Poemas de Janela
Mas se você não está aqui
Viver no dia em que o sol não sai
O sol radiante entra na janela fria
O sol esquenta a minha alma
O frio se esconde dentro de um ser
No dia em que ele não sai o frio entra e diz que dali não posso sair
Já é inverno e não vejo o sol há muito tempo, não vejo seu sorriso, não vejo o seu olhar.
Já faz tempo que não estou ao seu lado
Já faz tempo que não vejo você rir
Ando na rua vejo casais apaixonados se beijando, vejo as rosas que nunca tive.
Escuto a canção que para mim foi feita, escuto sua voz, escuto o silencio do seu interior querendo dizer que me ama.
O inverno chegou trouxe a cor gelada, tirou meu chão, meu ar, meu sol.
O inverno chegou tirando tudo que me resto
Se você não está aqui o frio me engole, o frio me traz o medo, o calor eu não sinto.
Mas se aqui você está o inverno se torna quente, as flores do inverno se abrem e me traz o perfume de amar.
Mas se você aqui não esta só o que me resta é tentar sorrir sem deixar a lagrima escorrer.
Abra a janela do teu coração e deixe a alma respirar.
Deixe a luz inundar e apagar as marcas da decepção, as tristezas das derrotas, o vício de sofrer.
Permita que o sol derreta o gelo da solidão.
Esbanje sorrisos e sonhos, ninguém sonha em vão.
"Janelas "
Disseram-me das rosas que caíam no chão.
Concordo quando achas a janela mais bela aberta.
Supondo sempre que há mais beleza lá fora,
e redescubrindo o Sol ardente lá e aqui:
aqui, dentro de si.
Sonhar as brincadeiras, as inspirações, as lembranças
e a presença da natureza lúdica.
Descobrir que as rosas caem pela sua própria consciência,
a de nascer, morrer e renascer,
num eterno ciclo.
Porém, de uma janela fehada,
Sei bem de uma eterna frieza.
Não existem rosas para cair em pensamento,
nem um brilho de luar de infância.
E se eternamente no escuro,
Não há quem viva além da palidez de sua pele
e do reflexo de seu espelho.
O relógio pára. Os retratos amarelam.
A dor cresce. A idade consome.
Mas confio naquela velha chave,
que espero não ter enferrujado.
Ela está pronta para abrir a porta
e revelar o seu mundo.
Se a porta se abre,
o coração lembra do valor de uma janela.
Um momento de chuva
Caio sobre as casas, e em uma janela de luz fraca a vi. encolhida em um canto apagado, os olhos perdidos que jamais esqueci. Conheci sua história, suas dores e suas alegrias, por ela me apaixonei. Tristeza na noite, sua intensidade de sentir me tornou mais calmo para o seu coração ouvir... Escutei suas lamentações, suas canções no escuro, sua imensidão de medo, eu quis lhe dizer, menina, isso tudo é só a vida, algo que sempre vai acontecer...
Seu corpo tremia e eu quis lhe dizer, que se eu não fosse tão fria poderia tentar lhe aquecer. Ouvi os estrondos de minha fúria, raios brilhantes chocaram seus ouvidos frágeis, abraçava-se ainda mais.
Eu quis lhe dizer, menina, essa dor logo passa... Somente tenhas força para continuar!
Logo me vi passando, a tempestade estava prestes a acabar, me enchi de um pouco de sua dor, jamais a veria... Teria em meus sonhos a lembrança de sua imagem vazia. Gritei o mais alto que consegui, o som da fúria, abraçou teu corpo pequeno e tremulo mais uma vez, encolhendo-se.
Menina, eu caí numa pétala de flor pequena, que desabrocha como sua esperança de reviver.
Abra seus olhos, menina, pois eu adoraria saber a cor dos teus olhos, tamanha é minha dor, pois sou chuva, sou forte, mas não sou maior que minha dor.
Minha única verdade é que espero pelo dia em que em teu rosto minhas gotas irão tocar. Minha única lembrança é a noite fria em que te vi chorar, linda menina, que em tão poucos segundos me fez o momento mais feliz.
A CIDADE DOS MEUS OLHOS
Já houve um tempo em que da janela,
Se via uma cidade projetada na calçada,
Um espaço curto e fraterno,
Onde as pessoas se acenavam de perto,
Beijavam-se de perto,
Despediam-se de perto,
E se abraçavam várias vezes no dia.
A janela existe com uma fila de jarros,
Com flores silvestres, tiradas dos beirais das serras.
Meus olhos me arremetem ao tempo da Cidade,
Agora esverdeada em sua base,
E colorida em seu cume.
Mas deu noutro lugar diferente.
As pessoas de dispersaram,
Alguns venderam outros compraram,
Pedaços, vãos inteiros de terras.
E tomaram distância umas das outras
Ainda bem que resistiu o amor.
E elas agora se beijam de longe,
Acenam-se de longe,
Despedem-se de longe,
E quase não se vêem.
" O mundo como ele é "
Todas as manhãs quando acordo, sinto o sol atravessar a janela e queimar meu rosto escurecido pelo meu nascimento.
