvora
sobra lágrima, falta
quem chora
Dia do Farmacêutico
Hoje é dia do profissional
Que entende da nossa saúde
O farmacêutico pode ser essencial
Para que numa enfermidade nos ajude
Nao é simplesmente vender
Tem que ser muito estudado
Para um remédio prescrever
Para um paciente ser medicado
Precisa saber a composição
De cada medicação que passa
Entender do corpo humano e sua formação
Para ser responsável pela farmácia
Obrigado por nos atender
E por tão bem de nós cuidar
Você faz por merecer
Ter essa data para celebrar
Nas Asas do Gonzagão
Pernambuco não poderia imaginar
Que a partir do dia da Santa Luzia
Januário José e Ana Batista
Atrairiam olhares para Exu, em melodia
Foi quando o pequeno Luiz nasceu
E com o seu dom alegre e festeiro
Depois da farda militar, seguiu o seu destino
E lá foi ele para o Rio de Janeiro
De Gonzaga à Gonzagão
Com artistas famosos fez parceria
Repertório "Danado de Bom"
Exu já não era mais monotonia
O moço simples conheceu a Europa
A sua vida e talento invadiram a literatura
E todos souberam da ardência da seca
E da vida nordestina que era pura bravura
Descobriram que não há luar como no sertão
Que no relógio marcando seis, o sertanejo ajoelhado
Suplica, à virgem, força para resistir ao peso da cruz
E que para todo mundo tem um "psiu" angustiado
Nos seus versos, o amor perdido dói mais
Quando para os braços do xodó não se poder voltar
Ôxi, que amargo de jiló tem a saudade
Adeus Januário. Deus ilumine o seu regressar
O sonho da água farta para a sede, gado e plantação
No sertão, vem na esperança com a flor de mandacaru
Banana, maxixe, batata, mandioca e buchada
É Fartura e benção na feira de Caruaru
Que difícil resumir a importância do Gonzagão
Deste brasileiro amado, que virou o rei do baião
Valor inestimável
Nada como o sossego diário
A paz da mente no travesseiro
O vida num verdadeiro cenário
O Tempo, com qualidade, sendo um bom companheiro
A saudade visitando as lembranças
Recordações nos proporcionando sorrisos
Pular, cantar, dançar como as crianças
Ter nos amigos, diversos abrigos
Lamentar não ter conquistado um coração
Mas o encontro ser gratidão no fundo da alma
Amanhecer com a certeza do dia em construção
Ser capaz, na tensão, manter a tão difícil calma
Entender que, na vida, nem tudo se encaixa
Dissabores também fazem parte
A autoestima muitas vezes fica em baixa
Mas a esperança não é item de descarte
Quando o sonho ainda pulsa vibrante
Por mais que, nos nossos momentos frágeis, ele decline
É porque foi atribuído à alguém especialmente gigante
Produza-se. Arregasse as mangas.
Faça acontecer. Seja vitrine
Tudo pode ser surpreendente e valioso
Quando o prazer de viver é a base de tudo
Se há fé, cada dia é milagroso
Quanto ao resultado, é aprendizado fecundo
Uma dica pra quem até aqui nada entendeu
Nem sempre o que queremos é o melhor para nós
O nascimento a bonança não nos prometeu
Vai devagar, para não ser o seu próprio algoz
Construa com carinho cada momento da sua história
Mas atente para quem é seu coadjuvante
Nem todos à volta são afins à sua vitória
Observe se derrotas são a tua realidade constante
Mas se tens ao lado um fiel parceiro
Alinhado à tua valiosa missão
Tens o privilégio de partilhar teu roteiro
E constatar o poder de uma sagrada união
Nada como a vida no sossego diário
Nada como uma noite relaxante
Do sono tranquilo ser o proprietário
Do arrependimento manter-se distante
Deixe a vida decorrer na certeza
Que não estamos sós nessa jornada
Quanto mais verdade e menos esperteza
Mais iluminado será o palco da tua chegada
" AH, O AMOR "
Eu já vivi o amor! Ah… O amor…
Sublime, majestoso, embriagante,
um tanto mentiroso e arrogante
mas, sempre, um sonho lindo, encantador!
Me fez mais sensual, melhor amante,
voraz quanto à paixão em seu ardor…
No entanto, mais sensível, sonhador…
Um poeta em seu espasmo delirante!
Cravou-me à alma os versos da poesia
e fez-me estar bem mais em sintonia
com todo um cosmo de real candura…
O amor… Ah, sim! O amor mais verdadeiro!
Vivi-o como um sonho derradeiro
confiando, eu, inocente, em sua jura!...
Carta aberta sobre meu ser
Na busca inssensante de ser,
Acabei me tornando o que não deveria ser. Eu quis tanto ser aceito que me rejeitei. Fui tão longe tentando agradar que me perdi no caminho do meio.
Busquei a virtude nos extremos,
Esquecendo -me o meio-termo divino.
A moderação, perdida em meu caminho,
Deixou-me entre a excessiva ambição e o vazio.
Agora, entre a temeridade e a covardia,
Encontro o corajoso meio-termo.
Entre a indulgência e a ascética rigidez,
Redescubro a justa medida, a virtude serena outra vez.
No equilíbrio, encontro minha essência,
A harmonia que me faz ser quem sou.
Aristóteles sussurra: "O meio é a virtude",
E eu, finalmente, encontro meu caminho verdadeiro nas minhas atitudes.
Sublime Estrela!
Num belo dia
Foi permitido
A uma estrela
Brilhar na terra.
