Poemas de Janela
Flores na janela...
Se tudo está errado,
nada parece bonito
e a vida, sempre triste,
coloque flores na janela
até o jardim voltar a florescer
para receber as borboletas
e os beija-flores,
a cada amanhecer.
by/erotildes vittoria
Se um dia for traído e
quiser se jogar pela janela,
lembre-se: você ganhou um
par de chifres e não um par
de asas!
à tarde o vento empurra a vela
Vejo o mar pela janela
Se à noite o vento apaga a vela
Mesmo assim, no escuro, és bela
Te vejo passando e pergunto
Meu Deus, o que foi que te trouxe?
Quisera fugir de presença tão doce
Quem sabe se ao menos
Tão bela não fosses
e quando não estás
vou pra janela
olhar as estrelas pulsando
teu nome e teu sorriso
brilham no Céu
de vez em quando
Lembranças que se acendem
e esperanças que se apagam
Qual lume, dos insetos
que à noite vagam
dá até pra sentir o perfume
que emana da tua presença
posso até parecer triste
sou mais feliz
que você pensa
Seu cheiro tua ausência compensa
e meus sentidos embriagam
embriagado então
grito baixinho
que é pra não acordar
minha tristeza adormecida
que existe por não poder
estar em você
nem na sua vida
e isso torna a minha
sem sentido
se cego e surdo
fosse eu, de fato
quem sabe a sorte permitisse
ver-te bela
pelo tato.
Abraço do Amanhecer
Quando o sol bate na janela chamando-
me para um novo dia, tomo emprestado o
abraço preguiçoso da manhã que nasce para
sentir o calor da vida.
SÉRIE LUA VII
Do céu, lua atrevida,
invade a janela e espia.
Fiel testemunha da vida,
dos casais em alforria.
Luz pálida a clarear,
os amantes em alegria,
entre beijos se entregar.
Dama da astronomia.
Senhora da astrologia.
Cumplice da arte de amar.
Complemento e ousadia,
na arte de namorar.
MEUS DIAS
"Percebi que toda vez que entro em um ônibus e sento perto da janela, meu corpo se livra da pressa e a minha mente relaxa. Tudo em minha volta vira motivo de reflexão. Até o final do percurso, o meu dia tem outro sentido, muitos significados e nenhuma razão para ser repetido, muito menos esquecido".
Algumas gotas escorrem pelo vidro gélido. Meu rosto encostado na fria janela está dormente.
Aguardo.
Os passageiros tomam seus lugares, dentro de alguns minutos iremos partir ao seio de Minas.
Oito horas para pensar em você e acariciar meu pequeno menino ainda confortável e dormindo em meu ventre. Oito horas e a cada minuto fugindo para mais distante de ti. Enquanto a serra e suas curvas tornam tudo mais frio volto a pensar. Apenas dois meses para você vir ao mundo. Como eu queria te manter seguro e lhe proteger do mal mundano, mas não temos escolhas virá ao mundo chorando assim como eu choro por ter de partir.
Fantasmas
Vejo pelas vidraças da janela
Na antiga igreja
Um menino a brincar na chuva
Será ele um fantasma?
Pois só um morto
Consegue aproveitar a vida
Que os vivos mataram...
“O PRIMEIRO OLHAR DA JANELA PELA MANHÔ
“O primeiro olhar da janela pela manhã” me chama:
O sol despontando através do nevoeiro,
E na praça ainda vazia, o sorveteiro;
E dá-se meu encontro definitivo com Quintana.
Vem andarilhando manso na brisa que vem do leste
E pousa na minha mão deslizando suave no papel;
Séculos de melancolias pincelando o azul do céu.
Em mim, lentamente, gotas de rimas descortinam o véu.
Posso senti-las em minhas células em travessias;
Trazendo à minha alma estéril o lirismo da poesia.
Eu que quase nada sei de amar...
Psicografo a alma usando os dedos com exatidão,
Da mais vil à mais sublime paixão.
Eu que nunca soube sonhar!
JUVENTUDE PERDIDA
Na colina, a lua abre sua janela
E solta o vento a galopar.
Ouvem-se gemidos das árvores entorpecidas
Por atrever-se em suas dermes tocar.
Cá da janela também estou
Entorpecida pelo frio da brisa a passar;
Olhos vendados pelo vestido dourado
Que trás o bordado de São Jorge a lutar.
Jogo-me da sacada na garupa de um tufão
E num galopar imaginário,
Adentro castelos e armários,
Gavetas e diários
Um pouco de quem fui, saudades!!!
Num móvel emaranhado
Entre teias, empoeirado,
Um papel amarelado
Dependurado na parede ao lado.
Vasculhei o passado.
Tudo aquilo estava ali:
As frases que não falei,
Os versos que não mandei,
Os amores que não vivi.
“E o retrato? Ah o retrato! Não era eu.
Aquele rosto não era meu!”
Definitivamente, não era meu.
E eu chorei...
A vida passou encilhada
E eu não montei.
A porta se abre, ao longe?...
Entre cá e lá, um som real:
- Vó, a lua já tem namorada.
Cansado...
Chega a noite...brisa na janela..
Friozinho...nao do tempo..mais da solidão da alma..
A vida se repete..em cansativas lembranças...
Lembranças que de tao antigas apresentam-se em preto e branco...