De algum modo, percebo que a vida é um imenso jogo retido por fases, frases, imagens, e sentidos.
Tentamos controlar nossos sentimentos, porém...
Nossos sentimentos que nos controlam.
Talvez se eu tivesse um medidor de humor, saberia distinguir algumas palavras que falo, ou não.
As mais difíceis respostas da vida se encontram nas perguntas...
E as perguntas mais difíceis, não são feitas de pessoa pra pessoa, são feitas de destino pra destino.
A vida tem suas formas, suas tonalidades, suas mentiras, suas realidades.
Brincamos com a vida, sem saber que a vida é um circo ao ar livre...
Um circo, onde os aplausos são vazios, e os mágicos levam o tempo, e nos transformam em palhaços sem sorrisos.
Caminhamos tão longe sem destino, formamos pegadas empoeiradas nas nuvens de uma tarde chuvosa.
Sentimos a presença de quem nunca esteve por aqui.
Sentimos ódio quando sentimos amor.
Queremos sumir, sumimos, e nos enfurnamos na tela de um computador.
Queira sentir o ar, a beleza da natureza, ter certeza, ou ter dúvidas...
Ter tudo ou nada, ter nada e ao mesmo tempo tudo.
Não ter vida, mais ter um mundo...
Um mundo só seu, sem restrições pra ações ou reações.
Hoje o mundo é inverso...
Ele é assim, porque quem é natural, trata flores artificiais como se fossem de verdade.
Olhei pela janela e vi
Meu passado e meu futuro.
No passado vi a ti,
Do meu lado.
No futuro, vi a mim
Na janela . . .
Toque a campainha
Estou em um período onde ainda não delíro a olhar pela janela,
E ver os prédios.
Tudo que queria era pirar, endoidar, encalunizar, mortalizar,ditar...
(momento de desordem na mente,
isso que desejo)
Volto para cima
ja quase sem forças pra seguir
olho a janela e mergulho sem sentir
sem sentir o vento que sopra
sem sentir a dura queda...
sem sentir a verdadeira razão de cair.
Esse tal de tempo. Ai...ai!
O tempo atravessa a janela. Debanda atarantado pelos dias, pelos corpos, pelas ruas. Marca horas Desenha rugas. Pinta pintas pelos corpos. Corre nos pés que vão e voltam. Marca passos. Marca caminhos. Vira esquinas. Vira páginas E não olha para trás, jamais. Vai que nem enxurrada jogando tudo pra frente. Não quer nem saber se dá alegria, tristeza, saudade, beleza. Se você sorriu, tudo bem. Se você chorou também. Se faz silêncio ou barulho problema seu. Congelá-lo ou não na lembrança cabe a mim, a você, a cada um de nós. Para ele, estamos nele. Para nós, nem sempre. Azar o meu, azar o seu, se não o notamos ou damos conta de sua presença. Cavalgamos sobre ele à mercê de sua direção. Sabe aquela coisa de dê tempo ao tempo. Pois ele num tá nem aí. Ele sabe de sua inexistência. Que fomos nós que o inventamos. Porque inventar moda e dar nome as coisas é com a gente mesmo. E vamos nós! Ele num trilho próprio. E nós, dependendo do sacolejo, descarrilando, mas indo em frente empurrados por ele, até o dia de misturarmos a ele e sermos nomes ou números, que nem as palavras escritas em um livro de história. No nosso caso, contando a história de um tempo num outro tempo.
Solidão
janela aberta
sala vazia...
pensamentos soltos
alma fria
noite escura
sem magia...
idéia que não quer florescer...
dia que não quer amanhecer...
Não mais perecer...
Do alto da janela
entre núvens e canções
preso em palavras ou grilhões
via o tempo passar.
Cordões em meus braços
mar, rio, espaço ou lago
água zul, barrenta amarelada
brilha sobre a luz dos olhos meus.
Onde o sol se punha
uma luz cintilante escurecia
mostrava-me que o dia jazia
sem os aplausos de quem o mais usufrui.
Na colina sagrada
onde os sonhos não dormem
já não soavam mais as mesmas notas,
não mais perdia-se o sono.
E assim, como o sol que partia e a noite que nascia,
cultivei o tempo...
desejando a todo momento
não mais perecer.
Ela: Acabei de abrir a janela da minha saudade, não consigo controlar o vento da sua falta... está doendo...
Ele: As portas do meu pensamento estão abertas, sentindo a falta das suas palavras... e muita.
Rebeca e Jota Cê
-
Longe do meu lado
Ele caminhou até a janela e chacoalhou as mandalas. Olhou as fotos no mural com sentimento e saiu dedilhando o violão em cima da escrivaninha, sem perceber a minha presença na cama, ainda sonolenta. Essa foi à última vez que o vi. Saiu do quarto, dizendo adeus as fotos, letras, e tocando suavemente em todos os objetos, como quem não quer se despedir jamais. Cheio de dúvidas na cabeça e aperto no coração.