Com sua essência
Sentiu a vida,
Brincou em cadências;
Sorriu na estreia!
Perante as sombras
Foi imponente
Do impossível
Fez sua plateia.
Protagonista...
Brilhou em vidas
E até nos "deuses"
Causou inveja!
A cada sonho
Foi aprendendo
Mostrar ao mundo
Tudo o que era.
Com um amor imenso
Brilhou pra gente
Sublime estrela;
Fernanda... eterna!
(Homenagem de Aniversário dedicada à grande atriz brasileira Fernanda Montenegro - 16/10/23)
Olhos do Coração!
Quando a visão falhou
Meu querer confortou
Minha voz confirmou
Inspirando a confiança
Quando a visão falhou
Meu abraço acalmou
Minha fé perfumou
Exalando em abundância
Quando a visão falhou
Seu coração notou
E o amor me enxergou...
Revelando a esperança!
Tanto!
De tanto me importar
Menti pra minha essência
Pequei pela insistência
O "nós"... quis consertar!
De tanto me importar
Clamei por paciência
O "estar" virou ausência
Do amor quis duvidar!
De tanto me importar
Sofri com a indiferença
Ganhei resiliência
Você perdeu de amar!
25/05/22
Black Orchid feita de mistério
na essência o Universo
e abrindo o palimpsesto
do desidério em silêncio.
Serpenteia a Via Láctea,
ninguém detém as auroras
e nem do destino a escolha
do absoluto quais serão as rotas.
Aquilo que tece o inevitável interior
e o reconhecimento do que é
de predestinação fortalece o amor.
Pacto intacto com o inabalável
nosso hemisférico laço de titânio
com o quê há de mais romântico.
Ele olha pro lado
Olha pro outro
Cadê?
Cadê quem tava aqui?
Eu quero saber onde morreu
Afonso Nonato de Moreira
Jesuíno da Silva Babuíno
O IML tava lotado
Era o meu sangue por toda parte
Roubaram a cabeça do proletariado
O barão de Limousine fez sua arte
Me jogaram na platéia de estardalhaço
despedaçaram a minha camisa
O Brasileiro agora é o descamisado
E o palhaço é o pai de família
Juntaram uma quadrilha de vagabundos
Com o umbigo estufado e peito erguido
Segregaram as fronteiras de um novo mundo
Fizeram da minha luta um tempo perdido
O pódio é mais um produto do ódio
No viaduto do existir
No cume da matéria guardam revolta
Um dia o lixeiro volta a sorrir
Se come caviar de cima do teto
Se torce de amargura num botequim
Cheiro de esgoto a céu aberto
Um pobre pedinte olhou pra mim
O cristo redentor de braços abertos
mostrando o sacrifício de uma cidade
usam telha barata encima dos tetos
e matam o mais fraco por pura vaidade
Eu quero saber qual é o seu nome
E o nome da sua campanha
Será que um dia já passou fome?
Ou ficou endividado por uma semana?
" Fiz "
De tudo eu fiz pra que valesse a pena
e, para tal, de muito eu abri mão
movido por amor e por paixão
na entrega verdadeiramente plena!...
Fiz como pude e como o coração,
sangrando tanto afeto nessa arena
imposta no querer que me condena,
mandou-me amar com tanta devoção.
Se hoje se difere a nossa estrada
e nem sequer te sintas mais amada
eu sei que, do que pesa, a culpa é minha...
Por condenado, fiz o meu destino
sabendo que serei qual peregrino
na solidão em que a alma em mim caminha!
www.poesiaemsonetos.com.br
Laços
Lutando para recuperar a autoestima
juntando os meus pedaços
tendo de me livrar de alguns laços
que me deixaram em cacos
Laços que viraram nós
que apertam o pescoço
que rasgam a carne
que expuseram meus ossos
Laços que matam lentamente
vazando meu sangue
escorrendo- me
sufocando a mente
Chega de laços nocivos
agora estou arrancando esses nós
só quero laços de amor
chega de sentimentos aflitivos
Quero laços de respeito e amizade
laços de verdadeiro afeto
laços de união e verdade
laços de liberdade.
Feito Para Se Quebrar -
Com explicar a duração das
coisas em tempos
como estes?
Não parece que hoje em dia,
tudo é feito para
facilmentese
quebrar?
Digo:
objetos, laços, promessas...
corações?
Como entender a duração
do tempo em coisas
como essas?
então percebi que minha felicidade dependia só de mim
e essa foi a primeira vez que me senti livre.
- eu não conseguia falar, então eu escrevi, página 63.
tua ausência me provou que eu não precisava de você
ao sentir a falta de equilíbrio
pensei que estava caindo
mas na verdade eu estava voando
- eu não conseguia falar, então eu escrevi, página 67.
Quando eu morrer
Por mais que venha me doer
E eu tenha que gemer
Espero que o fim não venha surpreender.
Pois antes quero me arrepender
Subir e a Deus ver
Não descer.
Quando eu morrer
Não quero tristeza nem sofrer
E sim que façam chover
Lagrimas de lembranças pelo meu feliz viver.
Mas que minha morte venha ser
Mais um motivo pra seguir e vencer.
Quando um dia eu for
Que meu objetos energizados de amor
Quero que cuidem com o mesmo valor.
Pois já que não os posso levar
Que boas recordações deem quando desempoeirar.
Quando um dia eu for
Espero não deixar rancor
Espero que saibam perdoar.
Sei que nunca fui um bom cantor
Mas que herdem meu dom de emanar
E os males e dor, cantar até espantar