Poemas de Janela
Se eu soubesse que tu me queria
Tudo faria para te amar
Amor eu tenho para te dar
Quando eu passo e vejo ela debruçada na janela
Dá vontade de passar a mão nos cabelos dela
#Corrente #chamada #de #vida...
Tem que se estar vivo para contrariar...
Tem que estar vivo para aceitar...
Não interessa o que os outros possam de mim dizer, fazer ou pensar...
O que vai acontecer, acontecerá...
Saber o momento certo...
De deixar-me levar...
Vontade de ir além do que espero...
De chegar perto...
De olhar sem dizer nada...
Perder-me no horizonte...
Voar sem ter asas...
Caminhar sobres os astros...
Onde as pedras de minha rua...
Parecem luas...
Admirar as estrelas que descem dos céus...
Fazendo pedidos em segredos...
Sentindo a carícia dos ventos...
Quero a paz das fontes d'água...
Ouvir o murmúrio doce...
Sentar imóvel ao seu lado...
Sem precisar de um motivo...
Sem saber como...
De silêncio em silêncio...
Abrir minha janela na alvorada...
Sereno indo embora...
Gotas cristalinas...
Que no sol se espalha
Me convidando por mais um dia...
Admirar a harmonia...
Do cantar da cotovia...
Não ficar triste...
Não deixar ninguém me magoar...
Que seja doce a noite...
E no dia que se avizinha...
Vou olhar os caminhos...
E o que tiver mais coração..
Vou seguir...
Para sempre, sempre..
Assim...
Sandro Paschoal Nogueira
Houve um tempo em que minha janela se abria....
Sem horas e sem dores...
Com sorrisos, flores...
Desejando amores...
Em dias quentes e em madrugadas frias...
O tempo não é nosso tempo...
E passou...
Tudo passa um dia...
Esperança já tardia...
O que é torto, o que é direito...
Que é tido como certo...
Duvido...
Vira e mexe me complico...
E por mim já descarrilho...
Só me rendo pelo brilho de quem vai fundo...
E nenhum predicado será prejudicado...
Sandro Paschoal Nogueira
— em Conservatória, Rio De Janeiro, Brazil.
Quando eu era pequena
adorava passear de ônibus com meu pai
ele sempre ia a cidade
eu ficava observando da janela
as palmeiras plantadas no canteiro central da avenida
Como era linda aquela vista
Eu observava os letreiros das fachadas das lojas
e lia uma por uma na velocidade que o ônibus corria durante o trajeto
os meus olhos também eram ágeis como o vento
este era um dos meus favoritos passatempo
Olhava a natureza em volta em meio a tantas palavras
mesmo sem saber o que elas significavam
Quando se tem sete anos de idade e você aprende a ler
você quer mesmo é aprender
Não era só uma janela
Era uma janela com ela
Quase sem roupa, quase sem alma,
Quase suplicando
Vem...
Vem...
Vem...
Abra a janela, a porta, a casa inteira...
Porque estou chegando e nada mais ficará no escuro.
Abra os olhos, as pernas, a alma...
Porque estou entrando e nada mais será como antes.
Abra o sorriso, o coração, os braços...
Porque estou amando e nada mais é impossível.
QUANDO A JANELA SE ABRIR
Quando a janela se abrir qual a imagem nossos olhos enxergarão?
Quando a janela se abrir qual mundo iremos encontrar?
Quando a janela se abrir quais criaturas teremos conosco?
Quando a janela se abrir quais políticos nos representarão?
Será o azul do céu?
Será o verde da natureza?
Será o rio e suas cascatas?
Será a beleza das aves?
Será o sorriso de uma criança?
Ou será a nuvem negra da tempestade?
Pode ser que nada mudará...
Dentro do pensamento momentâneo tudo será diferente...
As pessoas serão melhores;
Os políticos agirão na defesa dos cidadãos;
A sociedade será mais justa;
O SER será superior ao TER;
Os valores humanos serão maiores que os valores materiais
Somos responsáveis pela imagem da janela após a pandemia CORONAVÍRUS?
Quando a janela se abrir...
Élcio José Martins
Janela da alma
Quando olho pela janela e não vejo mais as crianças brincando lá fora. Pergunto-me, o que aconteceu?
O que aconteceu com a espécie humana que estava aqui, na bolha artificial do mundo?
Um vírus! Um vírus, meu Deus, está acabando com os seres humanos.
Mas, espera! Veja! Alguns humanos ainda sobrevivem e usam máscaras.