Corações levianos são repletos de dúvidas quando se trata de encarar a verdade. Tantos sentimentos hiperbólicos podem ser mal interpretados e isso me deixa um pouco com medo. Afinal, não é difícil de notar exageros repentinos nas minhas falas, gestos e ações. E, isto soa como loucura. Mas quem é adepto da paixão, sabe bem o que é isso. Sabe o que é gritar ao mundo que ama e não ouvir ecos. O problema é que quem vive de extremos, acaba pedindo atenção e liberdade demasiadamente. E, mesmo com toda a força de uma paixão, se não houver o conforto de um porto seguro, perde-se o foco daquele desequilibro intenso, como um barco em meio à tempestade de nossos pensamentos, acalmados por palavras de outro alguém. E pior, tudo isso acontece sem deixar de sentir e querer o bem-amado, e na incerteza, perde-se quem se gosta por mero descuido de ambos, que acharam que tudo não passava de um sonho. Difícil de entender pessoas hiperbólicas, eu sei! Porém, se comparadas aos conservadores, é difícil resistir à sensibilidade escancarada dos exagerados a flor da pele. Assim como não é difícil optar pela liberdade ao invés da prisão.
Outro dia me apaixonei
por uma janela velha, mas muito velha.
Lhe faltavam pedaços...
Não deixei de me apaixonar por conta disso.
No meio da noite, ou mais precisamente numa madrugada quente , uma janela de conversação surge involuntariamente na tela do meu computador.Logo, uma frase inesperada surge com letras pretas e de uma fonte comum e uma exclamação no final : eu te amo !
Meus olhos não acreditavam no que estavam enxergando,mais em imediato o meu coração sentiu , e como sentiu ! Quase, por pouco mais muito pouco ele não saltou pela boca de tanta aceleração, mais ainda não era o suficiente para que me corpo por inteiro viesse acreditar naquilo que meu olhos estavam vendo e meu coração sentindo.
Ao ler e sentir aquela frase,eu precisava ouvir da sua boca aquelas palavras, exatamente aquelas palavras . Era como se fosse uma necessidade incontrolável.
Esperei o celular tocar,e nada.Esperei mais um pouco afinal, não é uma coisa tão simples de se dizer quando é de coração aberto.Mais o telefone não tocava e a angustia aumentava , mais a vontade e o querer era tão grande que a esperança permanecia , firme e forte !
Mais não,o celular não tocou ! Ela , a decepção rapidamente chegou e me pegou de frente ao computador , com inúmeras e incalculáveis lagrimas caindo e escorrendo em meu rosto. Eu me peguei em frente a uma frase tão curta e simples , com um significado completamente complexo e gigantesco , exatamente nesse momento eu me vejo sem saber se foi verdade ou apenas um fruto da minha imaginação mais uma vez a falhar, porém pela ultima vez…ultima vez.
Sou as folhas que acariciam o vidro antigo da janela..
Sou névoa, desespero, um esperar em sentinela..
Sou o poder de corrosão..degradação sou gravidade..
Perdida em meu achar, vontade, saudade..
Sou a gota de suor no rosto do cristo..cansado..
Sou o esforço promíscuo sem sentido, desajeitado..
Pedra de irrazão, presa ao chão do sonhar,telespectadora do luar..
Esperando a tua força, natureza, o meu eu a meu eu encontrar..
Quem me dera perder-me no acaso.. encontrar-me em tua realidade..
Quem me dera perder-me por acaso.. encontrar-me em ti, felicidade..
Sou apenas a vontade estagnada, auxilio dos santos perplexos..
Sou o sonho e a esperança embora antes seja pálida, frustada criança !!
Olho janela afora, parada no tempo que aflora.
Sinto a imensidão, desse mundo tão vazio.
Preferível ficar a esmo, cachoeiras a cantar,
Passarinhos a bailar, eu com a cabeça rodando, gira-gira, organizar, sintetizar, melhor seria nao pensar?
Aquele espaço entre o tempo, mania intensa de viver, castigo enviado dos céus, agonia que dá prazer.
Mais em um instante, pude rir,
Pra voce, com voce,
E agora de Voce!
Vagando sozinho na solidão do pensamento,
sentido na pele a chuva e na janela apenas o vento.
Um sopro de saudade,misturado ao cheiro dos lençóis
olhos negros como a noite, sorriso de menina,
lábios encantadores, perigo à vista, risco de prender-me
nesses beijos...
Você sabe o que é esperarna janela, sabe ver meus sonhos, descobre qual é o meu jogo e se lembra do barulho até hoje. Não foi inocência, foi aprender a amar.
E quando escutar seu nome, o filme voltará, e esperar aquela cena e o despertar naquela árvore.
Se ando escuto seus pasos,
se penso escuto sua voz,
Com seu sorriso esqueço a tristeza,
Sua voz acalma a ressaca do mar,
Seu cheiro a fragância rara.
É o amor de momento, o amor que cresceu em mim, e hoje floresce e brilha em teus olhos.
É como ter sido meu euem você, ter tudo e não querer o nada.
Querer o escuro só pra te ver iluminar.
Sentir para sempre que iremos nos amar.
Mesmo que por ti um dia tenha que uma lágrima derramar.
Por um tempo ele dormiu, descansou, para hoje ele acordar mais Feliz!!