Desbotando as cores da vida...
Deixa-me dormir...descansar...
Sem pensar e nem colorir...
Quero esquecer...o que eu queria..
O que eu nao sei...e se sei quero esquecer..
Deixa-me dormir!!!
CONHECIMENTO
Dias sentado, parado de lado
Olhando pela janela, professor discursando.
Sua matéria querida na aula lecionando.
Pessoas falando, pessoas brigando,
Pessoas ouvindo, pessoas pensando.
Toca o sinal... A matéria já foi dada.
Conhecimento absorvido nada após disso.
Conhecimentos vazios que logo são esquecidos.
Todo dia revendo o que já nos foi dito.
Olhando pela janela escapo desse mundo.
Mundo do qual tudo é imposto a todos.
Vou para outro onde todos vivem em seu todo.
Conhecimentos vazios já não existem mais.
Pois conhecimento verdadeiro,
só a experiência trás.
Viver, errar, acertar.
Ganhar, perder, se machucar.
Chorar, sorrir, levantar.
Conhecimento vazio já não existe.
Existe apenas uma existência completa.
Existência que aprende como quer,
transformando o que sabe em memorias,
assim como obras de arte,
Que nos contam historia apenas com imagens
Conhecimento completo, sem duvida divino.
Não é imposto, não é para todos.
Apenas para os livres, do fardo da lógica.
O mundo fica pequenino quando abra essa janela e vejo todos meus amigos ao meu alcance , olá boa noite !
Que sejamos cada dia mais próximos e troquemos ideias para mudar o que ficaria difícil mudar sozinho, esse é o caminho mais curto para nossa felicidade!
É o que eu penso.
Posso te servir mais um café
Na intenção de fazer você ficar
La fora tocam gotas d’agua na janela
Fazendo o cantar das aves cessar
E na porta aberta o vento vem dizer
Que o tempo para pra quem sabe viver
O vento carrega teu perfume
E o conforto pousa aqui
Nos meus braços cheio de espaço
Com meus abraços sempre a te cobrir
acabo de acordar, o quarto é pequeno mas aconchegante.
olho para o lado e vejo uma pequena janela, do outro lado um barulho irritante, nada de mais so o um aparelho ligado em meu coração, a maquina,coisa que me mantem vivo
levantei da cama, o chão frio do hospital me lembrou de meus amigos da minha vida, eram tudo que eu tinha, antes de me deixarem aqui apodrecendo nessa maldita cama.
agora são 8.45 da noite e eu estou prestes a acabar com meu sofrimento, estou ficando paranoico aqui, não aguento mais, quero uma morte honrosa, quero que as pessoas se lembrem de mim como eu era um cara que gostava de poemas, armas e rock.
peço desculpas a todos a que fiz mal ea todos a quem magoei.
alguns amigos eu nunca esquecerei, outros ja esqueci.
es esta lendo isso provavelmente estou prestes a morrer, e no meu leito de morte ao som de Queensryche - Silent Lucidity digo adeus e obrigado por saber de minha morte...
ABRA A JANELA...
Deixe de tolice, não faça besteiras, enxugue essa lágrima e se olhe no espelho. Arrume o cabelo, ponha uma for, ponha na boca uma cor, dê um brilho pro sorriso. Abra a janela, olhe, lá fora tem um arco-iris, que vale ser visto, é tão bonito, tem cores de amor. Vai lá fora, mesmo que, na chuva se molhe, lava a alma e leva embora a lágrima... Já não tem sentido a espera, para que amargura, se ele não vem, em outras águas navega. Já não és o farol, nem o porto que ele, outrora quisera. Para que chorar? Ele não merece todo esse amor. Então tira a echarpe, arrume-se, abra a janela, vejas quantas estrelas estão sozinhas, e mesma assim, não deixam que o brilho se acabe.
Lei de Direito Autoral (nº 9610/98)
O tempo passa lentamente em dias de chuva,
a brisa sobre o parapeito da janela,
minhas lágrimas cobrem meu rosto,
de tanta saudades dela.
Chuva, doce, fria, calmamente escorre pelo vidro da janela
Pássaros lá fora avisam o frio que se aproxima
Vizinhos chamam por suas crianças, que no entardecer soltam suas pipas
Chegara a noite, e ninguém lá fora se avista
Verão, outono, frio se despede encabuladamente
Flores lá fora avisam que sua prima logo chegará
Prima de muitas pétalas
Netas de inúmeras Veras
Dia e noite não se cansam de brotar
Flores e pétalas da mesma família
De sobrenome Primavera."
(Alexandre dos Reis)
O coração às vezes parece ter uma janela, que podemos fechá-la ou deixá-la aberta.
Existem sentimentos que por mais que saibamos que ele precisa dar as mãos ao tempo e partir, pois está arrancando mais lágrimas do que nos fazendo sorrir, mesmo assim a gente reluta em abrir a janela e deixá-lo ir, ver um sonho, uma esperança se desmanchar como poeira no ar, porque no fundo o destino esperado era um abraço amparado, um beijo demorado, encontro de vidas, porém nem todas as histórias tem final feliz.
Não existe mais o arco-íris e nem vai existir, a tempestade há tempo já passou, o céu está azul sem nuvens, é hora de abrir as janelas, deixar o sol entrar e a vida continuar.