Máscaras, não da vergonha que são alheia, mas da proteção. Pessoas morreram, crianças nasceram. Uma nova sociedade está surgindo com o nascer do Sol desta manhã. Lá fora, pela janela da alma, já não vejo, no silêncio das grandes cidades, a ansiedade humana. Nem a luxúria do consumismo. Apenas vejo o horizonte e, no silêncio, distante de mim, o inconformismo da ignorância alheia. E eles usam máscaras, parecem humanos, mas ainda resistentes. Ainda resistentes, meu Deus, a luz do novo mundo que vai surgir!
"Debruçada na janela
ela
aguardava
você passar."
*
💓
E seu olhar
tão comovido,
acompanhava
com o ouvido,
cada passo na calçada,
que se aproximava,
acelerando o compasso do seu coração 💗 que pulsava
em ritmo de uma canção,
que ele já conhecia...🎶🎸🎶
***
💓🌸💓
___Francusca Lucas___
Amarelo
São poucos os registros, tanto em fotos quanto em vídeos, mas guardo comigo momentos, aromas, sons de amarelos vívidos;
Da janela do quarto entram os primeiros raios de sol, tocando, desenhando, dançando sobre o cabelo, rosto, pescoço e por fim corpo inteiro,
Da janela do quarto é possível ouvir o mar, sentir a brisa adentrar,
Da janela do quarto pode-se ouvir os sons de beija-flores, bem-te-vis e sabiás;
Nas escadas da casa um som fica cada vez mais próximo quase que fazendo uma melodia com os pássaros cantando lá fora,
O gato, com seu miado indo despertar aquele ser que te ama, assim o dia começa com sons de amarelos vívidos.
É com você que eu quero passar meu domingo
Ver a família, visitar nossos amigos
Sou um pássaro que canta na tua janela
E faço a primavera na manhã do teu sorriso
A SERVENTIA DA JANELA
Janela aberta
Para o debruçar da namoradeira
Com olhar de doçura ela flerta
Com a liberdade que a imaginação desperta
De ao menos em seus devaneios poder viver a sua maneira
Janela fechada
Para lembrança guardada
Escolha a adequada fechadura:
Uma velha tramela desgastada
Ou cadeado, trancafiado de forma segura?
Escancare!
Ou se recolha.
Se proteja ou encare!
O modo de usar vai ser sempre uma escolha
Outono
As horas do dia se foram
em seu ritmo bem ensaiado
folhas e flores outonaram
em seu destino traçado
Pela janela tudo percebi
na magia do por do sol
e fiquei à espera de ti
que sempre vem junto ao arrebol
Hoje não vieste e chorei,
algo, sei, aconteceu e triste
- que outono cinza, pensei,
pois sei que me esqueceste...
Enche o teu copo...
Bebe o teu vinho...
Enquanto a taça não cai de tuas mãos...
Olhe, por um longo tempo, o céu pontilhado de estrelas...
Enquanto não turvam os olhos teus...
Abre a tua janela de par em par...
Lá fora, observe, a vida canta enquanto a brisa sussurra...
E te chama a compartilhar...
Transforme numa eternidade o teu rápido instante de alegria...
Ame...
Chore...
Sorria...
Grite...
Gire...
Crie seus caminhos com as plantas de teus pés...
Sonhe...
Você pode...
Enquanto tremula ainda...
A luz de algum clarão...
Paschoal Nogueira
facebook.com/conservatoria.poemas
Da Janela
Debruçada feito namoradeira.
Esperando acalmar os absurdos,
De uma pandemia que se rasteja,
À Terra interna sem pena.
A janela não é mais sua janela
Sim porta para outros mundos.
Jorge Jacinto da Silva Jr.
Diante da janela que não é minha,
Se estende o sol solenemente,
Algumas sombras dançam,
Ao som das notas escuras,
Carregadas, ameaçadoras,
Enérgicas, repentinas,
E o sono de mansinho entrou pela frincha da janela,
Fiquei ouvindo de longe o gorjeio encantador,
Mas o trovador que abria a cortina da madrugada,
Era o rouxinol que insistia com seu louvor,
Enquanto você dorme, eu aqui escrevo,
E o sonho da reconciliação bate na porta,
O pesadelo da desconfiança é o maior empecilho que entra pela janela,
O jeito que vejo o mundo
Jamais será igual ao seu
Eu olho da minha janela
Talvez tu o vejas por cima do muro
Não sei se vês flores ou ruelas
Ruas empoeiradas ou casas caiadas
Quem sabe um dia te convide
Ou o teu muro visite.